Violão classico "Erudíto". Parou porque? Porque parou?

Autor Mensagem
Prof. Grosélio
Veterano
# fev/09 · Editado por: Prof. Grosélio


Hoje eu estive pensando e me perguntando: Porque tantos alunos começam a estudar violão classico e no primeiro ano já desistem. Uns vão para o violão popular ( a maioria) ou guitarra, outros não vão à lugar nenhúm. E este fato é comum em quase todas as escolas de música. Tudo bem que o violão popular é muito mais fácil para se aprender. Mas a "migração" é bem grande.

Falkon36
Veterano
# mar/09
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não acho muito legal,n curto mto erudita no violao,soh se for 1 violino ou algo assim :]

The Root Of All Evil
Veterano
# mar/09 · Editado por: The Root Of All Evil
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O motivo é bem evidente.

Alvaro Henrique
Veterano
# mar/09
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Do jeito que você fala, parece que só quem estuda violão erudito para de tocar depois de um ano, o que não é verdade. Está cheio de aluno de violão popular que conclui um ano de aulas.

Prof. Grosélio
Veterano
# mar/09 · Editado por: Prof. Grosélio
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Alvaro Henrique
Está cheio de aluno de violão popular que conclui um ano de aulas.

Sim. Tem muitos alunos que fazem um ano de aula e já se acham. Um ano de aula de qualquer instrumento é muito pouco.

Kamus23
Veterano
# mar/09
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Posso estar falando merda, mas olha a minha opnião:

Eu sou 100% mais interessado em Bossa Nova, Samba, e outros ritmos brasileiros e latinos do que Classico

Porque eu dou valor para ritmos e estilos criados aqui no Brasil...

Não que Classico é ruim, mas eu prefiro ritmos brasileiros

E os alunos não são obrigados a continuar se não estão gostando, ainda bem que eles param, porque ficar estudando algo que não gosta é horrivel

Prof. Grosélio
Veterano
# mar/09 · Editado por: Prof. Grosélio
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Kamus23
Eu sou 100% mais interessado em Bossa Nova, Samba, e outros ritmos brasileiros

Este estilo de tocar ( ou o que voce gosta de tocar) entra no
chamado violão clássico.
Violão popular é aquele bate "prá" cima e "prá" baixo. raramente se toca dedilhado. Ou quando faz é o mais simples possível.
Violão erudíto é mais profundo, quando se toca aquelas peças bem complexas. Mais ou menos por aí.

Um abraço

Christhian
Moderador
Prêmio FCC 2007
# mar/09
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Prof. Rosélio Araujo
Se as escolas fizessem uma triagem decente e esclarecessem aos pretensos estudantes quais as diferenças, esse índice seria menor.

Acontece que a maioria das 'escolas' (se é que podem ser chamadas assim, já que não ensinam grandes coisas) são simples 'caça níqueis' e se aparece alguém interessado em estudar Tuba só por que ouviu falar que era legal, já vai logo matriculando o sujeito, sem ao menos ver se o cara tem aptidão.

Não adianta querer achar a culpa no aluno depois.

erico.ascencao
Veterano
# mar/09
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Violão clássico está para o violonista assim como Matemática está para o Engenheiro: serve para dar a base para muitas coisas no futuro, e sempre tem gente que acaba gostando e fica pra sempre.

Prof. Grosélio
Veterano
# mar/09
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Christhian
Se as escolas fizessem uma triagem decente e esclarecessem aos pretensos estudantes quais as diferenças, esse índice seria menor.


Essa é a verdade. As escolas não fazem sequer um "testezinho" para ver a vocação do aluno. Se este quer tocar violão ou berrante ou quer cantar. Faz a matricula e vamos ver no que dá...Aí depois de 1 ano ou menos, o aluno descobre que aquilo não é nada do que ele quería, e que não leva o menor jeito "prá" coisa.

maggie
Veterana
# mar/09
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Muita gente começa a estudar obrigado pelos pais.
Queria guitarra, acaba matriculado no erudito que não tem nada a ver com o estilo pessoal.

Prof. Grosélio
Veterano
# mar/09
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maggie
Queria guitarra, acaba matriculado no erudito

As vezes isso acontece por conta do próprio aluno. Muitos (muitos mesmo) acham que se entrarem no erudito vão tocar todos os outros intrumentos de corda, cavaquinho, guitarra e etc...E quando na verdade não é bem assim. Eu tenho um amigo que toca erudito ( o cara é fera) e que tem dificuldades para ler cifras, e ele diz que não faz questão de aprender cifras. Há casos e casos.


erico.ascencao
sempre tem gente que acaba gostando e fica pra sempre.

Muitos ficam, mas como eu disse as desistencias são muitas, inclui aqui não só as escolas particulares, como em conservatórios e até faculdade. Isso é fato.

Um abraço

Atum Bluesman
Veterano
# mar/09 · Editado por: Atum Bluesman
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Prof. Rosélio Araujo
Eu sou 100% mais interessado em Bossa Nova, Samba, e outros ritmos brasileiros

Este estilo de tocar ( ou o que voce gosta de tocar) entra no
chamado violão clássico.


Não concordo, entra no clássico(Erudito) o choro(apesar de ser popular, o estilo acaba sendo bastante estudado no Erudito), Bossa Nova e Samba fica no popular.

Minow
Veterano
# mar/09
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Não que Classico é ruim, mas eu prefiro ritmos brasileiros

Não que Clássico seja.

Mas ninguém é obrigado a estudar só os compositores europeus. Temos ótimos compositores brasileiros que vão dar uma base erudita forte, como o Radamés, Guerra Peixe, etc.
Ou então procurar por compositores contemporâneos que tem esse pé na tradição, mas são mais inovadores e não fazem aquilo que vem sendo feito há 300 anos, tipo o Brower.

Minow
Veterano
# mar/09
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Não concordo, entra no clássico o choro, Bossa Nova e Samba fica no popular.


...................?

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# mar/09
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Educação é uma questão muito complicada mesmo.
Eu sou Professor de todos os estágios da educação (do 1º grau à Pós-Graduação), e este fenômeno que ocorre no ensino musical ocorre em grau análogo, e muito maior no ensino dito "regular" profissionalizante ou de pós.
A questão tem um caráter teórico e filosofico difícil de ser resolvido, e o debate no campo da ciência didática é muito extenso.
O conhecimento, qualquer que seja ele, é um caminho difícil, que requer esforço, aptidão, dedicação, e em nossa sociedade consumista e imediatista, esses valôres são menosprezados. Gerações inteiras de jovens foram "educados" nesse ambiente desestimulador, e isso não é de hoje.
Abç

Prof. Grosélio
Veterano
# mar/09
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Atum Bluesman
Não concordo, entra no clássico o choro, Bossa Nova e Samba fica no popular.

Minow

Que tal a gente fazer uma pesquisa? Sería interessante.
Um abraço

Atum Bluesman
Veterano
# mar/09
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Minow
Ele falou que Bossa nova e Samba se estuda no Clássico, eu disse que se estuda no Popular.

Atum Bluesman
Veterano
# mar/09
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Prof. Rosélio Araujo
Curso de violão popular do Souza Lima:
http://www.souzalima.com.br/cordasviolaopopular.htm

Curso de Violão Erudito do Souza Lima:
http://www.souzalima.com.br/cordasviolaoerudito.htm

=]

Minow
Veterano
# mar/09
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Atum Bluesman
Ah, eu entendi como se só o samba fosse "popular".
Mas mesmo assim, isso é relativo. A obra do Tom por exemplo é totalmente calcada no impressionismo. Tudo bem, não é "clássico", mas acredito que estejam se referindo ao clássico como "erudito", e não ao período em si.

Prof. Rosélio Araujo
Vamos, mas sobre o que exatamente? Compositores contemporâneos com bagagem erudita?

Atum Bluesman
Veterano
# mar/09
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Mauricio Luiz Bertola
O conhecimento, qualquer que seja ele, é um caminho difícil, que requer esforço, aptidão, dedicação, e em nossa sociedade consumista e imediatista, esses valôres são menosprezados. Gerações inteiras de jovens foram "educados" nesse ambiente desestimulador, e isso não é de hoje.

Perfeito.

Prof. Grosélio
Veterano
# mar/09 · Editado por: Prof. Grosélio
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Minow

Está no ar a pesquisa. Legal a idéia. Vamos ver no que vai dar.

http://forum.cifraclub.com.br/forum/4/205144/

O tópico acima foi fechado, porque começamos a discutir o mesmo assunto. Valeu?

kuarerma
Veterano
# mar/09
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Tambem não eh toda pessoa q pode se dedicar tanto a musica, e a musica classica exige uma dedicaçao e tempo e muitas pessoas nao tem tanto tempo livre ou nao levam muito a serio a musica, fazem por hobbie, e quando começa a ficar mais complexo acaba abandodonando

erico.ascencao
Veterano
# mar/09 · Editado por: erico.ascencao
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Mauricio Luiz Bertola
Agora, durante minha faculdade, estou percebendo como o ensino pode ser desestimulante. Faço faculdade de Engenharia, e nos dois ou três primeiros tive ciências básicas, desde Matemática e Física até as ciências mais engenheirísticas. Só agora no 4º vou ter matérias "Engenharia True".

Para você aprender qualquer coisa, deve-se haver o mínimo de organização necessária. Para tal, lições elementares são dadas inicialmente, para dar ao aluno o ferrmental para os próximos passos. E isto muitas vezes desestimula o aluno. Por exemplo, quando comecei a aprender vilão, aprendi os 12 acordes em suas versões maior, menor, maior com sétima e menor com sétima. Com isso eu já conseguia pegar uma pá de cifras na internet pra tocar e não tinha dificuldades. Estas lições não param por aí: tem o estudo de harmonia, de arpejos, de formação de acordes, de leitura de partituras... e em cada uma delas se leva um pouco para o aprendizado de lições futuras.

Imagine se o processo fosse o reverso: pego a tablatura de Stairway to Heaven e a partir dela vou aprender o necessário para tocá-la. O processo passa a ser demasiadamente organizado.

Prof. Grosélio
Veterano
# mar/09 · Editado por: Prof. Grosélio
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É disproporcional ter 90 alunos de violão popular e 5 de violão classico. Aqui na cidade tem 3 escolas de música, e todas passam por isso.

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# mar/09
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Há duas questões aí:
A 1ª é que o processo de aprendizado é uma espécie de "descortinar", um "descobrimento" gradativo, que na verdade, apenas uma minoría consegue atingir um determinado estágio, e, a partir daí, ir além.
Só para vcs terem uma idéia, da minha turma de graduação em história na UFF (década de 80), apenas 3 estão hoje na carreira (eu sou um deles). Portanto erico.ascencao, só o tempo dirá realmente se as matérias que vc fez nos 1ºs anos acabarão por "fazer sentido", e eu te garanto que, se vc for mesmo um Engenheiro, farão.
Outra questão é a de quem ensina, e esse é o meu caso ( e o do
Prof. Rosélio Araujo também). Nossos alunos devem ser encarados como "possibilidades", que fogem ao nosso "controle". A nossa função é a de "despertar" algo no aluno que nem ele sabe direito o que é (nem a gente também, só temos uma vaga idéia, até por que não é para nós, mas para ele), e às vezes nem é a "matéria" ou a Ciência que a gente leciona.
Portanto, o Magistério é uma atividade (em relação aos nossos alunos) "tateante"; a técnica e a didática são nossos auxiliares, mas só isso, só podem ir até determinado ponto; depois disso, é o aluno que faz (ou não).
Ser Professor é estranho, pois vc quase nunca "vê" o resultado do seu trabalho, ele se distancia (tal qual o conceito de Alienação em Marx), e não lhe resta outra alternativa senão esperar que aquilo que vc "plantou", germine de uma forma ou de outra (às vezes, vc planta goiaba e nasce jabuticaba!). No mais, é se esforçar para fazer um bom trabalho e garantir o "leitinho das crianças" (que é importante!).
Abçs

Prof. Grosélio
Veterano
# mar/09 · Editado por: Prof. Grosélio
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Minow
Temos ótimos compositores brasileiros

Garota de Ipanema (Tom Jobim) é popular ou classico?

MMJr
Veterano
# mar/09 · Editado por: MMJr
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Talvez...
O processo pedagogico do violao erudito seja muito rigido e dificil e dessa forma se torna uma chatice..

A maioria das pessoas querem aprender violao por hobby...e a metodologia da aprendizagem do violao erudito nao se enquadra a este objetivo....

As pessoas querem aprender o violao erudito tocando as musicas que gostam e nao musicas que "ninguem" conhece....

Talvez uma reestruturacao da pedagogia e metodologia do ensino do violao erudito seja necessaria neste caso....Aprender tocar violao hoje como se aprendia a 100 anos atras nao combina mais...
Os tempos sao outros....

A escola deve explorar a criatividade para manter o aluno empolgado, interessado e satisfeito com a aprendizagem...

E um negocio complicado....

Falkon36
Veterano
# mar/09
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pera ae gente,violão clássico e violão erudito são coisas diferentes ? eu n entendo mto bem essas coisas xD

Prof. Grosélio
Veterano
# mar/09 · Editado por: Prof. Grosélio
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MMJr
Talvez uma reestruturacao da pedagogia e metodologia do ensino do violao erudito seja necessaria neste caso....Aprender tocar violao hoje como se aprendia a 100 anos atras nao combina mais...
Os tempos sao outros....


Os métodos que estão sendo usados hoje nos conservatórios são os mesmos que eu usei há mais de 35 anos atráz. Será que ninguém escreveu nada interessante neste meio tempo?

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