O que é uma guitarra de qualidade e qto pagaria por ela?

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auzenph
Veterano
# jan/10 · Editado por: auzenph
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rsf
e isso quem ditou, vc? heheheh, não viaja, velho.


Ueh ...pq eu ditei? Oo

Não ditei que qualidade é subjetiva...foi comprovado que ela é subjetiva. Estude sobre o assunto e verá. Quem ta ditando as regras é você no seu post quando fala sobre questões "indiscutíveis".
O que falei foi: ngm ditou que qualidade é subjetiva, foi verificado que ela é, foi estudado. Ninguem quis assim, simplesmente é assim...ela inclui quesitos relativos e TB absolutos, mas ela não é completamente absoluta.

Mas vamos parar por aqui, vou vazar do questionamento tb, acho que ja falei o que pretendia.

melhor continuar com a historia do sanduiche ai

abraço

rsf
Veterano
# jan/10 · Editado por: rsf
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auzenph

O que falei foi: ngm ditou que qualidade é subjetiva, foi verificado que ela é, foi estudado. Ninguem quis assim, simplesmente é assim...ela inclui quesitos relativos e TB absolutos,

eu fico impressioando com a dificuldade (ou má vontade, sei lá) de vcs em interpretar e aplicar de forma contextualizada o conhecimento que vcs adquiriram nas salas de aula....
Cara, não existe em livro nenhum, em biblioteca nenhuma do mundo, algum arquivo, texto, tese, estudo ou seja lá o que for que tenha conlcuido, afirmado ou verificado que "toda a qualidade é subjetiva".... até porque seria um atentado contra o bom senso afirmar tamanho absurdo. Publicar um troço desses, então..nem se fala.

Agora, se vc disser que existem livros e mais livros, estudos e mais estudos, que alertam que "em determinadas circuntancias, sob determinada perspectiva a qualidade PODE possuir um caráter subjetivo", aí concordarei com vc...caso contrário vc estará cometendo o mesmo erro do Nichendrix, aplicando de forma indevida e contraproducente a teoria que vc aprendeu na sala de aula...Vcs pegam a "teoria" e a aplicam, sem distinção, para todas as situações..o que é um erro..cada caso é um caso, e deve-se utilizar essa "teoria" com inteligencia, sabedoria e adequação, sobretudo adequação, fazendo as adaptações necessárias ao fato em concreto dentro do contexto que vc está investigando...e é exatamente essa capacidade, esse "jogo de cintura intelectual", que irá diferenciar o profissional competente do incompetente...
A propósito e interessantemente, é que esse é um equivoco muito comum entre profissionais recem saídos da universidade...querem aplicar tudo o que aprenderam em tudo que veem pela frente ...e a coisa não é assim. Mas isso só as "cabeçadas" da vida é que ensinam... e isso demanda tempo...

....mas ela não é completamente absoluta

nada na vida é absoluto...de guitarras a XBurgues...Entretanto, mesmo diante de situações subjetivas, que não é o caso do tópico, é necessário que a enfrentemos com pelo menos um pouco de objetividade....não fosse assim, até hoje a humanidade estaria reunida em volta de uma fogueira "debatendo" se a roda é ou não é uma idéia que deveria ser levada adiante....

MMI
Veterano
# jan/10
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Curly

aí é que tá... eu não daria nunca 20k em uma lespa... é muita grana... sei lá, pagaria numa strato um máximo de 3k, um instrumento tão simples não merece mais do que isso... numa lespa, daria um máximo de 6k, talvez 8k, mas 20k jamais, ainda que essa grana não esteja fora das minhas possibilidades...

Antes de mais nada, concordo com suas afirmações. Mas só falei essa questão do preço por uma comparação até meio idiota. Eu mesmo não pago isso numa dessas, jamais. Mas, seu você já pegou numa dessas, se já colocou para medir forças com alguma outra lespa Gibson, sabe que se trata de uma excelente guitarra. Isso que eu quis dizer, além do fato que tem muita gente que paga mais de 20k nela, as poucas que chegam aqui não ficam muito tempo nas lojas, a esse preço mesmo. Certo, não estamos no meio dessa "gente" que falei, mas que é boa é. Se vale, é outro papo.
A exemplo do nichendrix, também não sou nenhum yupie, só que minha escalada vem sendo ascendente, felizmente não tive o "tropeço" e a necessidade de vender equipos que o amigo em questão teve. E meus equipos também vão a palcos e estúdios nas mãos de amigos, que tocam infinitamente mais que eu, talvez você já tenha ouvido num comercial de tv, por exemplo.
De toda forma, sua colocação é válida e verdadeira.

MMI
Veterano
# jan/10
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Para quem quisesse saber, tem um vídeo
do Masterbuilder Todd Krause e equipe trabalhando na Blackie do Clapton...

Manubio

Existem exageros nos preços? Sim, sem dúvida. Mas tome cuidado porque tem muitos outros gastos, como uns 10% do final que vão para os cartões de crédito, impostos de venda... Olha o preço da Gang Music e não dá para baixar muito mais que aquilo, pouco. Isso se você não se meter em ilegalidades. Não pense que é tão simples.

auzenph
Veterano
# jan/10
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rsf
não existe em livro nenhum, em biblioteca nenhuma do mundo, algum arquivo, texto, tese...


Realmente pelo seu nivel de conhecimento essa discussão nem merece seguir...se uma pessoa que nunca estudou a respeito, tem a coragem de ir a público e falar uma asneira dessa sem certeza alguma sobre qualquer ponto do assunto em questão, então melhor acabar, pois isso é inútil.

desliga a tv e vai ler um livro.

nichendrix
Veterano
# jan/10
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MMI
Existem exageros nos preços? Sim, sem dúvida. Mas tome cuidado porque tem muitos outros gastos, como uns 10% do final que vão para os cartões de crédito, impostos de venda... Olha o preço da Gang Music e não dá para baixar muito mais que aquilo, pouco. Isso se você não se meter em ilegalidades. Não pense que é tão simples.

Cara, é por aí. Quem trabalha sob encomenda, tem a vantagem de geralmente vender pra "cliente certo", o que faz com que o risco seja um pouco menor e por isso dê pra vender por um pouco menos, mas calote sempre tem e os custos diretos e indiretos são muitos.

A Gang é uma das poucas lojas maiores que vendem por um preço próximo ao que seria o preço justo pelos instrumentos.

Vale lembrar que o preço dos impostos de importação pra PJ podem ser bem menores que os 60% cobrados de pessoa fisica, dependendo do produto e de como ele é declarado (já que muitos produtos podem se enquadrar em diversas categorias ou podem entrar em toda conversa do produto importado sem similar nacional). O valor a menos deve-se ao fato que a PJ pagará outros tributos que a PF não paga, então no final sai elas por elas.

No Brasil, o grande problema são os importadores oficiais, eles se comportam não muito diferente das Daslu da vida, compram muito (por isso tem descontos grandes), declaram a menos (por isso pagam menos imposto) e ainda cobram o valor como se o Dolar ainda fosse 3 reais.

nichendrix
Veterano
# jan/10 · Editado por: nichendrix
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rsf

Cara, na boa... eu já tinha largado o osso de mão, mas vou dar mais uma mordida.

Eu entendo o que você está falando, entendo qual a idéia que você quer passar, o máximo que se está dizendo é que você está usando um conceito certo, com o nome errado e que o conceito referente ao nome que você está usando, embora parecido a primeira vista, é bem diferente.

Não há nada de errado ou contraproducente no conceito que estamos expondo, como não há nada de errado no conceito que você expôs, de fato são conceitos complementares, e que via de regra devem andar juntos, embora isso não seja uma obrigação.

E não há má vontade em expor estes conceitos aqui, já que a conversa que havia se iniciado no outro tópico, tomava um rumo mais técnico e acredito que em parte era esse o objetivo do MauricioBahia, discutir o que cada um percebe como sendo qualidade e o valor da mesma, para confrontar com o que é tecnicamente qualidade e valor, para analisar o papel da marca neste processo todo.

Neste processo, você defende uma parte da visão geral da coisa, eu defendo a parte que a meu ver, complementa a sua. Tanto que chegamos a um consenso, que você chama de níveis de qualidade, e eu chamo de qualidade segmentada. Você expõe tudo do ponto de vista apenas do produto, eu defendo que que o produto nunca é dissociado do cliente que o consome e de suas necessidades, desejos, percepções a respeito do mesmo.

Acredite, existe uma briga acadêmica enorme sobre esse assunto entre o pessoal de engenharia e de administração, da mesma forma que quando vc vai estudar recursos humanos há uma briga enorme entre o pessoa de administração e psicologia.

O pessoal da engenharia sempre defende que a qualidade está apenas nas especificações e no controle estatístico de processo, aí vem o tal de marketing e pergunta pro cliente o que ele acha e o cliente quase sempre discorda do engenheiro. O papel do administrador nesse processo é definir até que ponto o cliente está certo, e até que ponto o engenheiro estão certos e na medida do possível conciliar as duas coisas.

Não adianta produzir o produto perfeito se ninguém for comprar ele, seja porque ninguém percebeu que era perfeito, seja porque a perfeição custou tão caro que ninguém podia comprar ou achou que valia a pena comprar por tal valor.

Isso acontece, porque no fim a empresa visa aumento da riqueza, dos seus donos, dos seus funcionários, dos seus fornecedores e por aí vai, por isso que o cliente é rei, mas só enquanto tiver dinheiro pra pagar pela coroa, e ela pode ser de lixo ou de ouro com brilhantes, que vai dizer é o tamanho do seu bolso, mas nunca vc vai ver uma empresa lhe entregar ouro por preço de banana.

rsf
Veterano
# jan/10 · Editado por: rsf
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auzenph

Einsten, não vou responder as tuas grosserias..
apenas cite um livro, um só que seja, em que isso esteja escrito. apenas um.

MauricioBahia
Moderador
# jan/10
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nichendrix: o objetivo do MauricioBahia, discutir o que cada um percebe como sendo qualidade e o valor da mesma, para confrontar com o que é tecnicamente qualidade e valor, para analisar o papel da marca neste processo todo.

Exato!

Abs

rsf
Veterano
# jan/10 · Editado por: rsf
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nichendrix

com todo respeito, nichencrix...mas minha formação também é em administração, para ser mais especifico, administração e publicidade e propaganda...portanto, não estou falando sobre um assunto que desconheço...apenas não recorro a meu conhecimento academico e profissional (sim, trabalho com isso) porque acho absolutamente desnecessario ficar citando esse ou aquele autor, essa ou aquela corrente para fundamentar debates em um forum de guitarras...
Todavia, afirmo e reafirmo, que vc comete alguns equivocos bastante preocupantes sob a perspectiva academica.... mas deixemos essas "considerações" de lado, isso aqui é um forum de guitarra. Não é sobre administração e engenharia..mas como gosto e respeito vc, estou a tua disposição se quiseres trocar idéias sobre administração, gerenciamento etc..e tudo que envolva essa área, desde que não seja por aqui...heheheh

nichendrix
Veterano
# jan/10 · Editado por: nichendrix
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rsf

Já que você quer livros, eu recomendo começar pelo Teoria Geral da Administração do Maximiano, vale a pena dar uma olhada no do Chiavenato porque ele tem uma linha um pouco mais conservadora, em contraste com o maximiano que segue uma linha mais "moderna".

Recomendo dar uma olhada também nos livros de Marketing do Kotler e do Las Casas, e se tiver saco e quiser realmente entrar em toda a tecnicidade da coisa pode procurar os livros de Administração da Produção do Slack e Corrêa & Corrêa ou Corrêa & Caon.

Mas se tiver realmente interessadissimo, pode ir direto na fonte da coisa toda e ler Shewhart, Feigenbaum, Deming, Juram, Ishikawa, Ohno e toda essa negada que invetou essa idéia de que a qualidade está atrelada à satisfação do cliente e não apenas aos aspectos técnicos do projeto.

E só pra terminar vai uma definição de qualidade que acho adequada que é a da American Society for Quality Control, que provavelmente é a definição mais aceita hoje em dia:

Qualidade é a totalidade de aspectos e características de um produto ou serviço que proporcionam a satisfação das necessidades declaradas ou implícitas de seus clientes.

Eu botei em itálico a parte que torna a coisa toda relativa, pois satisfação e necessidades via de regra são dois conceitos pra lá de relativos, e no entanto todo o conceito de qualidade gira em torno dessas duas coisas. Por isso que mesmo todos os aspectos objetivos da qualidade precisam ser contextualizados, sob a pena de não se traduzir na percepção da mesma.

Minha insistência (que você as vezes chama de má vontade) em me manter nessa conversa técnica, é justamente porque no fim eu e você vemos todos os dias essas percepções aqui, quando vemos um menino desses dizendo que a SX tunada dele é melhor que Fender ou Gibson, quando vemos gente que diz que se não for custom shop não presta, ou se não for vintage não presta, se não tiver floyd rose não presta, e por aí vai.

Tudo isso são percepções, que direta ou indiretamente afetam a percepção do valor e da satisfação dessas pessoas, portanto afetam direta ou indiretamente a sua percepção do que é e do que não é qualidade. E no fim, do que adiantam as especificações e os controles de processo se se o resultado não for percebido???

nichendrix
Veterano
# jan/10
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rsf
Todavia, afirmo e reafirmo, que vc comete alguns equivocos bastante preocupantes sob a perspectiva academica

Eu posso dizer a mesma coisa sobre sua perspectiva da coisa toda. Porque no fim embora eu realmente tenha me formado em administração agora, é algo que trabalho desde que me entendo por gente. E algo que vem se tornando a obsessão da minha outra formação, já que o setor da construção civil é um dos mais atrasados nesse processo e tem corrido contra o relógio de 15 anos pra cá.

rsf
Veterano
# jan/10 · Editado por: rsf
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nichendrix


Já que você quer livros, eu recomendo começar pelo Teoria Geral da Administração do Maximiano

tu não le o que eu escrevo, criatura? hehehehhe
le o meu post anterior a esse e depois conversamos...

Tivertimailaif
Veterano
# jan/10
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Bom, uma uita handmade, no seu gosto, até uns 5000,00 ta em bom valor, acho que compensa.

rsf
Veterano
# jan/10
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nichendrix

beleza, nichendrix..deixa pra la..

Jinkxs
Veterano
# jan/10
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MauricioBahia

Não li o tópico todo (putz 9 páginas....) mas vou deixar minha visão:

Qualidade, por definição, significa atributo. Ou seja, uma Tonante tem tanta qualidade quanto uma PRS.

Não infartem ainda galera..... vou explicar:

Os atributos (ou qualidades) que uma Tonante possui são proporcionais à exigência do público-alvo a qual ela é destinada. O mesmo vale para a PRS ou qualquer outra marca, e também para qualquer produto.

Então, se eu quero trabalhar um nicho de mercado, vou vender um produto que seja compatível com as necessidades desse nicho por um preço dentro da realidade deste nicho, levando em conta também qual o volume (escala) de vendas que pretendo realizar.

Quando entramos no universo das marcas, soma-se a essa equação os valores, sentimentos e principalmente o status que a marca agrega ao produto, pois hoje sabemos que o consumidor considera aquilo que usa, veste, come, etc... como uma extensão da sua própria personalidade e/ou individualidade.

Isso no universo da guitarra traduz em um mercado altamente emocional, com valores muito subjetivos, onde marca, status, exclusividade, customização, etc.... tem valor muito mais significativo do que o objeto físico em si.

Por isso, uma guitarra de qualidade é aquela que preenche as necessidades de uma pessoa, não só em relação ao timbre (que é um conjunto de fatores), ao conforto, à construção, etc... mas também à sua expectativa de complementar sua própria personalidade e individualidade.

Quanto ao que se aceita pagar por isso???? Depende.... qual seu nível de renda???

Jinkxs
Veterano
# jan/10
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MauricioBahia

Pô cara.... virou moderador quando????

Beleza aê..... só num vai fechar meu tópicos falou???;b
No mais.... bom trabalho.

nichendrix
Veterano
# jan/10 · Editado por: nichendrix
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rsf
tu não le o que eu escrevo, criatura? hehehehhe

Leio, tu postou enquanto eu escrevia...hehehehhehe

Mas vamos só pra mais um round. Nesse tópico, até agora cada um definiu o que é um instrumento de qualidade, poucos foram os pontos que todos concordaram. E quase sempre eles foram boas madeiras, boas ferragens, boa captação, afinar e se manter afinado e oitavado. Pra uns, tinha que ter neck through pra outros set neck, pra outros tanto faz, pra uns foi com captação de alto ganho, outros de baixo ganho, pra uns era uma Strato, pra outros tinha que ter humbucker, pra uns tinha que ser Fender com padrão de qualidade padronizado, pra outros tinha que ser de luthier e totalmente personalizada.

Cada um deu uma definição do que pra sí é qualidade. Se você fosse produzir uma guitarra de qualidade para quem postou nesse tópico, qual seria sua decisão na hora de definir o projeto, a tal parte que você afirma que é absoluta da qualidade??? Você acha que satisfaria as necessidades de todos nesse projeto???

Ou será que você concorda comigo que vc ia ter que fazer umas 10 guitarras diferentes, sendo a mais simples na casa dos 700 reais e a mais sofisticada acima dos 6mil????

Se a qualidade é imutável, porque teriamos que fazer tantos instrumentos diferentes??? Porque não fazer um com a qualidade tão absoluta que todos iriam achar satisfatório???

Enfim pra mecher com tua percepção, porque eu e tu dizemos que Fender tem qualidade e no outro tópico um monte de gente discordou de nós dois, inclusive o Bertola???

MauricioBahia
Moderador
# jan/10 · Editado por: MauricioBahia
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Jinkxs

;-)

Abs

[edit] hoje

nichendrix
Veterano
# jan/10 · Editado por: nichendrix
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MauricioBahia

Ei onde foi essa promoção aí, eu quero tb, tá de R$ 1,99???

hehehehehehehhe

De qualquer forma: parabéns.

ogner
Veterano
# jan/10
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MauricioBahia
Moderador


Agora vai!!!!!!....Ih, desvirtuei, fod#$%!!!

Parabéns

rsf
Veterano
# jan/10 · Editado por: rsf
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nichendrix


Se a qualidade é imutável, porque teriamos que fazer tantos instrumentos diferentes??? Porque não fazer um com a qualidade tão absoluta que todos iriam achar satisfatório???

pow, nichendrix, é por coisas como essas que eu falo que vc dá umas pisadas preocupantes....po, vc é um administrador, não deveria, sequer fazer essa pergunta a um colega...
a resposta a essa pergunta é obvia, e não tem nada a ver com QUALIDADE mas com nicho de mercado, colocação, competição...e é todo aquele blá, blá que vc muito bem sabe qual é .....veja o caso dos automóveis, nichendrix...

nichendrix
Veterano
# jan/10 · Editado por: nichendrix
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rsf

Cara, na boa...

Tu já discordou do dicionário, dos teóricos, de todo mundo.

Tu insiste em um único ponto, a qualidade é dissociada da adequação ao uso e da percepção do cliente. Tudo bem, eu sou projetista, enquanto arquiteto é isso que eu faço, e sei que existem aspectos em qualquer projeto de qualidade, que independem de cliente ou do uso, que são definidos apenas pelo projeto.

No meu entender, da mesma forma que existem esses pontos comuns a todo projeto de qualidade, existem 1001 outros pontos onde a qualidade só existirá, caso eu pergunte pro cliente qual a necessidade dele e tente adequar meu projeto a ela.

É disso que você vem discordando, desse carater subjetivo e muitos dos aspectos da qualidade e mais de uma vez insistiu que ela independe do uso que vai ser feito do produto e da percepção de quem vai usar, pois segundo você mesmo, a qualidade independe disso.

Eu apontei que os teóricos discordam disso, eu apontei que até o dicionário e a definição de qualidade discordam disso, já que todos atrelam a qualidade à satisfação das necessidades do cliente.

Então já que você diz que qualidade é algo que independe da percepção do cliente e da satisfação das necessidades do mesmo, portanto de sua adequação ao uso. Acredito que é você quem deva formular porque todo mundo está errado.

Eu não estou brincando com minha profissão ou pisando na bola como você acha, eu estou o tempo todo questionando um posicionamento seu, pedindo que você explique porque seu posicionamento é contrário.

Aqui eu faço uma analogia a um questionamento seu, você disse que todo mundo que diz que Fender não presta é incapaz de apontar um defeito em uma American Standard pra provar seu ponto.

É exatamente isso que você está fazendo, você está afirmando o tempo todo que qualidade é algo inerente ao produto e que é dissociada da adequação ao uso e da percepção do cliente. No entanto você não consegue embasar isso em nada. Tu não consegue explicar porque tu acha que é assim, e não consegue nem mesmo mostrar quais as bases que te levam a achar que é assim.

Eu dei minha opinião, eu fundamentei ela tanto na minha experiência pessoal quanto nos estudos de outros, eu até me dei ao trabalho de citar alguns autores que me levaram a formar esta opinião, que não é sem criticas ao trabalho deles, mesmo que em linhas gerais sejam convergentes.

Até agora o que eu espero é que você possa ao menos verbalizar porque teu conceito é diferente, mas de uma forma coerente, e não uma forma que assuma o tempo todo que eu perceba algo que está claro que eu não vou perceber sem vc explicar.

E me desculpe meu amigo, essas perguntas que você diz que não tem haver com qualidade, foram adaptações de duas perguntas feitas em um livro sobre qualidade, justamente pra iniciar a discussão sobre se a qualidade é inerente apenas ao produto ou não.

EDIT: No fim o mais engraçado é que eu entendo o que tu quer falar, o problema é que na hora de expressar, você expressa isso como sendo qualidade, e não é, é apenas uma confusão entre o que é qualidade e alguns dos fatores que com ela se relacionam, como projeto, especificações, valor agregado, satisfação.

Você vê essas coisas como coisas que não se misturam, mas na noção de qualidade elas se misturam, elas são interdependentes e não independentes entre si.

Jinkxs
Veterano
# jan/10
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nichendrix
rsf

Desculpem me intrometer no diálogo entre vocês.... mas é que tenho a impressão, lendo os últimos posts, que vocês estão discordando sobre a questão, mais por um problema de comunicação, do que sobre o conceito em si.

rsf
Veterano
# jan/10 · Editado por: rsf
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nichendrix, em primeiro lugar meu ponto de vista é bem claro...

qualidade é uma coisa, adequação é outra...
embora nao tenha recorrido à literatura, autores e o escambau, até porque acho um exagero, deixei isso bem claro nos meus posts anteriores, inclusive com a devida fundamentação minha visão sobre qualidade no que se refere à guitarras.... E vc entendeu, tanto entendeu que discorda do que eu digo...Nichendrix, a questão toda é de perspectiva...
a sua perspectiva é, digamos, "macroeconomica", no frigir dos ovos a tua perspectiva é a perspectiva do sujeito que produz a guitarra...a minha é a de quem usa a guitarra...se não me engano o edalko ou ogner já haviam dito isso...e é isso o que eu discordo de vc.. é vc insistir nessa perspectiva...essa visão academica e "grandiosa" para abordar uma pergunta tão simples quanto à proposta pelo bahia, no meu entender é um exagero contraproducente..vamos chegar aonde abordando o tema da forma que vc propoe? a lugar nenhum...a tua abordagem dá xeque-mate no tópico...porque do jeito que vc propoe, tudo tem qualidade, não existem guitarras sem qualidade...porque todas de alguma forma atendem os anseios de quem produz e de quem compra...entendeu, o raciocinio? Vc não aceitar, até entendo...agora, não entender......

Zero Zen
Veterano
# jan/10 · Editado por: Zero Zen
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MauricioBahia
Moderador


Nojento !

Que luxo ! Comprou pelo E-Bay ? Quanto você pagou ? Pelo Pay Pal ?

Agora de emprego novo vai dar para comprar o tão sonhado Klon Centaur ?

nichendrix
rsf

A única coisa que eu acho difícil de compatibilizar com o conceito de qualidade que abarca a percepção do consumidor como um dos seus elementos constituintes, é que a percepção pessoal está longe de ser uma medida exata, mensurável e passível de avaliação concreta.

Por exemplo, a percepção de qualidade é absolutamente moldável e, através de uma campanha de marketing, poder-se-ia dizer que o ruim é bom e portanto, convencer a maioria que qualidade é aquilo que dura pouco, vendendo assim a idéia de um instrumento quase descartável. - A substituição freqüente leva ao comércio e a criação de riqueza - Criação de riqueza é boa e desejável - Instrumento descartável possui qualidade !

Através da manipulação da percepção o produto pode modificar de qualidade, sem ter mudado em absolutamente nada.

Como é que fica ?

Manubio
Veterano
# jan/10
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Sei lá, eu acho que minha tagima JA-2 tem mais qualidade que uma Fender Mexicana no momento, depois de eu colocar uma gotoh e captadores malagoli.

MauricioBahia
Moderador
# jan/10
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ogner
nichendrix
Zero Zen

O E-Bay é lindo! ehhehe

Abs


Desculpem me intrometer no diálogo entre vocês.... mas é que tenho a impressão, lendo os últimos posts, que vocês estão discordando sobre a questão, mais por um problema de comunicação, do que sobre o conceito em si.

Eu acho isso também. São muito posts e só na escrita, as vezes a língua fica traiçoeira!

Abs

The Root Of All Evil
Veterano
# jan/10
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MauricioBahia

Eu acho isso também. São muito posts e só na escrita, as vezes a língua fica traiçoeira!


Ainda mais com o nichendrix escrevendo um livro por post.

De Ros
Veterano
# jan/10 · Editado por: De Ros
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nichendrix


Cara, só para constar, fiquei impressionado com a qualidade dos teus posts! Hehehehe!
Concordo plenamente com essa coisa de que a qualidade é algo que difere de pessoa para pessoa. E esse sublinhado já serve como indicativo...



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Até nos pontos em que todo mundo concorda, ainda assim temos controvérsias, como no começo da discussão, onde todos falaram que uma semi-acustica, apesar da qualidade, não serviria para heavy-metal.
Dai tu assiste o DVD do Racer-X e vê que o Paul Gilbert não concorda.
E quando todos foram unânimes ao falar que madeiras boas são indispensáveis, que fazemos, jogamos fora as Danelectro? Afinal, são feitas de uma coisa que nem sei o nome, mas parece eucatex (aqueles forros de estúdio). Então o Jimmy Page não sabia das coisas?

Todo mundo (inclusive eu) falou que para ter qualidade tem que segurar a afinação. E para aqueles orientais que escutam músicas que não seguem o padrão ocidental (criado por Pitágoras, se não me engano) de dividir uma escala em doze semitons? Uma guitarra temperada (com trastes) é simplesmente inútil! Estou falando de boa parte da população da terra.

Eu, por exemplo, além do meu trabalho como guitarrista, tenho entre várias outras coisas, um trabalho de compositor de trilhas sonoras. Nesse trabalho, já usei algumas coisas diferentes, como um piano de brinquedo desafinado, por exemplo. E já "estraguei" propositadamente alguns sons para ter um aspecto "low-fi" que era o que eu precisava naquele momento.

Gosto muito (adoro) o trabalho do Ennio Morricone. Na trilha do filme "Era uma vez no Oeste", depois do solo de harmônica, entra essa guitarra com um Fuzz terrível, com o um gate fechado e com o controle de bias no mínimo (ou era simplesmente um Fuzz com uma bateria podre). Depois entra a mesma guitarra, agora com uma bateria nova no Fuzz.

Achei a musica no YouTube. Para quem estiver curioso, aqui vai:



Se usado em outra coisa, seria um timbre bem estranho de guitarra.
Nessa situação, aos meus ouvidos, soa como uma das coisas mais geniais que já ouvi, fazendo com que um instrumento moderno e agressivo se adequasse a uma trilha de um filme de época.

Esse som de guitarra, tem qualidade? Se alguém postasse esse timbre numa jam aqui, seria considerado "de qualidade"?

Minha conclusão (obviamente, algo pessoal, e nunca uma verdade para todos) é - qualidade e adequação, seja ela financeira ou artística, se confundem e são conceitos pessoais.

Eu não sou melhor do que ninguém. Meu gosto não é melhor que o gosto de ninguém, Se eu vejo qualidade no Ennio Morricone e outra pessoa vê qualidade em algum artista pop que só conhece dois acordes, isso só significa que temos um nível de conhecimento diferente. Só isso, e nada além disso.



Abraços!!

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