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Mensagem | 
expedifer Veterano | 
 # abr/08 
  
  Aquisição do instrumento envolve meses de negociações e a ajuda de diversos artistas 
  ESTADO
  Ele chegou a São Paulo na madrugada de sábado; passou o fim de semana se recuperando da longa viagem desde Hamburgo, na Alemanha, onde nasceu e deu seus primeiros passos, ou melhor, acordes. Mas, já no domingo, sentindo-se em casa, fez soar, bem-humorado, suas primeiras notas. E, ontem pela manhã, subiu enfim ao palco do Teatro Cultura Artística, onde teve o primeiro contato com o jovem pianista brasileiro Pablo Rossi, com quem faz hoje à noite o seu primeiro concerto no Brasil, fechado para convidados. Não... Não se trata de um violinista, um violoncelista ou mesmo de um cantor lírico especializado no repertório germânico de canções. "Ele" é um Steinway Grand Concert - Modelo D, o mais desejado dos pianos, nova aquisição do teatro paulistano.
  A compra de um piano pode parecer, à primeira vista, cotidiana. Mas não para os artistas e produtores. Cada piano tem um número de série, é como se fosse uma carteira de identidade. Pianistas convidados a se apresentar em um teatro vão sempre pedir esse número - e, a partir dele, passam a conhecer diversos detalhes sobre o instrumento, mesmo antes de ter com ele o primeiro contato. Mas há outras questões. Em recente conversa com o Estado, o pianista Nelson Freire, que na semana que vem abre a série de assinaturas do Cultura Artística, saiu-se com o seguinte comentário, quando a conversa abordou o novo piano do teatro. "Espero que ele goste de mim." Dias depois, Gérald Perret, superintendente do teatro, emenda: "E eu espero que os dois se entendam."
  Ao contrário de outros instrumentos de corda, ou mesmo de bons vinhos, um piano não ganha em qualidade com o passar do tempo. Pelo contrário. George Boyd, representante da Steinway no Brasil e afinador preferido de estrelas como o próprio Freire, explica, enquanto faz os últimos acertos no piano no palco do Cultura Artística, que a tampa harmônica, peça de madeira responsável pela projeção do som das cordas, sofre certo desgaste com o passar do tempo. É possível trocá-la, sim, mas é só adiar o inevitável. É então que se resolve: chegou a hora de adquirir um novo piano.
  O primeiro passo? Arranjar o dinheiro, diz Perret. O Cultura Artística não revela o valor gasto no instrumento, doação do casal Yara e Roberto Baumgart, mas estima-se que um Steinway desse tipo custe cerca de 100 mil, sem contar as despesas com o transporte. Em seguida, é preciso escolher a marca e o modelo. O Steinway, construído quase totalmente de maneira artesanal, é o mais procurado pelas salas de concerto de todo o mundo. Mas há o Steinway americano, feito em Nova York, e o alemão, de Hamburgo. Qual a diferença entre eles? "É como um carro da mesma marca, mas que tem linhas de produção nos EUA e na Europa", diz Boyd. A resposta não diz muita coisa, o negócio é insistir um pouco. Boyd disfarça sua preferência. Mas os pianistas não. A maioria deles prefere o Steinway de Hamburgo, que seria mais preciso no que diz respeito aos ajustes mecânicos, oferecendo melhores possibilidades ao intérprete.
  Definida a procedência, é hora de escolher o instrumento. Não, a compra não é feita pela internet e, não, eles não são todos iguais. Um pianista é normalmente escalado para ir à loja da Steinway e testar alguns pianos. Nem todos aceitam a responsabilidade e, no caso do Cultura Artística, a tarefa coube ao pianista húngaro Dezsö Ranki, que a dividiu com a mulher, Edith Klukon - uma pré-seleção já havia sido feita pelo diretor técnico do Musikverein, de Viena, uma das maiores, se não a maior, salas de concerto do mundo.
  "Ele escolheu direitinho", brincou Boyd, enquanto filmava o primeiro contato de Pablo Rossi com o instrumento. E o Nelson, será que vai se entender com o piano? Certeza só vamos ter mesmo no começo da semana que vem, quando ele chega a São Paulo. O Cultura Artística afirma que, na dúvida, vai disponibilizar também o seu piano antigo, no teatro há cerca de 20 anos, caso ele prefira. "Mas acho que ele vai gostar desse aqui", diz Boyd.
  
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expedifer Veterano | 
 # abr/08 
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  http://txt.estado.com.br/editorias/2008/04/29/cad-1.93.2.20080429.42.1 .xml
 
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mano_a_mano Veterano | 
 # abr/08 
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  Quem pode, pode...
 
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CheshireCat Veterano | 
 # abr/08 
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  que piano lindo =O
  realmente, cada piano é único...
 
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Faop Veterano | 
 # abr/08 
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  Quem pode, pode...[2]
  Só um adendo: Quem não pode se ....
 
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TG Aoshi Veterano | 
 # abr/08 · Editado por: TG Aoshi 
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  E que bela aquisição!
  Tem um "model D" (se não me engano) na USP. O som daquilo é coisa de outro mundo!
 
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expedifer Veterano | 
 # abr/08 
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  Ao contrário de outros instrumentos de corda, ou mesmo de bons vinhos, um piano não ganha em qualidade com o passar do tempo. Pelo contrário
  Essa eu não sabia: achava que pelo menos se mantinha a qualidade.
  Mas a questão é: o que diferencia um Steinway de um Fritz-dobbert (Já sabemos da enorme diferença, mas qual)? Além da mecânica é claro (peças), será a madeira?
 
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Diho Veterano | 
 # abr/08 · Editado por: Diho 
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  Sou mais meu psr... Brincadeiras a parte, é mesmo um belissimo piano!
 
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Jonathas Lacerda Veterano | 
 # abr/08 
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  Só um adendo: Quem não pode se ....
  OPS! olha o nome feio!!!!
  
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CheshireCat Veterano | 
 # abr/08 
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  Só um adendo: Quem não pode se ....
  ....sacode =P a maldade está na cabeça das pessoas... haha
 
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Faop Veterano | 
 # abr/08 
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  OPS! olha o nome feio!!!! Eu num falei nome feio (só coloquei reticências, para cada um pensar o que quiser), e como disse a CheshireCat, a maldade está na mente de cada um;
 
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Babiinhah Veterano | 
 # abr/08 
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  depois eu leio. (:
 
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CheshireCat Veterano | 
 # abr/08 
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  Babiinhah depois eu leio. (: então postasse depois...
 
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Babiinhah Veterano | 
 # abr/08 
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  CheshireCat
  caraca, eu comecei a ler... muito extenso ;~
 
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expedifer Veterano | 
 # abr/08 
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  É por isso que estou parando de postar por aqui:
  Isso aqui virou "salão de cabelereiro", se diz qq m...
  Sai uma noticia importante culturalmente pra área, disponiveis a poucos mortais no Br, e aparece essa m......
  Não dá mesmo. Tô fora!
 
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Mauro Lacerda Veterano | 
 # abr/08 
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  Alguém aqui já tocou em algum pianão desse tipo? Algum que seja realmente referência? Deve ser demais, ainda mais em um top como esse.
  Neguinho fica vinte minutos chorando de emoção, limpa as lágrimas e aí sim pode sentar para tocar hehehehehehe
 
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Jeferson Fernandes Veterano | 
 # abr/08 
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  Flooders estão por toda a parte, inclusive aqui... Tenho observado ultimamente que o FCC está cheio... 
  Mas flooders só existirão enquanto dermos atenção pra ele!!! Quando deixarmos passar batido comentário de flooders eles não veêm graça e acabam parando de floodar tópicos...
 
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Ken Himura Veterano | 
 # abr/08 
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  Mas a questão é: o que diferencia um Steinway de um Fritz-dobbert (Já sabemos da enorme diferença, mas qual)? Além da mecânica é claro (peças), será a madeira? Qual é a diferença entre um Golf e uma Ferrari?
 
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Ken Himura Veterano | 
 # abr/08 
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  Alguém aqui já tocou em algum pianão desse tipo?
  Já toquei, é coisa de outro mundo. Já toquei em diversos modelos da Steinway, alguns de armário, outros de meia cauda e dois de causa inteira. Também toquei num Bösendofer Imperial já.
  Os modelos C e D da Steinway são superiores a todos os outros. E o D tem uma maior qualidade de timbre que o C, hahaha. O D é insuperável, acho que é o piano mais perfeito que já existiu.
  Como disse o João Carlos Martins: "O Steinway tem a clareza de um cravo e um pulmão de um órgão".
 
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makumbator Moderador
         
         
         
         
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 # abr/08 
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  expedifer
  O lado ruim, é a "reserva de mercado" para as melhores unidades, procedimento que a fábrica de Hamburgo faz há décadas. Li uma entrevista do nelson freire, quando ele foi contratado para escolher um piano(também um D) e os fabricantes relutaram muito em mostrar as melhores unidades dos modelos D, pois sabiam que o destino final seria o Brasil(não me lembro qual instituição encomendou). Há um direcionamento das melhores unidades para a Europa, depois os EUA e na seqüência o Japão. Para o resto do mundo eles tentam empurrar as unidades que não ficaram "no estado da arte"(claro que são excelentes, mas um pouquinho abaixo das jóias raras que ficam reservadas para os melhores mercados). Em suma não basta ter o dinheiro disponível, a procedência do comprador conta muito.
 
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Echo Delta Veterano | 
 # abr/08 · Editado por: Echo Delta 
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  expedifer
  Valeu pelo post... TKS!
 
  makumbator
  Grande makumbator... valeu pela lembrança!  Entre surtos de dengue e balas perdidas, a chegou um Steinway top de linha "B-Stock".... hehehehe
  PS - É bom salientar o lado positivo. Foi uma doação de particulares... nada de dinheiro público.
 
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makumbator Moderador
         
         
         
         
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 # abr/08 
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  Grande makumbator... valeu pela lembrança!  Entre surtos de dengue e balas perdidas, a chegou um Steinway top de linha "B-Stock".... hehehehe
  hhaha...mas pelo menos a linha "Steinway povão terceiro mundo" é quase tão excelente quanto a "linha européia"
  PS - É bom salientar o lado positivo. Foi uma doação de particulares... nada de dinheiro público.
  Realmente, isso é ótimo! Se eu fosse milionário também faria esse tipo de coisa. Aqui no Brasil os ricos fazem muito pouco nessa área, ao contrário dos ricos de certos países.
 
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fábio_soul Veterano | 
 # abr/08 
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  flooders = loosers???
  makumbator
  Em suma não basta ter o dinheiro disponível, a procedência do comprador conta muito.
  Queria acreditar que não, mas é uma realidade...
  Se eu fosse milionário também faria esse tipo de coisa.
  Se eu fosse milionário comprava um para mim, e não para fazer doação...
  Eu não sou egoísta!!!
 
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Pianist Veterano | 
 # abr/08 
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  Essa matéria me lembra quando eu comprei o meu...
  ... o meu pianinho de terceira mão de 3000 conto! ^^ Mas é meu hehehe... só falta afinar, trocar os martelos, mais uns ajustes aqui e outros ali...
  Legal essa matéria! Falou!
 
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ROTTA Veterano | 
 # mai/08 
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  Steinway Grand Concert - Modelo D
  Esse é fodástico! Experimentei um Modelo B em 2002 e babei... Abraços.
 
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Faop Veterano | 
 # mai/08 
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  Eu só toquei em um Schwartzmann (eu tenho aqui em casa um), em um Fritz Dobbert e nos que tem na escola de música (interior é meio difícil encontrar pianos de marcas grandes sem te r que viaja).
 
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TG Aoshi Veterano | 
 # mai/08 
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  Ken Himura Também toquei num Bösendofer Imperial já. Aquele com os baixos extras? =O
  Onde vc teve a oportunidade de tocar nesses pianos?
 
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expedifer Veterano | 
 # mai/08 
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  Alguem sabe se o tal "pianista" Richard Clayderman (ou Philipe Pages) que só soube tocar a vida toda com a mão direita (e vendeu 65 milhões de discos) , se usava um Steinway? 
  Achei incrível os sons de piano do "dito cujo" (deve ter tido um dublê). A qualidade do piano é impressionante nas músicas.
 
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makumbator Moderador
         
         
         
         
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 # mai/08 
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  expedifer
  Não sei se era Steinway, mas com certeza era piano top, afinal, grana não faltava. Lembro de umas fotos dele com um modelo todo branco(eca! Muito feio!), com um gato branco em cima e uma garrafa de vinho rosé ao lado do gato....mais cafona impossível! hashsaha!!!!
 
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Ken Himura Veterano | 
 # mai/08 
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  Onde vc teve a oportunidade de tocar nesses pianos?
  O Bösendorfer foi no auditório da UniRio. Na Ufrj tem uma infinidade de Steinways, muitos em más condições, mas os de concerto estão ótimos. Na Villa Lobos tem um model C, se não me engano, e um model D.
  Na Sala Cecília Meireles tem 2 steinway, um eu consegui encostar no teclado - era um model D.
 
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