Recupero uma Pinguim?

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mrphillhimself
Veterano
# dez/09


Pessoal, olá!

Há um tempo pedi ajuda a vocês a respeito de que set de pratos deveria comprar.

Estou com uma Pinguim de um amigo guardada em casa, e resolvi, com a devida autorização do próprio, começar a tocar.

Comprei um set Zildjian A Custom, com Hi-Hats 14, Crashes 16 e 18 e Ride 20. Fiquei satisfeito.

Ganhei umas Vic Firth e umas Pro Mark, de todos os tipos, para testar e escolher a que melhor se adapte à minha levada.

Agora... tô começando a querer mexer na batera mesmo.

As ferragens estão bem enferrujadas, a máquina do chimbal tá bem runizinha, etc etc...

Fui atrás de umas opções de ferragens, e:

- gostei dos RMV por parecerem que aguentam, pelo preço e pelo visual.

- gostei da série Privilege da Odery. É um pouco mais cara, mas dá para encarar. E têm qualidade.

Só que... se eu comprar todas as ferragens, sai quase o preço de uma daquelas Odery Privilege "pré-montadas"...

Pergunto: vale a pena mexer na Pinguim? Dizem que ela é muito boa. assim como as peles - ela está com peles Remo (não sei qual modelo, é daquelas hidráulicas, pretas, com um círculo branco)...

O que fazer?!

Obrigado a todos,

Phill

mrphillhimself
Veterano
# dez/09
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uppando e complementando:

bumbo 22 x 17

caixa 14 x 6

tons 13 x 9 e 14 x 10 (sobre holders pinguim)

surdo 16 x 16

pinguim (clássica ou vintage, não tenho certeza) 87

pedal ludwig speedking no bumbo, do hihat não sei qualé)

preta sólida, meio judiada, metais enferrujados (ficava no rio, ao alcance da maresia, e depois ficou um tempo guardada num porão)

Amok
Veterano
# dez/09
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mrphillhimself
Você está com um belo kit vintage nas mãos.
Eu procuraria recuperar as ferragens originais ao invés de trocá-las. É possivel mandar fazer um jateamento e uma recromação das ferragens. A cor preta sólida original da Pinguim é uma fórmica meio feia. Se tiver verba, seria legal mandar refazer o acabamento, laqueado ou encerado.

[ ]´s

Amok
Veterano
# dez/09
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Ah, sim, parabéns pelos pratos, são excelentes.
[ ]´s

mrphillhimself
Veterano
# dez/09
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amok

Obrigado pelo retorno.

Estou prestes a comprar um Kit de ferragens Odery Privilege, composto de: 1 máq chimbal, 1 pedestal reto, 1 pedestal girafa, um banco, um pedal simples de bumbo e 1 suporte de caixa - está em promoção no site deles até amanhã por R$ 1.680. Daí iria mexendo aos poucos nos tambores da Pinguim.

MASSS... uma Odery Privilege Jazz sai por R$ 1.990, com 5 peças (bumbo, caixa, dois tons e surdo - todos menores que os da Pinguim), e as mesmas ferragens do Kit acima (além de um Tom Holder duplo de bumbo). Esta é a dúvida, agora. Comprar as estantes, recuperar aros, canoas e revestimentos da Pinguim (ah, as peles são Remo Pinstripe, e a do snare é uma Remo, mais rugosa), inclusive customizando com algumas flamas, e acabamento sparkle... ou comprar a Odery Jazz (que tem um acabamento madrepérola branco lindo...)???

Apesar de a Pinguim não ser minha, pela configuração ela fala mais alto que a Odery Jazz. e eu gosto de sentar a mão acompanhando os Reverend Horton Heat e Social Distortion da vida... E o dono se comprometeu a, se for pegar abateria de volta, me reembolsar os gastos nela...

Bem, tirei umas fotos da criança para checar o estado, mas aqui não tem como postar, né?

Estou, como podem imaginar, perdidinho. O que faço?????

Agradeço toda e qualquer "luz".

Abraço,

Phill

ROo
Veterano
# dez/09
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mrphillhimself
http://www.imageshack.us/

posta as fotos aqui, cara.
depois coloca o link das fotos aqui pra gente dar uma olhada :)

mrphillhimself
Veterano
# dez/09
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ROo

Postado: http://profile.imageshack.us/user/mrphillhimself/

Favor não reparar no adesivo "Sonor", nas Havaianas nem na guitarra de Guitar Hero... rs

Não sei se dá para perceber o grau de deterioração das ferragens... e da caixa (aros, canoas e automático, especialmente)...

Agora... o Amok tem razão. O preto dela é bem feio.

Abraço,

Phill

ROo
Veterano
# dez/09
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mrphillhimself
Eu não sou baterista, nem entendo nada de bateria hehehe
só coloquei o link do site pra ajudar...
e de fato, esse preto é bem feio.

abraço

Amok
Veterano
# dez/09 · Editado por: Amok
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mrphillhimself
A batera tá bem gasta mesmo...
Seguinte: a Odery Privilege é uma excelente batera, mas essa configuração Jazz não serve pro som que voce pretende tocar.
Sobre essa Pinguim, o que dá pra dizer é que os cascos parecem estar em bom estado e achei interessante o fato de o bumbo ter vinte canoas ao inves de dezesseis, bem como o tom de 14" ter dezesseis ao invés de doze. Esse tipo de padrão revela uma certa preocupação com a qualidade. As canoas parecem o.k. , bem como o tom holder. O speed king é uma joia, e a máquina de chimbal é meio vintage, fininha, tipica dos modelos nacionais com mais de 20 anos.
Vou dizer o que EU faria. Não sei se é a melhor dica pra vc. Voce já fez um bom investimento nos pratos. Merece que o resto da batera esteja à altura. Em primeiro lugar faria uma oferta baixa pro dono da batera, tipo uns 400,00 (sem os pratos, óbvio). Depois, partia pra personalização: passaria o tom de 14" pra posição de surdo e ficaria só com o de 13 " na frente; jateava e recromeava as canoas, canecas, tom holder, automático da caixa e pés do surdo. Trocaria os pés do bumbo por algum modelo telescópico, porque os originais são realmente de doer. Trocaria os aros dos tontons por aros power hoop (a Odery tem), além de colocar aros e peles na resposta. Os aros da caixa eu trocaria por die-cast em aluminio (a Fischer faz). Nos cascos eu encomendava uma pintura personalizada preto laser sparkle no Giardina. E as estantes eu trocava por essas Privilege que voce mencionou.

Obviamente isso tudo não sai barato, e provavelmente você encontra kits similares por um preço bem menor que o orçamento disso tudo. Mas voce vai ter um kit altamente personalizado e exclusivo, com uma excelente madeira (cascos envelhecidos em bom estado são preciosos), fora o barato de saber que voce pegou um kit detonado e deixou lindo. O conceito é o mesmo que construir um carro hot-rod: restaurar, mantendo algumas características originais e atualizando outras. Acho que tou assistindo Overhaulin´demais...

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mrphillhimself
Veterano
# dez/09
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Amok

Biiicho, adorei a resposta!!!

Primeiro, pelo seu empenho em querer vê-la bacaninha de novo. Segundo, porque era algo bem parecido com o que pretendo fazer. Terceiro... bem, o terceiro eu conto lá no final!... rs

Passei numa loja e vi que, realmente, a Jazz não rola. É meio que aquilo: a "tara" pela Odery. Mas não vai ser agora. Vai ser uma Custom, daqui a algum tempo, quando eu merecê-la, e achar que a relação phill x batera não vai ser do tipo "deus dá asas prá quem não sabe voar"... rs

Então encomendei o kit de estantes, inclusive máquina hihat e pedal duplo. E vou começar a mexer nela, a começar pela caixa. Vou ver se a própria Pinguim a recupera para mim, e faz um acabamento silver sparkle. Depois, no resto, um fundo azul clarinho com flames prateadas, com acabamento sparkle. acho que vai ficar show.

Vou procurar recuperar e manter canoas e o tom holder (este ficará lindo, depois de recuperado), vou aposentar o speedking, e brincar com ele às vezes, só para não deixar a "jóia" totalmente ociosa.

Já tinha pensado nos pés do bumbo e do surdo, mas ainda não em jogar o tom 14 x 10 no chão. Pode ser uma boa idéia. Mas aí vou ter dificuldade de me acostumar com o vazio deixado por ele... rs... vou acabar vendo se consigo um tom 12 x 8 Pinguim no mesmo estilo, para deixar os dois no holder do bumbo.

Também já estava decidido a meter a resposta nela.

Acho que o set ficará bem legal. Só falta o Roc'n'Soc, que não consigo achar aqui...

Mas o racional é este mesmo: a batera ficou anos-luz para trás dos pratos. Vou colocar todo mundo junto. AH, e os pratos são meus, e não do dono dela. Ou ex-dono, creio. Mas me diz: as 400 pratas são um valor justo?

Bem, valeu mesmo. Dicas valiosíssimas. Caso seja muita poluição para os outros lerem, e você tope, podemos prosseguir em PVT essa comunicação. Você falou de um monte de marcas aí que preciso descobrir...

O que faltou?!... ah, sim, o "terceiro"... rs... lá vai:

Não vai ser o primeiro brinquedo que recupero. Há um tempo, peguei um Englehardt Swingmaster podrão e o transformei numa obra de arte... E "Overhaulin' demais"?... rs... é que você não viu a metamorfose do meu K-Ghia Coupé '68...

Abração, novamente obrigado,

Phill

Amok
Veterano
# jan/10 · Editado por: Amok
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Ah, legal, cara.
Eu prefiro manter essa troca de ideias em aberto, pois tem informações que creio que mais pessoas podem aproveitar.
A cor preta laser sparkle eu sugeri pra homenagear o preto original da batera, mas obviamente é tudo questão de gosto. O efeito laser sparkle é mais discreto que o sparkle tradicional.
Recuperar a caixa na própria Pinguim me parece uma boa idéia. Como o proprio Roncon ainda tá na ativa, voce pode tentar trocar uma ideia com ele a respeito da recuperação das ferragens.
Sobre passar o tom de 14" pro chão, é por causa da tendência atual de emular os kits de hard rock da década de 70, que por sua vez emulavam os kits de jazz de big band. O espaço ocupado pelo tom 2 passa a ser ocupado pelo ride em posição mais horizontal. Com isso, o ride se aproxima da caixa e é necessário menos energia pra passar a mão direita da caixa pro ride e vice-versa. É questão de hábito e, novamente, de gosto pessoal. Meu kit é bastante grande, mas ainda adoto uma configuração derivada destas vintage.
Sobre o preço, é o seguinte: acho justo um valor entre 400,00 e 600,00 por causa do estado em que o kit se encontra. Um destes em bom estado pode valer cerca de 1000,00.
Bom saber que estou trocando ideias com um restaurador. Depois posta umas fotos do seu karmann ghia estilo Chip Foose e do baixão também.
Ah, se quiser dar uma olhada no meu kit, é só visitar meu blog. O endereço está em meu perfil.

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mrphillhimself
Veterano
# jan/10
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U-TURN!

Mudei totalmente de idéia. Larguei prá lá os planos de reformar a Pinguim.

Tô fechando uma Odery Custom simplezinha, 4 peças, em araucária.

Bumbo 20 x 16, Caixa 14 x 6,5 c/ Hard Hoop, Tom (suspenso) 10 x 8 c/ Power Hoop, Surdo (com pés) 14 x 13 c/ Power Hoop.

Dá para brincar?

Tô agora pirando pensando no acabamento.

Bem, quanto às medidas, qualquer crítica, sugestão, dica, etc é bem vinda. A princípio começo com isso, e depois incorporo um tom 12 x 9 e um surdo 16 x 15.

Lembrando que meu gosto é Psychobilly (Reverend Horton Heat, Tiger Army, Horrorpops, Cramps), Rockabilly (Stray Cats, Brian Setzer Orchestra, Canastra), "Punk" (Social Distortion), Ska-Core (Reel Big Fish, Save Ferris), pergunto:

- as medidas estão Ok?

- com estas medidas, a princípio, agora estamos planejando a espessura dos cascos. Alguma dica? (estamos iniciando com idéias de bumbo e caixa a 8,5 mm e tom e surdo a 5,5 mm)

Como sempre, agradeço os comentários!

Abs,

Phill

Amok
Veterano
# jan/10
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mrphillhimself
Uma Odery Custom não é instrumento "pra brincar". Quem parte para um investimento desses tem que cair de cabeça.
Eu acho esse bumbo meio pequeno, embora os bumbos de 20" de araucária da Odery sejam supreendentes. Um 20x18 te dá um som mais encorpado. Um 22x16 te permite afinação mais grave, com um bom kick. Normalmente os tontons pra hardcore são maiores (12" e 16"),mas essas medidas que você propôs não são absurdas. A caixa tá OK. Se o tom e o surdo forem de 5,5mm, melhor pedir pra colocar anéis de reforço. Eu começaria com os tons maiores e depois partia pros menores, mas no final tanto faz.

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mrphillhimself
Veterano
# jan/10
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Amok

fala, meu caro!

obrigado pela resposta.

sei o que é (e quanto custa... rs) uma odery custom... mas eu sou chato e exxigente... inclusive comigo!

já estou em aulas com um cara bom, para fugir o mais cedo possível do estigma "deus dá asa prá quem não sabe voar" e merecer a batera onde vou tocar. minha intenção é me desenvolver de verdade.

por isso mesmo fiz uma pausa no que estava quase sendo uma compra por impulso. parei e vou analisar, frente ao uso, a melhor opção. este é o motivo de estar novamente perguntando estas perguntas bestas...

um kit bumbo 22 x 16 (ou 18?), caixa 14 x 6,5 (ou 7?), tons 12 x 9 (suspenso) e 16 x 15 (no chão) é mais adequado? e as espessuras, devem ser maiores que os inicialmente sugeridos (8,5 para bumbo e caixa, e 5,5 para tons?)

sobre a madeira... no showroom deles (moro perto da fábrica) o som da teca me surpreendeu... é melhor araucária ou teca? ou mista? (a teca é lindíssima, como acabamento!!!)

sobre aros... eles tem ali o tal "hard hoop aluminum", que faz uma bela diferença mas custa os olhos. tem os power hoop e opções de die cast. é melhor meter hard hoop na caixa e power hoop nos tons, ou die cast em tudo?

quando falo de "melhores", estou falando em "mais a ver com o que pretendo", ok?

e podem crer que vou "cair de cabeça"!... eu apenas quis adquirir uma batera que não pensarei em trocar tããão cedo, talvez nunca!

mais uma vez, obrigado,

phill

mrphillhimself
Veterano
# jan/10
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ah, o "prá brincar" foi totalmente metafórico!

Amok
Veterano
# jan/10 · Editado por: Amok
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mrphillhimself
Essas medidas que voce propos agora me parecem mais adequadas. As espessuras são OK, mas eu recomendaria anéis de reforço nos tons. Se o tom frontal for montado em uma estante fixa no bumbo, talvez seja melhor uma espessura maior pro bumbo. O ideal é um bumbo com um casco mais fino, tipo esse 8,5, com anéis de reforço e sem nada em cima.
A teca é realmente uma excelente madeira pra bateria: é madeira ecologicamente correta, com um belo visual e um som supreendente. Em uma das expo-music, conversei com o Mauricio Odery e ele me explicou como "ouvir" o timbre do casco. Tinham cascos feitos de imbuia (agora fora de linha), araucária e a então recem-lançada teca. O som da araucária eu descreveria como macio, redondo, aveludado e controlado. Os de teca e da imbuia soaram bem parecidos: timbres encorpados e bastante ressonantes, com um pouco mais de presença de graves na imbuia. Numa bateria, eu diria que a araucaria possui um som mais clássico, que remete às baterias de Maple. O timbre da teca é algo novo e diferente, não tenho parâmetros pra comparação, mas gostei muito. Se eu fosse encomendar uma custom, e como eu gosto de arriscar um pouco, eu tentaria um bumbo de araucária com uma folha de teca por fora e o resto dos tambores em teca, inclusive a caixa.
Sobre os aros, se os tontons tiverem anéis de reforço, acho que power hoops são uma boa. Na caixa, die-cast, sem dúvida (a Odery faz ? Sempre achei que não). Se voce gostar de uma sobrazinha de harmônicos na caixa, pode tentar power hoop em cima e die-cast em baixo.

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mrphillhimself
Veterano
# jan/10
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Amok

minha dúvida em relação à teca é: será que é uma tendência, ou vai sumir? se sumir, vira mito, ou mico? o que aconteceu com a imbuia, por exemplo? a araucária parece mais "estabelecida". sei lá, vou pesquisar e pensar um pouco mais.

esse é o receio de gastar uma grana para fazer a batera 100% em teca...

gostei da idéia do bumbo. vamos ver, vou conversar com eles e com o cara que está me dando aula.

sobre odery e die-casts... eles têm, mas acho que não é deles, tanto que nem está na tabela no site. o que eles têm lá como opção superior ao power hoop é o hard hoop. que curiosamente custa caríssimo para a caixa, mas custa menos nos tons, mesmo que de maior diâmetro!...

bem, a coisa está se desenhando assim:

bumbo 22 x 16, possivelmente araucária com folha de teca (tem opção de montar as camadas como se queira, ainda não sei como fazer). não vai ter suporte de tons. talvez anéis de reforço.

caixa 14 x 6,5, die cast ou hard hoop, esteira de 20 fios. achei interessante aquela caixa signature airto, é uma opção.

tons com power hoop, die cast ou hard hoop. pensando ainda. tom 12 suspenso, tom 16 floor.

pode me esclarecer um pouco mais sobre anéis de reforço, e em que casos/tambores eles seriam interessantes (especialmente pensando no uso que eu daria para ela)?

tks,

phill

SpectrosGuitarman
Veterano
# jan/10
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velho, eu nao sei qual foi sua decisão, eu comecei a ler o histórico ae mas eu como eu não sou bateirista e só brinco de vez em quando, eu pulei para o final
maaaaaas essas ferragens são faceis de se recuperar, não precisa nem levar em algum lugar especializado, elas são realmente faceis de se recuperar com lixamento, escovamento, polimento e depois uma camada de proteçao (pode até recromar) não vai chegar nem perto disso aqui que você vai pagar num kit novo

Amok
Veterano
# jan/10 · Editado por: Amok
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mrphillhimself
O uso de teca ainda é muito recente pra se afirmar que se trata de uma tendência. A imbuia saiu de linha por causa das dificuldades de extração da madeira, já que as árvores têm sua derrubada proibida. Imbuia hoje, só de lotes antigos ou de queda natural. Ou ilegal. A araucária, embora ainda seja relativamente abundante, está em risco também, e logo pode cair na mesma situação da imbuia. A vantagem da araucária é que sua aparência é menos estética que a imbuia, portanto o mercado de móveis é menos ávido por esta madeira. Minha opinião é de que a teca pode ser a próxima tendência ao sul do Equador, como alternativa à bapeva, especialmente pelo fato de ser madeira certificada e com extração sustentável. O que pode tirar a teca do jogo é justamente seu visual. Os veios da teca são muito marcantes. A Odery recomenda que os kits em teca tenham acabamento encerado exatamente pra valorizar o desenho dos veios. Se de repente vira moda acabamento laqueado transparente com veios finos, ou madeiras lisas...
Em relação à qualidade sonora, acho que a teca tem grandes possibilidades, mas vai sempre ser uma alternativa à bapeva. A madeira da moda agora é o basswood, mas tem pouco a ver com o visual ou a qualidade sonora. É basicamente por ser uma madeira abundante e de extração tranquila, e fácil para trabalhar.
O mercado das bateras profissionais é dominado pelo Maple e pelo Birch. Qualquer outra madeira é considerada exótica, o que tanto pode ser bom quanto ruim. Se voce quiser uma sonoridade "signature", o seu timbre pessoal, vai de teca. Se quiser um som parecido com o que voce ouve em tantos outros, melhor optar pela araucaria.
Quanto a virar mito ou mico, bem... Estamos falando de baterias, não de carros. Cascos de madeiras exóticas tendem a se valorizar com o tempo, mas o mercado é restrito. Bateras 100% imbuia são raridade e item de colecionadores hoje em dia.

segue...

Amok
Veterano
# jan/10 · Editado por: Amok
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Os anéis de reforço têm duas funções: uma é reforçar o casco mecanicamente. No final dos anos 80, a Tama extrapolou o uso de cascos finos da caixa (onde os cascos finos já eram tendência) para os tontons, conseguindo com isso uma sonoridade com maior ressonância e projeção, que valorizava o timbre da madeira. O problema com os cascos finos é a resistência mecânica. São cascos que deformam e empenam com facilidade, o que compromete ou impossibilita a afinação. O uso de anéis de reforço garante a resistência mecânica dos cascos finos às grandes forças de deformação que atuam sobre eles devido às tensões das peles. Existem cascos produzidos com uma única folha espessa de madeira, conhecidos como "solid shell", e geralmente são só pra caixas. Os anéis de reforço são importantes nas caixas solid shell pra controlar a tendência do casco de abrir. A DW desenvolveu uma tecnologia que permite eliminar os anéis de reforço em cascos solidos, mas isso é outra história.
Um efeito colateral dos anéis de reforço é um maior controle de harmônicos das peles. Eu acho que cascos com anéis de reforço e aros die cast tendem a ter controle excessivo de harmônicos e o som tende a ficar meio seco demais. A DW não produz tontons e surdos com aros Die-cast, justamente por isso, embora os engenheiros de som no estúdio gostem muito de baterias assim, pois fica fácil pra ajustar Eq e reverberação na mixagem.
Pro seu kit, e supondo que você irá cuidar bem dele, eu iria de cascos finos e anéis de reforço pra tudo, caixa, tontons e surdo com 5,5 mm e bumbo com 8,5 mm. Aros maciços só na caixa, onde os harmônicos precisam de muito controle. Nos tons e surdos, aros power hoop.

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mrphillhimself
Veterano
# jan/10
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Amok

Fala!

Quase fechando as questões aqui.

Ainda um pouco inseguro a respeito da Teca, mas gostando da idéia de fazer os cascos com a lâmina externa em Teca, e o restante em Araucária. Talvez a mais interna também em Teca, como um sanduíche.

Qual a característica sonora da Teca? É mais ou menos ressonante que a Araucária? Pelo pouco que entendo, pelo som que devo tocar, devo ir para um lado com menos harmônicos, no kit. É isso?

Quanto ao kit... para não ir à falência, preciso colocar um limite... então tenho duas opções: comprar um kit de 4 peças com aros mais legais (hard hoop, ou die cast), com acabamento (banho) mais bacana, ou comprar um kit de 6 peças com aros e acabamento mais simples (no máximo power hoops, cromados). O que acha?

Nesta segunda opção, posso ir fazendo upgrades à medida que a grana permita, sem comprometer meu orçamento, e à medida em que eu me desenvolva a ponto de perceber de forma mais clara a evolução do kit... além de manter o kit mais "homogêneo" desde o começo (vai que a Odery descontinua a Teca... além disso... o tempo tem efeito sobre a madeira?... não sei se faz diferença ter o kit todo partindo da mesma idade... faz?!)

Bem, estou pensando num 22 x 18, 14 x 5,5, 10 x 8, 12 x 9, 14 x 13, 16 x 15.

A Odery constrói seus bumbos e caixas com 7 camadas (aprox 8,5 mm) e tons com 5 camadas (aprox 5,5 mm). Pensando na questão dos futuros aros, será que seria exagero os anéis de retorno, já que a combinação anéis de reforço + die cast pode comprometer demais os harmônicos? E a espessura dos cascos, seria interessante fazer com uma folha a mais, para se encaixar mais no meu estilo? Assim, poderia eliminar os anéis de reforço, e pensar em aros maciços futuramente?

Bem, de posse da resposta a essas perguntas, devo fechar essa semana meu pedido lá, para que ela fique pronta para o meu aniversário!

Amok, meu caro, você foi de fundamental importância neste processo, junto com o Alexandre Cunha, o Maurício Cunha e o Bruno Santoro, lá da Odery. Espero fechar a compra de uma puta batera. Não tenho como agradecer sua inestimável ajuda. A menos que você seja um enófilo, neste caso poderia te brindar com uma das "jóias" (vinho) que pagam o meu sustento e minhas extravagâncias!

Abração,

Phill

PS: Agora, aos 45 minutos do 2° tempo, surgiu um "esquemaço" com a Tama. Qual seria a bateria equivalente a uma Odery Custom? A Tama tem por características baterias mais "porradeiras", ou é impressão errada de minha parte (achei isso ao olhar o site)? Simpatizo mais com a Odery pelo que pesquisei sobre ela, por ser nacional (mais do que nacional, ser vizinha, praticamente...), pelo excepcional atendimento... Fico onde estou?

mrphillhimself
Veterano
# jan/10
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Correção

Sobre a espessura dos cascos: são 6 e 4 folhas, respectivamente, e não 7 e 5.

Na verdade 7 e 5 são minhas idéias tresloucadas, cuja validade desconheço, e por isso peço orientação. as espessuras iriam para aproximadamente 10 mm e 7 mm, respectivamente.

Phill

Amok
Veterano
# jan/10 · Editado por: Amok
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mrphillhimself
Talvez a mais interna também em Teca, como um sanduíche.
A lâmina interna é bastante importante pro timbre do casco. A araucária dá um som mais aveludado, mas ressoa menos. A teca dá um som encorpado, com mais brilho e volume. Acho que o sanduiche não seria uma boa. Melhor deixar a camada interna em araucária e só a folha externa em teca, mais por causa do visual.

pelo som que devo tocar, devo ir para um lado com menos harmônicos, no kit.
Correto. Muitos rolls, notas rápidas, melhor um kit com um som mais controlado.

tenho duas opções: comprar um kit de 4 peças com aros mais legais (hard hoop, ou die cast), com acabamento (banho) mais bacana, ou comprar um kit de 6 peças com aros e acabamento mais simples (no máximo power hoops, cromados). O que acha?
Cara, os power hoops da Odery são aros excelentes, dignos de qualquer batera top. A cromagem clássica da Odery também é muito bem feita, ouso dizer que é a de melhor qualidade entre as nacionais.
Mas um par de die-casts na caixa seria importante.

vai que a Odery descontinua a Teca...
Embora eu não acredite nisso, é sempre uma possibilidade a considerar. Vai que a Odery fecha... (toc,toc,toc)

o tempo tem efeito sobre a madeira?... não sei se faz diferença ter o kit todo partindo da mesma idade... faz?!)
Pergunta interessante. Com certeza o tempo tem efeito, mas esse efeito só é perceptível após mais de dez anos de envelhecimento. Não creio que você teria um kit "desequilibrado" mesmo que ele tivesse tambores sendo acrescentados aos poucos. O que pegaria mais seria a composição do casco em relação às madeiras.

A Odery constrói seus bumbos e caixas com 7 camadas (aprox 8,5 mm) e tons com 5 camadas (aprox 5,5 mm).
Sobre a espessura dos cascos: são 6 e 4 folhas, respectivamente, e não 7 e 5.
São 6 e 4 folhas. É a tal tendência para os cascos finos. Essa espessura não surgiu por acaso. Basicamente é a espessura em que os tambores construídos em araucária, teca, maple e birch têm mais ressonância. NMO, se o casco for muito espesso, o tipo de madeira (com exceção da folha interna) passa a ter menos importância para o timbre do tambor.

Pensando na questão dos futuros aros, será que seria exagero os anéis de retorno, já que a combinação anéis de reforço + die cast pode comprometer demais os harmônicos? E a espessura dos cascos, seria interessante fazer com uma folha a mais, para se encaixar mais no meu estilo? Assim, poderia eliminar os anéis de reforço, e pensar em aros maciços futuramente?
Isso seria sensato se você realmente faz questão de aros maciços em todo o kit. Cascos muito espessos dão uma sonoridade mais vintage, remetendo aos tontons das bandas de art rock e hard rock nos anos 70 e 80. Minha sugestão é começar com os aros power hoop e se ainda assim você julgar necessário secar mais os harmônicos, aí parta pros die-cast. Meu kit todo usa aros die-cast em brass, e o som melhorou bastante, mas os cascos são de média espessura, (acho que em torno de 8mm) e madeira mais simples (Mahogany filipino), Os aros originais eram também muito ruins, de 1,6mm. Só optei pra partir pros die-cast porque eu já havia tentado de tudo pra controlar os harmônicos das peles de um modo satisfatório.

Amok, meu caro, você foi de fundamental importância neste processo, junto com o Alexandre Cunha, o Maurício Cunha e o Bruno Santoro, lá da Odery.
Às ordens. A parte mais dificil é esperar o kit chegar. A segunda mais dificil é afinar direitinho. Até as peles assentarem direitinho, dá quase uma sensação de arrependimento, porque um kit novo saindo da caixa é como um Bordeaux premier cru tomado assim que chega ao mercado: sux !, mas a gente sabe que melhora, e muito, com o tempo.

A menos que você seja um enófilo, neste caso poderia te brindar com uma das "jóias" (vinho) que pagam o meu sustento e minhas extravagâncias!
Faz assim: no dia em que você abrir aquela Don Pérignon pra comemorar a chegada do kit, faça um brinde a mim ao erguer a taça.

surgiu um "esquemaço" com a Tama. Qual seria a bateria equivalente a uma Odery Custom?
Eu colocaria a Odery Custom logo abaixo do modelo Starclassic de série. O modelo intermediário Superstar, abaixo da Starclassic, é muito inferior à Odery. A Tama é uma bateria que tem "Rock" escrito em seu DNA. Os projetos de hardware e a inovações são focadas pro baterista de rock.
Por outro lado, o fato de a Odery ser um instrumento Custom, você pode perfeitamente ajustá-lo às suas necessidades roqueiras. Em todo instrumento importado a gente aqui depende muito das importadoras ou de viagens ao exterior pra confiar na manutenção. A Tama não é exceção. Melhor ficar com a Odery, a menos que a Tama seja exatamente da configuração final que você pretende, seja um modelo Starclassic E custe o mesmo (ou menos) que a Odery. Do contrário, não vale a pena mudar de idéia.

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mrphillhimself
Veterano
# jan/10
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Amok

Mais uma vez valeu.

Ainda não fechei a Odery (putz, aquele sistema de orçamento deles é maldoso... você vai agredando coisa aqui, coisa ali... quando vê... ai!), por algumas indefinições.

Neste meio tempo o meu amigo (que pode arrumar um esquema com a Tama) tem me tentado... inclusive em cima daquela batera em aço escovado do outro tópico...

eh eh

Putz... o que fazer?!... rs

Dei um tempo para pensar em tudo, e colher mais opiniões... enquanto isso estou investindo em mais umas peças que vêm dos USA: um banco Roc'n'Soc, um metrônomo Tama, e mais dois A Custom - um splash 10 e um china 20.

Mais opiniões?

Aquela batera Tama é usada, está à venda por 8 mil, sem pratos.

Se fosse neste valor, e aí: uma "Tama Monstro", ou uma Odery menor?

abs

Phill

Amok
Veterano
# jan/10
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mrphillhimself
É... essa Tama aí é bem tentadora, mas pra saber se vale os 8 paus, eu precisava de mais dados: configuração dos tambores, modelo da bateria (a Tama possui vários modelos descontinuados), procedência (made in Japan ou made in China ?) e principalmente, estado do instrumento. O ponto fraco das ferragens Tama são os tom holders. O sistema de esfera (rok-lock) é muito versátil, mas eu acho chato de ajustar e com o tempo e uso, a fixação da esfera pode ceder com o tempo.

[ ]'s

Amok
Veterano
# jan/10
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Amok
Em tempo: a linha A Custom não tem bons Chinas. Considere chinas da série A tradicional. Se você faz questão de acabamento brilliant, vai de Oriental China.
[ ]'s

mrphillhimself
Veterano
# jan/10
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é uma rockstar, double-bass, acabamento em aço escovado. vem com os racks. achei salgado, eu faria uma oferta BEM abaixo.

tô mais prá odery. inclusiive por ser nacional. aqui do quintal de casa´, prá ser mais preciso...


bom saber sobre o china. qual a melhor compra (tamanho e modelo)? não precisa ser necessariamente zildjian...

abs

phill

Amok
Veterano
# jan/10
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mrphillhimself
Quando eu conseguir ver a foto da Tama eu comento.
Sobre o china, entre os ZIldjian, eu recomendaria um A China High de 16". Ataque rápido, volume razoável e um timbre equilibrado. Se voce preferir um china feio, sujo e malvado, pega um Wuhan de 20" ou 18", mas te prepara porque o prato parece mais o resultado de um acidente de trânsito que um prato, mas o timbre é bem interessante.
[ ]'s

mrphillhimself
Veterano
# jan/10
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TAMA ROCKSTAR:

http://img10.imageshack.us/i/ogaaaifego5cgkf64ygcxkx.jpg/

[]s

phill

Amok
Veterano
# jan/10
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mrphillhimself
Oito paus é muito pra essa Rockstar. Aros de bumbo de plástico, com oito afinações, cascos possivelmente de poplar, aros de tontons 1,6mm, caixa de metal, o rack parece ser Adah, embora tenha o logo da Tama, ferragens de segunda linha. O acabamento em aço é bonito em cima do palco, mas é um pé no saco pra manutenção. A Odery Custom está anos-luz à frente dessa Tama. Pelo menos uns 30% do valor aí é só da grife.
Só pra efeito de comparação, tem uma Advance zero Km 100% Maple com uma configuração maior (vai de 8 a 18"), rack, aros pintados, pintura sparkle e tal, à venda por 6,5 K na Krocodille.
Eu ainda ia de Odery.

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