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Ken Himura Veterano |
# fev/09
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LeandroPanucci Há muito disso em música contemporânea.
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LeandroP Moderador |
# fev/09
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LeandroPanucci
Você poderia me dar um exemplo de um acorde formado com um intervalo de 1 coma? Eu não faço a menor idéia de como se faz um acorde desses. A não ser que o instrumento esteja levemente desafinado.
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yurikat Veterano |
# fev/09
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tiago scott Cara acho que entendi o q vc quis dizer...
Todo acorde diminuto (ou meio-diminuto) oferece a possibilidade de inserção de tensões (como qualquer outro acorde)
Outra regra de harmonia é que um acorde diminuto suporta outro acorde diminuto, desde que o segundo acorde esteja afastado 1 tom da tonica do primeiro acorde diminuto... Ou seja: C diminuto suporta um D diminuto A voincing seria esta: LH: C (tonica) Eb (b3) Gb (b5) A *(6) RH: D (9) F (11) Ab (b13) B (7M) * simplifiquei a nomenclatura dos intervalos para melhor entendimento. Sendo assim este acorde seria um C° 7M 9 11 b13. O som fica igual ao de uma buzina de caminhão, porém é perfeitamente usavel e para isto depende apenas do contexto harmonico/melodico, da tendencia ou criativida do musico...
Agora... sempre uso acorde diminuto com 9, acho o som mais bonito, porém nunca usei um acorde diminuto agregado de tantas tensões... acho o som um pouco (muito) exagerado / tenso...
Falou
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Ken Himura Veterano |
# fev/09
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LeandroPanucci Geralmente é com instrumentos não-temperados (família dos arcos) ou instrumentos de sopro (você altera a afinação da nota pela pressão no sopro e posições incomuns de dedos).
Ou, então, em música indiana. É comum ver essas coisas com cítaras, voz, duos de cítara e violino etc.
Ou melhor ainda, escuta isso aqui: http://sharebee.com/c8aa669b
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_microtonal
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LeandroP Moderador |
# fev/09
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Ken Himura
E em instrumentos temperados? Acho que não rola. Não entendo como aplicar este conceito no instrumento que eu estudo.
Voltando ao acorde diminuto, você acha que é possível tocar uma 6a maior e uma 7a diminuta juntas sem soar como a mesma nota? Eu tinha um pedal oitavador que permitia algo do tipo, e eu entendia isso como uma voz levemente desafinada.
Valeu pela música! Não conhecia... ótima pra relaxar.
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binhoalves Veterano |
# fev/09
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Nossa...acho que esse foi um dos melhores tópicos deste ano..fazia, mas não sabia explicar qual era a hora certa...aprendi pra caramba... Isso sim é tópico de comunidade de teclado!
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yurikat Veterano |
# fev/09
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Agora... sempre uso acorde diminuto com 9, acho o som mais bonito, porém nunca usei um acorde diminuto agregado de tantas tensões... acho o som um pouco (muito) exagerado / tenso...
Galera, fiquei pensando numa maneira de usar acordes diminutos agregados de tantas tensões... Como disse este acorde é perfeitamente usado depende apenas do contexto musical e da criatividade do músico.
Vou gravar a harmona que fiz e depois posto neste topico...
Falou
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Ken Himura Veterano |
# fev/09
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LeandroPanucci E em instrumentos temperados? Acho que não rola. Não entendo como aplicar este conceito no instrumento que eu estudo. Rola sim. Na família dos violões, existem as técnicas de bend e afinações diferentes. O sintetizador pode ser temperado ou não-temperado, vai depender de como você programar (há escalas sintetizadas com mais de 40 notas por oitava). O piano que é preso no temperamento mesmo, mas ele pode servir de fundo harmônico - já que as 7 notas da escala diatônica continuam sendo um pilar importante.
Voltando ao acorde diminuto, você acha que é possível tocar uma 6a maior e uma 7a diminuta juntas sem soar como a mesma nota? Eu tinha um pedal oitavador que permitia algo do tipo, e eu entendia isso como uma voz levemente desafinada.
No piano, é impossível, pela própria enarmonia. Mas em música orquestral, você vê isso o tempo inteiro.
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tiago scott Veterano |
# fev/09
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Ken Himura , yurikat
E isso é o bacana do diminuto, essas tenções que são criadas. Acho lindo aqueles montantes de cordas (Violinos, Violas, Cellos e Baixos) construindo uma harmônia sobre cada nota. Se analizarmos um andamento percebemos que cada instrumento entre aspas, constrói uma nota do acorde, porém seguindo a melodia.
Quanto ao acorde diminuto com tensões eu gosto de utilizar a 9 ou 13-, criando assim uma tenção forte para a passagem. No exemplo do Ebº (13-) o acorde soa bem, pois finaliza em Dm7/9 como no exemplo que citei. então o Si (13-) do Ebº, finaliza perfeitamente em C do Dm7/9, o que cria a tensão mas finaliza ela, senão o acorde ou harmonia fica sem aquele toque de finalizado.
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victorio Veterano |
# fev/09
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Putz. Rolou mó viagem aki. :)
Vi até nego falando de acordes com sexta germânica! Esse tipo de acorde hoje (em jazz) é chamado de DOMINANTE. :) Se você olhar para um acorde com sexta germânica, verá que nada mais é que um acorde maior com sétima, invertido. Se quiserem mais detalhes sobre isso, acho melhor criar outro tópico só sobre essas sextas(a germânica, a italiana e a francesa)...
Galera, pra simplificar, lembremos que a teoria foi feita pra ajudar, não atrapalhar. Ela é o resumo da experiência musical de anos. E lembrem de ouvir o que tocam! Isso é muito importante, e daí que veio o conceito de Harmonia Funcional. A função do acorde depende de como ele resolve, e para isso depende de como ele soa.
O "approach" que se usa no jazz para diminutas é o seguinte:
TODA DIMINUTA É UM ACORDE DOMINANTE SEM A TÔNICA.
Essa frase é consensual entre todos os teóricos de música, tanto clássicos quanto jazzistas.
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Ken Himura Veterano |
# fev/09
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Vi até nego falando de acordes com sexta germânica! Esse tipo de acorde hoje (em jazz) é chamado de DOMINANTE. :) É? E nas aplicações Off-jazz?
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LeandroP Moderador |
# fev/09
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Ken Himura
Eu preciso ouvir com mais atenção música orquestral... E eu pensando que os caras que não sabiam afinar o instrumento :P
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Ken Himura Veterano |
# fev/09
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LeandroPanucci =P
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Leozinho hf Veterano |
# mar/11
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C - C#º - Dm - D#º - Em - F - F#º - G - G#º - Am - Bº - C ai o alfabeto as palavras vc quem constroi =)
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ErichLopesMusic Veterano |
# mar/11
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No caso de guitarra, eu sempre uso em todas as escalas. Mas uso mais (escala de C) na passagem: G - G#º - Am, e nas outras escalas também. Bom, como não sei muito teórica, eu não sei direito como te explicar onde usar, mas sei dar alguns exemplos.
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LeandroP Moderador |
# mar/11 · Editado por: LeandroP
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Vejam só o que a inversão pode fazer de legal:
1) O acorde C diminuto gera mais outros três:
Cdim7 = C - Eb - Gb - Bbb Ebdim7 = Eb - Gb - Bbb - C Gbdim7 = Gb - Bbb - C - Eb Bbbdim7 = Bbb - C - Eb - Gb
2) O acorde C# diminuto gera mais outros três:
C#dim7 = C# - E - G - Bb Edim7 = E - G - Bb - C# Gdim7 = G - Bb - C# - E Bbdim7 = Bb - C# - E - G
3) E o acorde D gera mais outros três:
Ddim7 = D - F - Ab - Cb Fdim7 = F - Ab - Cb - D Abdim7 = Ab - Cb - D - F Cbdim7 = Cb - D - F - Ab
Tudo isso graças as inversões.
Agora vamos pegar todas as notas acima:
C - Eb - Gb - Bbb C# - E - Gb - Bb D - F - Ab - Cb
Com essas 12 notas colocamos em ordem: Cb - C - C# - D - Eb - E - F - Gb - G - Ab - Bbb - Bb
Agora podemos simplificar e dizer que temos apenas três acordes diminutos: Cdim7, C#dim7 e Ddim7... Os outros são inversões, com o seu nome definido pela nota mais grave (o baixo).
O intervalo de 3a menor (1 tom e meio) divide a escala de 12 semitons (cromática) de forma simétrica, afinal 1,5 e 12 são múltiplos, o que permite esta simplificação. O diminuto é um empilhamento dessas 3as menores: 3m + 3m + 3m.
;)
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LeandroP Moderador |
# mar/11 · Editado por: LeandroP
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Nota:
Enarmonia é quando um mesmo som tem dois nomes.
Ex.:
Bbb = A Cb = B
Por isso vemos essas notas acima (Bbb e Cb). Para respeitar os graus dos acordes diminutos: Tônica (I ou T), Terça menor (bIII ou b3), Quinta diminuta (bV ou b5) e Sétima diminuta (bVII ou b7) é certo o uso da enarmonia, embora na prática vemos o Cb como B e o Bbb como A.
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