Certo e Errado Existe?

Autor Mensagem
Kevin Wyde
Membro Novato
# jan/15


é errado solar qualquer nota do braço da guitarra?
mas se a sonoridade ficar agradável?

Estudante eterno
Membro Novato
# jan/15
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Não, não existe certo e errado...
Você pode usar qualquer nota, basta ter boas influências e consequentemente bom gosto, tendo isso tudo soará bem...
No entanto as "limitações" impostas pelo estudo dos intervalos de cada modo, harmonia são muito melhores didaticamente falando, para que você possa realmente conhecer o braço do instrumento, e para isso retirar todas as limitações não funcionaria bem...

Obs: Esta é a forma como eu penso, não sei dizer se é certa ou errada pois ainda sou novo no mundo da música

Edson Caetano
Veterano
# jan/15
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Kevin Wyde
Se a sonoridade ficar agradável quer dizer que está certo né... as regras da teoria musical são infindáveis, podem ser muitas possibilidades para o som estar soando harmônico

Mas pode ter certeza que dependendo do estilo e o que estiver tocando, existe coisas muito erradas que você pode fazer, não é um jogo de lançar notas a esmo

LeandroP
Moderador
# jan/15 · Editado por: LeandroP
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"Tudo é permitido, porém, nem tudo lhe convém".
[dizia um sábio]

Cup Noodles
Veterano
# jan/15
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acho que há sim certo e errado!
inclusive.. acho que com o amadurecimento, você consegue identificar quando alguém está tocando algo errado ou muito errado!

Estudante eterno
Membro Novato
# jan/15
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LeandroP

Excelente analogia!

Mas a não importa o que aconteça, a bluenote sempre convém...hahaha

Buja
Veterano
# jan/15
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Mas a não importa o que aconteça, a bluenote sempre convém...hahaha
É daquele jeito ne! A nota deu errado? Mude meio tom e ta resolvido!

Estudante eterno
Membro Novato
# jan/15
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Buja
Fui num work Shop se não me engano do Frank Gambale, e ele disse algo assim.

Nefelibata
Veterano
# jan/15
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LeandroP

"Tudo é permitido, porém, nem tudo lhe convém".

Aristóteles, em "Ética a Nicômaco", salvo engano.

Cres
Membro Novato
# jan/15
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Kevin Wyde
Cara, eu acho esse um assunto bem interessante.
Pra encurtar a conversa, não existe certo e errado. Se ficou legal, ta certo, ta valendo. Por exemplo, o Dave Mustaine(não sei se ele tem um conhecimento de teoria), geralmente faz seus solos com cromatismos e outros elementos um pouco mais "incomuns", por assim dizer, e o resultado é interessante, da uma sonoridade bem "malvada".

Agora, acho legal lembrar de uma reflexão que ja ouvi algumas vezes: "É importante aprender as regras para depois quebrá-las", ou seja, conhecer a teoria também é um bom caminho para se explorar diversas sonoridades.

sobrevivente
Veterano
# jan/15 · Editado por: sobrevivente
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Nefelibata
"Tudo é permitido, porém, nem tudo lhe convém".

Aristóteles, em "Ética a Nicômaco", salvo engano.


Essa frase eu conheço da bíblia, dito pelo apóstolo Paulo em I Co 6,12. Não exatamente nessas palavras, mas a idéia é a mesma.

Lelo Mig
Membro
# jan/15 · Editado por: Lelo Mig
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Kevin Wyde

Não existe certo ou errado... Mas há de reconhecer que (pelo menos para nossos ouvidos ocidentais) algumas coisas não soam agradáveis.

Então é aqui que mora a diferença:

Uns sabem porque não soa bem, outros não.

Importante é fazer soar bem... mas saber o porque implica em entender. E o saber liberta.

Alguns poderão dizer, mas soar bem é relativo! E se eu quiser soar "estranho" propositadamente?

Não há problema algum... mas as pessoas acharão estranho....inclusive os leigos.

Leomju
Veterano
# jan/15
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Kevin Wyde
Amigo...
Tocou num ponto tenso.
Cuidado com conceitos, eu sempre penso que grandes músicos possuem uma sonoridade que agrada a imensa maioria.
Todos os músicos respeitam regras e são disciplinados, entao, ainda que não exista errado, ao menos há um caminho correto a seguir.

fernando tecladista
Veterano
# jan/15
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uma coisa é você saber o que é chamado de certo, mas deixar sua criatividade ir além disso

outra coisa é você não saber patavina de nada sair apertando e tocando qualquer coisa com essa desculpa que não existe certo ou errado

----------------------------------------------------
querendo ou não você precisa respeitar algumas regras
um blues vai ser blues porque tem aquela sequencia de 12 compassos
e vai ter sonoridade de blues porque existe uma escala de blues
sempre tem um mexe daqui e de lá pra dar uma graça, mas se você resolver criar um blues em 5/4 com uma sequencia de acorde de sertanejo e usar escala bachiana, fritando o braço todo da guitarra, isso não vai soar como blues

Edson Caetano
Veterano
# jan/15
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fernando tecladista
A gente nas teclas me parece ser mais regrados, ou é impressão?

Mas e o pessoal do cifra não lembram das composições do ODION? Ele achava que estava arrasando...

E o amigo Lelo salvou uma
http://forum.cifraclub.com.br/forum/9/300985/
Fez milagre com algo absurdamente fora

Pelo menos no meu ouvido ocidental e puritano as regras básicas dos estilos devem ser seguidas

Ismah
Veterano
# jan/15
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Edson Caetano

Talvez porque estejamos presos a notas específicas. Quero dizer, não existen tantas possibilidades nesse sentido (extensão de oitavas)...

Tem um solo de piano que transforei em fingerstyle e ele tem uma hora que toco um "G"* no shape 300005. Aí fica bem fora do alcance de um piano, mas como no violão/guitarra as oitavas estão longe, ele soa muito harmonioso, e nada tenso, como se espera de um acorde com sétima.

*Na minha conta é um G5(7)

fernando tecladista
Veterano
# jan/15
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Edson Caetano
A gente nas teclas me parece ser mais regrados, ou é impressão?

Pelo menos o que eu acho:
guitarra você aprende um desenho de dedos e faz um sobe e desce no braço, você nem faz idéia de que nota tocou, você pode tocar uma escala de Mi maior e nem soube que essa escala tem 4 # , é com isso consegue solar em qualquer tom
Em teclas, você pode solar fodasticamente em C, G, Bb,.... Mas se você não aprendeu a escala de Ab, você não sola nesse tom

Ismah
Veterano
# jan/15
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fernando tecladista

Traduziu melhor o que eu quis dizer.

rcorts
Veterano
# jan/15
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fernando tecladista
guitarra você aprende um desenho de dedos e faz um sobe e desce no braço, você nem faz idéia de que nota tocou, você pode tocar uma escala de Mi maior e nem soube que essa escala tem 4 # , é com isso consegue solar em qualquer tom

Isso é um grande erro no aprendizado de guitarra. Eu até estive refletindo sobre isso há um tempo atrás. Em outros instrumentos é mais difícil esse lance de shapes ou desenhos de escalas se repetindo da mesma forma apenas com a mudança de casas, pois simplesmente não existem casas ou um sistema linear de visualização de notas.

Mas pode ter certeza de que os bons guitarristas aprenderam, uma hora ou outra a se livrar desse vício disgramado.


Kevin Wyde

Na teoria musical existem, como já citaram acima, inúmeras regras para explicar um sem números de harmonizações. O mais importante é: existe certo e errado?

Deixando toda teoria musical de lado: sim! quando está errado o ouvido nos diz, simples assim.

Edson Caetano
Veterano
# jan/15
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rcorts
Nem todos, nem todos, tenha certeza, regras são feitas mas tem os que nem querem saber disso... Shapes fazem parte disso

Eu toco teclado desde os 5 anos, hoje é fato que toco guitarra e baixo e não sei o que estou fazendo como nas teclas... Coisa de louco,kk

Drinho
Veterano
# jan/15
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Claro que pode meu jovem, voce não sofreria consequencias drasticas por tocar fora da tonalidade, no maximo levaria alguns tomates se suas escolhas melodicas fossem infelizes do ponto de vista de seu publico naquele momento.....

e se todo o mal do mundo fosse esse, estariamos bem pra caramba....

toca o que quiser, um dia seu ouvido vai aprender a julgar o que eh bom e o que nao eh tao bom assim.....

Ismah
Veterano
# jan/15
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rcorts
bons guitarristas aprenderam, uma hora ou outra a se livrar desse vício disgramado

Fale mais sobre essa teoria.

rcorts
Veterano
# jan/15 · Editado por: rcorts
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Edson Caetano

Realmente, nem todos. Eu também não estive lá durante o aprendizado de cada guitarrista que já tocou nesse planeta para confirmar o que eu mesmo disse, mas o simples fato de aprender no mínimo o caminho da tônica terça quinta sétima ajuda bastante a abrir novos caminhos.

Lógico, não sou o dono da verdade, mas acredito que faça parte da evolução natural de um músico se sentir incomodado em ficar apenas catando notas em cima de um shape, ou repetindo a vida inteira certos padrões. Sei lá, derrepente alguém se sente bem em tocar a vida inteira licks repetidos sobre pentatônicas, e o próprio conceito de "bom guitarrista" é meio vago, pois a noção de bom pode vir tanto de uma critica especializada quanto do ouvinte, do fã, e aí é praticamente impossível agradar gregos e troianos.

Trocando em míudos, o simples fato de saber identificar uma terça, uma quinta e uma sétima dentro de um shape, e associá-lo a um simples acorde, já é um grande passo, disso eu não tenho dúvidas.

Talvez você na guitarra e no baixo ache mais fácil trabalhar em cima de shapes, mas sem dúvidas a sua experiência no teclado, e como você mesmo disse, desde os 5 anos e o seu ouvido já treinado devem ajudá-lo a encontrar as notas que o ouvido pede dentro do próprio shape, sem ter que ficar queimando neurônios (tem hora que é chato mesmo!)

EDIT: só um adendo: mesmo guitarristas (bons) que se baseiam praticamente sobre shapes, em algum momento o ouvido aprendeu a identificar o que está "certo" ou "não". Enfim, são aqueles famosos músicos "de ouvido". Tem um momento em que só de bater uma nota fora o cara sabe. Não é algo para todos, e cada um tem seu próprio tempo quanto a isso.

O baixista da minha ex banda era assim, não sabia praticamente nada de teoria, mas tinha um puta ouvido. Até certo ponto, isso dispensava que ele soubesse exatamente as notas que estava tocando.

Ismah

Basicamente isso que eu respondi para o Edson Caetano ajuda a explicar minha forma de pensar, mas, tentando colocar em termos técnicos, é fácil seguir um shape de Dó maior sobre uma música no tom de Dó maior. Simples né? moleza! mas o simples fato de repousar sobre um Fá sobre um acorde de Dó maior pode gerar aquela estranheza, aquele som de "toim" que dá até pra corrigir com um slide meio tom abaixo, mas por um momento fica tosco. Enfim, eu mesmo faço muito isso, principalmente quando estou com preguiça de pensar durante um improviso. Inclusive uso muito o slide pra salvar minha própria barra. Kkkkk.

A diferença entre saber apenas o shape de Dó maior, e de saber que dentro do shape de Dó maior as notas Dó Mi Sol são a escolha mais "fácil" sobre um acorde de C, ou que Ré Fá e Lá são as mais indicadas sobre um Dm, com certeza ajudam a tocar mais "redondinho". Outra coisa, sabendo desses "simples" detalhes, pode se trabalhar em cima dessa idéia dentro dos shapes e ainda sair fora do shape eventualmente usando notas de passagem, como um Db pra aproximar pra D, ou um Eb como nota de passagem pra um E.

E mesmo que a idéia seja não tocar nada outside, digamos, se manter estritamente dentro do shape, fica mais fácil diferenciar dentro do próprio shape as notas de acorde e notas de escala para balancear a melodia entre notas de repouso e notas de passagem.

Enfim, pensar em notas em vez de simplesmente no shape puro e simples é uma grande forma de não se tornar um escravo dos shapes.

Entendam, não estou criticando os shapes, mas sim a forma como nós guitarristas tendemos a utilizá-los. Hoje em dia eu gosto de pensar nos desenhos das escalas e modos como ferramenta em vez de muleta.

Ismah
Veterano
# jan/15 · Editado por: Ismah
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rcorts

Basicamente tens razão. Eu ando meio afastado deles... Procurei solar mais na lógica dos intervalos. Percebi que ando galgando o braço inteiro e em todas as cordas... Mas sacomé... aquele macete de bends em penta pra catar umas minina sempre é uma dica quente...

Adler3x3
Veterano
# jan/15 · Editado por: Adler3x3
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Bem.
Esta de certo e errado é relativa no contexto musical.

Mas o errado existe.
Notas tocadas de forma errada prejudicam a interpretação.
Errado existe sim, seja por tocar errado, seja por não respeitar o tom, a harmonia, notas fora do tempo, seja por tocar e gravar sem ensaiar, e o pior de tudo as notas desafinadas (instrumento desafinado), notas fora da oitava ideal, que embolam com outros instrumentos e mais..

rcorts
Veterano
# jan/15
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Ismah
Mas sacomé... aquele macete de bends em penta pra catar umas minina sempre é uma dica quente...

He he, não desprezo de forma alguma. Não sou daqueles que subestima as pentas. Aliás, pentas são escalas bem legais. Daí vai do que a gente pode fazer com elas.

Adler3x3

Bom comentário Adler, acrescentou outros pontos de vista sobre o que se pode fazer de errado no mundo musical. Gravação é um deles. Partir pra gravar guitarra sem ter ensaiado, com cordas velhas, ou com guitarra mal entonada são boas formas de se dar um tiro no pé.

Ismah
Veterano
# jan/15
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rcorts

Ouça e veja que dá pra fazer muita "melda".



O solo é assim...


e---------------------|-15-14-------------|
B-------15-17--15-17~-|-------17-15-------|
G-14-16---------------|-------------16-14-|


Adicionei umas palhetadas alternadas, slides, ligados, vibratos e voi la!

e---------------------------------|-14h15p14-----------------|
B-----------15-15/17\15-15/17^*~~-|----------17-15-----------|
G-141414-16-----------------------|----------------16-14~v-v-|


*bend de 1/4 de tom
v são os tapinhas de alavanca do tremolo

Headstock invertido
Veterano
# jan/15
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Se não existisse o certo e o errado não teríamos lendas e anônimos.

cafe_com_leite
Veterano
# jan/15
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Leomju
Cuidado com conceitos, eu sempre penso que grandes músicos possuem uma sonoridade que agrada a imensa maioria


Tlgd, tipo Luan Santana, Michel Teló, e esses caras que tão na paradas de sucesso do tupiniquim.

Não to dizendo que esses caras são músicos ruins, (aliás o Michel teló é até de se considerar perto de grande musico, no tradição criou a base do que é o sertanejo universitário hoje, mas é forçando muito a barra mesmo) mas dai pra ser um grande musico? Não, não concordo com o seu pensamento. Haja vista que conheço ótimos músicos que optaram por fazer sua música (exótica, sim) pra determinados nichos, creio que você também deve conhecer vários.

francisco2004
Veterano
# jan/15
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Não existe certo e errado. O que tocar, como tocar, as técnicas, a teoria, tudo fica a seu critério. Se todos aprendessem as mesmas coisas, do mesmo jeito, só teríamos guitarristas repetindo o que era feito nos anos 50.

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