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J.Dionatan Veterano |
# fev/12
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Uma das grandes dificuldades de faturar como tecladista/músico é o tipo de música que nosso povo aqui do Brasil anda consumindo. Nunca consumimos tanta música, e nunca tanta música de péssima qualidade. E música de péssima qualidade qualquer "músico" faz.
Assim fica mais barato pagar por quem não se dedica, não estuda e não investa. O que obriga os verdadeiros músicos a humilharem seus preços também. Veja o conceito de músico de bar de outros países: Veja em filmes por exemplo, rola jazz e blues a rodo. Além de muito clássico e tal. Outro nível de consumo. Aqui o povão endeusa ritmos tipo chiclete e tuche tuche e isto é que fatura.
Dias atrás tinha um menino tocando com um arranger em um programa de televisão. Ele tava tocando Reestar em ritmo de um pseudo-forró (porque o verdadeiro forró merece nosso respeito com certeza) e o povo vibrando com aquilo: "Nossa como ele é bom..." dizia a platéia.
Não sei como resolver este problema, se é cultural, educacional, ou o quê.. Mas fica difícil fazer música de qualidade, quando não se têm ouvidos preparados para isto. E vender um produto quando não se tem interessados faz com certeza desvalorizar seu preço.
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Lasanha Veterano |
# fev/12
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Para quem toca em banda de música própria, se sair de graça você tá no lucro.
E viva o amor a música...
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JAUGUITTA Veterano |
# out/12
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Aqui na Bahia eu cobro da seguinte forma: BANDAS PEQUENAS
SÓ GUITARRA - R$ 130,00 GUITARRA E VIOLÃO - R$ 180,00
BANDAS GRANDES
SÓ GUITARRA - R$ 200,00 GUITARRA E VIOLÃO - R$ 250,00
Obs.: ESSES VALORES SERÃO REAJUSTADOS DEPOIS QUE EU COMPRAR MINHA FENDER
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pedmig Veterano |
# nov/12
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Aqui no interior de MG, barzinho é de 100 a 200 para 3 horas de música ao vivo. Show com banda baile paga uns 200 reais. Mas, dependendo da ocasião, rola até uns 350. Mas, pra cobrar isso, depende do dono da banda estar precisando muito de um músico pra fazer freelance e o músico tem q ter um nome legal. Os cachês de bandas de baile pequenas em temporadas normais giram em torno de 3.000 a 6.000 reais. As bandas maiores costumam cobrar até 60.000 por um carnaval de 4 dias. Há ainda as bandas de baile grandes que cobram até 25.000 para tocar em formaturas de playboy. Enfim, quem tem muito, ganha muito. Quem tem pouco e sustenta toda essa merda, ganha pouco. Mas a gente só reclama e reclama. Eu não vejo motivos para a classe dos músicos ser tão desunida. Nós vamos reclamar e apodrecer na pobreza. E é isso que nós merecemos. Nós temos tudo para ter órgãos de classe sofisticados como o CREA, o COREN, etc... Mas, nós nos conformamos com "nossa arte". Aí, negão: azar.
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pedmig Veterano |
# nov/12
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Ah! Só mais uma coisa: enquanto eu e você ficamos ali feito palhaços tocando sertaNOJO universitário por 4 horas para ganhar 100~200 reais, o bosta do médico, do advogado e do playboy que estão sentados a mesa à sua frente não estão nem te vendo tocar. Quando muito, te olham com reprovação ou te fazem um pedido, pedido esse que se não for atendido é considerado crime...
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Edson Caetano Veterano
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# nov/12
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pedmig Sempre digo, a OMB está desacreditada, como um órgão corrupto e não atuante, mas é imprescindível qualquer atividade ter um órgão de classe, esta categoria profissional tinha que brigar para renovar e fazer funcionar o que existe, e não simplesmente desqualificar a OMB até como instituição, tenho certeza que o musico profissional sairia ganhando
Na odontologia alem de termos o CFO a nível federal, o CRO estadual e as APCDs municipais, temos ainda um Sindicato, e mesmo assim ocorrem algumas coisas que eu considero errado no meio, imagina o musico quem defende ele??
Porque o preço do cache é pequeno? Porque tem muita gente, Amadora inclusive, brigando pelo espaço de um profissional, aqui na minha cidade, músicos se conformam em tocar por 60pila a cabeça, um dono de bar entao paga aí seus 300 / 500 conto para a banda toda por 3 horas mínimo de serviço
É pouco demais... Aí o cara precisa dar aulas o dia inteiro, fazer freelancers para completar o orçamento... É meio tenso tudo isso
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Jonathas Lacerda Veterano |
# nov/12
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Aqui em João Pessoa, PB, tenho cobrado 150 reais por músico para cerimônia de casamento (de 6 a 10 músicas).
Se for banda, com bateria, baixo, teclado, violão e 2 vocais, fica 200 por músico, pra 3 horas de festa. Dependendo do cliente ($$$), fica um pouco mais alto esse valor.
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Tears Of Fire Veterano |
# nov/12
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Dependendo do cliente ($$$), fica um pouco mais alto esse valor. uhm... safadinho...kkkk
aee, vocês conseguem lucrar quanto por mês?
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zélo cardoso Veterano |
# nov/12
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Amigos, aqui no ES (interior - Alegre/ES e região) sou músico profissional há 25 anos, já foi bom pra ganhar dinheiro com música, hoje nem tanto, mas dá pra levar! Cobro por um show de barzinho ou festa de casamento ou aniversário em torno de R$450,00 a R$600,00, dependendo da duração, eu e minha esposa que canta comigo! Faço também freelance com alguns cantores e cobro em torno de R$150,00 a R$200,00 livre de tudo (até da cerveja KKKKK)! Quanto ao que tocar, infelizmente os meios de comunicação massificaram um "tipo" de música e se a gente não toca fica fora de tocar em alguns lugares! Então como diz um amigo meu que toca: "Aqui é de Frank a Frank, de Frank Sinatra a Frank Aguiar!" Depois de tranto tempo tocando pude ver que pelo menos aqui no interior, se não tocarmos o que o povo quer, a gente não toca em lugar nenhum(infelizmente), então vamos nessa! Um abraço a todos os sobreviventes!
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Shadad Veterano |
# nov/12
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Vivo exclusivamente de música, por isso, não posso fazer cu doce. Se for um trampo fácil, daqueles que não precisa ensaiar muito e que só role músicas que eu conheço, faço por 100 conto sem fazer cara feia.
R$100!!! Esse é o cache médio que é pago na minha cidade (Natal - RN). Acreditem, existem músicos que tocam por menos!
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Andy Viper Veterano |
# fev/14 · Editado por: Andy Viper
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Não aceito menos do que R$ 100,00 por hora de trabalho (seja com banda ou voz e violão). Quem não quiser, foda-se, tenho mais de R$10.000 em equipamento, e confio no meu trabalho.
PS.: Upei o tópico pois achei muito interessante o fato de que, em quase 10 anos de tópicos, os valores permanecem quase os mesmos.
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kikorg Veterano |
# fev/14
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Pessoal, sinceramente aqui na região de Bauru a briga é feia também, mas por menos de R$ 400 , sou eu mais cantora, não fazemos, isto tocando somente na cerimônia, na igreja
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homeomar Membro Novato |
# jul/14
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to parado como tecladista -to pensando em ir pro violão mpb... de 200 pra baixo no rj 2014 .....e na maiorias das vezes o local ta vazio e o dono manda para
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viniciusjau Veterano |
# jan/16
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kikorg Estou perto de você (em Jaú) e em 2016 a média aqui é R$ 150,00 por musico
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Ismah Veterano |
# jan/16
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Revivendo...
J.Dionatan Veja em filmes por exemplo, rola jazz e blues a rodo. Além de muito clássico e tal. Outro nível de consumo. Aqui o povão endeusa ritmos tipo chiclete e tuche tuche e isto é que fatura.
Isso rola por aqui também, mas nos círculos da alta... Não é fácil entrar, mas quando, e se entrar, a bolada é garantida. Prestei serviços recentemente para um duo de baixo e piano, que recebe 700 reais/dia, para tocar 4 horas de jazz (JAM praticamente), duas vezes ao dia em um restaurante (almoço e janta, respectivamente) classe A. O prato menos caro, sai por 240 reais, e tem 200g.
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julianoadam Membro Novato |
# out/16
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Ola pessoal, sou cantor tecladista e cobro R$ 70,00 por hora
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grillo14 Membro Novato |
# mai/17
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bom dia pessoal, sabado agora dia 27, vou fazer uma reuniao de amigos e estou pensando num pocket show acustico, algo simples violao e voz, das 21:00 as 23:30. No bairro do Morumbi em Sao Paulo. Tenho R$ 200 de verba. Alguem interessado? me chamem no email marcelo.soares@sob-brasil.com abs marcelo
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discorules Membro Novato |
# mai/17
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bom dia pessoal, sabado agora dia 27, vou fazer uma reuniao de amigos e estou pensando num pocket show acustico, algo simples violao e voz, das 21:00 as 23:30. No bairro do Morumbi em Sao Paulo. Tenho R$ 200 de verba. Alguem interessado? me chamem no email marcelo.soares@sob-brasil.com abs marcelo
Caramba mano, 200 conto pra tocar duas horas e meia... A crise tá foda mesmo :p
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mano_a_mano Veterano |
# mai/17
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Gostei do tema do tópico e vim aqui dar minha resposta. Antigamente eu costumava cobrar R$150,00 a primeira hora + R$50,00 cada hora adicional para fazer som ambiente em eventos de empresas, principalmente de inauguração de lojas ou coisas do tipo. Hoje já nem faço mais esse tipo de coisa, pois realmente não vale mais a pena. Com o advento do pen drive com um zilhão de MP3 dentro, sendo deixado para tocar em shuffle num sistema de som ali perto por tempo indeterminado, ainda há algum motivo para se fazer som ambiente? A não ser que seja algo realmente muito, muito especial mesmo, nem perco mais meu tempo com isso. Também já toquei em casamentos, formaturas e aniversários de 15 anos, com cachê a combinar (em geral R$100,00 a hora, mas isso dependia de vários fatores, como renda familiar, local do evento etc.). Vez que outra ainda pode pintar alguma possibilidade de isso voltar a acontecer, mas de novo, não perco mais meu tempo esperando a chance. Já toquei em bandas também, e o cachê era variável. Dependia muito da situação. O melhor que já recebi numa banda foi um cachê de aproximadamente R$400,00, tocando por cerca de duas horas e meia num casamento na SOGIPA. A média era de R$50,00 a R$150,00 por hora, por membro; esse evento em si foi de primeira classe, então tivemos um "bônus". Hoje meus focos são composição e produção musical. Para onde isso vai me levar? Não faço ideia, mas penso em, assim, trabalhar com trilhas sonoras para rádio e TV (e cinema, quem sabe?), a fim de garantir uma renda - e, claro, produzir e lançar meu próprio material, pois isso faz parte do processo. Para um tecladista que não quer ficar preso à mesmice e pretende tirar sustento com seu(s) instrumento(s), isso é o que há. Um segundo foco para mim seria dar aulas particulares de piano e teclado. Já passei por experiências como professor de música antes e foi muito interessante, porém, na época eu ainda não era maduro o suficiente para assumir tamanho desafio. Hoje a situação é totalmente diferente Quanto a tocar com banda: ainda mantenho um projeto para festas, que está crescendo e ganhando corpo, e estudo a possibilidade de alguns trabalhos freelance com outras bandas, mas isso não é algo que pretendo fazer para sempre. Bandas costumam ser demasiado limitadoras - mesmo as autorais, que supostamente dão mais liberdade criativa. E os cachês em geral tem diminuído drasticamente - quando existem. Sei que em algum momento no futuro não tocarei mais com banda nenhuma, pois é muito desgaste e pouco ou nenhum reconhecimento. Bandas são boas para ganhar experiência, mas péssimas para se ter independência financeira - a não ser que seja uma banda consagrada a nível nacional, e mesmo assim, quem ganha de fato são os empresários que colocam a banda nas paradas e os compositores que conseguem em um hit o que os instrumentistas ganham em muitos anos de trabalho árduo. Isso é tão desanimador que nem respondo mais convites de bandas que volta e meia aparecem no meu Facebook. Sei que não vai dar em nada e que será sempre mais do mesmo, então, por que vou querer bandas, no atual estado das coisas? Aí vem uma pergunta crucial: "e hoje, quanto você ganha com música?". Resposta: por enquanto nada, pois minha carreira esteve em pausa prolongada e atualmente estou num processo de reciclagem, logo, seria até absurdo querer me meter a pegar trabalhos fixos com música nesse momento, inclusive por eu ter ficado fora de forma (o trabalho sairia uma caquinha...), mas tenho boas projeções - até melhores que nos anos anteriores. Se tudo correr como o esperado, e se eu conseguir o tão sonhado reconhecimento como profissional da música que sou (e pagamento, claro), aí sim, volto a esse tópico e dou a resposta definitiva.
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jorget Membro Novato |
# mai/17
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Hoje em dia, tocar por "miséria" é coisa de irresponsável. Ou seja, levar/carregar um equipamento caríssimo nos dias de hoje, sem segurança alguma, com risco de ser roubado, de acidente de trânsito e perder tudo numa abalroada (como já ví), ou de um bêbado tropeçar e derrubar seu caro teclado num salão, de dar curto no meio da apresentação e queimar teu equipamento (já ví e o salão não quis pagar dizendo que é culpa da elétricitária e não sua rede), ou seja, mil outros problemas onde todos ganham (contratante, público, etc) menos voce, seria loucura pura comprar um instrumento tão caro de milhares e levar um prejuízo desses, mais ainda nos ridículos valores cobrados descritos aqui desde o início (80, 100, 150, 200, etc), onde não se paga nem o transporte.
E o pior prejuízo: detonar o instrumento (pior se for teclado), com arranhões, quebras, trincas, bebida caído nele, etc. Não existe de forma alguma teclado de alguém, em boa conservação, isso pra um músico, durante um ano apenas, que o leva todo fim de semana pra tocar em salões/palcos, Deixa de ser (nem digo novo), nem semi-novo e nem conservado, mas gasto, onde em 3 a 5 anos se detona ele inteiro. Imagine perder um instrumento de 3 a U$ 4mil nesse tempo. Se alguém disser que nesses preços acima recuperou a perda, ou é piada ou é mentira, pois ainda (se sobrar), deve tirar disso o transporte, alimentação, custas, gastos, etc, além de separar o ganho (existe isso? Nesses valores?).
Ok, sei que se cobrar mais, ninguém paga. Já está crítica a situação e em se "explorar", leva a falência, desemprego, desocupação, etc. Mas acredito que se não existe essa segurança em lugar algum, nada sobra de lucro, só tem a perder, muito risco, de segurança e desgastes e perder o equipamento, que me desculpem os loucos por tocar pra público: dizem que existe gente que gosta de sofrer, de apanhar, de ser pisado, humilhado, etc. Pois é, esse é justamente o perfil de quem faz isso e nesses ridículos preços. Que mude de profissão que não leve a isso.
Quem toca em grandes bandas foge totalmente a isso: é pago/contratado com carteira assinada, é verdade que ganha pouco, mas tem tudo pago, de alimentação a transporte, hospedagem e ate roupa, ainda sem levar instrumento algum, tudo da banda, tal qual do Zezé, Ivete, grandes sertanejos, etc. Acho que quem não pode ter esses privilégios de grandes bandas, nem pode dizer que não tem outra opção pra viver e cobrar essas misérias: oras, que venda o teclado e troque de profissão (o teclado se vai de qualquer jeito no que disse acima, vai perder mesmo!). Falar que faz porque gosta de tocar, que toque em casa, pois pelo menos economiza a perda do teclado. Ou seja, não há desculpa, todas eliminadas acima. Só pode sobrar os masoquismo (gostam de sofrer em troca de algum 'prazer").
A onda de música ao vivo, conforme pesquisei, acabou faz tempo: houve nos anos 70 de muitas bandas daqui cantando em inglês, entrou as discos e detonou tudo nos anos 70/80, depois piorou nos anos 90 com o dance (tudo eletrônico, mas explodiu nisso a venda de sintetizadores), depois em 2000 vieram os DJs e por aqui surgiu os forros eletrônicos salvando a indústria de arranjadores. Mas se dizermos que arranjadores explodiu a música ao vivo, seria absurdo, pois só salvou o nordeste com grandes bandas de forros (as tais Aviões, Calcinhas, cuecas, etc).
E finalmente desde 2010, tudo voltou a tumba, centenas de bandas de forros morreram, junto com muitas bandas de axes e muitas sertanejas (alguém mais viu o Leonardo ou Daniel cantando por ai e mais 'trocentos" outros?). Ou seja, juntando com a crise no Br, acabou-se de vez a música ao vivo por aqui (e as de CD/eletrônica), sobrando muita coisa pouca no mercado.
Um exemplo foi neste ano no carnaval: foi o pior de todos os tempos em Salvador e Recife, o povo sem grana pra viajar e explodindo nas capitais o blocos de ruas (paupérrimos) como no Rio, SP, BH, etc. É a maior prova da pobreza musical que passa o Br. um conselho Pra quem tem ainda um arranjador e pensa em tocar ao vivo: venda antes que despenque seu preço (se já não foi), podendo valer isso ate pra outros teclados inoperantes. Foi apenas um conselho, só isso.
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fernando tecladista Veterano |
# mai/17
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jorget Um exemplo foi neste ano no carnaval: Nem diga toco em carnaval faz tempo, era em clube particular, ai apareceram as prefeituras fazendo carnaval popular e com isso os clubes não aguentaram, agora com prefeituras quebradas não sobrou mais nada, feliz quem pega 2 matines pra tocar, raras são as propostas que vale encarar
Fora isso a musica morreu, campinas tá com um projeto dos bares fecharem as 23:00 Qualquer evento junta mano ai qualquer que pensa em organizar um, tem que entupir de segurança ai sobra nada pra pagar a banda Fora repertório que está discutível Mas pra ficar dentro do tópico feliz que toca em cerimônia de casamento, ainda é um reduto onde sobrou uma certa qualidade na música, ainda onde se paga algo que fale a pena, e não tem bebado em igreja enchendo o saco
Antes também eu gostava de tirar meus vintages de casa, dx7, 01w.. pra quê? Pra chegar um mala aos 15 min de show falando alto "toca funk tio!!!" Da aflição
Não fale o investimento, música ainda se tira uma graninha com casamento, aula ou estúdio
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Edson Caetano Veterano
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# mai/17
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Este ano de 2017 tive que fazer uma escolha muito séria, que infelizmente teve que ser tomada, eu sem tocar com banda, sem pegar nenhum evento, produzindo praticamente nada a bastante tempo, simplesmente porque tive que aumentar a jornada de trabalho agressivamente em outras áreas e o tempo para a música ficou reduzida a apenas sonhos
Coloquei 90% de tudo que eu tinha a venda, e foi jogado um belo balde de água fria na música, que agora é apenas um hobby distante sem nenhum tipo de projeto a vista, mas sempre deixo em aberto as possibilidades, quem sabe um dia de novo volto aos meus anos aureos
Segurei apenas um SP88x que não tem mais valor de venda (o meu foi envelopado inteiro, não tem como ler as informacoes,só eu que decorei), o Apro800 é o que ficou para a guerra, e o antigo E66 que não tem valor de venda tambem... dar coisas não é do meu agrado kkk, pra quem ja teve 8 teclados incluido um Kronos esta aí bem espelhado o momento em que vivemos no Brasil
O Home Studio tambem inteiramente desativado, foi transformado em uma cozinha profissional onde faço itens de charcutaria e cerveja para aumentar o $$ de casa, poucos itens sobraram já penso em queimar tudo de vez
Dá uma dor no coração, mas manter itens eletrônicos sem uso é pedir para que eles quebrem... pelo menos ficou o conhecimento e os amigos, hoje a minha principal maquina de fazer música esta comigo todo dia, meu ipad. e é com ele que irei fazer som a partir de agora, ele e o apro
Fim kkk mas tudo é ciclico, quem sabe amanhã
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mano_a_mano Veterano |
# mai/17
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jorget
Hoje em dia, tocar por "miséria" é coisa de irresponsável. Se me oferecem "miséria", desligo o telefone na cara. Sem mais.
Ou seja, levar/carregar um equipamento caríssimo nos dias de hoje, sem segurança alguma, com risco de ser roubado (...) seria loucura pura comprar um instrumento tão caro de milhares e levar um prejuízo desses (...) Eu já nem levo mais os instrumentos por aí, exatamente por todos os fatores citados. Para isso tenho um CTK-6250, coisa simples, barata, "faz-tudo" e, se der qualquer problema, o prejuízo não é tão grande. Meus outros instrumentos, só em casa.
Ok, sei que se cobrar mais, ninguém paga. Já está crítica a situação e em se "explorar", leva a falência, desemprego, desocupação, etc. Prefiro cobrar mais e receber um "não" a cobrar menos e acabar virando "jukebox ambulante" - sério: uma vez fui chamado para tocar por uma hora e acabei tocando quatro horas, recebendo o preço de uma hora. Mas eu era muito mais ingênuo na época; hoje, se me fazem isso, aumento consideravelmente o preço. E dane-se o contratante.
Mas acredito que se não existe essa segurança em lugar algum, nada sobra de lucro, só tem a perder, muito risco, de segurança e desgastes e perder o equipamento Por tudo o que coloquei no meu textão acima, pode-se ver que atualmente música ao vivo não é meu foco. Hoje prefiro compor, produzir, gravar, essas coisas. Muito mais cômodo e abre diversas portas, diferente da música ao vivo, onde reina a exploração.
Quem toca em grandes bandas foge totalmente a isso: é pago/contratado com carteira assinada, é verdade que ganha pouco, mas tem tudo pago, de alimentação a transporte, hospedagem e ate roupa, ainda sem levar instrumento algum, tudo da banda, tal qual do Zezé, Ivete, grandes sertanejos, etc A grande questão aqui é que ninguém começa já numa grande banda. São degraus. Exemplo: o cara começa na adolescência, na banda do colégio; depois, vai para a banda da igreja; daí para bandas da noite; depois, para bandas de eventos; aí, com alguma sorte, ele é descoberto por algum artista no mainstream, torna-se parte de sua banda de apoio e, assim, fica com a vida feita. Mas é aquilo: são pouquíssimos os sortudos que conseguem essa façanha. No meu caso, uso as bandas apenas com o objetivo de trocar ideias e experiências com outros músicos e para não passar todo o tempo tocando sozinho. Não viso lucro com as mesmas. E, cá entre nós, para quem é tecladista, fazer o próprio trabalho, ser reconhecido e ainda gerar receita com isso, sem interferências, sem aporrinhação alheia, é muito melhor, não?
acabou-se de vez a música ao vivo por aqui Acho isso um pouco de exagero, não sei se "acabou", mas que a coisa anda bem reduzida, isso sim. Até porque, como falei mais acima, na maioria das vezes os músicos ao vivo foram substituídos por um pen drive com um bocado de MP3 posto para tocar de fundo - e aparelhos de som não cobram cachê, nem reclamam de cansaço, né... Com tudo isso, ainda acho possível fazer música ao vivo, desde que apenas em momentos propícios para tal, não querendo viver disso. É o que faço. Para mim, nos dias de hoje, composição e produção musical é o que há.
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mano_a_mano Veterano |
# mai/17
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fernando tecladista
campinas tá com um projeto dos bares fecharem as 23:00 A Cidade Baixa de Porto Alegre, um antigo e tradicional reduto da boemia, cheio de bares e pubs, já esteve ameaçada de acabar por completo, pois os estabelecimentos vinham fechando um a um. Havia a possibilidade de a região se tornar uma zona residencial, vê só... Mas parece que a coisa não foi adiante, e a Cidade Baixa voltou a ser o que era - porém, infelizmente com um nível de segurança reduzido a quase zero.
Fora repertório que está discutível Nem me fale, sem comentários...
feliz que toca em cerimônia de casamento, ainda é um reduto onde sobrou uma certa qualidade na música, ainda onde se paga algo que fale a pena, e não tem bebado em igreja enchendo o saco Esse é o foco do meu atual projeto de banda: casamentos, formaturas, congressos etc.. Nada de "tocar na noite", pois isso sim, "morreu" para mim. Estamos com um repertório de mais de 200 músicas, das quais começamos a ensaiar seis. O pessoal anda bem animado e a coisa parece que vai adiante, mas como já coloquei na minha resposta ao jorget, esse não é meu foco hoje. Gosto da liberdade criativa, e como já foi falado "n" vezes aqui, bandas não tem isso, nem mesmo as autorais. E bandas costumam ser muito exploradas por donos de casas de shows, o que também desanima.
Antes também eu gostava de tirar meus vintages de casa, dx7, 01w.. pra quê? Pra chegar um mala aos 15 min de show falando alto "toca funk tio!!!" Da aflição Há uns sete ou oito anos atrás eu fazia questão de tocar no palco do Opinião (em tempo: o maior bar de Porto Alegre, com um palcão enorme, e onde foram gravados muitos DVDs de bandas famosas) com todo o meu set na época. Hoje? Não mais. Por que eu arriscaria meu set por uma ninharia e correndo o risco de gangues levarem tudo?
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