Gibson faz video falando que vai processar todo mundo

Autor Mensagem
The Man Who Sold The World
Veterano
# jun/19
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BrotherCrow
Vejo uma terceira opção: melhorar MUITO o controle de qualidade e o nível dos instrumentos
Mas aí eu discordo completamente de você hahahahah
Eu vejo a Gibson realmente como uma marca intermediária, tipo, guitarras que eu pagaria até 10k, se eu tivesse mais que isso, compraria algo melhor, uma tom Anderson, Suhr, PRS...
Pra mim o controle de qualidade deles nem é o problema, o problema é o preço, o mercado deles não é high end, nunca foi e nunca vai ser (só no mercado de violões, aí a Gibson é matadora)
Falo isso inclusive por ter uma Gibson, é uma classic, sinceramente, tenho muito mais amor por uma fender highway one que tenho do que pela classic
O público alvo da Gibson tem que ser o mesmo da fender:
jovens que estão no primeiro emprego, juntam o salário e compram sua primeira "grande guitarra", assim a marca consegue fidelidade e acompanha o jovem nas suas aquisições futuras, nitidamente a fender trabalha assim, a fender renasceu mais uma vez

AFSVilela
Veterano
# jun/19
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T-Rodman
(ah, e minha 'les paul' é uma Gretch Eletromatic chinesa, com bibsby, lol)
Opa, tô pra comprar uma dessa também! Te mandei DM, olha lá pfv. Valeu!

Casper
Veterano
# jun/19
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O maior problema da Gibson é que, se você deixar
ela exposta e uma borboleta pousar no headstock,
ja era.



felipe bento pereira
Membro Novato
# jun/19
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O maior problema da Gibson é que, se você deixar
ela exposta e uma borboleta pousar no headstock,
ja era.

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
e essa confusão toda é por causa dessa porcaria?? francamente, pagar mais de 10 mil em uma coisa que não tem resistencia alguma é complicado!!
pelo video dá pra se ver que a solução seria arrumar esse angulo OU fazer o corpo de uma forma irregular para o headstock não encostar!!

T-Rodman
Veterano
# jun/19
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Synth-Men
Assim também é quem tem uma Fender e um dia toca em uma Tagima ou outra marca qualquer. O cara começa a pensar: - Por que não outras marcas?
Se o master builder in chief da Fender conseguiu ter essa mesma experiência experimentando as Squier atuais, lol
https://youtu.be/seI8BhXpBRA?t=223
dá até vontade de comprar uma Squier com um cara desses elogiando, lol.
e o bom que ele explica o porquê das coisas.
e de 3 que ele escolheu e avaliou, ele acabou ficando com uma contemporary ao invés de uma classic vibe.

ao contrário foi a minha experiência. Sempre quis ter uma Epiphone Cassino. daí fui na loja, testei, e como estava toda desregulada, não levei. A mesma coisa foi o dia que fui ver uma Gibson Dark Fire. Era a Les Paul que brilhou nos olhos, juntei o dinheiro, coloquei no bolso e fui na loja. Acho que foi a maior decepção ver aquele troço pesado, com os frets cheio de defeito, madeira cheia de buraco, trastejando - coisa que eu nunca percebi nas Fenders que testei na vida em lojas.
Certamente tem muita coisa que era só levar num luthier que ele regulava, mas o mínimo, muita coisa que eu acabo testando na loja, eu só levo se ela me deixar 'alegre' naquele exato momento. E aí que acho que acabou meu sonho pela Gibson.
Muita guitarra nacional não dava exatamente esse barato por isso. Mas passados anos, os chineses melhoraram no geral, e as nacionais também.

renatocaster
Moderador
# jun/19 · Editado por: renatocaster
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Negócio positivo que vejo hoje da Gibson são as guitarras raras (usadas, obviamente) e as custom shop (novas ou usadas). Isso para mim continua sendo produtos "premium" e que atendem a um nicho específico, que não é para qualquer um.

Agora, se vc quer comprar uma guitarra "normal", existem muitas outras opções muito mais interessantes e com um custo benefício muito melhor também. Guitarra de entrada, ou "standards", hoje não dá para pensar em Gibson, simplesmente pq o valor agregado não corresponde à expectativa criada com o instrumento.

Sei lá, pagar uns 8-9 paus numa Gibson Studio hoje não me parece ser um bom negócio. Muito menos pagar 17-20 paus numa Standard da vida.

renatocaster
Moderador
# jun/19
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Mas eu ainda tenho vontade de ter uma SG branca e uma Flying-V vinho, só pela hype mesmo. Me julguem :)

BrotherCrow
Membro Novato
# jun/19
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Eu tenho como hobby, além das guitarras, colecionar relógios. É engraçado como muita coisa é igual nos dois mundos. Por exemplo, um Rolex custa uns 6 mil dólares. Aí tem um monte de gente na comunidade de colecionadores dizendo que com essa grana você compra coisa melhor de outras marcas, mas por outro lado os fãs de Rolex dizem que nada substitui um Rolex.

As pessoas que acham Rolex caro demais pelo que oferece dizem que você está pagando só pela marca. Mas ao mesmo tempo Rolex é garantia de não perder dinheiro na hora da revenda.

E várias empresas fabricam relógios com o mesmo design de um Rolex Submariner ou Daytona, mudando o mínimo possível pra não tomar processo. É o que chamam de "homage", e é um pouco mal visto pela comunidade, mas tem seus defensores. Ao contrário das falsificações chinesas que usam a marca original.

E claro, tem as pessoas que dizem que a Rolex hoje em dia só faz merda, e o melhor é comprar Rolex vintage. Também tem aqueles que dizem que Rolex adquiriu uma aura de elitismo que prejudicou a imagem da marca, e é o relógio preferido das pessoas que não entendem nada de relógio mas têm muito dinheiro pra gastar.

Percebem onde quero chegar? Tenho certeza que isso acontece em praticamente todo tipo de hobby. A diferença é que a Gibson anda mal das pernas e Rolex segue firme e forte, por enquanto.

HortaRates
Membro
# jun/19 · Editado por: HortaRates
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Tem um conceito que acho que a maioria das pessoas sabe que existe, mas não entende o tanto que isso influencia no mercado de instrumento: o preço da mão de obra.

Aqui no Brasil estamos acostumados com uma mão de obra extremamente barata, enquanto coisas são caras. Se for montar uma guitarra aqui, o preço da madeira + hardware + eletrônica vai superar em muito a mão de obra. Lá nos EUA as coisas são bem diferentes.

Isso impacta muito o preço das Gibson, é não dá pra comparar de igual pra igual com a Fender. Uma Fender Am Standard precisa de menos mão de obra que uma Gibson Les Paul Standard, e por isso vai custar bem menos, mesmo se as madeiras e hardware forem equivalentes.

É a mesma coisa com guitarras chinesas. Dá pra montar uma guitarra na China que seja igual ou melhor que uma americana, e que custe uma fração de preço. O hora do trabalhador americano custa muito mais que a do chinês, mesmo se o chinês for melhor que o americano.

T-Rodman
Veterano
# jun/19 · Editado por: T-Rodman
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renatocaster
nailed it.
sim, acho que a gente tá reclamando mais aqui embaixo, mas se não tiver essas vendas no mercado de massa, não tem como uma Gibson sobreviver só de custom shops, rs.

HortaRates
1. Se a mão de obra não fizer uma guitarra melhor que uma que sai diretamente de um CNC - eles estão fazendo errado.
2. Se uma concorrente consegue fazer uma guitarra totalmente manual, single piece por 2000USD e você não consegue fazer pelo triplo do preço - eles estão fazendo errado.
- lembre-se. americanos gostam de guitarras americanas - muito mais do que qualquer outra. E estão trocando Gibson por outras marcas americanas 'de boutique'.

HortaRates
Membro
# jun/19 · Editado por: HortaRates
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T-Rodman
1. Se a mão de obra não fizer uma guitarra melhor que uma que sai diretamente de um CNC - eles estão fazendo errado.

Não é um ou outro. É sempre os dois. Um ser humano, por melhor que seja, nunca será capaz de fazer um braço com a precisão de um CNC. Mas não dá pra fazer uma acabamento e regulagem top no CNC também.

2. Se uma concorrente consegue fazer uma guitarra totalmente manual, single piece por 2000USD e você não consegue fazer pelo triplo do preço - eles estão fazendo errado.
- lembre-se. americanos gostam de guitarras americanas - muito mais do que qualquer outra. E estão trocando Gibson por outras marcas americanas 'de boutique'.


Eu to por fora do mercado americano, cara. Você poderia me dar uns exemplos? Eu procurei aqui os preços de guitarras PRS Custom 22, Music Man e Suhr, por exemplo, e são consideravelmente mais caras que as Gibson Les Paul Standard.

The Man Who Sold The World
Veterano
# jun/19 · Editado por: The Man Who Sold The World
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HortaRates
Eu procurei aqui os preços de guitarras PRS Custom 22, Music Man e Suhr, por exemplo, e são consideravelmente mais caras que as Gibson Les Paul Standard.
claro, são guitarras de um nivel mais alto, a standard, como o próprio nome diz, é a gibson les paul "padrão", a les paul que compete com essas que citou, são as da linha Custom e a linha imensa de custom shop (m2m, true historic, collector's choice, Aged)
e ai que pega, tirando a m2m, no geral o resto são R7, R8, R9, R0, que cada ano que passa eles falam "agora ta igualzinha a 59, até a cola e os plasticos são os mesmos" será que o consumidor final se importa tanto assim com isso? ou quer pagar 6 mil dolares por uma guitarra fenomenal e pronto?! sem se importar se ela tem até o plastico original e a pintura desbotada pelos raios ultra violetas, já que ano que vem a gibson lança outra ainda mais identica kkkkk
BrotherCrow
acho que o mercado guitarristico se assemelha muito a esses nichos de colecionadores, seja de qual produto for
mas ocorreu uma reviravolta enorme no nosso mercado, e acho que a gibson está por baixo
podemos dizer que "a gibson não envelheceu bem" (sacaram a referencia?)
as novas marcas estão ditando o mercado e não só de guitarras não, friedman, victory, milkman sound e etc, estão tomando conta do mercado lá fora, acho que a gibson não ta sabendo conduzir e se manter nesse novo formato do mercado

renatocaster
Moderador
# jun/19
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T-Rodman

mas se não tiver essas vendas no mercado de massa, não tem como uma Gibson sobreviver só de custom shops, rs.

Certamente que não, mas a questão é que existe um aspecto emocional embutido de que tudo que a Gibson faz é "top". Pelo menos foi assim durante um bom tempo, mas parece que isso tá mudando um pouco.

Por exemplo, uma Gibson Les Paul Jr é um instrumento ridículo de simples, mas se vc for numa loja (aqui no Brasil) o cara vai querer te empurrar como se aquilo fosse um instrumento top de linha só pq é Gibson. Isso ainda acontece, muito. A gente meio que cresceu com aquele estigma de que segunda linha da Gibson é a Epiphone, sendo que por outro lado tem algumas Epis que são melhores, rsrs.

Então é justamente essa visão do mercado de massa que eu acho que está mudando um pouco. A distância encurtou um pouco pq o acesso a instrumentos de outras marcas também consideradas boas. Claro que a hype do hobbista pela marca que é lendária continua sendo mantida por muitos, como o amigo que citou o exemplo comparativo com a Rolex.

Quer ver um lance? Eu tenho acompanhado muitos guitarristas youtubers do Brasil e do exterior, pq inclusive acho que eles servem de certa forma como referência do que está rolando atualmente no mercado de instrumentos, e eu vejo pouquíssimos usando Gibson. Parece que nesse aspecto a Suhr é a nova "role model" da parada.

HortaRates
Membro
# jun/19
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renatocaster
Eu acho que essa visão é aqui no Brasil, onde uma Gibson Standard custa o equivalente a um ano de salário de muita gente. Lá fora é outra coisa, qualquer hobbysta meia boca do YouTube tem várias Fenders e Gibsons. Se o cara já é um pouquinho mais famoso, tem uma coleção de Custom Shop.

Aqui as guitarras que você vê profissional da noite tocando, como Epi Standard, PRS SE, Ibanez RG... Que custam caro aqui no Brasil, são o primeiro instrumento de muito adolescente lá fora. Custam uma semana de salário mínimo.

Lelo Mig
Membro
# jun/19 · Editado por: Lelo Mig
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Após décadas de um mercado "monopolizado", nos anos 80 tivemos uma revolução, choveu oportunidades e novidades:

Charvell
Jackson
BC Rich
Steinberg
Krammer
Music Man
Ibanez
Yamaha
Fernandez
Ovation
Washburn
PRS
Schecter
Carvin

Etc....

Era comum vermos guitarristas usando todas estas e outras marcas.

Parece que no final dos 90, em diante, houve um retrocesso ao uso de grifes.

Buja
Veterano
# jun/19
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Nos anos 2010 tivemos diversas outras marcas e estão suuuuper difundidas pelo mundo entre os guitarristas:


Chinarvell
Jeckson
BC Richt
Stainberg
Kremer
MusicMen
Chibanez
Yeamaha
Phernandez
Ouvation
Washborne
Paul Reed Smirthe
Schinecter
Karvin

entre varias
Phenders
Chibsons
Kort
e por ai a lista vai

renatocaster
Moderador
# jun/19
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HortaRates

Eu acho que essa visão é aqui no Brasil, onde uma Gibson Standard custa o equivalente a um ano de salário de muita gente. Lá fora é outra coisa, qualquer hobbysta meia boca do YouTube tem várias Fenders e Gibsons. Se o cara já é um pouquinho mais famoso, tem uma coleção de Custom Shop.

Com certeza, essa é a visão macro aqui do Brasil, afinal é a nossa realidade. Embora eu saiba mais ou menos como funciona lá fora, porém não tenho essa vivência.

Mas como falei, eu acompanho alguns gringos no Youtube (acompanho de forma mais indireta e meio aleatória, não a ponto de assinar canal e ficar assistindo religiosamente os vídeos), e a impressão que fica é de que a exibição de guitarras Gibson e até mesmo Fender é um pouco baixa. Posso estar meio equivocado, mas bate essa sensação.

Buja
Veterano
# jun/19
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Esses youtubers que ficam mais famosinhos nao sao base de comparação. Alem de ser a minoria, nao ser nem 1% dos guitarristas de la de fora, eles fazem tantas views e rola tanto paitrocínio, (alem de nao ter tanta carga tributária, é logico), que ostentar gibsons e fenders nao é la tao absurdo assim nao.

A titulo de exemplo, apesar de nao ser gibson nem fender, sigo o canal do Davie504.

O cara começou postando uns videos bem tocados e devia ter no maximo, no maximo, no maaaaaximo uns 2 baixos meia boca e 1 bom.

Hoje, tem mais de 50, muitos signatures e modelos exoticos. Em digamos, 5 anos de canal.
Looogico que nao foi sendo auditor do tribunal de contas da união que ele levantou tanta grana pra equipo em tao pouco tempo.
Agora ele faz viagens internacionais para fazer videoszinhos bobos, mas que batem 2 milhoes de views facil facil.

Dai nao fica muito dificil pra muitos youtuboys por ai filmarem gibsons de 20k.

renatocaster
Moderador
# jun/19
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Buja

Esses youtubers que ficam mais famosinhos nao sao base de comparação.

É apenas uma amostragem. Músicos que acompanham artistas também é outra. Só que nesses casos dos músicos, vc ainda vê bastante Fender, Gibson, etc...

Lelo Mig
Membro
# jun/19
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Buja
renatocaster

Esta "exibição" de alguns Youtubers não me impressiona muito não. Músicos na ativa, via de regra, possuem muitos contatos e relações.

Vou dar um exemplo pessoal. Tenho um amigo que transformou-se num advogado de multinacional farmacêutica e esta financeiramente muito acima da grande maioria dos brasileiros.

Ele possui, como hobbista (é muito bom guitarrista de hard rock), studio caseiro, uma média de 30 guitarras (incluindo Fenders e Gibsons anos 60 e 70, Gibson de 2 braços anos 70, Rickenbackers, Gretsches e etc), amps como Fenders Twins, Oranges, Marshalls e etc., mais de 100 pedais, além de baixos, violões, bandolins e etc.

Tenho acesso total a este equipo, além de outros brothers com menos, mas muito boas coisasm.. se eu gravar vídeos Youtube usando estes equipos vão achar que eu sou o maior magnata da parada.

BrotherCrow
Membro Novato
# jun/19
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Ali em cima eu falei que vendi a minha Les Paul porque não tinha justificativa pra manter um instrumento desse valor sendo que, na real, eu nem gostava dela. Lembro do tecladista dizendo que eu estava com um Palio pendurado no pescoço quando tocava com a Gibson.

O detalhe é o seguinte: a Gibson só me ganhava elogios de gente que amava o nome no headstock. Gente que chegava e dizia "noooossa, o cara tem uma Gibson". Elogio pelo timbre, eu ganhava com as minhas Fenders (a maioria mexicana), com a minha Epiphone tunada, com a minha PRS (uma SE da Indonésia).

Aí um dia eu comprei uma Gibson falsificada. Não porque eu quisesse pagar grau de dono de Gibson (veja bem: eu já tinha duas Gibsons originais), mas simplesmente porque estava muito barata e era uma boa guitarra. Velho, TODO MUNDO que ia na minha casa babava na guitarra achando que era uma Gibson. Mais até do que na Gibson original que eu tinha, porque a minha original era uma Standard e a falsificada era cópia de uma Custom. Aí, moleque pegava pra tocar e dizia "nossa, Gibson é outro nivel mesmo"... sendo que era uma guitarra chinesa com captadores de Epiphone! De lá pra cá, cobri o logo com fita isolante, botei uns Di Marzio nela e sigo feliz.

É como whisky: se eu pegar uma garrafa vazia de Blue Label e encher com Red Label, a maioria das visitas vai achar maravilhoso e dizer que nunca tomou um whisky tão bom.

Pra finalizar: uns meses atrás experimentei na casa de um amigo a Epiphone signature do Brent Hinds, do Mastodon. Nossa, velho, que guitarra monstruosa. Em termos de tocabilidade e de som (levando em conta o estilo pro qual foi feita) dá uma surra em qualquer Gibson que eu já tenha tocado.

Sei que tem Gibsons fenomenais e que a reputação tem seu fundamento. Mas pra cada Joe Bonamassa que consegue enxergar as sutilezas que tornam uma 59 Burst especial tem uma legião de moleques que vão babar em qualquer porcaria que tenha o logotipo da Gibson.

felipe bento pereira
Membro Novato
# jun/19
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Aí um dia eu comprei uma Gibson falsificada. Não porque eu quisesse pagar grau de dono de Gibson (veja bem: eu já tinha duas Gibsons originais), mas simplesmente porque estava muito barata e era uma boa guitarra. Velho, TODO MUNDO que ia na minha casa babava na guitarra achando que era uma Gibson. Mais até do que na Gibson original que eu tinha, porque a minha original era uma Standard e a falsificada era cópia de uma Custom. Aí, moleque pegava pra tocar e dizia "nossa, Gibson é outro nivel mesmo"...

Mas pra cada Joe Bonamassa que consegue enxergar as sutilezas que tornam uma 59 Burst especial tem uma legião de moleques que vão babar em qualquer porcaria que tenha o logotipo da Gibson.


Famoso efeito placebo!!!

Buja
Veterano
# jun/19
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Lembro do tecladista dizendo que eu estava com um Palio pendurado no pescoço quando tocava com a Gibson.




To com um palio pendurado no pescoço tambem, mas nao to batendo de gibson, ainda bem hahahaha

makumbator
Moderador
# jun/19
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Vejam que coincidência:

https://www.gearnews.com/gibson-loses-flying-v-trademark-case-in-eu-co urt/

Hahahh!!!!

Del-Rei
Veterano
# jun/19
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makumbator
Cara. Eu fico com pena... Embora talvez merecida essa surra moral que ela anda levando.

A marca se apoiou demais na tradição que tinha (e ainda tem, claro) e deixou de acompanhar mercado como deveria. Achou que era jogo ganho.

Sou fã da marca, assumo. Quando pensar em comprar outra guitarra, vai ser Gibson. Mas sei que ela anda em momentos difíceis.

Um aceno de longe!!!

killeryoda
Membro
# jun/19
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Brothercrow
É como whisky: se eu pegar uma garrafa vazia de Blue Label e encher com Red Label, a maioria das visitas vai achar maravilhoso e dizer que nunca tomou um whisky tão bom.

Você não poderia ter sido mais feliz na comparação, aqui em casa tenho um single malt que me custou menos e é melhor do que o blue label, inclusive comercializado pela propria diageo, que tambem vende o green label.
As vezes o barato sai barato e com um desempenho de caro

renatocaster
Moderador
# jun/19
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makumbator

Vejam que coincidência:

https://www.gearnews.com/gibson-loses-flying-v-trademark-case-in-eu-co urt/

Hahahh!!!!


Como já dizia o nosso herói das telinhas, Chapolin Colorado: "Que coisa, não?"

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# jun/19
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BrotherCrow
Você tem razão.
Só não concordo com compra de falsificações...
Abç

Delson
Veterano
# jun/19
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Eu nunca tinha tocado em uma Gibson. Certa vez eu toquei em uma Les Paul Traditional 2011, preta, nova na loja, mas era 2016 então ela não tinha sido vendida desde então. (Detalhe: R$ 11.000,00 na época)
Liguei em um Blackstar (não me lembro qual) no clean. O timbre não me impressionou nem um pouco, mas a tocabilidade fez eu pensar que eu era um Joe Bonamassa da vida. Desde então toquei em algumas Gibson, incluindo uma SG Special, que achei MUITO divertida e com uma tocabilidade tão agradável quanto as mais caras.
Tive a mesma impressão ao tocar em Takamine coreano/chinês (sei lá) e em Takamine japonês. Nenhum Takamine me impressiona em termos de timbre, mas em tocabilidade, ela estava lá desde a linha mais simples.

Em suma. Timbre é uma coisa até que razoavelmente fácil de copiar/mudar, mas a construção do instrumento seria inviável (quando não impossível) de se modificar.
E eu ainda vou ter uma R9 de 2013, quero deixar isso registrado aqui, kkkk

HortaRates
Membro
# jun/19
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Delson
Eu concordo plenamente.
Na minha opinião o amplificador, os pedais e o tipo dos captadores (single ou humbucker) definem muito mais o timbre da guitarra do que a qualidade dos componentes.
Além disso, ainda tem a regulagem e, principalmente, a pegada do guitarrista.
O cifraclub postou um vídeo outro dia comparando uma guitarra de R$500 com uma de mais de R$15000:
https://www.youtube.com/watch?v=7Lr22VO8t_E

Eu sinceramente preferi o timbre da Memphis do que o da Fender em 90% do vídeo.

A maior diferença que eu senti quando comprei minha primeira Gibson não foi no timbre, mas na construção da guitarra e na confiança que ela passa: As tarraxas são extremamente precisas, os potenciômetros funcionam sem ruído algum e fuçar neles permitem uma variedade enorme de timbres. Os trastes são perfeitos e permitem você colar as cordas no braço sem trastejar se você quiser. Os captadores respondem bem no clean e no alto ganho. É um instrumento bonito pra caramba, mesmo sendo uma "Studio". É uma guitarra que parece que foi feita pra durar, e que duraria décadas na minha mão se não jogar ela no chão e pisar em cima.

O cara acha que vai pegar uma Gibson e porque a guitarra custa mais de R$10 mil, vai espetar de qualquer jeito em qualquer lugar e tirar o timbre do Bonamassa. Não é bem assim.

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