Por que tocamos mal?

Autor Mensagem
mateusstarling
Veterano
# fev/13
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vintagentleman Não entendi a intenção das suas colocações, isso aqui é apenas um texto reflexivo e minha intenção é de apenas repartir um pouco da minha experiência e acredito que até o momento isso foi feito de forma ordeira por todos.

vintagentleman
Veterano
# fev/13
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mateusstarling

Só acho que você deveria perguntar algo como por que as pessoas tocam mal e não por que tocamos mal, já que eu toco mal e muitos outros também, mas não você, obviamente rsrsrs

mateusstarling
Veterano
# fev/13
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vintagentleman
Lendo o seu primeiro post ficou parecendo para mim que vc estava querendo me comparar a Dilma, Maluf e etc de uma maneira sarcastica, acho que entendi errado. Obrigado irmão, fica com Deus.

Keith.Scott
Veterano
# fev/13
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mateusstarling
Valeu, Mateus! Ótimo post!
Obrigado por dividir isso com a gente!

Abraços!

mateusstarling
Veterano
# fev/13
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Keith.Scott Obrigado você por ter deixado o feedbcak, fica com Deus.

Rednef2
Veterano
# mar/13
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mateusstarling
Pra não postar no topico que você acabou de criar, e não desvirtuar o assunto, vou perguntar aqui mesmo.

Você disse que tocar com guitarra desligada é bom, porque não teremos dificuldades de tocar depois utilizando efeitos.

Então se eu tocar as notas do violão com clareza, também não teremos dificuldade em tocar depois numa guitarra com efeitos?

mateusstarling
Veterano
# mar/13
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Rednef2 Helio Delmiro costumava me dizer que violão é o saco de pancada do guitarrista. Quem treina com violão fica com mais força na mão e toca com mais facilidade a guitarra depois que tem uma pegada mais delicada e fácil.
Acredito que essa premissa do Helio possue mais acerto do que erros.
Quem toca guitarra e passa um tempo no violão acha a guitarra super macia e facil de tocar.

rcorts
Veterano
# mar/13
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Esse lance de tocar sem efeitos e com a guitarra desligada realmente tem muita lógica.

Quando começei a tocar não usava amp. Era só guitarra desligada e violão. Quando eu ia tocar a guitarra ligada no amp minha pegada era excelente e não errava praticamente nada. Depois que eu começei a ficar muito dependente do amp acabei ficando um pouco inseguro e se falta um pouco de ganho no drive já não rendo mais os 100%.

Tem mais duas coisas que eu acrescentaria ao seu texto original:

1. controle emocional é fundamental: quando estou tocando em casa consigo executar técnicas que considero complicadas com precisão, além de conseguir realizar improvisações legais. Mas se vou tocar ao vivo (ainda que apenas no estúdio com minha banda), ou mesmo na hora de gravar, começo a errar coisas bestas que nem errava quando tinha menos experiência e técnica.

2. nunca desprezar nenhuma técnica: durante um tempo percebi que minha palhetada alternada não estava muito definida, mesmo tendo um bom controle da mão direita. Notei também que meus ligados e slides às vezes saiam meio engasgados. Quando dediquei mais ao estudo focado de ligados e slides acabei melhorando por consequência a palhetada alternada.

Abraços.

mateusstarling
Veterano
# mar/13 · Editado por: mateusstarling
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rcorts Valeu irmão, obrigado pelas sua contribuição.
No ponto 1 eu te pergunto: Será que a altura da sua guitarra quando você toca em pé não esta diferente da posição de quando você treina sentado, isso influencia bastante.
O outro ponto que você levantou, tal como o primeiro, se refere a tecnica. Você não acha que talvez esteja dando atenção demasiada a esse aspecto e esquecendo outras ferramentas importantes que vão te ajudar a driblar um suposto erro na sua execução tal como o desenvolvimento de motivos e de ideias?

Kristofer
Membro
# mar/13
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Tem um ponto importante:
<> Auto-avaliação...

Você está estudando? Praticando escalas? Alguma técnica específica (tapping, bends, etc)?
Então grave a sessão. Ouça depois, veja onde você está errando...
Você terá uma noção exata do que está fazendo errado.
Isso me ajudou bastante...

mateusstarling
Veterano
# mar/13
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Kristofer Tambem concordo, essa ferramenta de se gravar é ótima.

rcorts
Veterano
# mar/13
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mateusstarling

Esse lance da regulagem da correia pra tocar em pé foi um lance que me deu trabalho por um bom tempo. Mas ultimamente, quando estou em casa tenho buscado treinar sempre em pé e mantendo a correia regulada da mesma forma que vou usar no estúdio. O que tenho percebido nos últimos tempos é mesmo um fator emocional que me assombra, pois quando penso em tocar alguma coisa bate uma sensação estranha, um medo de errar e é aí que acabo errando mesmo, he he. Parece idiota, mas isso tem acontecido bastante comigo.

Engraçado que isso começou a ocorrer quando eu começei a apurar mais minhas técnicas. Quando eu nem tinha muita técnica eu tocava com mais segurança, mesmo ao vivo. Parece que quanto mais eu desenvolvo tecnicamente mais insegurança vem associada, quando deveria ser o contrário. Já estou pensando até em procurar um psicólogo, he he. Ultimamente estou tentando (de forma autodidata) enfiar na minha cabeça que não tenho obrigação de ser perfeito em tudo e errar é humano.

Engraçado que ontem fui ensaiar com o pessoal da banda e já toquei com mais naturalidade. Parece que só de desabafar aqui já fiquei mais tranquilo ontem e meu desempenho no estúdio foi bem melhor.

O outro ponto que você levantou, tal como o primeiro, se refere a tecnica. Você não acha que talvez esteja dando atenção demasiada a esse aspecto e esquecendo outras ferramentas importantes que vão te ajudar a driblar um suposto erro na sua execução tal como o desenvolvimento de motivos e de ideias?


Não, eu quis dizer mesmo no sentido de uma técnica favorecer outra bem diferente. Por exemplo, estou treinando ultimamente os temas das músicas Waves e Fives do Guthrie Govan (ainda não cheguei nem perto das partes de fritação dessas músicas) mas só de estudar os temas, consegui desenvolver bastante minha precisão de mão direita e movimentação horizontal no braço da guitarra, porque esses temas do Govan exploram muito os slides e exigem muita concentração. E em consequência disso, acabei melhorando um bocado meu estudo de escalas.

Uma preocupação que eu sempre tenho em mente é a de não privilegiar a técnica (pura e simplesmente falando) em detrimento dos motivos ou do fraseado. Busco sempre estudar as técnicas de modo que me ajudem também a construir licks e idéias de fraseado. Por exemplo, ultimamente tenho estudado palhetada alternada na música Rondo Alla Turca, do Mozart, porque ao mesmo tempo que treino a parte técnica vou captando o fraseado que ele utilizou na música, bem como as modulações de escalas. E palhetada alternada, por exemplo, tenho estudado dentro dos desenhos dos modos buscando fazer conexão com arpejos e notas de passagem. E realmente estudar dessa forma (em função dos motivos) nos faz perceber pequenos detalhes da execução que às vezes deixamos passar despercebidos quando estamos apenas descendo e subindo escalas, ou apenas treinando sweep picking fora de contexto.

Abraços.

FDG
Veterano
# mar/13
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O texto do nosso amigo mateusstarling é excelente,muitos guitarristas acham que tocar bem é só estudar técnicas e ficar copiando solos de virtuosos,na verdade,muito do que capta como músico,você aprende do "não tocar".
Saber ler,refletir,interpretar e ser criativo,além de estudar,faz um bom guitarrista,aprender quando o menos é mais.

mateusstarling
Veterano
# mar/13
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rcorts Eu acho que vc precisa tirar um pouco o foco de vc e tocar para a musica, tenta simplificar. Acredito que vc toque bem quando nao esta solando e o foco se encontra na banda como um todo. Sinta-se assim tamb no improviso, faça coisas simples que não vão te exigir tecnicamente e veja se vai rolar bem. Acho que vc esta se estressando muito para tocar, eu ja me senti muito assim principalmente no periodo onde eu me apresentava na Berklee para uma audiencia de professores e outros alunos.


FDG Valeu irmão, obrigado pela contribuição.

rcorts
Veterano
# mar/13
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mateusstarling
rcorts Eu acho que vc precisa tirar um pouco o foco de vc e tocar para a musica, tenta simplificar.

Concordo. Acho que tô precisando relaxar mais.

Frio
Veterano
# mar/13
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Muito bom, esta de parabéns...

Marcos UNI
Membro
# mar/13
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E se me permita, eu acrescento mais duas. Elas são:

1-Utilizar a chave de captadores numa música.

2- Aumentar e diminuir os valores nos nobs numa música.

rcorts
Veterano
# mar/13
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Marcos UNI
E se me permita, eu acrescento mais duas. Elas são:

1-Utilizar a chave de captadores numa música.

2- Aumentar e diminuir os valores nos nobs numa música.



Demorou até eu entender o porque disso, mas depois que entendi meu som ao vivo melhorou uns 100%.

inExperienced
Veterano
# mar/13
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Boa dicas!

Rednef2
Veterano
# mar/13
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mateusstarling
A guitarra é bem mais facil de tocar do que o violão mesmo.
Lembro uma vez quando viajei de férias, fiquei uns 20 dias só tocando violão. Quando voltei pra casa e peguei a guitarra, achei as cordas extremamente leves e faceis de tocar.

Pepe Le P
Veterano
# mar/13
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Sendo um pouco mais "minimalista" eu diria que "tocar mal" está essencialmente associado ou a falta de domínio técnico do instrumento ou a algum tipo de "interferência mental" geralmente causada pelo nervosismo/ansiedade. (este último afeta tanto a parte mecânica quanto a criativa).

Saber controlar o excesso de expectativa/ansiedade é algo muito importante que vem com o tempo. Por isso tocar em público constantemente é uma excelente oportunidade. Eu toco pouco em público e ainda fico nervoso, diferentemente de falar em público, coisa que minha profissão me induz a fazer bastante e eu já consigo manejar melhor, pois não se trata de uma situação "nova" (e consequentemente com maior grau de tensão).

Claro que alguém ainda pode tocar "bem" algo que ainda sim soe "ruim" e nesse caso estaria associado a falta de vocabulário e desenvolvimento "pobre" de ideias.

rcorts
Veterano
# mar/13
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Pepe Le P

Boa abordagem.

algum tipo de "interferência mental" geralmente causada pelo nervosismo/ansiedade. (este último afeta tanto a parte mecânica quanto a criativa).

É o que sinto acontecendo comigo ultimamente. Preciso levar as coisas mais na brincadeira (no bom sentido, de relaxar, e não no de tocar com desleixo) pra ver se minha performance melhora.

mateusstarling
Veterano
# mar/13
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Tocar em publico é uma oportunidade que muitas vezes não acontece com frequencia. Enquanto isso não acontece o lance é se manter estudando e também se gravar tocando, tentando sempre improvisar sem interromper o improviso, aprendendo a lhe dar os eventuais erros, saber usar o erro como uma alavanca para algo expontaneo e fresco.

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