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De Ros Veterano
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# mar/13
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LeandroP Moderador |
# mar/13 · Editado por: LeandroP
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De Ros Tutti buona genti, ma tutti ladri...
E tutti narigudo °;°
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MMI Veterano
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# mar/13
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De Ros
Talvez até volte a esse assunto futuramente, com outra abordagem, tentando mostrar a diferença entre desrespeito e humor, mas isso é assunto para um grande debate!
Vissshhhh... Se esse aqui já pulou para a quarta página, esse aí estaria indo para a décima. kkkkkk
A linha que limita o humor, a sacaneada e a falta de respeito é tênue, especialmente escrevendo aqui no preto-no-branco, sem expressar emoção nenhuma. Isso aí daria assunto (poxa, não pensei que o video do Zezo que postei renderia tanta discussão).
Abraço!
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De Ros Veterano
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# mar/13
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De Ros Veterano
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# mar/13
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LeandroP
Uuhauhahahua!!!
MMI
Olha o novo aí! Foda!!!
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vintagentleman Veterano |
# mar/13 · Editado por: vintagentleman
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De Ros
"Prá ser sincero" (olha a referência a uns meio polêmicos conterrâneos seus...) estou de saco cheio do politicamente correto.
Acho um porre andar sobre ovos para expressar opiniões sobre as coisas horríveis que se vendem hoje.
Discordo do senhor e muito: algumas coisas não merecem respeito.
Sim, mas pessoas não são coisas, você poderia dizer...
Será mesmo? Uma discussão crucial da filosofia pós moderna é o processo denominado reificação, no qual as pessoas se nivelam ou se deixam nivelar às coisas, principalmente no sentido de "se venderem".
Dito isso, os artistas certamente negociam a si mesmos, para o bem ou para o mal.
Certamente se pode falar de um bom vinho ou um péssimo, sem qualidade. Ou um bom carro ou uma carroça, no mau sentido. O mesmo valeria para a música como produto cultural que é.
Veja bem, eu não curto pagode em geral, eu não gosto. Mas vejo lindas melodias num Jorge Aragão, por exemplo, e reconheço que o Alexandre Pires tem uma ótima voz. Eles têm qualidade, entende?
Mas quantos pagodeiros não têm? Quantos se aproveitam da falta de conhecimento da massa ignara em busca de um vil metal fácil?
O mesmo valeria para qualquer gênero musical. Há hard rock de má qualidade, heavy metal de quinta categoria etc.
Honestamente, descontadas as preferências pessoais, eu posso dizer eu não gosto, mas respeito algo, ou simplesmente dizer que isso ou aquilo é um lixo, é uma merda, é uma excrescência que seja.
Porque na verdade, muitas coisas que o sujeito indistintamente consideraria como músicas, segundo o seu vídeo, na verdade seriam grandes porcarias, e eu gosto de ter a liberdade de poder dizer isso, até por liberdade de expressão.
Enfim, a onda do politicamente correto trouxe muito de despersonalizante à sociedade moderna.
Esse é o meu contraponto.
Abraço
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De Ros Veterano
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# mar/13
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vintagentleman
O espaço é democrático, fique à vontade!
Aliás, concordo, o "politicamente correto" é um saco. Tem muita música que não gosto. Não acho que as pessoas tenham que gostar de tudo.
Por exemplo, tu não gostou do meu video - e deu a tua opinião respeitosamente! Ou seja, no fim, tu fez o que o video prega!! Respeito!
Sempre que tu tiver teus argumentos, eu posso até não concordar, mas irei respeita-los. Mesmo que seja contra mim, minha música ou meu video, no caso.
Sempre que alguém faltar o respeito com outro músico sem motivo aparente, apenas por não gostar da sua arte, eu vou ficar constrangido pela falta de civilidade que isso representa. Só isso!
Abração!
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vintagentleman Veterano |
# mar/13
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De Ros
Ei, eu gostei do seu vídeo, gosto de todos. Só nesse caso eu discordo da premissa rsrsrs
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Bigtransa Veterano |
# mar/13
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vintagentleman Eu nunca gostei da expressão "não gosto mas respeito" que a galera costuma escrever por aqui. Acho que o respeito deveria ser premissa básica em qualquer tipo de relação interpessoal. Tá certo que isso não impede a gente de criticar ou tirar uma onda. Não acredito, por exemplo, que seja desrespeitoso dizer metonimicamente que o Guilherme Arantes é um saco ou que o Latino é uma merda. Pra mim, o problema começa quando o cara começa a acreditar ser melhor que alguém por conta de preferências ou gostos pessoais. Também questiono a capacidade de avaliação de alguém que assume a postura arrogante de achar que tem direito de desrespeitar alguém. Como o De Ros colocou muito bem ao falar do Chimbinha, muitas vezes a limitação não está no artista e sim no observador.
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De Ros Veterano
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# mar/13
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vintagentleman
Saquei. É apenas o meu ponto de vista. Respeito todos os músicos porque meu conceito de ética é assim. Acho arrogante desrespeitar um colega, parece uma afirmação de que a minha arte é superior a dele, o que geralmente demonstra uma certa ignorância. Mas isso eu já falei no video...
Tem letras que acho uma merda por trazerem uma mensagem que me agride, mas como estou falando de música, e não de poesia, nem entro nesse aspecto.
Abração!
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De Ros Veterano
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# mar/13
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Bigtransa
"muitas vezes a limitação não está no artista e sim no observador.'
Cara, matou a pau.
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rcorts Veterano |
# mar/13 · Editado por: rcorts
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Bigtransa
"muitas vezes a limitação não está no artista e sim no observador.'
Muito bem colocado.
No caso do Chimbinha, por exemplo, apesar de eu não gostar do estilo, reconheço que o cara domina muito bem aquele fraseado típico do ritmo que ele toca, que é o Calipso.
Agora, a voz da Joelma não engulo de forma alguma. Mas os fãs devem achar uma maravilha, então não vou ficar perdendo meu tempo atacando a Joelma.
Em vez disso, prefiro comentar com meus amigos sobre como a Joss Stone é maravilhosa. OBS.: comparação nada a ver mesmo, he he.
vintagentleman
Também não sou a favor do politicamente correto como artifício para manter-se sempre em cima do muro. Eu por exemplo detesto muita coisa feita hoje na música popular, e não apenas na brasileira, mas na música popular mundial.
Mas não fico mais como antigamente quando começei a gostar de rock desejando morte aos pagodeiros. É nesse sentido que acho super válida a colocação do De Ros.
Em vez de ficarmos desejando morte aos pagodeiros, ou chamando sertanejo universitário de sertanojo, porque não nos concentrarmos em fazer com amor e com decência o que nos interessa (no meu caso o rock e o blues)?
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De Ros Veterano
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# mar/13
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rcorts
"Em vez de ficarmos desejando morte aos pagodeiros, ou chamando sertanejo universitário de sertanojo, porque não nos concentrarmos em fazer com amor e com decência o que nos interessa (no meu caso o rock e o blues)?"
Fiz um video de dez minutos de blá blá blá quando, o que eu queria de fato dizer, tu resumiu na frase acima!!!
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vintagentleman Veterano |
# mar/13
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Pessoal,
A música é um negócio como qualquer outro e o artista é um trabalhador.
Eu sempre respeitarei, independentemente do gênero musical, qualquer músico que vá atrás do seu troco produzindo algo honesto, comprometido com bons valores, de acordo com boa técnica e buscando superação pessoal e excelência artística.
Ou seja, que o sujeito se doe para fazer sempre o melhor possível e mais ainda: que curta esse processo de forma apaixonada.
Esse é o músico honesto, e ele deve (deveria) colher financeiramente os frutos de seu empenho.
Infelizmente, na vida real tem muitos picaretas, caras que empurram qualquer merda no povão só para ganhar grana, em qualquer gênero...
Eu não preciso citar nomes, todos vocês são capazes de reconhecê-los.
Esses são mercenários e só produzem lixo.
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De Ros Veterano
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# mar/13
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vintagentleman
"Esses são mercenários e só produzem lixo."
É justamente aí que nós divergimos. Não gosto da maior parte da música que faz sucesso no Brasil hoje em dia. Mas se eu falar que o meu colega "Fulano de Tal" produz lixo, estou ignorando a história de vida, a batalha, as experiências pessoais dele que o levaram a produzir semelhante música e a sensibilidade del de perceber que exatamente aquela música cairia no agrado do povão.
Se fizermos uma pequena distinção entre arte e entretenimento, tudo fica mais claro.
Se o cara se propõe a vender sua música como entretenimento, ele vai entrar num mercado multimilionário, onde os valores importantes são os financeiros, e ele será uma engrenagem dessa indústria (que não é chamada de industria á toa, é assim mesmo que os empresários avaliam as qualidades dos seus artistas".
Se o cara quer vender a sua música como arte (o caminho que eu escolhi), obviamente os números serão absurdamente menores, assim como o alcance de sua música. Arte não atrai multidões. Veja o número de pessoas que frequentam um museu e compare com o número de pessoas que assistem a uma partida de futebol.
Sinceramente, nenhum é melhor do que o outro. Cada um tem seu público e o seu momento. Eu mesmo não vou a museus com grande frequência...
E se o cara vai sair para se divertir com os amigos e fazer uma festa, ir ao show de uma grande banda de axé pode ser muito mais legal do que assistir a um espetáculo solo de um grande violonista virtuose. Tudo tem seu público, sua hora, sua maneira de emocionar e trazer alegria para a vida das pessoas.
A única coisa que eu mostro é que eu respeito a todos. Só isso.
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vintagentleman Veterano |
# mar/13
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De Ros
Com todo o respeito (rsrsrsrs), mas a dicotomia que você propôs, ENTRETENIMENTO X ARTE, é furada, na minha opinião.
Citando o exemplo do rock and roll, desde os pioneiros Elvis, Chuck Berry, Jerry Lee Lewis etc, foi um gênero extremamente popular, que teve seu ápice na beetlemania.
Alguém poderia dizer que o período citado esteve desvincilhado da arte?
E esses caras ganharam grana! E de forma honesta, na minha opinião...
E desde o Andy Warhol está mais que provada a existência da arte como fenômeno POP... Uma coisa não se separa necessariamente da outra.
Sou um pouco viajado, e não canso de me admirar da boa música internacional que eu escuto nessas andanças. Não interessa o país, pode ser a Itália, o Chile, a Argentina, EUA, Irlanda, você anda nas ruas, comércios, shoppings,e até restaurantes ouvindo ótima música. As rádios então, nossa, que diferença. É simplesmente empolgante!
Aqui no Brasil é dificílimo achar uma rádio audível, é o reino do jabá.
Os grandes clássicos da música internacional ou não foram conhecidos ou já estão esquecidos. Boas novidades eletrônicas que rolam aí fora, as incríveis bossas vintage relidas (infelizmente não sei os nomes dos artistas, mas que sonzaço!) infelizmente nunca serão ouvidas por aqui.
Acredito que isso se deve à postura passiva do brasileiro em relação à educação em geral. O brasileiro médio lê pouco ou nada, quer acesso a conteúdos simplórios e superficiais e não tem senso crítico ou capacidade de questionar o que lhe é "culturalmente" imposto pela "indústria" que você citou.
É lamentável que os brasileiros estejam alijados de tanta coisa boa.
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De Ros Veterano
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# mar/13
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vintagentleman
Tranquilo, respeito teu ponto de vista.
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rcorts Veterano |
# mar/13 · Editado por: rcorts
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De Ros rcorts
"Em vez de ficarmos desejando morte aos pagodeiros, ou chamando sertanejo universitário de sertanojo, porque não nos concentrarmos em fazer com amor e com decência o que nos interessa (no meu caso o rock e o blues)?"
Fiz um video de dez minutos de blá blá blá quando, o que eu queria de fato dizer, tu resumiu na frase acima!!!
Me senti lisonjeado, ainda mais vindo de um membro tão respeitado como você. Na verdade, tem um tempo que percebi isso, mas a sua iniciativa é que merece parabéns, porque é um ponto de conflito de muito músico (acho que principalmente entre guitarristas) e quase sempre ninguém assume que pensa dessa forma.
Eu mesmo nunca animei começar essa discussão por aqui, porque já imaginava que poderia dar essa polêmica. Mas chega uma hora em que as coisas pelo menos tem que ser postas em pauta, ainda que leve um bom tempo para assimilação e para os ímpetos darem lugar à reflexão.
vintagentleman
Meu, que bom que você é viajado, teve oportunidade de conhecer outras culturas, e isso é único na vida de um ser humano.
Mas será que essa dicotomia entre arte e entretenimento que você coloca realmente é tão furada assim? Elvis e Chuck Berry sempre foram adorados nos EUA como grandes animadores de balada. Elvis cantava viva Las Vegas, um hino ao entretenimento. Porque seria mais arte do que o que rola hoje em dia?
Digo mais, será que é tão simples assim definir o que é ou não arte, já que é um conceito tão subjetivo?
Marcel Duchamp fez uma "cabeça de touro" com um banco de bicicleta e chamou de arte conceitual. Mas arte para quem? No renascimento isso seria classificado como o Michel Teló dos dias de hoje.
Sou um pouco viajado, e não canso de me admirar da boa música internacional que eu escuto nessas andanças.
Tá, se só tem coisa boa lá fora, porque então Michel Teló faz sucesso com Ai se eu te pego do Brasil até o Alaska?
Só pra esclarecer, não estou dizendo que é assim mesmo e tenha que ser, mas nem só de arte vive a humanidade.
Como diriam os Titãs, " a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte"
Se fosse pra gostar só de arte, pra que alguém deveria se interessar por videogames?
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Diego_o.0 Veterano |
# mar/13 · Editado por: Diego_o.0
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De Ros
Primeiramente parabéns pelo vídeo! Cara, era justamente disso que eu estava falando quando comentei em um outro tópico de um vídeo seu. O respeito que você tem quando se refere a outros artistas é admirável!
Realmente este é um assunto polêmico pois estamos muito acostumados a soltar ofensas quando não gostamos de algo mas é aí que está: gosto pessoal não é parâmetro de qualidade! Nunca foi e nunca vai ser. Digo isto porque ouço umas coisas muito diferentes e meus amigos acham que eu falo zuando quando digo que curto (só pra citar alguns) Caetano Veloso, Cristian & Ralf, Ratos de Porão, CPM22, Elton John, Calypso (sim, a banda do Chimbinha) e por aí vai! Coisas absolutamente diferentes e que "teoricamente" nunca ou dificilmente se encontrariam. Tomemos como exemplo a seguinte hipótese: tenho muito mais amigos que gostam de rock do que de quaisquer coisas que fujam deste tipo de som e com certeza absoluta, na hora que tocasse em uma festa - com eles presentes - alguma do Caetano ou da dupla Cristian e Ralf alguém com certeza iria falar "que merda". Peraí, porque merda? Creio que a intenção da arte seja a de expressar emoções e se eu me emociono de qualquer forma seja ouvindo "O Quereres" ou "Nova York" ou até "Regina Let's Go", aquilo tem a qualidade que precisa ter!
Muito se fala de música comercial de baixa qualidade mas o que é baixa qualidade?? Confesso que esse tipo de constatação me assustou um pouco quando participei de uma oficina de música experimental no centro cultural São Paulo e alguém comentou para o orientador "Isso é experimental?" e ‘marotamente’ ele respondeu “O que VOCÊ considera experimental?” e é nesse ponto que eu cheguei: o que é bom?
Outra coisa que eu ouço e acho legal é o X mal, uma banda alemã (acho). Para a maioria das pessoas que mostro, ouço “doidera”... RS! É até engraçado mas a gente acaba chegando sempre no mesmo ponto: gosto pessoal não é parâmetro de qualidade. Não digo com isso que não cometo esse tipo de gafe (pois assim considero) de ficar atacando coisas que não gosto, mas ultimamente só tenho feito isto com o funk, tão odiado por aqui. Todavia, o que não gosto nesse tipo de som é a letra e o tipo de comportamento a que está ligado, fazendo boa parte dos jovens de classe baixa se interessar cada vez mais cedo por bebida, drogas e sexo inseguro (a não ser aquela do bonde do tigrão que fala da camisinha, isso é legal =D), além da cultura de impor o seu tipo de som com barulho nas janelas alheias gerados por carros com dispositivos de áudio muito potentes, pelo menos no nível de decibéis, rs! Tendo constatado isto, chego à conclusão que o meu problema com o funk é muito mais ideológico do que técnico fucking virtuose, e aí a coisa muda de figura.
Bem, talvez eu tenha divagado um pouco do assunto e até abordado pontos que já podem ter sido comentados mas eu não li o tópico inteiro, muita coisa... RS! Acho que realmente é triste quando um músico praticamente invalida a emoção de qual seja o colega. Quando mais novo, o barato era tocar três acordes na praça cantando desafinado e com um violão comprado na loja de CD e vamo que vamo! Aí é que está! O Lairton dos teclados quando compôs – acho que foi ele – o “Moranguinho do Nordeste” Provavelmente criou a canção com emoção e com as ferramentas que dispunha, e isso não vale nada? A versão dele apesar de estar muito mal gravada (se não me engano o único registro é ao vivo e possivelmente com um teclado entry-level) foi a que realmente, ao meu “ouvir”, transmitiu a ideia e emoção da música ao contrário do Frank Aguiar ou Karametade que gravaram esse som também mas com muito mais aparato técnico e “qualidade” superior. Mesmo se ele não for o compositor, “””na minha opinião””” foi o que melhor traduziu a emoção da música. Aí o pessoal vai dizer “esse cara está brisando...” “olha lá, quer ser certinho...” mas não é isso, realmente acredito no que estou falando. Parto do princípio de não fazer com os outros o que não quero que façam comigo e assim sigo a vida. Sempre tive liberdade de ouvir o que quisesse em casa, de Racionais MC’s a Metallica, inclusive minha mãe ouve o meu álbum Black até hoje e acho isso maravilhoso. Parar para prestar atenção em coisas diferentes é muito bom, mas você só conseguirá de fato avaliar o que é bom pra você, não para o mundo ;)
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MMI Veterano
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# mar/13
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De Ros
Amigo, a essa altura acho que você me permite uma reflexão...
Existe uma música denominada "erudita", que significa que requer erudição, não é para todos e se destina aos conhecedores e apreciadores. Apesar dessas denominação se destinar para um certo tipo de música, de orquestras, a questão da erudição pode ser aplicada, o que vai de encontro ao que falaram : "muitas vezes a limitação não está no artista e sim no observador". Dos ramos principais da música popular que mais se aproximam da erudita é o jazz, tem coisas muito difíceis de entender e mesmo de apreciar. A nossa MPB de certa forma flertou com o jazz e a música erudita, ou seja, apesar que em outras épocas foi mais popular (esteve mais na mídia), ela requer alguma "erudição". Porém essa questão de erudição acaba por restringir o público alvo. Imagino que um cara que joga tudo num balaio de gato, MPB, violão clássico e principalmente o flamenco (que não faz parte da nossa cultura e hábitos), apesar de fazer muito bem, o telefone não vai tocar mesmo. Mas ele batalhou muito, buscou caminhos, alcançou vários êxitos, porém entendo que em algum ponto se sinta desmotivado no momento que não consegue pagar as contas ou atingir os objetivos pretendidos.
Até podem levantar a questão que, por exemplo, ouvir Malmsteen requer uma erudição, porque precisa conhecer o instrumento, estudar e entender o quanto é difícil ser tão rápido e preciso, mas isso é um assunto que não quero entrar.
Entendo que vivemos numa sociedade capitalista, as pessoas e empresas visam o lucro, quanto mais, melhor. Então, obviamente, quanto menos se pagar para o empregado, o empregador lucra mais e isso acaba sendo um objetivo.
Recentemente o dono da Amil (que está milionário) declarou que se impressiona como os médicos são uma mão de obra altamente especializada e extremamente barata. O plano de saúde dele paga menos por uma consulta do que seu cabeleireiro cobra para cortar seu cabelo sem nota fiscal (bem... acho que você mesmo anda economizando nisso, mas entendeu, kkkk). Mesmo assim, os médicos tem faculdade, especialização quase obrigatória, tem um conselho regulamentado, associações de classe respeitadas e são um item essencial. A educação, os professores, seguem o mesmo caminho. A música infelizmente não é um item essencial, não precisa de faculdade ou curso necessário, tem uma entidade que não representa nada (OMB) e não serve para muita coisa, qualquer um que amanhã decida que é músico e quer cantar ou tocar num palco está valendo, vale a lei da selva - quem pode mais, chora menos. Complicado...
Assim acho muito válido que um cara como ele se canse e parta para uma luta de valorização dessa profissão, apesar de ser extremamente difícil. Não acredito nessa ideia do Ministério do Entretenimento nem na taxa sobre imposto de renda se destinar a isso. Mas passos precisam ser dados, caminhos precisam ser abertos e valorizar o seu ofício, dar algum apoio.
Sei lá, eu desejo sorte nessa empreitada e vou respeitá-lo mais ainda se obtiver sucesso.
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vintagentleman Veterano |
# mar/13
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rcorts
Cara, Michel Teló lá fora não é exatamente o novo Tom Jobim, não. Para os gringos, a qualidade dele é ser pitoresco, "exótico" e principalmente, animado. Inclusive porque os caras bebem prá c... e aí já viu, né? Querem soltar a franga mesmo rsrsrs
Mas certamente não é algo que eles levem a sério, ou que considerem uma nova forma musical, como foi a bossa nova nos anos sessenta, misturando jazz e samba (lembrando que a maioria da crítica não considera o estilo uma invenção brasileira genuína e que há alguma polêmica).
A diferença entre Chuck, Elvis e Michel Teló (muitos rsrsrsrs aqui) é uma questão de LEGADO.
Os dois primeiros provavelmente serão lembrados e considerados enquanto um meteoro não atingir o planeta extinguindo o homo sapiens.
Quem é o outro mesmo? Já não me recordo rsrsrs.
E claro que o pessoal de fora escuta porcarias, senão o Bieber não seria o sucesso monstruoso que é. Claro que aqui tem que considerar o público alvo, a imaturidade etc.
O que eu queria era que os colegas simplesmente admitissem que há muitas porcarias por aí, aqui dentro e lá fora, e independentemente do gênero musical. Isso é óbvio e não se cobra aqui o politicamente correto.
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De Ros Veterano
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# mar/13
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rcorts
Muito massa as as tuas colocações!
Diego_o.0
Show de bola teu comentário, velho! Abre espaço para novas reflexões!
MMI
É aquela coisa, para tornar o seu produto mais vendável, vai se fazendo concessões. Se não abre isso, vai vender pouco, mas é uma escolha de cada artista; estabelecer até onde ir.
vintagentleman
Onde eu escrevi:
"Se fizermos uma pequena distinção entre arte e entretenimento, tudo fica mais claro."
Leia-se:
"Se fizermos uma pequena distinção entre "arte como pura forma de expressão da alma do artista" e "arte com o intuito de entretenimento", tudo fica mais claro.
As duas são arte. Entretenimento é uma forma da arte, só que gera muito lucro também.
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De Ros Veterano
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# mar/13
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vintagentleman
"O que eu queria era que os colegas simplesmente admitissem que há muitas porcarias por aí, "
Não. Para mim existe muita coisa que eu não gosto por aí.
Não chamo o trabalho dos outros de porcaria. O video é simplesmente isso.
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vintagentleman Veterano |
# mar/13
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De Ros
E eu entendi assim mesmo, e acho que o seu posicionamento mais ajuda que atrapalha, pois permite um relacionamento empático entre as pessoas e uma melhor convivência.
Mas, como eu falei no começo, a tolerância excessiva tem me incomodado ultimamente quando se traduz na passividade e inércia do brasileiro.
Você pode até dizer que eu estou exagerando, mas me emputece que o pessoal pague o preço mais caro do mundo por carros pelados, e fico extremamente chateado também com o lucro fácil no "entretenimento/arte" de que temos falado.
São produções baratas, vulgares, superficiais e de baixíssimo custo. São efêmeras e visam lucros exorbitantes com o menor esforço. Só há a cobrança financeira sem contrapartida em qualidade. É a não arte.
Eu poderia me estender, e muito, nesse assunto, mas a verdade é que eu estou curtindo um DVD do King Crimson, o Live in Japan 1995, e portanto, muito felizmente ocupado.
Aliás, o Robert Fripp e Cia. mandam um abraço para os colegas Teló, Bieber etc rsrsrsrs
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