Será que os estudos de Guitarra hoje evoluiram comparado com a 15 anos atrás?

Autor Mensagem
Black Horse Guitar
Veterano
# abr/10


Olá, pessoal

Tenho analisado e comparado os estudos atuais de guitarra com a 15 anos atrás, principalmente na questão de auto didata. Naquela época não tínhamos muitas informações a não ser com professor. Hoje em dia temos a Internet, fóruns, bate papos, etc.

Naquela época quando tínhamos dúvidas procurávamos um professor ou víamos um vídeo (vídeo cassete) de um show pra prestar atenção nos guitarristas e aprender ou aprendiamos na marra mesmo nas tentativas entre erros e acertos. De uma certa forma essa busca por conta própria ajudava o guitarrista ou aspirante da época a evoluir porque tinha que pensar, buscar soluções e tal.

Hoje em dia com todos esses benefícios "internético" o cara tem uma dúvida, pronto vai para um fórum e faz com que os outros pensem por ele. Dúvidas como:

"Posso abafar as cordas longe da ponte ou perto da ponte?"
Um simples teste já seria suficiente para o cara comparar os sons emitidos e definir o que achou melhor ou parecido

"Quais os graus da escala uso pra fazer a pentatônica?"
Agora a internet ajuda, temos milhões de exemplos de pentatônica pronta, não custa o cara analisar as notas usadas pra ver quais os graus usados

"Não consigo tirar tal música ou tal solo, o que eu faço?"
Treina meu filho!

Entre tantas outras coisas


Resumindo, será que hoje em dia temos uma geração com muitos guitarristas (não todos) preguiçosos?


Será que não é por causa disso também que hoje temos guitarristas técnicos do que "feeling"? Antes o cara tocava, fazia testes, fazia varias progressões, etc e hoje simplesmente pergunta "Qual escala eu uso para tal acorde?"


Tecnologia ajuda muito mas temos de ter noção pra não querer tudo de graça sem esforço, porque com o esforço vem o conhecimento

Isso vale pra mim também, a internet é uma grande tentação e as vezes também me pego tentando procurar na rede coisas simples que uma simples pensada seria suficiente

Necrophagist
Veterano
# abr/10
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cara, na real o propósito de tudo relacionado relacionado à Internet e/ou computação em si é de facilitar
só pra contextualisar: venho de uma geração nao um tanto posterior à sua já que peguei o periodo de transição, ou seja, tive que pegar minhas primeiras musicas de ouvido e tive todo aquele lance de ter professor de violão e tal, o que foi bom
mas posso afirmar que só melhorei e me tornei um bom guitarrista depois do advento desses softwares

minha opinião deve ser bem homogenea comparando com boa parte dos musicos daqui mas penso que os softwares devem auxiliar e nao substituir o ensino formal da musica
mas tambem penso que os professores, de modo geral, perdem um pouco de espaço justamente por utilizarem métodos de 15 anos atrás

pra abreviar, penso que o cara que deve saber se ele quer realmente ser um músico, com tudo o que isso representa, ou se quer só tocar violão/guitarra e isso o iniciante só vai saber com o tempo
nao acho q isso vai prejudicar a 'nova geração de guitarristas' afinal a tendencia é de quanto mais você se aprofunda, mais quer procurar ensino de qualidade.

Jim Marshall
Veterano
# abr/10
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Necrophagist

Concordo contigo cara !


Abraço,

See ya!

Rei Arthur Pendragon
Veterano
# abr/10 · Editado por: Rei Arthur Pendragon
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Black Horse Guitar
Na minha opinião, a grande quantidade de informação disponível traz a vantagem de vc poder aprender praticamente qq estilo de música, assistindo vídeos, frequentando fórums, etc. Na net tb tem recursos pra treinar ouvido, e textos informando sobre métodos antigos e sua validade para o contexto atual.

Agora essa grande qt de informação faz muita gente ficar perdida, pq o cara tem q achar um foco pra aquilo q ele quer fazer, e pode ficar confuso sem uma orientação. Isso confunde até quem já sabe tocar e quer ir além. Muitas vezes eu me pego estudando uma coisa, aí um amigo me manda uma outra e lá vou eu ficar empolgado pra ver essa outra merda, e n aprendo direito nem uma nem outra. Além disso, tem q ter uma filtragem da informação, pq tem muita porcaria na net, o que faz muita gente perder tempo aprendendo errado, e assumindo aquilo como certo (o q é um perigo).

Acho q devido a isso, o trabalho do profissional de música vai continuar rolando, pq há a necessidade de ter uma consistência no conteúdo para o aprendizado, pq senão o cara aprende um monte de coisas q n tem relação direta.

Black Horse Guitar
Veterano
# abr/10 · Editado por: Black Horse Guitar
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Necrophagist
Rei Arthur Pendragon

Concordo com vocês, hoje tem muita informação é isso é uma facilidade. Tem os softwares que também concordo que ajudam muito, mas em meio a tudo isso, muita gente não QUER PENSAR, preferem perguntar, procurar uma resposta pronta na net e tal. Muitas vezes são perguntas que uma simples análise já resolveria como "Posso abafar as cordas longe da ponte ou perto da ponte?"

É inegável a ajuda da net e dos softwares mas muita gente perde a noção e quer tudo de graça, quer tudo pronto, não querem pensar, é nesse ponto que estou fazendo a análise. Claro, não são todos, mas muitos hoje são assim, temos exemplos diários

Abraço

jimmy vandrake
Veterano
# abr/10
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Black Horse Guitar
Resumindo, será que hoje em dia temos uma geração com muitos guitarristas (não todos) preguiçosos?

O que existe hj é uma grande geração de guitarristas hobystas. Muitos tocam pelo prazer de tocar, então não há necessidade de maiores conhecimentos. De qualquer maneira para estes todas os recursos que vc citou são de extrema importância.
Para quem quer realmente seguir carreira profissional como musico > guitarrista, aí sim é preciso um contato muito maior com o conhecimento e etc. Lembrando que acima de tudo é preciso ter muito bom gosto e criatividade para poder produzir um bom trabalho musical.

buddy guy
Veterano
# abr/10 · Editado por: buddy guy
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Black Horse Guitar

Áh velho,sem dúvidas a coisa avançou bastante,não só em matéria de estudos em sí,mas ao que tanje a equipos. Sem falar da própria Net,que hoje facilita e muito a vida dos músicos,como coiss do tipo guitar-pro essas coisas. Lembro-me de tempos atrás,de meu velho pai comentando sobre a época em que ele tocava contra-baixo em uma banda couver dos Beatles. Cara,naquela época,nem se sonhava em existir essa tecnologia de computador e essas coisas todas de hoje !!!!

EDIT Na minha época de mocidade,também não existia muito avanço não. Minha primeira guita foi uma stratosonic da Gianinni(era o que existia por aqui e a gente ainda erguia as mãos para o céu e agradecia) e quando muito para poder brincar tinha uma bicicleta daquelas BMX e um atari. E hoje em dia fazendo um retrospécto,vejo quanto as coisas evoluíram da minha época cá.Dá época dos nossos pais então,nem se fala !!!

ogner
Veterano
# abr/10
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Minha diversão era pagar ( dinheiro de hoje) uns 20, 30 reais ( eu acho) na guitar Player americana...Que eu comprava a cada 2, 3 meses...E as copias de VHS das aulas do Paul Gibert, Richie Kotzen, Steve Morse...
E escutar muito vinil/cd pra tirar as musicas...
Mas peguei a epoca da transição, mais tarde começei a achar tabs erradas das musicas na internet discada, que fazia aquele barulhinho na hora de conectar.

http://www.uhull.com.br/2006/wp-content/uploads/2007/03/modem.mp3

O mundo acabou - Não que na minha época era melhor, já tinha acabado tb. o/
http://www.youtube.com/watch?v=2s1w2NZrioE

Slave of hell
Veterano
# abr/10
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Por Isso que o heróis ou morreram ou estão véios,,,pq pertencem a uma geração onde as coisas n eram faceis,,tirar musica de vinil e n guitar pro..auto-didatas perseverantes,ou alunos dedicados no minimo,,com guitarra embaixo do braço e nada mais

iguais a eles,impossível,

jimmy vandrake
Veterano
# abr/10
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buddy guy

Somos do tempo que tocador de guitarra tinha que tirar de ouvido, em cima do vinil ou fita K7.
Instrumento ou amplificador, nem a pau. Era caixa de abelha mesmo, e lambam os dedos.
uhahuahuahuahuahuahuahuahuahuhuahu

Necrophagist
Veterano
# abr/10
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Somos do tempo que tocador de guitarra tinha que tirar de ouvido, em cima do vinil ou fita K7.
Instrumento ou amplificador, nem a pau. Era caixa de abelha mesmo, e lambam os dedos.
uhahuahuahuahuahuahuahuahuahuhuahu


putz! eu nao sou desse tempo mas peguei algumas partes :)
tinha até uma chinelagem que a galera fazia nos 'toca-fitas' pra fazer rodar mais lento e tirar as musicas fodosas, o problema era que a afinação tinha que ser mudada uns trocentos tons abaixo uahuahuahauahua

Black Horse Guitar
Veterano
# abr/10
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buddy guy
jimmy vandrake

Verdade que hoje é mais fácil em questão de software, equipos, etc evoluiu e muito, tem até guitarra que afina sozinha! hehe

Mas a questão é que com tanta facilidade hoje em dia, muitos iniciantes não põe a mente pra trabalhar, prefere perguntar coisas muito simples como citei acima de base abafada ou está escrevendo uma música mas prefere fazer no guitar pro porque lá mostra se tem nota a mais ou a menos no compasso, isso é muito interessante porque quem quer aprender aprende fácil mas tem muitos que fazem no guitar pro pra fazer certo mas quando o programa acusa nota a mais ou a menos o cara põe ou tira mas não para pra pensar "por quê tá a mais ou a menos"!

É nesse ponto que quero discutir (no bom sentido), o comodismo de hoje em dia com tanta facilidades. Muitos comodistas, pelo que vejo não tem intenção de serem apenas "hobbystas", isso eu acho preocupante, mas em partes, porque citando o exemplo do Andreas do Sepultura, o cara toca bem e tal mas ele falou que no começo do Sepultura ele tocava o que os caras passavam pra ele, ele não sabia nem o nome do acorde.

Mas será que em meio a tantas tecnologias e facilidades a pessoa não pode se perder e com isso não evoluir musicalmente como poderia ser?

Mas foi tocado um ponto acima que é de extrema importância, AS ESCOLAS E PROFESSORES podem ajudar fazendo em suas aulas o uso dessas tecnologias e ao mesmo tempo incentivando o cara a aprender e analisar o que está fazendo e não apenas fazer.


Abraços

Del-Rei
Veterano
# abr/10
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Bons tempos.

Black Horse Guitar
Veterano
# abr/10
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Eu comecei na década de 90, era em cima de k7, cd e tablatura eu comprava na galeria do rock aqui em São Paulo. Agora, pego 100 tablaturas por dia (se quiser) de graça na net e ainda em formato de programa (guitar pro).

Nesse ponto, a evolução foi da pré-história para a cidade dos Jetsons(alguém, se lembra desse desenho?)! hehehehehe

Del-Rei
Veterano
# abr/10 · Editado por: Del-Rei
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Cara... o máximo que eu tinha quando comecei a tocar eram umas revistinhas (comprava nos jornaleiros) que vinham com as músicas cifradas.

E só vinham acordes básicos. Riffs, nem pensar. Só base mesmo, e os acordes basicões. Como eu tava iniciando, o som ficava bem diferente do original, e eu não sabia o porquê.

Mas acho isso tudo muito relativo.

Tenho um DVD do Metallica, com a Orquestra, e o James Hetfield conta que quando receberam o convite, ele ficou preocupado quando tivesse que passar as músicas pra orquestra.

As palavras dele:
"O que eu digo a eles? 'Vocês tocam a nota aqui, aqui, aqui, na segunda bolinha, na 12ª casa!' Eu não sei as notas nem na guitarra!!"

Ou seja, muita gente toca sem saber o que está fazendo, e isso acontece em qualquer geração.

Black Horse Guitar
Veterano
# abr/10
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Del-Rei

muita gente toca sem saber o que está fazendo, e isso acontece em qualquer geração

É isso é verdade!

Del-Rei
Veterano
# abr/10
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Black Horse Guitar

É.. muita gente não sabe o que está fazendo, mas ainda assim, faz coisas bem feitas.

Não faço apologia à ignorância da teoria musical, mas acredito que teoria não seja essencial pra se compor músicas agradáveis aos ouvidos.

GOREFESTA
Veterano
# abr/10
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Necrophagist
putz! eu nao sou desse tempo mas peguei algumas partes :)
tinha até uma chinelagem que a galera fazia nos 'toca-fitas' pra fazer rodar mais lento e tirar as musicas fodosas, o problema era que a afinação tinha que ser mudada uns trocentos tons abaixo uahuahuahauahua


Na época que eu comecei a tocar ja era cd, mas sempre quis ter um desses toca fitas para rodar as musicas mais lentas... se eu tivesse esses tocas fitas, talvez, eu não teria quebrado os botoes do meu toca cds hauhauhauaua


Quanto ao assunto do topico, eu uso internet mais para pegar a parte teorica da musica, mas msm assim tenho minha pilha de revistas de guitarra e livros.

muita gente não QUER PENSAR, preferem perguntar, procurar uma resposta pronta na net e tal. Muitas vezes são perguntas que uma simples análise já resolveria como "Posso abafar as cordas longe da ponte ou perto da ponte?"

Mas isso sempre existiu, a unica diferença é que esse tipo de gente desistia da guitarra mais facil. Pior é aquela pessoa que não escuta o que quer tirar e msm assim quer saber como o guitarrista x tocaria tal parte.

Black Horse Guitar
Veterano
# abr/10
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Del-Rei

Compor boas músicas sem teoria existe muito por aí, é que acontece muito também do cara ficar bitolado com estudo de teoria que na hora que compõe uma música pensa mais em seguir "as regras" da teoria do que realmente o som mesmo.

Na minha opinião, música não tem regra, música é arte, a teoria é apenas uma forma "organizada" que visa facilitar a composição mas nunca ser uma "ditadora" da composição. Depois que o estudo da música se tornou oficial com diploma e tudo acabou criando esse estigma de que tem que seguir o que os livros mostram, mas música não é como medicina, arquitetura, etc

Abraços

T-Rodman
Veterano
# abr/10
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Faz igual ao REM. Eles certa vez quiseram tocar umas músicas antigas deles que nem eles sabiam mais.
Resultado: a banda entrou em uma loja que vende partituras, pegou alguns songbooks dos discos antigos deles e ensaiaram pra tocar essas músicas antigas, rs.

O que acabou muito hoje são esses songbooks, que na era pré internet, era o que se importava da pqp, pagando uma fortuna, para quem queria a transcrição completa de uma música.
Eu me lembro que paguei uns R$ 60 cada songbook do Led III e IV. Compramos eu e um amigo juntos, e cada um ficou com um songbook e a cópia de outro songbook, rs. E acabou virando moeda de troca com outros colegas os songbooks. Todo mundo andava com um monte de xerox de songbook se quisesse mais do que as partituras daquelas revistinhas de cifras.
Pouco depois começaram a chegar as Guitar Players US por R$ 30 cada.
E depois chegou a internet em 98, com o OLGA!

Black Horse Guitar
Veterano
# abr/10
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Alguém aqui de São Paulo antigamente também ia na galeria do rock naquela lojinha do canto comprar (xerox) de tablaturas?

GOREFESTA
Veterano
# abr/10 · Editado por: GOREFESTA
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O que acabou muito hoje são esses songbooks, que na era pré internet, era o que se importava da pqp, pagando uma fortuna, para quem queria a transcrição completa de uma música.
Eu me lembro que paguei uns R$ 60 cada songbook do Led III e IV


Bom, para quem mora em São Paulo, a Free Note ainda tem toneladas de songbooks. A Ultima vez que passei pela teodoro eu quase levei um Beneath The Remains do Sepultura... e tava barantinho, uns 30 pila!

Todo mundo andava com um monte de xerox de songbook se quisesse mais do que as partituras daquelas revistinhas de cifras.

Eu tenho uma pasta inteira dessas xerox... lembro do dia que eu conheci um cara que tinha songbook de quase todos os discos do Megadeth, quase chorei de emoção na hora hauhahauhauhahaua

Alguém aqui de São Paulo antigamente também ia na galeria do rock naquela lojinha do canto comprar (xerox) de tablaturas?

Ia mais na Free note msm... gastava uma boa parte do salario la hahahahua

Del-Rei
Veterano
# abr/10
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Black Horse Guitar

Concordo com vc, cara.
Por isso, que às vezes encontramos músicas onde, por exemplo num solo, o cara larga o dedo na escala com 87923879234 notas por segundo.... fala muito e não diz nada.

Isso acontece muito com que estuda demais, e na hora de compor só quer mostrar técnica.


T-Rodman
Cara, tenho songbook do Ozzy e do Guns!!!

Black Horse Guitar
Veterano
# abr/10 · Editado por: Black Horse Guitar
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Del-Rei

Por isso, que às vezes encontramos músicas onde, por exemplo num solo, o cara larga o dedo na escala com 87923879234 notas por segundo.... fala muito e não diz nada.

Concordo, adoro metal, em especial power e heavy metal mas confesso que muitas músicas hoje em dia os solos não passam de 90% enrolação. O solo do Randy em MR. Crowley do Ozzy é um exemplo de fritação com qualidade! Mas como ONLY THE GOOD DIE YOUNG! Sorry!

Abraços

cristian1990
Veterano
# abr/10
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Necrophagist

fala tudo cara ...



o que mais faz falta mesmo é a teoria, isso vc ate achar na net e tals mas nao se compara ate um professor ou um amigo que tenha o conhecimento para vc ....aulas ainda sao fundamental programas de guitar auxliam apenas

De Ros
Veterano
# abr/10
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Esse é um assunto muito discutido hoje em dia nos meios de didática da música.

Pesando todos os prós e contras, na minha visão, estamos indo cada vez mais para trás.

Desde que acabaram com a aula de música obrigatória nas escolas (que está voltando, eu sei, mas qual é o curriculo e quem vai dar essas aulas?), enfim, desde dessa lamentável decisão da época da ditadura, a nossa música está cada vez pior.

Os nossos ouvidos estão mil vezes pior do que de algumas gerações atrás, e não é um software que vai substituir auto critica e senso estético.

Minha opinião, e não uma verdade unânime (ainda bem).

Stargazer
Veterano
# abr/10
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Desde que acabaram com a aula de música obrigatória nas escolas (que está voltando, eu sei, mas qual é o curriculo e quem vai dar essas aulas?), enfim, desde dessa lamentável decisão da época da ditadura, a nossa música está cada vez pior.

Ah, sei lá, não acho que isso faz tanta diferença. É como as outras matérias de ensino fundamental e ensino médio: não é ter a matéria como obrigatória que desperta o interesse dos alunos. Como outro exemplo do que eu penso, também é possível afirmar que aulas de educação física não ajudam um aluno a evoluir em um determinado esporte (as aulas não tem especificidade por esporte, e não cobram evolução do aluno).

T-Rodman
Veterano
# abr/10
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Desde que acabaram com a aula de música obrigatória nas escolas (que está voltando, eu sei, mas qual é o curriculo e quem vai dar essas aulas?), enfim, desde dessa lamentável decisão da época da ditadura, a nossa música está cada vez pior.

Não acabou na ditadura não. Acabou na época do Quércia, aqui no estado de SP.
A "democracia" aqui acabou com tudo que era lecionado na época da ditadura: Educação Musical, Educação Moral e Cívica, OSPB - seja bons ou ruins para o currículo. No mais, a democracia acabou com tudo que era bom ou ruim dos militares. É bem o contrário.

De Ros deve ter tido aula de Educação Musical. Minha mãe dava aula disso quando eu era pequeno. Teve tempo que até Educação Artística e Desenho Geométrico, outras disciplinas que ela lecionava parou. Foi na época do Covas e da 'demissão voluntária' dos professores, onde ela se aposentou, porque sequer conseguia completar a carga horária nas escolas que ela lecionava.

De Ros
Veterano
# abr/10 · Editado por: De Ros
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Bom, para dirimir essas questões, se me permitem vou colar aqui um texto do Maestro Julio Medaglia.


Enfim, música nas escolas outra vez!


JÚLIO MEDAGLIA

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É preciso abrir a mente dos jovens para muitas vivências sonoras e mostrar-lhes como é grande e colorido o mundo musical universal

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NA DÉCADA de 1930, a carreira internacional de Heitor Villa-Lobos fluía muito bem. Ao ver, porém, a expansão dos meios eletrônicos de massa, o rádio e a gravação de discos, apaixonado pelo Brasil como era, resolveu permanecer aqui para iniciar um projeto de ensino musical nas escolas.

Pretendia, assim, proteger nosso povo de um possível ataque maléfico dessa emergente indústria da cultura, que ele chamava de música de repetição.

Dizia, não com estas palavras, que o brasileiro deveria ser municiado de informações musicais sólidas, pois poderia ficar refém dessa máquina, seguramente mais preocupada em comercializar seus produtos que em prestar serviços à cultura nacional.


Não se tem notícias de um raciocínio tão coerente e premonitório como esse, sobretudo quando se observa a realidade cultural atual.

Esse bombardeio via satélite, promovido por uma indústria cultural que se expande na mesma proporção em que baixa o nível artístico da produção, ocorre internacionalmente, direcionando o público no sentido de um frenético "consuma e descarte" que, tratando de bens comuns, pode funcionar, mas, quando aplicado à criação artística, promove verdadeira devastação na sensibilidade humana.

Inicialmente apoiado pelo interventor federal em São Paulo, tenente João Alberto, Villa fez uma longa viagem ao interior de nosso Estado - carregando um piano consigo!-, iniciando uma verdadeira caravana em prol da divulgação e do ensino de uma música de qualidade.


Com o bom resultado da experiência/aventura, o grande educador Anísio Teixeira, então secretário de Educação do Rio, criou para Villa uma Superintendência da Educação Musical e Artística.

Próximo do poder central, Villa fez seu projeto chegar a Getúlio.
O ditador, encantado com as manifestações de massa do ufanismo patriótico nazifascista da Europa, viu nas concentrações corais de Villa o instrumento ideal para promover algo semelhante no Brasil. Assim, decretou a obrigatoriedade do ensino musical no país. Em seguida, criou-se o Conservatório Nacional de Canto Orfeônico para a formação de professores, o qual Villa dirigiu até sua morte, em 1959.


Por mais que se possa ter criticado componentes daquele projeto, o canto orfeônico prestou inestimáveis serviços à formação do brasileiro.


Com a criação do "Guia Prático", harmonização de 137 cantos populares das diversas regiões, Villa fazia com que o Brasil se conhecesse por meio da música e, ao vocalizá-los, que o jovem se autodisciplinasse. Nessas aulas chegava ao jovem também a informação de um universo musical amplo, assim como o conhecimento da música dos grandes mestres.


Em 1972, o coronel Jarbas Passarinho, então ministro da Educação e Cultura, prestou um desserviço à nação ao extinguir o ensino musical nas escolas, provavelmente temendo o poder feiticeiro, talvez "subversivo" da música.

Nestes 36 anos, não faltaram empenhos para trazer de volta o ensino musical ao jovem, já que essa forma de expressão é a que mais acompanha o ser humano na vida.

Recentemente, a senadora Roseana Sarney apresentou um projeto que alterava a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996, propondo a obrigatoriedade do ensino musical nas escolas. Para surpresa geral, essa proposta foi aprovada rápida e unanimemente no Senado e na Câmara. No dia 18/8, o presidente Lula sancionou esse projeto de lei, dando três anos às comissões de ensino para se adaptarem às exigências pedagógicas estabelecidas nos artigos 1º e 2º dessa lei.

Surge agora o debate de como conduzir a criação de um currículo. Teme-se que comissões de endiabrados "alquimistas" se reúnam por décadas para a elaboração de um monstrengo pedagógico, enquanto outros, sabedores da urgência da aplicação desse ensino, optem pela criação de algo prático e imediato.


Sou da opinião de que se crie uma comissão mínima para debater o assunto, com apoio do Ministério da Cultura, e se elabore um currículo prático e compacto de no máximo dez páginas. Para que, com ele, um músico de formação razoável - sem mil diplomas, licenciaturas ou mestrados!- possa entrar numa sala de aula e exibir vídeos, CDs, fazer as crianças cantarem o "Guia Prático", conhecer os hinos nacionais, tocar instrumentos simples, talvez fabricados por eles mesmos, baseados nas experiências do método Carl Orff.

Assim, pode-se abrir a mente dos jovens para muitas vivências sonoras e mostrar-lhes como é grande e colorido o mundo musical universal, bem diferente daquele que ele vê na TV.
E que se faça isso rapidamente, antes que o processo de imbecilização coletiva via satélite ganhe essa guerra.

The Root Of All Evil
Veterano
# mai/10
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Eu tive aula de música na escola, no época do primário, tocava flauta doce, tinha aula de leitura de partitura...

Mas nunca tive incentivo ou exemplo pra isso em casa, então só fui me interessar quando comecei a formar minhas próprias idéias, na adolescência.

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