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Gabriel Simões Veterano |
# fev/06
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Epa! o lightwave trabalha com a vibração das cordas, que é diretamente influencia pela vibração da madeira, e sendo assim o timbre vai de acordo com o instrumento. E a peça de maior influencia no timbre do instrumento é o braço.
Então camarada ... existe muita coisa entre as cordas e os ouvidos, e o começo e a principal delas é o braço do baixo, tenha certeza disso.
E se a gente pensar assim, vamos todos fazer instrumentos de qualquer coisa e pensar no fim da cadeia, onde podemos processar o sinal e tudo se resolverá. Melhor não ? assim todos podemos tocar com baixos de 300 reais e tudo esta resolvido ...
Esse não é o caminho ...
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Gunther Veterano |
# fev/06
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Gabriel Simões
Não interessa.
O importante é que ele é o primeiro e vai acabar ocorrendo uma corrida para ver quem acerta um instrumento desses.
O Steinberger era de fibra de carbono e tem seus fãs. Não que dizer que o Light Wave tenha condições ou não de ser a salvação num baixo desses.
É como uma tese de doutorado em exatas: algumas mostram o caminho a ser seguido; outras mostram o caminho a não ser seguido.
A madeira nunca foi indicada para a construção de instrumentos de precisão e quando vc quer tocar com as cordas quase encostando na escala não há material mais instável que a madeira. Não serve para barramentos de torno mas serve para braços? Sim, por causa do maldito timbre, mas é só questão de tempo.
Existem escalas de fibra de carbono, existem braços e instrumentos completos, também existiram braços de alumínio e alguém vai acertar uma máquina dessas, ou pelo menos vai gastar muito tempo tentando.
No site do sujeito tem umas fotos do Victor Wooten examinando o baixo.
Muitos dos baixos usados por bandas famosas dos anos sessenta eram umas bombas. Aquele baixo menor que está no site (não o que é usado com slap) parece ter um som bem melhor.
Esses baixos ainda são quase protótipos e é muito cedo para colocar uma pá de terra em cima, por mais que os construtores mais acomodados torçam para que isso aconteça.
É só ter calma e acompanhar.
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Gabriel Simões Veterano |
# fev/06
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Vamos la ..
Primeiro:
O sistema Light Wave não salva nada .... a grande idéia do light wave não é melhorar timbres de instrumentos e sim acabar com o ruído existente em captadores eletromagnéticos, e possibilitar o uso de cordas que não obrigatoriamente teriam algo de metal.
Existem diversos instrumentos com braços que não são de madeira, fato, e o timbre de muitos agrada. A modulus ta ai ate hoje, firme e forte. A questão que eu levantei é que ele usou peças de madeira pra fazer um mosaico e gerar a escala, e que aquilo interfere no timbre, e também na estabilidade. Não quis dizer que o timbre é melhor ou pior... e isso é questão de gosto ....
Se o victor wooten tava testando o baixo, legal pra ele .... valor de instrumento pra mim não vem de quem usa, e sim do som e da tocabilidade que proporciona.
Em momento algum eu tentei jogar uma pá de terra .... so quis levantar questões que considero interessantes e delicadas sobre um projeto como esse .... isso aqui é um forum, e não vejo lugar melhor para discutir coisas assim.
E vou dizer mais, não acho que timbre seja o maior problema do projeto, .... pra mim o maior problema é tocabilidade e estabilidade ... ok ? releia meus posts ...
E só uma opinião .... não acho que materiais sintéticos consigam tomar o lugar da madeira na construção de instrumentos musicais ... não só instrumentos de corda, mas sopro e percussão .....
Gabriel
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Gunther Veterano |
# fev/06
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Onde está a imensa base instalada do Light Wave para se afirmar tanto? Até a ponte é exclusiva. Muito do que se conhece do sistema vem do próprio site do fabricante.
Pelo jeito ninguém usa por aqui:
http://forum.cifraclub.com.br/index.php?action=vthread&forum=2&t opic=122666&page=-1#7
O que acaba mesmo é a festa de margens de contribuição dos instrumentos comuns.
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Gabriel Simões Veterano |
# mar/06 · Editado por: Gabriel Simões
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Sinceramente, não entendi o seu último post.
O lightwave não é novidade, o primeiro sistema de captação "optica" foi mostrado no namm de 69 (Chicago) por Ron Hoag ...
Tende a ser mais flat que qualquer captador eletromagnético, e dessa forma a sua maior influência tonal é o material utilizado na construção do instrumento ...
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Gunther Veterano |
# mar/06
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E já tem processador com fibra ótica... já pegou num desses?
Vídeo laser apareceu numa revista Manchete em agosto de 1980, quanto tempo levou para chegar ao público? Chegou aqui? Durou quanto tempo?
Com Light Wave ou sem light wave, uma fração do dinheiro que as fábricas enterram em marketing resolve qualquer problema de timbre.
Veja o que é um luthier desesperado:
http://www.edromanguitars.com/tech/stainlessfrets.htm O sujeito não quer trabalhar com inox, acostumou-se a trabalhar com latão, que é moleza, agora fica amaldiçoando o inox e inventando desculpas sem pé nem cabeça.
Eu não preciso que vc entenda qualquer coisa que eu coloque, evidente é que vc é tão chato quanto eu.
Ainda vai acabar essa mania de botar jacarandá no chão só para tocar um instrumento elétrico.
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Gabriel Simões Veterano |
# mar/06
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E já tem processador com fibra ótica... já pegou num desses?
Vídeo laser apareceu numa revista Manchete em agosto de 1980, quanto tempo levou para chegar ao público? Chegou aqui? Durou quanto tempo?
Amigo, o sistema lightwave ta ai pra qualquer um comprar. Já é disponibilizado pela imensa maioria das "grifes" de baixo do mundo, como zon, fbass, ...
No site do fabricante tem uma lista enorme de revendedores caso você queira comprar.
Com Light Wave ou sem light wave, uma fração do dinheiro que as fábricas enterram em marketing resolve qualquer problema de timbre.
Novamente discordo. Acredito que você fala por você quando afirma isso, já que eu não compro instrumento por marketing e sim por timbre, tocabilidade, visual e preço.
A questão dos trastes inox já levantou um monte de opiniões divergentes mundo afora, como os trastes que a warwick fazz, os bellbrass ... (acho que o nome é esse), isso é uma questão de gosto e cabe a cada um escolher. É fato que trastes de aço vão amassar cordas de nickel mais rapidamente e diminuir a vida útil da mesma, além do desgaste de ferramentas (não sei se chega ao ponto que ele afirmou). É fato também que, como desgastam a corda mais do que esta os desgasta, vão durar mais. Quanto a timbre, nunca usei então não posso afirmar.
Acredito que todo mundo que posta aqui quer ser entendido, e não me considero chato nesse aspecto, tenho minhas convicções e as apoio até que alguem me convença que estou errado.
E quanto ao jacarandá .... uma das poucas coisas que o próprio ibama ainda aceita é que se utilize madeiras nobres para instrumentos já que elas afetam diretamente o timbre e o uso para construção de instrumentos de forma não industrial não causa problemas a mata.
ok ? abraço ...
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Gunther Veterano |
# mar/06 · Editado por: Gunther
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Um clipe bem tosco, feito com um amplificador comum mas... qual o problema com o som?
http://207.245.246.245/images/vkpb.wmv
O baixo do sujeito já tem bom som.
Por permutação, com tantas possibilidades de captação, corpo, braço, escala e trastos, fica meio difícil não achar um som que agrade. Inclusive, e eu só notei hoje, o cara usa um material amarelo nos trastos do baixo, é um convite ao desastre mesmo. Ainda que ele use aço nos trastos, sem temperar eles acabarão amassados em alguns meses e o sistema vai parar. Pelas fotos parece que eles estão montados em buchas. Pronto: é o tipo da coisa que para a Giannini não interessa e para o Luthier é impossível. O Luthier trabalha com precisão de marcenaria, nunca pensa em dois centésimos de milímetro. Esse baixo não será nem um nem outro, mas uma floyd rose também acaba com outras possibilidades de pontes. OK, o braço é mais importante que a ponte... é como turbo e ABS. Turbo era fácil, daí ter surgido meio século antes.
Não há nenhum desenho por lá, quem sabe no banco de patentes até seja possível saber até onde o braço dele é sólido. Se ele pediu patente uma vista explodida tem que estar disponível. ***a escala da guitarra dele é de "graphite" (não dá para saber se é injetada, moldada em epóxi, se é carga ou se é manta - viadagens da fibra de carbono, material lançado em 1959 mas que doura qualquer pílula).
Há outra possibilidade, uma coisa que eu "inventei" trinta anos depois de lançada: um braço de metal. O tal baixo machado do Kiss era um Kramer com braço de alumínio. Esses instrumentos deixaram de ser produzidos por causa do preço mas na impossibilidade de se fazer braços rígidos com o mecanismo de rotação dos trastos... dá para tentar. Tem gente que faz braços de alumínio hoje sem escala de madeira, eu achei pelo google.
Para terminar de ferrar com o ar bucólico da luthieria ainda posso sugerir um braço de policarbonato com carga de fibra de carbono e insertos de aço para sustentar a mecânica. Paradigma completo! Uma pistola Glock: esqueleto de aço estampado com polímero para dar forma, um gatilho de 1908, trancamento de 1900 melhorado em 1925 e repensado pela SIG nos anos sessenta. Nada de realmente novo, mas é a melhor do planeta.
Tá bom. Ficou tão complexo que nem um americano conseguiria fazer; aqui no Brasil então, nem pensar, eu não consegui um orçamento para centro de usinagem de coisa bem menos complexa mesmo com a Giannini esperando para ver os protótipos...
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