Ismah
Veterano |
# fev/16 · Editado por: Ismah
Pessoas eu tenho a filosofia, de que aprender a "programar circuitos" em blocos, é mais fácil. Então vou começar a postar partes de circuitos, a ideia é que seja um por semana, mas nem sempre é tão fácil.
Não sei se o fórum tem interesse nisso, mas eu não me contento a clonar circuitos, e sou pão duro demais pra pagar 100 reais num circuito de 5, numa caixa de 20. E quero disseminar essa ideia.
Um Diret Box, DI para os íntimos, surgiu na década de 80, mas o conceito já era usado em fontes desde pelo menos 1950-60.
Nada mais é que um circuito que "converte" o sinal desbalanceado, em balanceado. Para isso ele usa um trafo 2:1-1, onde o tap central é o negativo, e as pontas são o sinal + e sinal -.
DI Básico
Porém, o modelo acima pode gerar loops de terra (ground loops), pra quem não conhece segue o link https://youtu.be/jSA2F1AwboU?t=106
Para solucionar isso se instala uma chave que interrompe o contato, caso ocorra.
DI com chave Lift/Ground
Ainda há mais um porém, entradas balanceadas aceitam apenas, sinais de microfone! Mas o que é isso?
Primeiramente é preciso entender que quanto mais próxima a impedância de saída, da de entrada do próximo estágio, mais e melhor transferência de energia teremos.
Por isso que se coloca cargas (falantes ou arranjos) de XΩ em amplificadores com saídas XΩ. Nada impede de colocar uma carga com maior impedância (Y*XΩ). Cada vez que se dobra a carga, temos como resulta cerca de 40% menos potência, com certa linearidade de timbre.
Mas isso em sinais de baixo nível não é legal. Porque quanto menor a transferência, menor será a relação sinal/ruído - este ruído vem de transiências do ambiente (RF, magnetismo/indução) e do circuito (ground loops).
Na foto o exemplo de relações S/N (signal/noise) ou S/R (sinal/ruído), em sinais (senoidais) de boa e má qualidade.
Senoidais e ruído (créditos fórum Som ao Vivo)
Existe uma falta de padronização nos níveis de saída dos periféricos (guitarra nem se fala). Assim, se tem dois tipos de sinais emitidos:
LINHA ou LINE - Alta impedância e baixa sensibilidade, geralmente na ordem de kΩ. Produzem sinais entre 0,245V a valores de vários Volts. Um teclado eletrônico ou uma guitarra com pedaleira pode produzir até 5V na sua saída de áudio, valor este que depende da implementação que o fabricante deu ao seu equipamento.
Em amplificadores DE INSTRUMENTOS se referem como LOW (pensando em impedância) ou HIGH (pensando em sensibilidade), sempre verificar o projeto.
Geralmetne recebem o nome de 0dB ou +4dB, mas não é via de regra.
MICROFONE, MICROPHONE, ou apenas MIC - Baixa impedância, altíssima sensibilidade, impedância na ordem de Ω (curiosamente se convenciona geralmente 600Ω). Tem tensões de sinais entre -52dBu a -10dBu (dBu = medida de tensão elétrica na cada dos miliVolts). Isso representa valores de 2miliVolts (0,002V, se preferir) a até 245mV (0,245V), e é conhecido como “nível de microfone”.
Saídas assim são geralmente chamadas por -10dB.
Por isso precisamos atenuar o sinal de TODOS os instrumentos que não são captados por microfone ou processados em um periférico que tenha saída na ordem de -10dBu. Para isso se implementa um divisor de tensão simples ou uma resistência em série (vulgo pot de volume).
Logo podemos colocar um potenciômetro na entrada, criando um divisor de tensão com um resistor. Existem várias maneiras dessa montagem acontecer. Quem quiser calcular a atenuação, é fácil.
A conta fica dB = 10 * Log * (Uin/Uout).
Uma delas está na imagem que segue, a atenuação vai de -15 a -25dB (-14,08 a -25,64dB na verdade). Isso significa que sai de 71% a 39% do sinal que entra. Dá para ir além e aquém, mas a maioria apenas atenua -10dB. Basta alterar o valor de R1, quanto mais alto ele for, menor será a atenuação.
Di com atenuação variável (próprio para instrumentos)
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