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fujicaro Veterano |
# jul/13
Galera,
Sei que existe uma sequência ascendente e descendente na execução dos dedilhados das escalas, mas qual o critério deve ser usado quando estamos improvisando aleatóriamente....pois não vamos ficar igual robô subindo e descendo escala, o que fazer nesses casos?
Uso o que me parecer melhor e faço malabarismo com os dedos?
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J.Dionatan Veterano |
# jul/13
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Uso o que me parecer melhor Isso mesmo. Esta sua questão é uma das perguntas mais comuns entre quem está iniciando na música. Acredito que apenas quem toca rigidamente por partituras é que não se preocupa com isto.
Vou acompanhar seu tópico para ver novas respostas por aqui.
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pliscki Membro
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# jul/13
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Cara, você tem que estudar escalas. Não tem como fugir disso. Quem estuda piano, estuda escalas durante todo o curso, imagina só, é maior, menor, contrária, melódica, em terça, em sexta, cromática, etc.. é muito conteúdo.
Porque você precisa estudar escalas e porque isso vai lhe ajudar no "improviso" ? Simples, seu cérebro precisa de repetição. E estudando escalas você está automatizando a maneira que seus dedos percorrem as teclas. Mesmo que durante uma música você não execute uma escala completa, seu cérebro já esta preparado e já conhece os padrões necessários para posicionar os teus dedos.
Estudar Bach também ajuda muito com posicionamento dos dedos.
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Regadas Veterano |
# jul/13
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Então complemento a pergunta a partir da resposta do pliscki:
Como estudar escalas? Somente a sequência ascendendo e descendendo as notas de cada uma das escalas? E, na prática, como utilizar essas sequências?
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pliscki Membro
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# jul/13
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Regadas Como falei, o conteúdo é extenso. Resumir tudo que se estudo sobre escalas em um post aqui, é impossível para mim. Portanto vou tentar deixar algumas dicas.
1º Encontre um material de base para estudo (O livro do Hanon tem a maioria das escalas que se estuda no curso do piano. O resto você encontra na internet.) 2º Procure sempre estudar com as duas mãos. 3º Defina um escopo de estudo. ( Ex: Escalas maiores em modo invertido)
Em relação a quais escalas estudar. Bem... o ideal é estudar todas, mas não dá pra querer abraçar o mundo de uma vez. Por tanto, estude por demanda.
No começo você não vai fugir de ter que estudar as escalas maiores, em modo invertido e direto. Mas com o tempo você pode fazer estudos pontuais. Ex: Se você toca em uma banda de Rock e Blues, terá que conhecer escalas menores melódicas, pentatônicas, ou a própria escala de blues que é baseada na menor melódica.
E, na prática, como utilizar essas sequências?
É importante entender que ao estudar escalas você aprende sobre a estrutura delas e como automatizar a execução. Para saber aonde utilizar você precisa entender sobre harmônia. Ou seja, mais estudo.
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J.Dionatan Veterano |
# jul/13
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Voltando a conversa, vejo que o Regadas entrou com uma pergunta, não por não saber a resposta, mas sim para instigar novos pensamentos. Eu ainda não achei livro sobre improviso que ensine a improvisar (?!). Porque será? Bom, vou começar a chutar algumas coisas aqui. Tudo o que o pliscki escreveu sobre técnicas eu concordo perfeitamente. Isto é necessário ou melhor, imprescendível para poder fazer improvisos.
Mas considero todas as ferramentas como um conjunto de pincel e tinta em frente a um quadro branco. O que pintar? Daonde vem a inspiração para o artista?
Um curso de arte não vai te ensinar exatamente como pintar todos os quadros. Apenas como manipular pincéis e tintas.
Eu acho isto.
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RANTZI KEIS Membro |
# jul/13
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Mas considero todas as ferramentas como um conjunto de pincel e tinta em frente a um quadro branco. O que pintar? Daonde vem a inspiração para o artista?
Um curso de arte não vai te ensinar exatamente como pintar todos os quadros. Apenas como manipular pincéis e tintas.
muito bom esse pensamento nunca tinha pensado assim mas concordo plenamente
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Regadas Veterano |
# jul/13 · Editado por: Regadas
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pliscki Obrigado pela resposta, meu amigo. Eu tinha absoluta certeza que ela nunca seria direta porque é impossível ser direto em uma matéria tão extensa quanto essa. O que só reforça minha intuição que é praticamente impossível ser autodidata nessa matéria. Mesmo com o vasto material que se encontra na Internet. Você pode até ir a um determinado ponto... Mas depois não passa dele porque te falta a orientação, o exemplo, a correção do caminho, a didática dos exercícios, essas coisas. Porque digo isso? Eu tentei aprender teclado há muitos anos atrás. Em 1992 prá ser mais exato. Naquele tempo, o meu conhecimento só me permitia enxergar dois tipos de instrumentos de teclas: Os PSR´s (minhas aulas eram em um PSR 400) e os pianos que eu admirava na Casa Manon. Como seria impossível fazer aulas de piano, fui para as aulas de teclado. E o método era aquele conhecido por todos: Mão esquerda fazendo a harmonia através de acordes numa cama de strings conduzindo o acompanhamento e na mão direita a melodia. Lembro até da primeira música: Hino à Alegria... As aulas evoluíram... Algumas músicas mais pop´s tipo What a Wonderful World! Depois mais evolução... Mas sempre baladas lentas. Depois de uns 8 meses parei. Larguei mão de teclados durantes anos. Tentei voltar duas vezes, mas nas duas tentei sozinho e acabei desistindo. Motivos diversos que não vem ao caso. Há dois anos tentei de novo. E sozinho outra vez. Como meu poder aquisitivo é muito melhor do que no passado, me armei de bons equipamentos porque aprender em teclado ruim é dose prá cavalo velho. Eu já não toco nada então imagina tocar timbres ruins também! *risos*. Vasculhei muito, consegui partituras na internet de canções que eu gosto e mãos a obra. Consigo ler essas partituras prá teclado com alguma facilidade. Herança das aulas de 1992. Mas sempre no esquema mão esquerda na caminha de strings/pads e mão direita na melodia. Já abandonei a dependência pelos ritmos dos arranjadores, consigo arpegiar os acordes na esquerda. Tenho facilidade em reconhecer e montar os acordes talvez até por ser canhoto. A direita se habituou a ser mais solta mas não consigo montar os arcordes com tanta facilidade... Então vou no meu método erquerdinha na base harmônica e direitinha na melodia. Até consigo já tirar coisas mais complexas como Stairway to Heaven, por exemplo. Mas no fundo, é um exercício de memorização. Não toco em banda (ruim do jeito que eu sou, que banda ia me querer?) e não tenho pretensão ou idade de um dia tocar assim. Meu aprendizado é somente prá mim mesmo. Não abro excessões nem minha sogra me implorando prá ouvir eu tocar. kkkk Tenho me esforçado prá treinar as escalas... Peguei apostilas e solto ambas as mãos no dedilhado das escalas... Consigo levar sem muitos traumas. Mas... é praticamente um exercício de dedilhado mesmo...
J.Dionatan vejo que o Regadas entrou com uma pergunta, não por não saber a resposta, mas sim para instigar novos pensamentos. Fiquei todo envaidecido aqui meu bom amigo Dionatan... Mas não foi nada disso não! Eu não tenho a mínima idéia da resposta mesmo! kkk
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JeanCarlo Veterano |
# jul/13 · Editado por: JeanCarlo
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Estude, além das escalas, o Hanon, e também faça escalas em intervalos. ex:
A escala de Dó é assim: dó - ré - mi - fá - sol - lá - si
e tal, aí vc estuda assim:
interv. Terças: do - mi - re - fa - mi - sol - fa - la - sol
e etc. a mesma regra vale para intervalos de quarta e quinta, até de sexta, use a imaginassaum
pliscki
Estudar Bach também ajuda muito com posicionamento dos dedos. (2)
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J.Dionatan Veterano |
# jul/13
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Bom, vou tentar coloborar um pouco com o tópico. Aqui vai algumas idéias para explorar os sentidos e produzir bons improvisos. Imagine que cada nota soada em seu teclado seja uma "voz", uma sílaba de uma música. No fundo um cantor acaba fazendo isto mesmo não é? Ele produz as notas musicais com sua voz. Pois bem, feito isto faça seu teclado "cantar". Seu teclado quer cantar um lá... lá la lá.... la la la la laáaaaaaaaaaaaaaaa.
Para fazer os "la lás" utilize as notas das escalas. E para dar o andamento da sua peça musical utilize a mão esquerda para dizer quando tudo está em repouso, ou quando você quer "cantar mais alto'.
Por exemplo segue uma música que produzi, tenta escutar as notas como se elas fossem cantadas, tenta sentir a expressão e emoção que eu tento passar:
O Vôo
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J.Dionatan Veterano |
# jul/13
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Alguém mais tem alguma dica?
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El_Cabong Veterano |
# jul/13
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fujicaro Pra mim a maneira mais fácil de ficar improvisando (em quase todas as músicas que se toca por aí) é usar as notas da Escala Pentatônica do Tom da música. Estas notas desta escala sempre se encaixam certinho. Podes viajar nestas notas a vontade !!!! Se tu tiver mais sensibilidade podes usar a Escala Diatônica do Tom da Música, mas aí tem que ter cuidado, pois o 4º grau e o 7º grau as vezes se encaixam e as vezes não se encaixam em certos trechos. É preciso ter um "Feeling" para colocá-las adequadamente.
Eu toco numa banda de igreja, e lá muitas vezes eu tenho que fazer isso.
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fujicaro Veterano |
# jul/13
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Galera muito bom a desenvoltura das respostas até o momento, porém só para esclarecer, minha dúvida não é em quais escalas utilizar para um determinado improviso. Eu estudo música (guitarra e outros instrumentos) a muito tempo, portanto esse conhecimento eu tenho, mas me aventurando agora nas teclas, percebi essa dificuldade. Minha dúvida era se existe alguma corrente que defenda um modelo ou alguma coisa do tipo na hora da improvisação. ah e também não curto muito a rigidez clássica do piano (apesar de admirar). Fico no aguardo de mais respostas.
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Ismah Veterano |
# jul/13
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fujicaro
Se estudas música a tanto tempo, acho que tá na hora de deixar a sala e sentar numa roda de música, seja samba, pagode, rock, ou mesmo acompanhando uma banda sertaneja (fiz isso numa banda de baile do sul, aprendi mais em um mês que em qualquer outro tempo). Vc me aparenta estar com uma bagagem teórica extensa, mas na prática tá meio perdido.
Basicamente por você estar improvisando, não tem regras (sem explorar dissonância muito tensas num estilo que se resume a acorde maiores e menores). Porém o estilo de algumas músicas (salsa, reggae, blues), pedem algumas coisas como notas ligeiras (salsa), walking notes, isto é "passear" nas notas do acorde ao longo da extensão de oitavas (reggae - principalmente baixo), ou algumas dissonâncias (blues - caracterizado pela blue note/3ªm junto da pentatônica)...
No mais é questão de sensibilidade do músico... Não há regras, apenas características de cada estilo...
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TG Aoshi Veterano |
# jul/13 · Editado por: TG Aoshi
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fujicaro ah e também não curto muito a rigidez clássica do piano
Falácia. Disserte.
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Ismah Veterano |
# jul/13
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TG Aoshi
Desenha kkk
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waltercruz Veterano |
# jul/13
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O básico é vc saber o dedilhado das escalas.
Mas tem uma pegadinha interessante, que é um caminho que eu ainda nao percorri, sendo bem sincero.
Todos nós aprendemos a escala de dó desse jeito:
polegar -indicador - demo médio - polegar por baixo e por aí vai.
Mas existe uma escola que diz que na verdade mover a mão inteira proporciona maior velocidade. E o polegar por baixo possibilita maior controle nas passagens legato. Tem um site inteiro sobre o tema.
Um dos seguidores do thumbs up era o Bill Evans: http://www.keyboardmag.com/article/The-Bill-Evans-Re-Fingering-School/ 2524
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Gugu tecladista Veterano |
# jul/13
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Bem amigo vou tentar te ajudar
se vc conhece a escala então perfeito, vc vai usa-las, no momento em que trocar o acorde vc toca uma nota desse acorde. exemplo vc está solando a musica em C tocando notas aleatóriamente da escala de do, ai vc toca o acorde de Am, então na hora da troca escolha umas das tres notas la-do-mi e entre essas literalmente vc enche linguiça. Faça arpejos suba e desça parte da escala, e se vc fizer um intervalo de 4 justa resolva com uma terça. quando for trocar para outra acorde escolha novamente um das tres notas do acorde para o momento exato da troca e assim por diante. outra dica e se vc tiver um acorde que uma das tres notas sair da escala faça o arpejo desse acorde. Bem não sei se fui claro ou ajudei mas tentei passar de maneira simples, o jeito primario de se improvisar, qualquer dúvida pergunte que eu tento explicar melhor.
abraços
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fujicaro Veterano |
# jul/13
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waltercruz pow mano gostei desse lance!!
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J.Dionatan Veterano |
# jul/13
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Bill Evans
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