Gravador de Rolo Digital?

    Autor Mensagem
    Marcus Cerutti
    Veterano
    # abr/11


    No apagar das luzes do Tributo Beatles, alguns que por lá estavam começaram uma discussão sobre a possível diferença na coloração do som quando gravado digitalmente ou num rolo magnético.

    Começou assim...

    Conversa vai conversa vem, apareceu o MauricioBahia com um simulador de gravador de rolo num outro post, chamado Extreme Punch - interessante ou não, testei de várias formas e ele não me convenceu.

    Das duas uma: ou meus ouvidos são despreparados para apreciar o efeito dele, ou o efeito dele é estranho e não desejável mesmo.

    Continuei com isso na cabeça, procurando entender o tal 'quentinho' que muitas músicas produzidas em grandes estúdios apresentam.

    Aí, abrindo a SOS de março me deparei com um simulador de Studer A800 desenvolvido pela Universal Audio... puxa vida - será que presta? A propaganda é boa:







    Mas o preço é salgado...



    Será que aí tem um caminho para deixar o som com uma coloração mais quente?

    Quem já gravou com rolo poderia comentar a diferença que existe?

    A alteração de timbre que o vídeo apresenta acontece na realidade do digital para a fita magnética?

    Minow
    Veterano
    # abr/11
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    Cara, deve ser bem legal sim! A Universal Audio faz coisas bem legais, e poxa, Studer!!!
    Nao vi o video ainda, mas eu já usei um simulador de fita da digi que era bem legal. A diferença é sutil, mas é interessante.
    Agora, claro que não é a mesma coisa que um gravador de fita de verdade.

    Tem bastante diferença sim, um cara que trabalha comigo acabou de terminar um disco que foi masterizado em São Paulo e foi todo passado numa fita de 1/2", ficou bem legal.

    Marcus Cerutti
    Veterano
    # abr/11
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    Minow
    Tem bastante diferença sim, um cara que trabalha comigo acabou de terminar um disco que foi masterizado em São Paulo e foi todo passado numa fita de 1/2", ficou bem legal.

    Pôxa, se não for segredo industrial, conta aí como foi o processo!

    Depois de mixado e masterizado o material foi gravado em fita e então retornou para digital ou as trilhas individuais passaram para fita e então voltaram ao digital para mixagem e masterização?

    Minow
    Veterano
    # abr/11
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    Marcus Cerutti
    O que eu ouvi foi em digital, após passar pela fita e ser gravado de novo em digital.
    Mas foi a master inteira que ele passou na fita.

    MauricioBahia
    Moderador
    # abr/11
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    Marcus Cerutti

    Legal!

    Tem uma demonstração aqui: http://www.uaudio.com/blog/studer-a800-tape-recorder-demo/

    Abs

    MauricioBahia
    Moderador
    # abr/11 · Editado por: MauricioBahia
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    Mas o preço é salgado...

    Entretanto, para quem deseja utilizar o software, será preciso ter no computador a placa UAD-2 DSP Accelerator da Universal Audio

    Vixi...

    Minow
    Veterano
    # abr/11
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    MauricioBahia
    Bem apontado. Que coisa mais Avid!

    Marcus Cerutti
    Veterano
    # abr/11
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    MauricioBahia,

    Entendi - tal qual como outros softwares e plug-ins da UAD, este roda sobre uma placa específica de processamento.

    Está com cara de que não é para home estúdio... o esquema começa a ficar mais $algado, não?

    Alguém já usou este sistema da UAD? Vale a pena pensar nisso?

    MMI
    Veterano
    # abr/11
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    Marcus Cerutti

    Olha... Para gravar guitarra não vejo uma diferença absurda nos gravadores de rolo. Num estúdio que eu conheço o pessoal priorizava o rolo para bateria, no video o cara fala desse plugin justo para bateria. Eu mesmo não gastaria com esse equipamento, apesar de achar legal.

    Abraço.

    nFall
    Veterano
    # abr/11
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    Eu acabei de ver esse vídeo no blog do overdubbing e ia postar justamente se existem pluigins "semelhantes" a esse Studer.

    Minow
    Veterano
    # abr/11
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    nFall
    Tem esse da Digi que vem um delay, um chorus e um simulador de fita puro.
    É legal. Não lembro o nome...

    Gilberto Juba
    Veterano
    # abr/11 · Editado por: Gilberto Juba
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    Marcus Cerutti

    Baixei o pocote da Nomad Factory (uns 40 plugins), entre eles um chamado " MAGNETIC" que me pareceu muito legal !

    magnetic

    Marcus Cerutti
    Veterano
    # abr/11
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    nFall - já vi por aí um chamado NastyDLA (free).

    Gilberto Juba
    Baixei o pocote da Nomad Factory (uns 40 plugins), entre eles um chamado " MAGNETIC" que me pareceu muito legal !
    Chegou a testar ele já?

    MMI
    Olha... Para gravar guitarra não vejo uma diferença absurda nos gravadores de rolo. Num estúdio que eu conheço o pessoal priorizava o rolo para bateria, no video o cara fala desse plugin justo para bateria. Eu mesmo não gastaria com esse equipamento, apesar de achar legal.
    Legal seu comentário, acho que eu testei o Extreme Punch de maneira errada, no bus master (parecia que o cara fazia isso no vídeo de demonstração). Vou testá-lo na bateria. Na demo que o
    MauricioBahia colocou acima, o sujeito coloca o efeito no bumbo e baixo, ou seja, nos graves.

    makumbator
    Moderador
    # abr/11 · Editado por: makumbator
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    Marcus Cerutti

    Aqui um teste(era cego, mas o cara revelou quem é quem) do plugin do Studer A800 contra um igual do Nebula:

    http://www.ultimatemetal.com/forum/equipment/644860-uad-studer-a800-vs -r2r-studer-blind-test.html


    Como comentei naquele outro tópico, esse lance de passar a mix ou trilhas separadas em rolo e retornar para o meio digital é bem comum:

    http://forum.cifraclub.com.br/forum/9/251151/p8#7363285

    O problema que os donos desses aparelhos apontam é que está cada vez mais caro e difícil a manutenção.


    EDIT:

    Para quem não conhece, aqui o Nebula(que é uma espécie de multi-plugin). O programa trabalha com impluses:

    http://www.acustica-audio.com/

    http://www.acustica-audio.com/index.php?option=com_content&view=articl e&id=11&Itemid=123

    Inclusive há edição grátis do mesmo.


    EDIT 2(A Missão):

    Há também o Magneto, que era nativo do Cubase(eu usava muito no SX3), mas que a Steinberg descontinuou na edição 5. Mas qualquer um pode baixar gratuitamenteno ftp da empresa, e usar em qualquer programa com suporte VST:

    ftp://ftp.steinberg.net/Download/Legacy_Additional_Content/Additional% 20Cubase%20SX%20Plugins/

    Escolham PC ou Mac e entrem no diretório dynamics, lá haverá o magneto zipado.

    Aparentemente, apesar de muita gente gostar do Magneto, por um problema legal com o autor eles tiveram que retirar do 5, pois ele agora integra um pacote independente de plugins:

    http://www.cube-tec.com/images/products/vpis/mastering/vpi_magneto3_bi g.jpg



    EDIT 3 (Back to Vietnam)

    Aqui um grátis interessante(só ouvi falar, não testei anida):


    FerricTDS – Tape dynamics simulator


    http://varietyofsound.wordpress.com/2009/10/29/ferrictds-released-toda y-withi-the-kvr-dc09/

    http://varietyofsound.wordpress.com/vst-effects/


    Para baixar basta ir em downloads e escolher o que quiser.

    Gilberto Juba
    Veterano
    # abr/11
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    Marcus Cerutti


    Baixei o pocote da Nomad Factory (uns 40 plugins), entre eles um chamado " MAGNETIC" que me pareceu muito legal !
    Chegou a testar ele já?


    Fiz alguns testes com a bateria do projeto, depois mando lá..
    Aliás baixei este pacote justamente para testar o magnetic, pois tinha ouvido falar bem dele..


    makumbator

    Valeu pelas indicações.. vou testar ..

    salton
    Veterano
    # abr/11
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    makumbator
    Esse FerricTDS é de qualidade, to usando ele aqui.

    Marcus Cerutti
    Veterano
    # abr/11
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    Estava pensando nesta discussão e, agora que um bocado de gente colocou opiniões, vou tentar puxar para um lado mais filosófico (nussss!!!).

    Onde está a verdade??? Onde? No digital ou no analógico?

    Explico - digamos que a idéia fosse captar e gravar o som de um instrumento de forma que pudéssemos reproduzí-lo de forma idêntica à performance ao vivo. Sei que isso não existe, mas digamos que conseguíssemos gravar um violão de forma que, de olhos fechados, não pudéssemos marcar a diferença entre o sujeito tocando e o gravado.

    Considerando os diversos comentários sobre estes simuladores de fita, que dizem que a fita dá uma certa compressão, que cria alguns harmônicos com a saturação e tal, é que me veio essa pergunta.

    Assim,

    . pode-se afirmar que o som da fita é mais bonito mas o som digital é mais próximo da realidade?

    . seria esse excesso de realidade que cria o chamado som estéril da gravação digital?

    . é para distorcer essa realidade explícita do digital que esse pessoal desenvolve simuladores de fita?

    . será Kate feliz com William?

    E volto ao ponto inicial: onde está a verdade? No digital?

    MauricioBahia
    Moderador
    # abr/11
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    Marcus Cerutti: Onde está a verdade???

    Pra mim, a verdade é que eu sou amador e não consigo distinguir uma gravação com fita ou digital! hehe

    Portando, pra minha ignorância, tá tudo lindo!

    Abs

    Marcus Cerutti
    Veterano
    # abr/11
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    MauricioBahia - como você é fraquinho.... tem que escutar mais música, pôxa vida, hein?

    (agora só entre nós, não conta pra ninguém, tá? Eu também não sinto a diferença... estou estudando e escutando muito, mas minhas orelhas não entenderam a diferença ainda hehehehe)

    Minow
    Veterano
    # abr/11
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    Marcus Cerutti
    Onde está a verdade??? Onde? No digital ou no analógico?


    No ouvido!

    pode-se afirmar que o som da fita é mais bonito mas o som digital é mais próximo da realidade?

    É exatamente igual a fotografia.

    A foto analógica é um processo físico /químico, a luz passa pela lente como numa câmara escura e fica gravada do jeito que é, o que dá uma certa textura, cor e contraste pra a fotografia dependendo das características físicas da lente e do negativo, correto?

    Uma fotografia digital funciona pelo mesmo processo, a luz também passa pela lente, mas ela é convertida em zilhões de pixels, cada um com uma cor diferente, que vistos muito de longe reproduzem a fotografia. Aí as características da foto dependem também da capacidade da câmera em processar toda a informação e transformar em zeros e uns, certo?

    Agora voltemos ao som.

    A onda sonora é captada por um microfone, transformada em sinal elétrico, passa pelos estágios de amplificação e é impressa numa fita. A onda analógica é equivalente ao negativo. Todos os estágios influenciam no resultado final, o microfone, os cabos, os pré-amplificadores, o gravador e até a fita.

    Agora no som digital é a mesma coisa, mas ao invés do som ir pra uma fita ele é convertido em zeros e uns. A onda digital é "pixelada", dividida em samples, assim como a fotografia digital. Se você der um "zoom" na onda, uma hora vai ver os pixels (samples).

    Então em teoria a onda analógica é mais fiel.
    E vem a velha história que é subjetiva pra ambos os casos:

    "A fotografia analógica é melhor porque o digital não tem aquela textura que só o negativo tem."

    E

    "O áudio analógico é melhor porque o áudio digital não tem aquela textura que só a fita tem."

    Enfim, o melhor é relativo.
    Dá pra fazer coisas muito boas tanto com o analógico e o digital.

    "Ah, mas a gravação analógica é mais suja!" - é sim, tem aquele hiss da fita e tal, a compressão clássica, o calor" - é verdade. Mas isso é legal pra caramba! Ou não? Ou sim? Ou não?

    Minow
    Veterano
    # abr/11 · Editado por: Minow
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    MauricioBahia
    Marcus Cerutti

    Claro que notam!
    Se fizer um A/B né, é difícil apontar uma gravação feita ontem e falar "isso é uma Ampex a 15 IPS", hahaha. Mas tem casos extremos que é fácil notar.

    MauricioBahia
    Moderador
    # abr/11 · Editado por: MauricioBahia
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    Minow: Mas isso é legal pra caramba! Ou não? Ou sim? Ou não?

    Essas perguntas eram a resposta que eu procurava! hehe

    Abs

    Minow
    Veterano
    # abr/11 · Editado por: Minow
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    Curiosidade:

    Sharon Jones & The Dap Kings, uma banda de soul/funk atual que soa como se tivesse vindo do túnel do tempo direto dos anos 60.
    Mas assim, MESMO.

    Vejam:


    Como é possível isso?
    Simples, no estúdio onde eles gravaram a única coisa digital que entra lá é o cd player.
    É tudo gravado em fita de 2". Todos os prés, mixer, microfones, são antigos.

    A edição e mixagem?
    É feita na fita. Com estilete.

    Ah sim, a bateria?
    Gravada em UM canal. Com UM microfone! Dinâmico! CARDIÓIDE. (What. The. Actual. Fuck.)
    Claro que tem um som bem peculiar, o disco é bom pra caralho!

    Aqui um video no estúdio:




    MauricioBahia
    Moderador
    # abr/11
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    Minow

    Cara, uma curiosidade. Quais gravadores vc tem? Lembro que vc comprou um lindão, todo analógico mas esqueci o nome. :(

    Vc trabalha com isso ou é lazer?

    Abs

    Marcus Cerutti
    Veterano
    # abr/11 · Editado por: Marcus Cerutti
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    Minow - concordo com seu argumento e acho válida a metáfora com fotografia. Já fui fotógrafo amador (tive até imagens publicadas na Fotografe Melhor na época) e entendo o ponto de vista.

    Não existe melhor nem pior, é questão de gosto e adequação ao propósito... já imaginou Sebastião Salgado em cor ou Araquém Alcântara em P&B?

    O Sebastião diz que até hoje não inventaram digital P&B que desse o resultado que ele obtém com filme... já os profissionais de casamento tiveram um aumento significativo de produção com o digital.

    Voltando à música, não me imagino fazendo minhas gravinas e me divertindo com amigos sem o digital - com analógico seria K7 (!!) e a qualidade seria terrível. Imagina enviar um K7 por e-mail hehehe

    O primeiro (e único) CD que gravei foi digital, assim que meus questionamentos sobre isso são de um cara que nunca teve a oportunidade de viver uma gravação num Studer, é um questionamento para tentar entender os puristas, os Ed Mottas da vida... tipo, tentar entender porque não consigo chegar perto da sonoridade de alguns álbuns comerciais.

    Como disse o Bahia outro dia: é uma tarefa hercúlea - e eu completo: talvez sem sentido para amadores.

    Enfim, cada um tem seu lugar.

    Claro que notam!
    Se fizer um A/B né, é difícil apontar uma gravação feita ontem e falar "isso é uma Ampex a 15 IPS", hahaha. Mas tem casos extremos que é fácil notar.


    Você é um profissional da área, a gente é amador curioso. Não é tão simples. Demorei um bom tempo para sentir os efeitos de compressão... efeito de fita é um degrau mais elevado.

    A gente chega lá...

    Edit: olha só!!! Se a gente fosse gravar Crença (eu, Ogner, Makumbator, Gilberto Juba e Sheev) nesse estúdio aí em cima, iria ficar com essa cara de anos 60 tal como é o som deles?

    Edit 2: puta som do cacete esses caras fazem - bom demais.

    Minow
    Veterano
    # abr/11 · Editado por: Minow
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    MauricioBahia
    Eu tenho um Nagra 4.2, mas não comprei ele não, eu herdei!
    Eu trabalho com isso sim, e é lazer também! Hahaha
    Tenho também um DAT HHB que jajá irá substituir minha singelinha M-Box 2. Na verdade eu vou usar os prés e os conversores do DAT, passando (digital) pela interface, assim não vou usar os conversores (dúbios) da placa.
    Digo "vou" porque não consegui me organizar ainda, tá meio zoneado aqui, estou reformulando meu quarto pra virar uma boa sala de mixagem, tratando o ambiente, botando uma monitoração legal, etc.

    Marcus Cerutti
    O Sebastião diz que até hoje não inventaram digital P&B que desse o resultado que ele obtém com filme...

    Sem dúvidas, a textura do digital é algo que não existe no meio digital. O noise analógico é lindo, o noise digital é uma desgraça!

    Voltando à música, não me imagino fazendo minhas gravinas e me divertindo com amigos sem o digital - com analógico seria K7 (!!) e a qualidade seria terrível

    Opa, existem cassetes e cassetes! Existem (existiam?) excelentes cassetes!

    Como disse o Bahia outro dia: é uma tarefa hercúlea - e eu completo: talvez sem sentido para amadores.

    É verdade, o digital é muito mais simples!
    Infelizmente também não tive muito contato com o analógico, aliás, hoje mesmo estava pensando nisso, quero reviver o meu Nagra pra gravações, em fita! Nada de passar pelos prés e jogar em linha em algum lugar. Chato é que as fitas estão difíceis de encontrar, e caras!

    Você é um profissional da área, a gente é amador curioso. Não é tão simples.

    Não é simples mesmo, mas mesmo sendo "profissional na área", eu tive pouco contato com o analógico pra me sentir super confortável pra falar com muita propriedade.
    E além do mais eu sou um cara novo, eu estou evoluindo e aperfeiçoando meus ouvidos, mas não tenho nem idade suficiente pra ter absorvido tanta coisa. Felizmente nasci no meio do áudio, tive/tenho ótimos "professores", eu chego lá! :)

    olha só!!! Se a gente fosse gravar Crença (eu, Ogner, Makumbator, Gilberto Juba e Sheev) nesse estúdio aí em cima, iria ficar com essa cara de anos 60 tal como é o som deles?

    Bom, não basta o equipamento né? Pra soar anos 60 tem que tocar anos 60. Mas na minha singela opinião, soa bem pra caramba! Até os "defeitos" soam bem, o hiss, a distorção comprimida, eu acho demais! É como a fotografia, as imperfeições da imagem é que dão a graça toda, aquele granulado das câmeras alemãs antigas, aquele contraste dos negativos, tipo ilford delta, não tem nada mais lindo que aquilo.

    MMI
    Veterano
    # abr/11
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    Marcus Cerutti

    A verdade é que seja analógico ou digital, a gravação acaba sendo uma criação de outra sonoridade, levemente diferente da fonte. Melhor ou pior? Sei lá... Com todo o processamento depois acaba ficando bom se feita por um cara bom com o mínimo de recurso pelo menos.

    Eu também sou amador da área, mas vivo me metendo em estúdios e tive algum (pouco) contato com gravadores analógicos. Minha singela opinião que pode ser uma tremenda besteira... Uma boa sonoridade pode ser obtida no digital ou no analógico. Infelizmente no nosso computador não vamos conseguir uma sonoridade de um estúdio de zilhões investidos e com um técnico que vive e respira isso todos os dias há décadas, mas dá para sair algo legal. Penso que a maioria dos que ouvem uma gravação, vai acabar ouvindo no som do carro, no Ipod (sabe-se lá em que fones de ouvido) ou mesmo em MP3 em algum lugar como o computador, quem sabe no youtube, com todas as limitações sonoras. Raramente alguém vao ouvir num Hi-Fi de verdade. Mas sempre vai ouvir o som digitalizado, quase não existe mais analógicos para se ouvir em casa. Não nego que na hora que se toca, ouvindo a fonte sonora, o analógico faz muita diferença. Mas nessas condições, ouvindo no som do carro ou no youtube em falantes de computador, beira o impossível dizer a diferença entre uma gravação analógica e digital.

    O que tenho visto ao colaborar em gravações de músicos profissionais é algo que me foi bastante curioso no início. Na hora que o músico toca, no estúdio, existe sim uma diferença do analógico grande. Neste momento, uma grande sonoridade e um grande timbre tira do músico uma inspiração diferente, um solo diferente, uma musicalidade diferente. Já vi alguns bons músicos com dificuldades para gravar algo legal porque os timbres não estavam bons, especialmente guitarristas que o som seria modificado depois (com o "re-amp", por exemplo).

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