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JeffZappa Membro Novato |
# nov/15
Fala, galera. Eu já li bastante sobre o uso do reverb e acho que até estou usando melhor hoje. Mas tem uma coisa que até hoje não consegui sacar totalmente: Como fazer uma mixagem com MUITO reverb sem embolar tudo e ficarem aquelas sobras escrotas e tudo mais. Mesmo equalizando o reverb e diminuindo a cauda, sinto que tenho que fazer a escolha entre uma mix com pouco reverb e nítida, ou com muito embolando em algum ponto. Um exemplo do que entendo como muito reverb:
Reverb em tudo, bem profundo, mas sem perder a nitidez em nada.
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Ismah Veterano |
# nov/15
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Não é reverb, é delay extremamente rápido.
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kazu keyboard Veterano |
# nov/15
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trabalhe com reverb em um bus, soque o reverb no maximo mas trabalhe com um decay mais rapido tambem. Dose o que vai mandar para o bus, graves vão embolar muito entao mande pouco os instrumentos que tem muito grave. E ai vai subindo fader do bus até chegar num ponto onde voce senti o reverb mas nao altera a definição da musica.
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JeffZappa Membro Novato |
# nov/15
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Ismah
Já li gente falando sobre usar delay e não reverb em alguns casos e tal, pra ajudar a não embolar. Mas isso se aplica a tudo? Guitarra, voz, bateria? E outra, um delay extremamente rápido dá essa profundidade toda? Sempre penso em delay rápido como um slapback, algo assim. Que é um tipo de delay sem tanta profundidade assim.
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JeffZappa Membro Novato |
# nov/15 · Editado por: JeffZappa
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kazu keyboard Essa do decay mais rápido é boa mesmo, tenho feito experiências assim. Mas mesmo com algum ambiente maior, tipo hall com o decay rápido, não fica essa profundidade toda.
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Ismah Veterano |
# nov/15
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JeffZappa
O que você está ouvindo é quase um dub rock... Dá uma sacada do dub original...
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kazu keyboard Veterano |
# nov/15 · Editado por: kazu keyboard
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JeffZappa prolongue o decay então, faz um low cut e comprima um pouco o canal do reverb, sera q não da certo?
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Wade Membro Novato |
# nov/15
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JeffZappa um delay extremamente rápido dá essa profundidade toda?
Dá, se você configurar o número de repetições. Slapback é um delay com pouca repetição. Se colocar muito, tendendo ao infinito, dá esse efeito canyon aí. Procure um delay que tenha esse tipo de controle.
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Wade Membro Novato |
# nov/15
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E consigo uns resultados bons quando preciso de muuuita reverberação comprimindo o reverb. 5:1 com ataque rápido e release lendo já resolve pra mim. Mas de leve, sem exagerar no threshold.
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JeffZappa Membro Novato |
# nov/15
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Ismah
Essa onda de reverb mesmo.
Wade
A parada do número de repetições faz sentido mesmo. Vou testar isso e a parada da compressão no reverb. Já deu uma luz.
Valeu pela ajuda, galera.
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kazu keyboard Veterano |
# nov/15
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JeffZappa eu acho q a compressão ja vai trazer um resultado bom, Vamos ver se chega ao que voce deseja. Mas lembre, trabalhe com bus
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Casper Veterano
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# nov/15
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Caro JeffZappa:
Em linhas gerais (opinião do Véio, que envolve meu gosto pessoal):
Reverb em no bumbo e no baixo = zero. Na pior das hipóteses = quase inaudível.
Simplificando: Reverb não é um remédio para melhorar a mixagem. No máximo para uma envernizada ou em uma caixa, para dar uma colorida na coisa. Grandes produtores não usam reverb - Rick Rubin, por exemplo.
Ouça aqui, que belo vocal crú:
Outro bom exemplo:
Reverb afasta a presença da música.
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Wade Membro Novato |
# nov/15
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Não poderia concordar mais. Sou um detrator do reverb, por assim dizer. Também tenho essa tendência a preferir a coisa mais "seca" mesmo. Na cara. Diretão.
Não sei. Eu sou dos que preferem infinitamente o som de estúdio ao som ao vivo. O reverb serve, dentre outras coisas, justamente pra emular um ambiente. Deixar a gravação mais "natural", como ouvir a banda ao vivo.
Sempre prefiro usar delay seco quando for o caso. Uso reverb na verdade meio que por "convenção". Por pressão da comunidade de que se "tem" que usar hehe.
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Ismah Veterano |
# nov/15
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JeffZappa
Não é reverb, é delay... Isso é dub reggae, nada mais que remixagens (feitas com discos!) do roots reggae. Dá uma pesquisada sobre o uso do delay por Dj's, tem um material bem difundido, já que todo mundo sabe brincar de jukebox...
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JeffZappa Membro Novato |
# nov/15
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Casper e Wade
Eu curto bastante essa estética das músicas postadas. Mas é uma questão específica de um estilo de mixagem, não uma regra geral pra todas as minhas mixes. A minha questão é sobre o uso do reverb como recurso estético mesmo haha. Eventualmente gravo voz e violão e nesses momentos me inspiro num estilo de mixagem próximo da galera do folk, aí a coisa muda completamente hahaha. Mas surgiu essa questão do reverb porque observo algumas mixagens, principalmente de rock psicodélico, experimental, etc (os estilos que mais toco) e vejo que a galera enfia reverb pra cacete e a coisa não embola. Geralmente opto por deixar a música mais seca (o que é legal também) por não sacar tão bem como deixar esse "reverbão" sem embolar nada. Um outro exemplo do que tô falando:
Ismah Vou procurar sim, valeu pela dica!
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Ismah Veterano |
# nov/15
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JeffZappa observo algumas mixagens, principalmente de rock psicodélico, experimental, etc (os estilos que mais toco) e vejo que a galera enfia reverb pra cacete e a coisa não embola
Porque o rock psicodélico bebeu no dub! Arrisco a dizer que o rock psicodélico, surgiu da mistura rockabilly, country e reggae, principalmente o dub!
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Casper Veterano
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# nov/15
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Caro Ismah:
Tenho uma teoria sobre o DUB, que gostaria de demonstrar. Eu penso que o gênero é ligado diretamente a um equipamento: Roland RE-201 Space Echo. Esse reverb/delay é uma combinação de reverb de mola estranho com delay de fita de 3 cabeças.
O reverb é estranho, em forma de Z, com um ganho que pode fazer a mola vibrar muito mais que o normal:
http://smg.photobucket.com/user/Saturnine10/media/IMG_1231.jpg.html
O gravador tem um pré amplificador que faz saturar a fita também de forma bizarra:
http://www.jorgezorro.com/piwigo/_data/i/upload/2013/01/18/20130118164 820-a1062a90-me.jpg
A junção desses dois defeitos criou o som típico abaixo:
Esse som saturado é a essência do gênero, em minha humilde opinião. Fiz então uma brincadeira aqui, com um RE-20 (não tenho o Roland Original):
https://app.box.com/s/6xa9dxg1g4rjd4vnh44qvdg8akbjqjbf
00:00 bateria sem bumbo e sem efeitos 00:15 ligo o reverb e vou até a saturação 00:46 entra o delay e combinações com e sem reverb 01:30 entra o bumbo sem reverb 01:40 entra o baixo sem reverb 02:30 coloco reverb em tudo, destruindo a mix 03:00 volta o bumbo e baixo sem reverb 03:29 sem reverb e sem delay
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Wade Membro Novato |
# nov/15
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Casper Muto bom, hein.
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JeffZappa Membro Novato |
# nov/15
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Casper
Que maneira a explicação e o som haha.
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Ismah Veterano |
# nov/15
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Casper
Sou apaixonado pela série RE!!! Começou por causa de uma banda que eu sou fã e o guita usa um no DVD...!
Se encontrasse um eu pegaria, mas geralmente a fita tá na capa da gaita, e para substituição custa caríssimo.
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Casper Veterano
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# nov/15
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Caros Wade e JeffZappa:
Obrigado. A gravação foi improvisada mas acho que deu para mostrar o ponto.
Caro Ismah:
Eu nunca vi um Roland RE na minha frente, mas também sempre fui fascinado por essa sonoridade. Tanto que comprei um RE-20 (BOSS) que é basicamente o único efeito que adiciono em minhas brincadeiras.
Concordo que o original é complicado: caro, manutenção complicada e tem um ruído de fundo maior que o desejável. Mas fez história.
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Casper Veterano
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# jan/19 · Editado por: Casper
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Quatro anos depois desta postagem, acho que aprendi mais umas coisinhas.
Durante muito tempo o Space Echo foi meu único efeito. Ele é muito bacana mas tem suas aplicações e limitações. Nunca vou me desfazer dele porque ele tem uma sonoridade que não é encontrada em nenhum outro lugar.
Demorei bastante para entender porque o reverb do Space Echo não encaixa em muitas coisas, e a resposta é:
- O reverb dele não tem pre-delay.
Pesquisei e comprei um rack de efeitos especializado (só delays e reverbs).
Depois de muitas experiências empíricas, veio a luz: O pre-delay é a chave para fazer o reverb entrar na mix sem f*d&r ela inteira. E para existir um sincronismo, por exemplo em um reverb curto, pode-se somar o tempo do pre-delay + tempo da cauda para ser, por exemplo, 1/4 do compasso da música, essencialmente o que se faz com o delay.
Mais um truque sujo: jogar o reverb (e só ele, sem o som original) em um compressor faz, por exemplo, um room reverb parecer muito maior, sem mexer no tamanho da cauda.
Fazer a mesma coisa com um expander causa o efeito contrário - diminui a sensação do tamanho da reverberação.
Dito isso, confesso que tenho usado hoje em dia mais reverb que a 4 anos.
Demorei para aprender.
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Ismah Veterano |
# jan/19
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Antes tarde do que nunca...
O pré-reverb, é a contagem do tempo que as reflexões levam para ir da fonte, até a superfície reflexiva e voltar. Algo mais próximo do natural, que dá a sensação de uma sala maior ou menor... E claro, dependendo de onde se quer chegar, as automações já existiam, e antes delas, já se fazia de modo manual.
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