Camarada Slow-hand foi chamado para fazer som de guitas Speed-Hand - O que fazer?

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ALF is back
Veterano
# fev/15
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krixzy
Eu acho q pra um shreder tocar flamenco precisa de mto mais q velocidade. Precisa de timing certo e pegada, principalmente pegada. É famosa a frase: "menor harmonica existe pra ser tocada devagar". O malmsteen é um shreder conhecido por tocar rock, flamenco, neoclassico e blues. Mas na boa? Pra mim ele toca a mesma coisa em bases diferentes...tem tecnica sim, mas nao o suficiente pra fazer bonito num blues, por exemplo. Ele tocando blues é uma piada total. Mas sem duvidas q é facil acharmos exemplos de velocistas q tocam outros estilos...hehe...claro q steve vai toca muito alem da velocidade, o cara tem tecnica, é uma referencia na guitarra, ele é capaz d tocar quase tudo por conta de sua tecnica apurada...quanto ao zak tbm tem tecnica e pegada, é veloz sim, mas sem diferencial esta na pegada. Mas tocar 2 notas por corda é ainda mais facil q 3, pois a palhetada fica alternada naturalmente, como cromatismos de 4 notas por corda. Uma por corda nem se fala...a coisa fica feia quando a fritada precisa ser mais especifica, com 3 notas numa corda, 2 na outra, 5 na proxima, e assim vai de forma totalmente irregular...o cara q faz isso com facilidade nao esta fazendo nada alem de colocar a nota necessaria no momento necessario, custe o esforço q custar...é ai q entra Greg Howe, govan e alguns outros exemplos de teto da tecnica na atualidade, na minha opiniao. O fritador toca 3 notas rapidamente em uma corda, e na proxima ira tocar outras 3 simplesmente pq esse é o shape, ou o esperado, ou o q fica mais facil pra ele, e numa dessas, sobra nota...particularmente, nao sou do tipo slow hand, nao pq sou o senhor velocidade mas pq busco ela o quanto posso...busco velocidade e o maximo de tecnica possivel, simplesmente pq eu quero isso pra mim huahuahua
Mas tenho consciencia de q ela é absolutamente dispensável pra grande parte dos estilos. Tenho mtos amigos com o perfil slow hand q tocam blues de forma q jamais irei tocar....q tocam riffs de country q me entortam ate os olhos, pois sao agéis na execuçao em geral...possuem uma mao direita e palhetada hibrida de dar inveja...vc mal ve e o cara ja socou uns pedal points de corda solta e os licks cumeno solto. Na hora de tocar um solo de metal, nao tocam, pois nao é a praia deles...nao precisam tocar...eles sao rapidos o bastante e bem resolvidos com suas tecnicas bem desenvolvida
Outra coisa q eu nao toco nem a pau por falta de tecnica é aquela guitarrada do chimbinha...mao direita minha passa vergonha, e olha q tenho alguma base no violao classico, mas simplesmente nao da pé kkkkkkkkkkk

Lelo Mig
Membro
# fev/15 · Editado por: Lelo Mig
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krixzy

Na boa, você assumiu uma postura de advogado dos shreds que acho meio desnecessária.

Ninguém aqui falou mal deles ou desmereceu sua importância, mas que eles não tocam de tudo, não tocam mesmo. Até porque a maioria é extremamente técnico por opção, por ambição (nada de errado nisso, todos temos as nossas), por identificação e necessidades com o ego. Ou seja, escolheram seu estilo, onde a demonstração "técnica guitarristica" é o foco principal e existe uma linguagem que esta na moda, portanto outros temas difíceis eles não tocam, não porque não consigam, mas porque não se focaram nisso, não possuem bagagem para tocar. Já falei sobre isso num outro tópico, da importância dessa corrente, do avanço técnico que eles produzem... contudo, avanço "artístico ou musical" não promovem nenhum, haja visto, que a grande maioria dos álbuns destes caras, das quais incluo os "tops" Steve Vai, Satriani, Malmsteen são uma grande merda. Cada escolha têm seu preço.

Você ilustrou seu exemplo com "The Love of God".....cara, esta música só existe por conta da capacidade técnica do Vai, pelo que ele faz tecnicamente, o diferencial dela é a porrada de sons e efeitos que ele consegue com suas técnicas aprimoradas (e isso é inegável, invejável e louvável), mas a linha melódica, a música em si, é de uma breguice de dar dó, parece Kenny G. (Essa com orquestração então, piorou....my god! que coisa horrorosa)

É justamente este ponto que alguns aqui estão colocando: O que EXISTE independente da qualidade técnica, e o que EXISTE e não é a qualidade técnica que dá. Repito, a grande maioria das músicas destes caras são umas merdas.

Ok, entramos no subjetivo? Concordo... gosto, ok!

Mas, por favor, só não venha com esse papo de "inveja", porque, ainda que admire, respeite e aprecie, estão muito longe do "guitarrista que eu gostaria de ter sido".

cafe_com_leite
Veterano
# fev/15
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Lelo Mig
Ainda bem que temos o Tosin Abasi pra nos dar a exceção que confirma a regra:



krixzy
Veterano
# fev/15
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Luisfelp FR1
Em todos os 4 dedos da minha mão esquerda, os calos se formam na pontas dos dedos, mas na diagonal, não no meio, ficam mais pro lado do dedo mindinho, não sei se é isso que vc ta falando, mas acho que tem a ver com a posição que vc toca.

nichendrix
Veterano
# fev/15
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krixzy

Tocar rápido por definição é conseguir executar passagens em semi-fusas em determinado andamento, se usar essa definição 90% dos caras que tocam rápido caem a velocidade máxima pelo menos pela metade.

Luisfelp FR1
Membro
# fev/15
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krixzy

Hm, entendi. Os calos nos outros dedos estão na posição horizontal (pendendo um pouco mais pro canto da ponta do dedo), só no mindinho que ele é bem entre a ponta do dedo e a parte lateral, meio que de diagonal. Talvez realmente seja pela posição como meus dedos ficão para tocar, já tentei mudar mas achei meio desconfortável outra posição, porem não me esforcei muito pra me acostumar a essa mudança.
Mas (se possível) creio que terei que mudar, pois para fazer certos licks ou mudar a digitação ou até tocar algo mais rápido eu acabo me atrapalhando.

krixzy
Veterano
# fev/15
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ALF is back
a coisa fica feia quando a fritada precisa ser mais especifica, com 3 notas numa corda, 2 na outra, 5 na proxima

Sim amigo, é nessa hora que muitos se perdem por não ter uma boa técnica na mão direita, existe uma atenção na forma de palhetar esse tipo de frase, e não da pra seguir o padrão sempre cima baixo cima baixo, estudando a frase, você analisa a forma de palhetar mais eficiente, como por exemplo, se deve começar por cima ou por baixo pra quando chegar em certo trecho da frase pegar a próxima corda com mais velocidade, dar um sweep em certa corda, ou não usar o sweep na hora de trocar de corda em certo momento, pra mudar o padrão da palhetada pra facilitar em outro ponto.... São esses detalhes que muito carinha ai não observa, fica se precupando só com a mão esquerda.

Eu penava nisso, mas depois que vi um vídeo do grande marc snow falando disso, passei a analisar isso e melhorou muito meu desempenho, tem muito detalhe bobos que faz uma boa diferença, como você disse lá atrás, eu acho que o principal pra ter uma boa velocidade é a técnica da palhetada.


Lelo Mig
Ninguém aqui falou mal deles ou desmereceu sua importância

Falaram sim, foi até por isso que postei os vídeos, na verdade apenas eu defendo, a grande maioria aqui desvaloriza, tanto é que bastou eu defender que o tópico rendeu um monte de comentários.



mas que eles não tocam de tudo

Não disse exatamente que tocam de tudo, mas na real, tocam quase tudo, pode não ser da mesma forma que um cara costumando toca, mas ele toca, e em comparação com um mão lenta, ele toca muuuuuito mais.


haja visto, que a grande maioria dos álbuns destes caras, das quais incluo os "tops" Steve Vai, Satriani, Malmsteen são uma grande merda. Cada escolha têm seu preço.

a linha melódica, a música em si, é de uma breguice de dar dó, parece Kenny G. (Essa com orquestração então, piorou....my god! que coisa horrorosa)

a grande maioria das músicas destes caras são umas merdas.


Envolver seu gosto pessoal não tem nada a ver, só poque você não curte não significa que é ruim.


Mas, por favor, só não venha com esse papo de "inveja", porque, ainda que admire, respeite e aprecie, estão muito longe do "guitarrista que eu gostaria de ter sido".

Ninguém falou de inveja, só estou comparando o termo criado de slow hand em relação aos shred's, que a grande massa aqui bota os shred's la embaixo e baba os slow hand's, não concordo com isso, eu concordo com o que foi dito pelo nosso amigo Headstock invertido, falou tudo ali, enquanto desmerecem os shred's boto mais lenha na fogueira e o papo vai rolando, eu to achando é divertido essa discussão huehuehue....

krixzy
Veterano
# fev/15
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nichendrix
Não é verdade, veja, definição e velocidade:


https://www.youtube.com/watch?v=_9zdsoeqPkE

krixzy
Veterano
# fev/15
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Luisfelp FR1
É complicado isso, depois que você se acostuma numa posição confortável, pra se acostumar em outra é tenso.

Lelo Mig
Membro
# fev/15
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krixzy

"só poque você não curte não significa que é ruim."

Tá certo! Entrei no slow vs shred, confesso! E olha que nem concordo com este X vs Y!

E pensar que (segundo me consta, posso estar errado) o termo Shredder surgiu por conta de Jimmy "na trave" Page, por conta do solo de heartbreaker!....hehehehe.

ALF is back
Veterano
# fev/15
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krixzy
Esse cabiludo ai tem velocidade, e tem tecnica! Mas nao adianta, bananas nao tem gosto de maça, e maças nao tem gosto de banana....se tiver, sera um aroma artificial....esse cara nao seria capaz sequer de timbrar a guitarra pra tocar blues, e o BuddyGuy sequer saberia q dedo usar pra fazer um tapping com esse drive...as coisas sao assim mesmo! Huahua

renatocaster
Moderador
# fev/15
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Eu curto vários shredders, assim como também curto vários slow hands. Para o meu gosto e ouvidos, tem espaço para todos :)

nichendrix
Veterano
# fev/15 · Editado por: nichendrix
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Fernando de almeida

Se seu amigo é realmente muito bom tocando coisas que não sejam muito rápidas, a menos que ele queira realmente tocar rápido, eu não vejo porque ele não tentar uma carreira tocando outra coisa, na boa, a maioria dos caras que tiram uma boa grana tocando que eu conheço são sideman de cantores/bandas de ritmos que não tem muita exigência de velocidade, na boa qualquer guitarrista de Banda de Forró no Nordeste ou de Dupla Sertaneja aqui em São Paulo tira mais grana por mês que 9 de cada 10 guitarristas de banda de metal ou de jazz nas mesmas regiões. Na boa mesmo guitarrista de pop em geral tira mais grana que isso.

A menos que você esteja falando lento do tipo solo rápido pro cara é penar pra tirar solo do Pink Floyd.

krixzy
Cara eu não preciso de um vídeo de youtube pra definir isso, embora eu tenha visto o vídeo só pra ver se o cara definia alguma coisa, o que ele não faz. Eu estou lhe dizendo que velocidade pra qualquer livro de teoria musical e de técnica pra instrumento sério vai englobar dois elementos um é o andamento e o outro é o domínio de todas as figuras de tempo daquele andamento.

Por definição os andamentos rápidos são os que estão do Allegro até o Prestissimo, ou seja andamentos rápidos são todos acima de 120BPM, abaixo disso o andamento não é rápido, é lento ou moderado. Aqui tem algumas divisões diferentes como Allegreto ou Allegro Moderato que são andamentos ali na divisão entre moderado e rápido, mas nenhum está abaixo de 112 BPM.

O outro elemento que existe aí é a figura de tempo, tocar em figuras de tempo rápidas é tocar em qualquer figura de semicolcheia pra mais rápido, ou seja, semicolcheia, fusa e semifusa. Domínio completo de um determinado andamento só se tem quando você consegue executar peças em semifusas nele sem dificuldades.

Então pra alguém realmente dizer que domina tocar rápido ele tem que tocar em andamentos rápidos e em semifusas, se o cara diz eu toco a 200BPM mas só vou até semi colcheia, ele simplesmente não tem domínio de tocar a 200BPM, Pra falar a verdade é possível que ele não tenha domínio completo nem de tocar 100BPM, caso não consiga chegar a semifusas (que é uma velocidade moderada e não rápida).

O grande problema aí é que mais de 90% das pessoas que dizem que tocam rápido não dominam completamente esses andamentos rápidos.

Eu, pessoalmente, não vou dizer que o cara que faz fusa a 120BPM não é rápido porque não consegue chegar em semifusa direito (o que equivale a dizer que ele certamente conseguirá tocar semi-colcheia em 200BPM), mas se for pegar essas definições ao pé da letra ele não domina tocar no andamento de 120BPM, que seria o mais lento dos andamentos rápidos.

Só pra comentar os vídeos lá do Steve Vai, For The Love of God do Steve Vai é uma música que é tocada a 100BPM com passagens em semifusas, então a figura de tempo é muito rápida, mas o andamento em si não é. Você tenta vender a ideia em um dos posts de que velocidade está independe do estilo, mas se pegar Groanning The Blues com o Clapton tocando ela está a 110BPM e For The Love of God a 100BPM e as duas nas partes mais rápidas são tocadas em semifusas. Só que For The Love of God parece ser mais rápida, mesmo sendo mais lenta, isso ocorre porque enquanto a base de Groanning the Blues é inteiramente tocada com figuras de tempo lentas, todos os instrumentos estão em figuras bem lentas, já a de For The Love of God apesar da cozinha no andamento "moderado" e o baixo tocando em figuras lentas, tem uma guitarra/sitar no fundo tocando em um andamento moderado e um delay precisamente regulado pra soar entre as notas que ele de fato toca, o que dá a impressão de estar mais rápida, mesmo estando 10BPM mais lenta.



Enfim, existe uma coisa que é a percepção que se tem da velocidade e a velocidade de fato quando você bota no papel, pra partitura, quando vai pro papel, muito do que parece ser muito rápido nem é "tecnicamente" lá muito rápido, mas a composição é construída pra dar essa impressão por algum motivo, que pode ser desde a tentativa de explorar todo o espectro rítmico de um determinado andamento até simplesmente parecer que se está fazendo algo muito mais difícil do que realmente se está fazendo.

Outro exemplo usando o mesmo guitarrista e o mesmo ritmo, é Someday After a While (You'll Be Sorry), do mesmo disco do Clapton, duranteo solo também ele usa semi-fusas com muito mais frequência que em Groaning The Blues e tem um delayzinho matreiro no meio, a impressão durante o solo é que ele é bem mais rápido que o da música anterior, mas não é, já que ambas estão em figuras que variam entre semicolcheias, fusas e semifusas, o andamento da segunda música é apenas 60BPM, o que dá 40BPM a menos do que a anterior, mas a frequência do uso de semifusas e o delay também fazem parecer mais rápida.



Da mesma forma você fala que cara rápido consegue tocar de tudo, e na boa, se você pegar professores como o Marcos Ottaviano, André Christovam (ambos no Blues), Helio Delmiro, Toninho Horta e Heraldo Do Monte (Bossa Nova, Música Brasileira), Chico Pinheiro, Alemão (Jazz), vai ver que boa parte dos alunos deles são caras que conseguem tocar tudo do Steve Vai ou do Malmsteen mas tem dificuldade de tocar um simples blues, ou um baião e não raro levam anos de aulas pra desenvolver o vocabulários e o cabedal de técnicas inerentes a esses estilos.

Inclusive no fim do meu primeiro dia de aula com o Marcos Ottaviano ele falou que eu era o primeiro aluno em quase 10 anos que não tinha muito esse perfil, embora que como eu já tocava bossa nova e jazz desde os 8 anos (quando ainda nem tocava guitarra e sim saxofone), só que quando fui ter aulas com ele eu já estava tocando quase que exclusivamente blues há quase 10 anos, então mesmo fugindo um pouco ainda dava pra enquadrar meio que no perfil de parte dos alunos dele (os que tocam Jazz e não conseguem dominar o Blues).

Então sua alegação de quem desenvolve velocidade vai ter alguma grande vantagem inerente a quem não desenvolveu simplesmente não se sustenta, talvez no auge da minha adolescência, quando eu ainda me interessava em tocar metal, num dia ideal eu tocasse a parte mais rápida de For The Love of God sem grandes problemas (hoje eu com certeza não passo nem perto disso), mas nenhum amigo meu que fritava de verdade ia dizer que eu treinava pouco ou que não tinha técnica, porque na boa, no espaço que eles conseguem meter 2-3 acordes eu metia fácil 5 e em um ritmo muito mais sincopado do que o padrões que eles usavam pra tocar Metal.

Até guitarristas que muitos aqui dizem que não tem um pingo de técnica se for olhar bem são capazes de fazer coisas bem difíceis, por exemplo, um amigo meu que toca tudo do Steve Vai e que inclusive chegou a dar um workshop particular de guitarra bahiana pra ele, certa vez teve que tocar com o tal Chimbinha e segundo ele foi a maior vergonha que ele passou na vida, o cara consegue pegar e meter semifusa a 160BPM sem problema nenhum, mas não conseguiu fazer quase porra nenhuma naquelas basezinhas quebradas e polirritmias que o guitarrista de brega meia boca faz como se fosse a coisa mais fácil do mundo.

Concordo que o resultado do treino de técnica é uma hora a coisa se tornar tão fácil a ponto de se tocar rápido sem dificuldades, mas no geral a maioria das alegações que você fez são grandes demais pra fatos de menos e como dizia Carl Sagan, alegações extraordinárias precisam vir acompanhadas de evidências extraordinárias.

Enfim, essa história de ser versátil e completo é uma faca de dois gumes, porque não é humanamente fazer tudo bem, então é sempre um trade-off, se você é bom de fazer semifusa a 200BPM, você vai ter que investir tanto nisso que vai ter que abrir mão de outra coisa que em algum momento pode virar uma limitação (caso você se proponha a tocar tudo bem).

krixzy
Veterano
# fev/15 · Editado por: krixzy
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nichendrix
Ah, ai vc ta falando de andamento da música, isso ai não vem ao caso, não importa se a música ta a 10 BPM ou a 100BPM, se o cara que ta tocando na música a 10 BPM faz 8 notas por segundo, e o que está na música a 100BPM toca 4 notas por segundo, então o primeiro lá está tocando mais rápido sim que o carinha que está na música a 100 BPM, embora o andamento da música seja mais lento, e esse lance de delay é claro, mas da pra perceber que o cara toca rápido sim.

Da mesma forma você fala que cara rápido consegue tocar de tudo
Não disse que toca tudo, disse que toca quase tudo.

Então sua alegação de quem desenvolve velocidade vai ter alguma grande vantagem inerente a quem não desenvolveu simplesmente não se sustenta

Claro que sustenta, um slow hand é muito mais limitado que um shred, tanto pra executar, quanto pra compor, isso é claro, se tratando de técnica.

O que não se sustenta é sua afirmação ai, só pq o cara provavelmente nunca tocou chimbinha, vc ta afirmando que o cara é incapaz? Óbvio que não, e isso não é nenhum tipo de prova pra testar o músico, só pq o cara não toca um chimbinha o cara é não tem chances e é inferior, nada a ver, o que vem ao caso é as limitações de cada um, as habilidades de um shred permite um espaço muito maior dentro da música, provavelmente ele pegaria o jeito pra tocar essas coisas mais rítmicas sem problemas e em curto prazo, de inicio ele apanha, mas é questão de memoria muscular, assim como um slow hand ganha velocidade praticando, porém é bem mais fácil, e menos demorado aprender a tocar chimbinha do que ganhar uma alta velocidade.

Tudo que você disse ai já foi citado antes, isso sim não se sustenta, é sempre o mesmo papo de que shred não toca essas coisas mais rítmicas, mas isso ai não cola, não é tão difícil nem demorado aprender isso, ao contrario de ganhar velocidade que requer muito treino, tempo e dedicação, no fim o slow tem uma limitação maior.

nichendrix
Veterano
# fev/15 · Editado por: nichendrix
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krixzy
Claro que sustenta, um slow hand é muito mais limitado que um shred, tanto pra executar, quanto pra compor, isso é claro, se tratando de técnica.

Cara, se você andar com a galera que toca Jazz, que tecnicamente é o estilo que mais exige do músico depois da música erudita, a maioria vai considerar a técnica de shreder bem ruinzinha e a muitas vezes em aulas de composição eles são os que mais penam.

só pq o cara não toca um chimbinha o cara é inferior

Aqui é outro problema você encara essas coisas como superior e inferior, eu, o LeloMig e os outros não, talvez por isso que pra você soe estranho as pessoas falaram que velocidade e técnica não são tão relacionados e que velocidade não mede capacidade técnica, apenas destreza mecânica (que é diferente de técnica).

Não existe nenhuma vergonha ou inferioridade em tocar rápidos ou não tocar rápido, porque no fim, técnica só existe dentro de um propósito, o Jazz nesse sentido é mais exigente tecnicamente porque importa muitos elementos de tantos outros estilos diferentes que termina ficando como a música erudita ou você domina tudo ou não dá conta de tocar direito.

Agora tirou música erudita e jazz, a maioria dos estilos se especializa em algumas coisas, música latina no geral tem ritmos muito difíceis de tocar, você pode achar que não, mas é, não é facinho, mesmo quando você bota um Chic Corea ou Jim da vida, que praticamente invetaram vertentes inteiras do Jazz e pra quem tocar a 160BPM é lugar comum, não é só sentar e tocar essas coisas sem um período de estudos antes e nem é tão pouco quanto você pensa.

Outra especialização da música latina, embora mais recente são harmonias e polirritmias, que também não são coisas fáceis de tocar. Hard Rock e Heavy Metal existe uma ênfase em patterns tocado em andamentos muito rápidos, mas no geral são ritmicamente e harmonicamente muito pobres.

Enfim essas especializações são naturais e dominar um estilo não necessariamente dá uma vantagem no aprendizado de outros, salvo por elementos que possam ter em comum ou para coisas bem básicas. Agora a partir do momento que você começa a dominar estilos muitos distantes um do outro, aí sim a facilidade começa a aparecer, pro cara que toca Samba e Metal é muito mais simples de aprender a tocar jazz muito bem do que o cara que só toca metal ou só samba.

provavelmente ele pegaria o jeito pra tocar essas coisas mais rítmicas sem problemas e em curto prazo, de inicio ele apanha, mas é questão de memoria muscular

Cara, não pega, hoje ele basicamente se especializou em música brasileira, mas é um estudo que pra ele já vai pra quase 10 anos, e na boa, pelo que vejo com meus amigos e com os professores tops de linha que conheço em pelo menos 6 estados, leva em média 2 anos pra pegar um cara que toca primariamente metal e formar ele pra conseguir tocar competentemente um outro estilo mais distante como jazz, blues, música latina, música brasileira, etc. Menos que isso a maioria em geral não conseguem nem ser minimamente competente, pode enganar um leigo, mas se botar com um cara que realmente sabe aquilo, o cara não acompanha.

Se pensar bem 2 anos é mais ou menos o tempo que leva pra pegar um cara que é pouco mais que um iniciante e deixar ele minimamente competente nos mesmos estilos. Então você pode acreditar que não é assim, mas pelo que vi em todo lugar que fui até hoje, não é isso que ocorre, em geral o cara praticamente tem que reaprender quase tudo, em parte porque vai ter que desaprender muito do que já aprendeu, ele tem uma memoria muscular, ele tem uma forma de pensar e mudar pra um estilo significativamente diferente inutiliza boa parte disso.

assim como um slow hand ganha velocidade praticando, porém é bem mais fácil, e menos demorado aprender a tocar chimbinha do que ganhar uma alta velocidade

Como eu disse, na maioria dos casos que vi até hoje o tempo que leva pro cara lento tocar rápido ou pro cara rápido aprender a tocar Chimbinha realmente bem é praticamente o mesmo. Existem exceções, eu tenho um amigo que com 13 anos não só tocava igual ao Satriani ou Vai, mas compunha no estilo dos caras, lá pelos 16 quando entrou na faculdade de música o menino já sabia mais jazz e música latina e música brasileira que quase todos os professores da UnB, o curso tem 4 anos e ele terminou em 2, foi pros EUA fazer pós-graduação em performance em escola famosa e também fez em metade do tempo, mas esse é um numa multidão, eles existem, mas não são a maioria.

No fim a única grande vantagem de quem toca rápido é o habito de praticar bastante, isso já é uma qualidade muito boa e que ajuda mais do que qualquer outra, em geral quem não toca tão rápido, salvo raras exceções, ainda tem que desenvolver a disciplina primeiro para poder aprender diversos estilos.

Tudo que você disse ai já foi citado antes, isso sim não se sustenta, é sempre o mesmo papo de que shred não toca essas coisas mais rítmicas, mas isso ai não cola, não é tão difícil nem demorado aprender isso, ao contrario de ganhar velocidade que requer muito treino, tempo e dedicação, no fim o slow tem uma limitação maior.

Da mesma forma que eu sempre falo que a gente não deve aceitar o que os outros dizem sem pensar criticamente a respeito, também sempre falo que se todo mundo diz que você está errado e você insiste que está certo, pode até ser que você esteja certo, mas precisa de uma evidência bem contundente pra isso.

No caso você parece não entender que velocidade é um aprendizado mecânico, na boa não precisa pensar muito, você senta e repete por meses as vezes anos pra chegar lá. Já pra tocar por exemplo jazz, isso tem muito pouca aplicabilidade, é uma atividade muito mais racional do que mecânica, a parte mecânica em geral se tem como garantido que o cara tem um determinado número de requisitos antes de tentar começar. O mesmo vale pra estilos como forró, baião ou o brega do Pará, é relativamente rápido pra pegar a parte mecânica, mas isso vai enrolar alguém que tem muito pouco conhecimento do estilo, pra dominar o estilo de fato o buraco é muito mais embaixo nesses estilos, isso demora e está longe de ser fácil.

Pra ficar num exemplo dentro do Rock, imagina pegar um Chuck Berry ou Scooty Moore da vida e tentar ensiná-los a tocar Megadeth, Metallica, Mr. Big ou Dream Theater, a dificuldade é muito grande, e a velocidade é o menor problema nessa equação.

cafe_com_leite
Veterano
# fev/15
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Eita. Já dá pra fechar o TCC.

Alex guitar man
Veterano
# fev/15
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Sou da banca, só assisto.

_guintter_
Membro
# fev/15
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A discussão está bastante interessante!

Luisfelp FR1
Membro
# fev/15
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Também estou gostando da discussão e das ideias expostas por cada um.

krixzy
Veterano
# fev/15 · Editado por: krixzy
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nichendrix
Cara, se você andar com a galera que toca Jazz, que tecnicamente é o estilo que mais exige do músico depois da música erudita, a maioria vai considerar a técnica de shreder bem ruinzinha e a muitas vezes em aulas de composição eles são os que mais penam

Que importância tem o que a galera do Jazz pensa? Estou falando de técnica de execução, não há nada de mais no Jazz em relação a isso, como um cara do metal, acho a técnica do Jazz bem sem graça também.

Outra coisa, porque a mania de generalizar por conta de um ou outro que penou na hora de compor? Vai dizer que a galera do Jazz nunca pena na hora de compor?

Isso que você diz não tem fundamento nenhum.

Aqui é outro problema você encara essas coisas como superior e inferior, eu, o LeloMig e os outros não, talvez por isso que pra você soe estranho as pessoas falaram que velocidade e técnica não são tão relacionados e que velocidade não mede capacidade técnica, apenas destreza mecânica (que é diferente de técnica).

Destreza mecânica se consegue com prática, e prática se encontra na definição de técnica, logo, destreza mecânica faz parte da técnica.

Dicionário:
http://www.lexico.pt/tecnica/
http://www.priberam.pt/dlpo/t%C3%A9cnica

Não existe nenhuma vergonha ou inferioridade em tocar rápidos ou não tocar rápido, porque no fim, técnica só existe dentro de um propósito, o Jazz nesse sentido é mais exigente tecnicamente porque importa muitos elementos de tantos outros estilos diferentes que termina ficando como a música erudita ou você domina tudo ou não dá conta de tocar direito.

Pode incluir muita coisa, mas não há grande dificuldade na execução, não é nada de mais, a musica erudita sim é bem mais complexa.

Agora tirou música erudita e jazz, a maioria dos estilos se especializa em algumas coisas, música latina no geral tem ritmos muito difíceis de tocar, você pode achar que não, mas é, não é facinho, mesmo quando você bota um Chic Corea ou Jim da vida pra tocar que praticamente invetou vertentes inteiras do Jazz, não sente e toca essas coisas sem um período de estudos significativo antes. Outra especialização da música latina, embora mais recente são harmonias e polirritmias, que também não são coisas fáceis de tocar. Hard Rock e Heavy Metal existe uma ênfase em patterns tocado em andamentos muito rápidos, mas no geral são ritmicamente e harmonicamente muito pobres.

Se é rico ou pobre não é o caso, o caso é dificuldade em executar, e outra coisa, a papo é sobre slow hand e shred, não estamos discutindo qual gênero é melhor, então toda essa coisa sobre jazz não vem ao caso.


2 anos pra pegar um cara que toca primariamente metal e formar ele pra conseguir tocar competentemente um outro estilo mais distante como jazz, blues, música latina, música brasileira, etc. Menos que isso a maioria em geral não conseguem nem ser minimamente competente, pode enganar um leigo, mas se botar com um cara que realmente sabe aquilo, o cara não acompanha.


Ta dizendo que um cara precisa estudar 2 anos pra tocar um Jazz? Não creio mesmo, deixando de lado a discussão sobre slow e shred, acho que você deve está falando que pra tocar Jazz tem que tocar igual a um padrão, todo mundo tem que tocar da forma que fulano toca, ou tem que dominar todas as técnicas, a uma forma autêntica, da forma difícil, se não não sabe tocar, toda essa conversa de isso vai enrolar alguém que tem muito pouco conhecimento do estilo, essa frase nem deveria existir na música, não existe forma correta de tocar Jazz, nem erudita, nem rock, nem blues, se todo músico pensar assim, seria a coisa mais chata do mundo, imagina todo mundo tocando no mesmo padrão, imagina todo músico de Jazz tocando no padrão top que você fala, seria a coisa mais chata, passaria a ser mais agradável ver um iniciante tocar Jazz, nem surgiria novos gêneros, definitivamente esse padrão correto que você fala pra tocar Jazz entre os outros gêneros ai que leva anos não cola, você parece que estuda bastante, tem essa visão, parece dedicado, mas parece que foca de mais num padrão, eu não acho isso legal, não sei se você entende onde quero chegar, ou se interpretei mal o que você quis dizer, mas música é pra ser tocada do jeito de cada um, se você curte Jazz, obviamente você vai buscar tocar com uma sonoridade Jazz, mas vai ter sua personalidade, o seu jeito, e algumas coisas vão mudar, mesmo que não parece Jazz pra uns, é o seu Jazz, ou um novo gênero, o importante é soar agradável.


se todo mundo diz que você está errado e você insiste que está certo

Na verdade não é uma discussão de quem esta certo ou errado, acho que todos aqui neste tópico concordamos com o que foi dito lá atrás pelo Headstock invertido, a discussão segue mais em relatar as limitações de cada um, slow ou shred, embora sabemos que ambos são importantes.


mas precisa de uma evidência bem contundente pra isso.

As evidências em relação as criticas dos sheds estão todas ai no tópico, é só voltar umas páginas.

nichendrix
Veterano
# fev/15 · Editado por: nichendrix
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krixzy
Que importância tem o que a galera do Jazz pensa? Estou falando de técnica de execução, não há nada de mais no Jazz em relação a isso, como um cara do metal, acho a técnica do Jazz bem sem graça também.

A importância do que eles pensam pra tocar metal nenhuma, só que você alegou que quem toca rápido toca bem qualquer estilo ou aprende qualquer estilo com pouco esforço porque tem técnica.

Eu falei que técnica é algo inerentemente ligado a um estilo, logo nenhuma técnica, desprovida de estilo é tem relevância significativa, por isso dei um exemplo de um estilo que em geral demanda significativamente um conhecimento e destreza técnicos bem mais diversificados, abrangentes e diferentes do conjunto de técnicas que o Metal usa, que é o Jazz, você fala o tempo todo de técnica, o que eu falei é que boa parte das técnicas de Metal tem pouca aplicação no Jazz, logo um guitarrista extremamente técnico tocando metal, tocando jazz não vai ter o mesmo nível técnico. Assim como citei o jazz poderia ter citado qualquer outro estilo, tocar na velocidade da luz não faz a menor diferença pra quem toca forró, mas se não for bom em divisão ritmica com a mão direita e não conhecer bem o modo mixolídio, pode até quebrar o galho, mas não vai se tornar um Luis Gonzaga ou um Heraldo do Monte ou um Armandinho (que por sinal também toca na velocidade da luz quando quer, mas isso veio muito depois).

Outra coisa, porque a mania de generalizar por conta de um ou outro que penou na hora de compor? Vai dizer que a galera do Jazz nunca pena na hora de compor?

Se fosse um ou outro, seria uma generalização fútil, mas pegue o programa de qualquer escola de música que preste no mundo e vai ver que em geral as classes ligadas a jazz e música erudita tendem a ser mais avançadas do que as ligadas a rock and roll, então não é um ou outro é algo tão bem notado por todos que os programas já são organizados pra compensar essa dificuldade.

Destreza mecânica se consegue com prática, e prática se encontra na definição de técnica, logo, destreza mecânica faz parte da técnica.

Fazer parte de algo e ser algo são coisas diferentes, nunca disse que velocidade não faz parte do estudo de técnica, mas treinar velocidade em si não é técnica.

Pode incluir muita coisa, mas não há grande dificuldade na execução, não é nada de mais, a musica erudita sim é bem mais complexa.

Cara, no mundo inteiro Jazz e música erudita são considerados equivalentes em dificuldade e exigência técnica, logo, se você acha música erudita complexa e ela é equivalente ao jazz, você está automaticamente dizendo que o Jazz é complexo.

Existem muitas diferenças entre os dois estilos, mas no fim, as exigências técnicas são próximas e mesmo quando não são as mesmas são substituídas por outra característica igualmente demandante. Se você não concorda, não sou eu quem você tem que convencer, mas o resto do mundo.

Se é rico ou pobre não é o caso, o caso é dificuldade em executar, e outra coisa, a papo é sobre slow hand e shred, não estamos discutindo qual gênero é melhor, então toda essa coisa sobre jazz não vem ao caso.

Eu também não discuti qual gênero é o melhor, eu discuti que não existe essa de achar que existem muitos atributos técnicos que sejam desatrelados de um estilo, existem atributos básicos da execução no instrumento que sem isso não é possível tocar nada, mas saiu desse básico o que vai definir o que é técnico é o estilo. Isso não importa qual estilo seja. Como falei tocar metal não exige grandes complexidades harmonicas e ritmicas, mas exige um nível de destreza (velocidade e precisão de palhetada) muito grande, então alguém que seja altamente técnico nesses aspectos, mas que não tenha essa velocidade e essa precisão estará em desvantagem, da mesma forma o cara que sola na velocidade da luz vai ter muito problema pra tocar Samba, já que no Samba esse não é um atributo muito importante. Isso quer dizer que Samba é melhor que metal? Pra mim não.

Ta dizendo que um cara precisa estudar 2 anos pra tocar um Jazz?

Pra tocar um jazz não, pra ter conhecimento teórico e técnico suficiente pra tocar bem qualquer jazz que jogar pra cima dele, sim.

não existe forma correta de tocar Jazz, nem erudita, nem rock, nem blues, se todo músico pensar assim

Aqui é uma área totalmente cinza, mas a tendência é eu dizer que sim, existe uma forma correta sim, você ouve um metal, nas suas 1001 formas e sabe que é um metal, você ouve um samba nas suas 1001 formas e sabe que é um samba, você ouve um blues e sabe que ouviu um blues.

Se eu disser que o B.B. King toca metal aqui, você vai dizer que não, então existe sim um conjunto de atributos que faz um estilo uma coisa e outro estilo outra, isso envolve tanto valores estéticos, técnicos, sociais, estiliticos e por aí vai. Logo atendendo esses valores você pode fazer o que quiser, mas se sair muito deles o nome vai mudar

definitivamente esse padrão correto que você fala pra tocar Jazz entre os outros gêneros ai que leva anos não cola

Ok, quando você tocar jazz e todo mundo que toca jazz disser que você tocar bem, ou quando você tocar forró e for reconhecido por todos por ser bom de forró você me diz quanto tempo levou pra isso acontecer.

Pelo que eu tenho visto, pra quem realmente é muito bom num estilo, salvo quando muda pra um estilo muito próximo, o tempo de aprendizado leva em média 2 anos. Alguns fazem em menos e outros em mais, mas na média, 2 anos. Não falo aprender meia dúzia de músicas e dizer que toca um estilo, mas estudar as características dele, quais aspectos teóricos e técnicos ele usa, e ter proficiência suficiente pra tocar qualquer coisa dentro daquele estilo.

Enfim é muito fácil ensinar alguém 3 acordes e algumas batidas basicas e dizer que ela já consegue tocar Punk, agora tocar Punk mesmo de verdade demora bem mais que isso, mesmo que nesse caso eu não acredite que alguém leve 2 anos, se o cara quiser tocar como os Buzzcocks ou o The Clash ou o Offspring, então é capaz de levar uns 2 anos pra chegar lá sim.

Agora se são estilos muito próximos, por exemplo alguém que toca Hard Rock começar a tocar Metal ou alguém que toca Bossa Nova começar a tocar Samba, então a coisa é muito mais rápida. Agora se pegar o Chico Pinheiro e botar pra tocar Metal como um sei lá um Kiko Loureiro ou Satriani, vai no mínimo dois anos, não importa se o Chico Pinheiro é professor de Jazz na Berklee, a distância dos estilos é muito grande, a linguagem é muito diferente.

Saindo um pouco da música, isso é muito similar a aprender uma língua, um falante do português, vai ter muita facilidade pra aprender espanhol, que é muito próximo, mas se for pro italiano ou pro francês o buraco começa a afundar, se for pro alemão ou pro inglês, afunda mais, se for pro Russo ou pro Chinês, aí o buraco vira um abismo porque não vai ter quase nenhuma relação com o que ele sabe. Importa muito pouco que todo ser humano só consiga produzir os mesmos fonemas, logo teoricamente qualquer humano aprende qualquer língua, mas quanto mais distante da sua língua nativa for, mais difícil é o aprendizado. Agora se o cara Fala Português, Alemão e Japonês, aprender Chinês ou Grego é muito mais fácil porque o leque de habilidades dele com língua, gramáticas e fonemas é bem maior e é mais provável de ele conseguir encontrar estruturas semelhantes a alguma das coisas que ele já sabe.

A música é também uma forma de linguagem, e da mesma forma aprender coisas que tem uma relação grande é simples, quando não há é muito mais complicado e demanda muito mais tempo.

não sei se você entende onde quero chegar, ou se interpretei mal o que você quis dizer, mas música é pra ser tocada do jeito de cada um

Você entendeu tudo errado, mas eu não tenho mais saco pra tentar explicar.

E sim música é pra ser tocada do jeito de cada um, porém o que cada um toca não necessariamente vai ser visto pelo ouvinte da mesma forma. Isso muitas vezes acontece até dentro do mesmo estilo, por exemplo, até a virada dos anos 30 pros 40, o jazz por mais variações regionais e de pessoa pra pessoa que tivesse era sempre referido como Jazz ou Swing (mais usado entre brancos), quando a negada da virada da década começou a tocar o jazz de forma muito diferente, ninguém quis aceitar aquilo com o jazz que existia antes, por isso terminou ganhando outro nome, o bebop, que é Jazz mas é outro tipo de jazz.

O mesmo aconteceu com o Samba, Maxixe e o Choro, com Rock and Roll, Heavy Metal e Hard Rock e por aí vai. Logo por mais que cada um toque o que quer, cada estilo tem fronteiras relativamente bem delimitadas.

se você curte Jazz, obviamente você vai buscar tocar com uma sonoridade Jazz, mas vai ter sua personalidade, o seu jeito, e algumas coisas vão mudar, mesmo que não parece Jazz pra uns, é o seu Jazz, ou um novo gênero, o importante é soar agradável

Isso é conversa pra boi dormir, como falei as vezes mesmo dentro do mesmo estilo quando os padrões estéticos divergem muito da maioria surgem sub-estilos, logo, se eu quero chamar o que eu toco de Metal, Samba, Jazz ou Brega, eu tenho que manter alguma coerência com os valores estéticos desses estilos.

a discussão segue mais em relatar as limitações de cada um, slow ou shred, embora sabemos que ambos são importantes

E eu estou falando do assunto, porém de forma muito mais ampla, como até comentei com o criador do tópico, técnica é algo intrinsecamente ligada ao estilo, logo a tal desvantagem só existiria caso você decidisse que mudar de um pra outro é algo significativamente importante ou se você decidir virar session man que tem que saber tocar de tudo. Qualquer outra situação essa limitação simplesmente não existe.

Se eu só toco forró, sinceramente não faz falta eu não saber fazer um power chord, nem tocar a 200bpm, nem usar alavanca e muito menos saber acordes que as notas ocupam 8 casas no braço, se eu for tocar fusion, eu preciso saber todas essas coisas.

No fim, como eu disse, bom em tudo, não dá pra ser. Você pega um cara super foda como o DeRos ou Matheus Starling, eles são proficientes no instrumento o suficiente pra conseguir brincar com qualquer estilo que queiram, mas muito bons mesmos eles são em 2 ou 3 coisas/estilos, as outras eles conseguem se virar em caso de necessidade.

Sem sair do Rock se eu chamar o DeRos pra tocar numa banda de metal ou de Fusion ele vai ser ultra foda, se eu chamar ele pra tocar numa banda de Blues, ele vai quebrar o galho, vai tocar bem, mas se botar o Marcos Ottaviano ou o Nuno Mindelis do lado, ele vai ser facilmente eclipsado, da mesma forma esses dois caras conseguem tocar Metal e Fusion relativamente bem, mas se botar do lado do DeRos não precisa mais que alguns compassos pra saber quem é o mestre e quem é o na parada.

rafael_cpu
Veterano
# fev/15
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renatocaster
Eu curto vários shredders, assim como também curto vários slow hands. Para o meu gosto e ouvidos, tem espaço para todos :)

+1

krixzy
Veterano
# fev/15
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nichendrix
A importância do que eles pensam pra tocar metal nenhuma, só que você alegou que quem toca rápido toca bem qualquer estilo ou aprende qualquer estilo com pouco esforço porque tem técnica.

Eu não disse isso, você ta distorcendo minhas palavras.

krixzy
Não disse que toca tudo, disse que toca quase tudo.


Eu falei que técnica é algo inerentemente ligado a um estilo, logo nenhuma técnica, desprovida de estilo é tem relevância significativa, por isso dei um exemplo de um estilo que em geral demanda significativamente um conhecimento e destreza técnicos bem mais diversificados, abrangentes e diferentes do conjunto de técnicas que o Metal usa, que é o Jazz, você fala o tempo todo de técnica, o que eu falei é que boa parte das técnicas de Metal tem pouca aplicação no Jazz, logo um guitarrista extremamente técnico tocando metal, tocando jazz não vai ter o mesmo nível técnico. Assim como citei o jazz poderia ter citado qualquer outro estilo, tocar na velocidade da luz não faz a menor diferença pra quem toca forró, mas se não for bom em divisão ritmica com a mão direita e não conhecer bem o modo mixolídio, pode até quebrar o galho, mas não vai se tornar um Luis Gonzaga ou um Heraldo do Monte ou um Armandinho (que por sinal também toca na velocidade da luz quando quer, mas isso veio muito depois).

Cita ai quais são as técnicas usadas no Jazz, só pra ter ideia porque ouvindo e vendo os guitarristas tocando não vejo essa coisa tão técnica, talvez haja uma complexidade nos acordes ou na composição geral, mas na execução não vejo.

Se fosse um ou outro, seria uma generalização fútil, mas pegue o programa de qualquer escola de música que preste no mundo e vai ver que em geral as classes ligadas a jazz e música erudita tendem a ser mais avançadas do que as ligadas a rock and roll, então não é um ou outro é algo tão bem notado por todos que os programas já são organizados pra compensar essa dificuldade.


Ai você esquece da questão que, a maioria da galera que toca guitarra é do rock/metal, então é uma questão de proporção, Jazz e musica erudita tem um público muito pequeno, e os que avançam nesses gêneros são mais dedicados e mais maduros, no rock/metal é musica mais popular, e tá cheio de pirralho tocando, alias, é o gênero que mais incentivam os caras a iniciar na guitarra.

Eu também não discuti qual gênero é o melhor, eu discuti que não existe essa de achar que existem muitos atributos técnicos que sejam desatrelados de um estilo, existem atributos básicos da execução no instrumento que sem isso não é possível tocar nada, mas saiu desse básico o que vai definir o que é técnico é o estilo. Isso não importa qual estilo seja. Como falei tocar metal não exige grandes complexidades harmonicas e ritmicas, mas exige um nível de destreza (velocidade e precisão de palhetada) muito grande, então alguém que seja altamente técnico nesses aspectos, mas que não tenha essa velocidade e essa precisão estará em desvantagem, da mesma forma o cara que sola na velocidade da luz vai ter muito problema pra tocar Samba, já que no Samba esse não é um atributo muito importante. Isso quer dizer que Samba é melhor que metal? Pra mim não.

Nisso concordamos.


Aqui é uma área totalmente cinza, mas a tendência é eu dizer que sim, existe uma forma correta sim, você ouve um metal, nas suas 1001 formas e sabe que é um metal, você ouve um samba nas suas 1001 formas e sabe que é um samba, você ouve um blues e sabe que ouviu um blues.

Se eu disser que o B.B. King toca metal aqui, você vai dizer que não, então existe sim um conjunto de atributos que faz um estilo uma coisa e outro estilo outra, isso envolve tanto valores estéticos, técnicos, sociais, estiliticos e por aí vai. Logo atendendo esses valores você pode fazer o que quiser, mas se sair muito deles o nome vai mudar


Sim tem coisas que se vc vai tocar dentro de um gênero musical, vc mantém uma sonoridade do gênero, mas o que eu quis dizer é, que não precisa toca exatamente como um padrão estabelecido.

Hoje em dia o rock/metal está cansativo, a sensação de mesmice, e isso acontece justamente porque as bandas estão fazendo basicamente o mesmo, mesma sonoridade, mesma base de riffs etc... É esse o efeito que acho que deve ser evitado, por isso sou contra essa coisa de definir padrões a seguir.

E isso não é exclusivo do rock, vários outros gêneros estão assim, eu gosto é quando você pega 10 bandas do mesmo gênero, ouve as 10, mesmo que seja apenas o instrumental, e vc identifica qual é qual, cada uma tem uma característica, uma sonoridade única, isso é muito bom, e é por isso que sou contra tocar em um padrão só.

Pelo que eu tenho visto, pra quem realmente é muito bom num estilo, salvo quando muda pra um estilo muito próximo, o tempo de aprendizado leva em média 2 anos. Alguns fazem em menos e outros em mais, mas na média, 2 anos. Não falo aprender meia dúzia de músicas e dizer que toca um estilo, mas estudar as características dele, quais aspectos teóricos e técnicos ele usa, e ter proficiência suficiente pra tocar qualquer coisa dentro daquele estilo

Ah, então ninguém leva 2 anos pra aprender a tocar, leva 2 anos pra ter conhecimento geral sobre o gênero, isso é impossível acontecer de um dia pro outro, mas se o cara acabou de aprender e toca uma música que seja do jazz, ele está tocando jazz, o som que ele está fazendo é do Jazz, e isso não leva 2 anos.


Isso é conversa pra boi dormir, como falei as vezes mesmo dentro do mesmo estilo quando os padrões estéticos divergem muito da maioria surgem sub-estilos, logo, se eu quero chamar o que eu toco de Metal, Samba, Jazz ou Brega, eu tenho que manter alguma coerência com os valores estéticos desses estilos.

Mas não é obrigado a tocar 100% nos padrões, tocar da sua forma não significa que haverá uma diferença tão grande que vá transformar um Jazz em rap, você ta sendo radical.

No fim, como eu disse, bom em tudo, não dá pra ser. Você pega um cara super foda como o DeRos ou Matheus Starling, eles são proficientes no instrumento o suficiente pra conseguir brincar com qualquer estilo que queiram, mas muito bons mesmos eles são em 2 ou 3 coisas/estilos, as outras eles conseguem se virar em caso de necessidade.

Essa é a grande questão, e levando isso pra comparação slow e shred, colocando o bb king e o steve vai lado a lado pra ver quem consegue levar a melhor em gêneros distintos dos seus, o steve vai provavelmente conseguirá brincar com mais gêneros que o outro, e não só pela velocidade, mas no geral, a diferença da versatilidade entre os dois músicos é grande, e obviamente nenhum dos 2 tocará tão bem quanto o outro, caso entrem no gênero um do outro.

daimon blackfire
Membro Novato
# fev/15
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Eu sinceramente gostaria de ouvir um shreder tocando isso aqui: https://www.youtube.com/watch?v=VpmOTGungnA

Lelo Mig
Membro
# fev/15
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daimon blackfire

"Eu sinceramente gostaria de ouvir um shreder tocando isso aqui"

Detalhe: E só com dois dedos!

obs: Para quem não sabe/entendeu, Django Reinhardt queimou as mãos e as pernas num incêndio. Os tendões dos dedos anular e mínimo foram afetados, "puxando os dedos para baixo", criando uma deformidade. Django até conseguia fazer alguns acordes com os 4 dedos, mas para solar só dava para usar o indicador e médio.

ogner
Veterano
# fev/15
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Na verdade oq incomoda nos shreders é que não sabem timbrar!! Sempre som de guitarra xexelento!!! Melhor tocar teclado logo....

Pronto agora vai....

#Caos

ahuehauheuhauhe

ALF is back
Veterano
# fev/15
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ogner
uashuahsauhsua
Falei isso ali em cima!

Esse cabiludo ai tem velocidade, e tem tecnica! Mas nao adianta, bananas nao tem gosto de maça, e maças nao tem gosto de banana....se tiver, sera um aroma artificial....esse cara nao seria capaz sequer de timbrar a guitarra pra tocar blues, e o BuddyGuy sequer saberia q dedo usar pra fazer um tapping com esse drive...as coisas sao assim mesmo! Huahua

Lelo Mig
Membro
# fev/15
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ogner
ALF is back

Isso é fato......e existe um padrão sonoro "Vai/Satrianni", que todo eles usam.

Mas, não é que eles não sabem timbrar:

Essa "timbragem", ativa x comprimida na altura x esticada no comprimento facilita bagaray as piruetas, manobras, enrolações, malabarismos e enganações "mamãe olha só como eu sou foderola!".....kkkk


Agora o pau vai cumê........kkkkkkkkk #caos2

renatocaster
Moderador
# fev/15
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ogner

Na verdade oq incomoda nos shreders é que não sabem timbrar!! Sempre som de guitarra xexelento!!! Melhor tocar teclado logo....

É mentiraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!



#round1

\m/

Lelo Mig
Membro
# fev/15
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renatocaster

E aqui neguinho fica cheio de "mimimi" descendo o pau no Chimbinha!

O Greg Howe era o guitarrista do N´Sync.......que é uma espécie de Calypso estaduniense!......kkkkkkkkk

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