Breve História dos Pedais de Distorção

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JJJ
Veterano
# mar/16
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boblau

Pois é... Tanto o Fuzz como o Overdrive são muito, digamos, reconhecíveis. A distorção "padrão", "comum", "clássica" ou "feijão com arroz" - como você adjetivou - é meio pau pra toda obra mesmo. Muitas delas, se setadas com pouco drive, servem de overdrive tranquilamente. Outras, no talo, podem passar por Fuzz ou, pelo menos, substituí-los sem grande problema...

Mas eu tinha que falar, né? hehehe... Acho que deu pro gasto.

Quanto às abelhas... É uma grande dificuldade mesmo, dependendo do setup. Mas acho que consegui me livrar de quase todas também, no trecho tocado.

Ismah
Veterano
# mar/16 · Editado por: Ismah
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JJJ

O feedback é um mistério pra você em que sentido? Como se consegue o efeito?

Isso, como funciona o circuito. Ele tá ali, funciona, mas não faz sentido pra mim.

boblau
abelhas

O JJJ respondeu Variar a saturação, conforme o nível do instrumento (e conforme o entorno em geral).

O drive embola por excesso de graves, por isso todo pedal tem um HPF fixo na entrada, e os de drive são bem generosos geralmente. As "abelhas" surgem por excesso de agudos, distorcendo o estágio de saída geralmente - fica como se tivesse um fuzz na saída. Por isso que muitos pedais de drive e fuzz operam a 18V, o maior headroom evito que a saída distorça.

Por isso o tone é nada mais, que um corte de agudos (LPF). E a quantia de corte é variável conforme onde você toca, chegar a um senso comum é difícil. Em riffs mais para o meio do braço estou fechando em absurdos 4KHz na hora da mix, e tá legal assim, não sobra agudo.
Só que na hora do "pega pra capar" do ao vivo, isso não é sempre viável. Aí que entra o tone da guitarra em ação pra cortar na entrada. Com isso em mente, começamos a entender porque se usavam pot de valores tão altos em instrumentos antigos, e porque com o advento de alterar os parâmetros com um foot-switch, eles ficaram obsoletos. Enfim...

PS.: Nem eu sabia que sabia tanto sobre o que sei. kkk

Lelo Mig
Membro
# mar/16
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JJJ

Muito bom... acompanhando, bem legal!

Ismah

"Se referir ao Purple, Black Sabbath e Led Zeppelin como hard rock é algo raro, hoje em dia..."

A minha geração e a subsequente (que creio ser a do JJJ), assistiu o emergir do trio, contemporâneo, (Led Zep, Black Sabbath e Deep Purple) que são as 3 bandas que definem o Rock Pesado ou Rock Pauleira que é a definição tupiniquim para o termo Hard Rock. Isso no início dos 70.

O termo Heavy Metal ou Metal, não era usado, e só se popularizou no final dos 70, com a ascensão do Iron, Saxon e a turma do Britsh Metal 80´s.

Vou aproveitar a deixa e esclarecer esse termo "Heavy Metal".

Ele foi criado nos anos 30, pelo cientista Niels Bjerrum, com o mesmo sentido (Metal Pesado) que prevalece até hoje, ou seja, metais com densidades maiores que 7g/cm³.

Nos anos 40 e 50, era usado também para se referirem a alguns equipamentos pesados bélicos, como Tanques e Veículos lança misseis.

Na música, aparece pela primeira vez, em 1967, aqui:



Depois em 1968 na letra de Born To Be Wild, do Steppenwolf: “I like smoke and lightning, heavy metal thunder”

E para se referir a um estilo musical, a primeira vez que foi usado foi na revista CREEM de Maio de 1971, por Mike Saunders. Mas, ao contrário do que dizem por aí, não foi para a resenha do álbum do Black Sabbath, e sim para a resenha do álbum do Sir Lord Baltimore, em referência a canção Kingdon Come.



JJJ
Veterano
# mar/16
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Ismah

Então... quem sabe a gente pode bolar uns circuitos ultra básicos pra esses pedais? Tipo... um Fuzz, uma Distorção e um Overdrive os mais simples possíveis (tem um projeto de fuzz por aí com um único transistor, por exemplo - não estudei o do Bertola, mas talvez seja assim também).

Lelo Mig

Opa! Auxílio luxuoso, hein?

Uma notícia: somos da mesmíssima geração, meu caro... aquela logo depois da "g...g... generation" (acho que você vai entender...).

Quanto ao termo "heavy metal", realmente demorou um pouco pra ser usado, mas, a partir de algum momento no fim dos anos 70, não me era estranho ouvir esse termo na mesma frase com "Black Sabbath", por exemplo.

Lelo Mig
Membro
# mar/16
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JJJ

"Opa! Auxílio luxuoso, hein?"

Obrigado!

De qualquer forma o Black Sabbath é considerado a referência do estilo sim. Justamente porque a turma dos headbangers (Judas, Motorhead, Saxon e etc) definiram o termo Metal como estilo e o Sabbath como referência primordial.

Ismah
Veterano
# mar/16
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JJJ

To dentro.

Adler3x3
Veterano
# mar/16
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JJJ
Bem legal o vídeo, uma boa ideia.

Ismah
Veterano
# mar/16
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Lelo Mig
O termo Heavy Metal ou Metal, não era usado, e só se popularizou no final dos 70, com a ascensão do Iron, Saxon e a turma do Britsh Metal 80´s

New Wave of British Heavy Metal. Eu sei... Apenas acho curioso que são bandas mortas em pessoas da minha idade (cerca de 1/3 da de vocês kkkk), e bandas meio que sem gênero passaram a ser criadores do estilo...

Acho que o termo HM passou a ser usado para diferenciar o estilo rápido do hard rock, mais melodioso, e do punk/hardcore minimalista.

Só não gostei que só falamos de bandas de ingleses esnobes, enquanto no lado de cá, se tiveram bandas ótimas, talvez não tão conceituais para definir o estilo.

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# mar/16
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JJJ
Então... quem sabe a gente pode bolar uns circuitos ultra básicos pra esses pedais? Tipo... um Fuzz, uma Distorção e um Overdrive os mais simples possíveis
Por isso criei o Bertola's MiniFuzz. Não há circuito mais simples que esse...
Já o de overdrive, você pode construir esse:
http://www.instructables.com/id/Make-an-easy-guitar-distortion-pedal-S TEP-BY-STEP/
Reparem que a "engenharia" é semelhante...
Abç

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# mar/16
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Ismah
Lelo Mig
O termo Heavy Metal ou Metal, não era usado, e só se popularizou no final dos 70, com a ascensão do Iron, Saxon e a turma do Britsh Metal 80´s
Aqui no Rio o termo "Heavy Metal" só passou a ser usado lá pelos anos de 82/3, e só se "popularizou" com o Rock in Rio em 1985 (com a "criação" do infame termo "metaleiro").
Abçs

Ismah
Veterano
# mar/16
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Mauricio Luiz Bertola

Faltou só um capacitor na saída para isolar a DC de polarização (estava desenhando projeto semelhante mas com Tl072 e 1N400X). Um .22nF deve servir.

entamoeba
Membro Novato
# mar/16
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JJJ
Assisti os dois vídeos hoje. Belíssimo trabalho! Além disso, o tópico tá rendendo uma bela discussão, boa de acompanhar!

Soultunes
Membro
# mar/16
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JJJ

Belissimo topico, parabens.

JJJ
Veterano
# mar/16
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Adler3x3
entamoeba
Soultunes

Valeu, pessoal!

Ismah
Mauricio Luiz Bertola

Depois do "mini-fuzz", estou prevendo um "mini-distortion" e um "mini-overdrive"...

João_Luiz
Veterano
# mar/16
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Muito bom JJJ.

Difícil foi para nós que descobrimos sozinhos essas características numa era sem importações, vídeos e internet .
Vai ajudar muita gente por aqui.
Abraço.

JJJ
Veterano
# mar/16
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João_Luiz
nós que descobrimos sozinhos essas características numa era sem importações, vídeos e internet .

Era dureza, né? Talvez eu ainda fale do meu primeiro pedal, pro pessoal chorar um pouco... hehehe
Valeu!

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# mar/16
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Ismah
Faltou só um capacitor na saída para isolar a DC de polarização (estava desenhando projeto semelhante mas com Tl072 e 1N400X). Um .22nF deve servir.
Explique isso aí, pois não entendi o objetivo...
Abç

Lelo Mig
Membro
# mar/16
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João_Luiz
JJJ

"Difícil foi para nós que descobrimos sozinhos..."
"Era dureza, né?..."


Era difícil mas extremamente excitante. Cada "pedalzinho" diferente que eu via com algum músico por aí, cada comentário numa revista de eletrônica, cada visita a algum técnico das antigas em suas oficinas velhas e cheias de quinquilharias....

Cada figura que conheci nesta vida, cada professor Pardal, cada cientista louco da Rua Cardeal Arcoverde ou Sta Ifigênia (em seus anos de ouro)...... foi uma experiência inexplicável, memorável, uma jornada épica de aprendizado.

"Talvez eu ainda fale do meu primeiro pedal, pro pessoal chorar um pouco..."

Meu primeiro pedal....um Overdrive, numa caixinha de plástico, com chave de acionamento manual. Construído por meu falecido e saudoso pai.

JJJ
Veterano
# mar/16
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Lelo Mig
Era difícil mas extremamente excitante. Cada "pedalzinho" diferente que eu via com algum músico por aí, cada comentário numa revista de eletrônica, cada visita a algum técnico das antigas em suas oficinas velhas e cheias de quinquilharias....
Cada figura que conheci nesta vida, cada professor Pardal, cada cientista louco da Rua Cardeal Arcoverde ou Sta Ifigênia (em seus anos de ouro)...... foi uma experiência inexplicável, memorável, uma jornada épica de aprendizado.


Coisas que ninguém (nem nós!) teria mais paciência, hoje em dia...

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# mar/16
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JJJ
Coisas que ninguém (nem nós!) teria mais paciência, hoje em dia...
Mas que deveríamos ter....
O aprendizado é uma busca, ao mesmo tempo difícil, estimulante e permanente; se se perde uma desas características, o processo torna-se incompleto...
Abç

JJJ
Veterano
# mar/16
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Mauricio Luiz Bertola

É... mas as coisas mudaram... hoje, se não couber em 140 caracteres, o texto é longo demais... pra dar notícia, basta a manchete... e por aí vai...

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# mar/16
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JJJ
Esse é o problema...
O que caíram naquela armadilha observada pelo grande Umberto Eco, certamente.
Mas aqueles que estão "fora da curva", e, que de uma forma ou de outra são "referências", sabem que isso é necessário...
Mas... Isso são só meras observações...
Abç

Ismah
Veterano
# mar/16
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Mauricio Luiz Bertola
Explique isso aí, pois não entendi o objetivo...

Isolar a tensão de bias/polarização do transistor, tá lá o C2, eu interpretei o circuito errado. Pra não dar o braço a torcer (kkk) usaria um C3 para diminuir a impedância de saída causada por D1 e D2 :P

JJJ
Veterano
# abr/16
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Terceira parte: overdrive.



boblau
Veterano
# abr/16 · Editado por: boblau
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JJJ


ficou muito legal a tua série. Parabéns!

Neste último vídeo sobre os overdrives, eu adiciono a grande importância dos overdrives em adicionar saturação aos amplificadores valvulados. Acho o melhor deste pedais. Na minha opinião, apesar deles terem sido feitos para "simular" um valvulado, a maior virtude é de dar uma saturação adicional nos valvulados, sem perder dinâmica, timbre ou comprimir o sinal.

Adicionaria ainda a grande importância deles servirem de buffers (os que não são TBP e têm buffer), para resolver o problema de perda de sinal dos cabos. Este é um problema sério que muitos negligenciam e estes pedais resolvem na maioria das vezes, sem alteração de timbre. O Ritchie Blackmore usava um gravador de rolo como "overdrive" e "analog delay" e resolvia o problema da impedância pois não suportava nem Fuzz e nem Distortions.

João_Luiz
Veterano
# abr/16
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JJJ
Ótimo vídeo.
Mais conhecimento para a galera.
Parabéns!

JJJ
Veterano
# abr/16
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João_Luiz
boblau

Valeu!

Realmente, boblau, eu tentei encaixar o Blackmore (um dos meus guitar heroes, desde a adolescência) em alguma coisa, mas ele não é chegado a pedais mesmo...
Só deu pra "enfiar" uma foto rapidinha do Purple no segundo vídeo... hehehe

Luiz_RibeiroSP
Veterano
# abr/16
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JJJ

Esse pedalzim da korg me deu GAS. muito legal, nunca se desfaça dele. Se quiser se desfazer me avisa.
Deu um trabalhinho essa sua pesquisa, tava bem feita.

JJJ
Veterano
# abr/16
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Luiz_RibeiroSP

Não há nenhum risco de me desfazer dele... rs
Tenho o flanger da mesma linha e é tão bom quanto. São pedais com 30+ anos, usei bastante e nunca deram nem um chiado nos knobs. Parecem novos! Tudo bem que eu cuido e tal (ainda estão guardados nas caixas!), mas são praticamente indestrutíveis.

entamoeba
Membro Novato
# abr/16
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JJJ
se eu me animar

Se anime! eheheh Essa série está ficando excelente!

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