Bio dos músicos eruditos mais famosos (megapost)

    Autor Mensagem
    didi
    Veterano
    # jul/04 · Editado por: didi


    Vou começar um tópico sobre a história dos músicos mais famosos. Já que é muito grande o número de compositores do periíodo classico, não da para postar todos... Se vcs acharem que estou esquecendo alguém essencial, coloquem aí para eu buscar a biografia na internet .

    Beethoven

    Ludwig van Beethoven nasceu em 16 de dezembro de 1770, em Bonn, Alemanha. Mas sua ascendência era holandesa: o nome de sua família é derivado do nome de uma aldeia na Holanda, Bettenhoven (canteiro de rabanetes), e tem a partícula van, muito comum em nomes holandeses - não confundir com o nobiliárquico alemão von. O avô do compositor, também Ludwig van Beethoven, contudo, era originário da Bélgica, e a família estava há poucas décadas na Alemanha.

    Vovô van Beethoven era músico. Trabalhava como Kappelmeister (diretor de música da corte) do eleitor de Colônia e era um artista respeitado. Seu filho, Johann, que viria a ser o pai de Ludwig, menos talentoso, o seguiu na carreira, mas sem igual êxito. Depois da morte do pai, entregou-se ao alcoolismo, o que traria muitos problemas emocionais ao filho famoso.

    Johann percebeu que o pequeno Ludwig (que fora batizado assim em homenagem ao avô) tinha talento incomum para música e tratou de encaminhá-lo à carreira de músico do eleitor. Mas o fez de forma desastrosa. Obrigava o filho a estudar música horas e horas por dia, e não raro o batia. A educação musical de Beethoven tinha aspectos de verdadeira tortura.

    Desde os treze anos Ludwig ajudou no sustento da casa, já que o pai afundava-se cada vez mais na bebida. Trabalhava como organista, cravista ensaiador do teatro, músico de orquestra e professor, e assim precocemente assumiu a chefia da família. Era um adolescente introspectivo, tímido e melancólico, freqüentemente imerso em devaneios e "distrações", como seus amigos testemunharam.

    Em 1784, Beethoven conheceu um jovem conde, de nome Waldstein, e tornou-se amigo dele. O conde notou o talento do compositor e o enviou para Viena, para que se tornasse aluno de Mozart. Mas tudo leva a crer que Mozart não lhe deu muita atenção, embora reconhecendo seu gênio, e a tentativa de Waldstein não logrou êxito - Beethoven voltou em duas semanas para Bonn.

    Em Bonn, começou a fazer cursos de literatura - até para compensar sua falta de estudoo geral, já que saíra da escola com apenas 11 anos - e lá teve seus primeiros contatos com as fervilhantes idéias da Revolução Francesa, que ocorria, com o Aufklärung (Iluminismo) e com o Sturm und Drang (Tempestade e Ímpeto), correntes não menos fervilhantes da literatura alemã, de Goethe e Schiller. Esses ideais tornariam fundamentais na arte de Beethoven.

    Apenas em 1792 que Beethoven haveria de partir definitivamente para Viena. Novamente por intermédio do conde Waldstein, dessa vez Ludwig havia sido aceito como aluno de Haydn - ou melhor, "papai Haydn", como o novo pupilo o chamava. A aprendizagem com o velho mestre não foi tão frutífera quanto se esperava. Haydn era afetuoso, mas um tanto descuidado, e Beethoven logo tratou de arranjar aulas com outros professores, para complementar seu estudo.

    Seus primeiros anos vienenses foram tranqüilos, com a publicação de seu opus 1, uma coleção de três trios, e a convivência com a sociedade vienense, que lhe fora facilitada pela recomendação de Waldstein. Era um pianista virtuose de sucesso nos meios aristocráticos, e soube cultivar admiradores. Apesar disso, ainda acreditava nos ideais revolucionários franceses.

    Então surgiram os primeiros sintomas da grande tragédia beethoveniana - a surdez. Em 1796, na volta de uma turnê, começou a queixar-se, e foi diagnosticada uma congestão dos centros auditivos internos. Tratou-se com médicos e melhorou sua higiene, a fim de recuperar a boa audição que sempre teve, e escondeu o problema de todos o máximo que pôde. Só dez anos depois, em 1806, que revelou o problema, em uma frase anotada nos esboços do Quarteto no. 9: "Não guardes mais o segredo de tua surdez, nem mesmo em tua arte!".

    Antes disso, em 1802, Beethoven escreveu o que seria o seu documento mais famoso: o Testamento de Heiligenstadt. Trata-se de uma carta, originalmente destinada aos dois irmãos, mas que nunca foi enviada, onde reflete, desesperado, sobre a tragédia da surdez e sua arte. Ele estava, por recomendação médica, descansando na aldeia de Heiligenstadt, perto de Viena, e teve sua crise mais profunda, quando cogitou seriamente o suicídio. Era um pensamento forte e recorrente. O que o fez mudar de idéia? "Foi a arte, e apenas ela, que me reteve. Ah, parecia-me impossível deixar o mundo antes de ter dado tudo o que ainda germinava em mim!", escreveu na carta.

    O resultado é o nascimento do nosso Beethoven, o músico que doou toda sua obra à humanidade. "Divindade, tu vês do alto o fundo de mim mesmo, sabes que o amor pela humanidade e o desejo de fazer o bem habitam-me", continua o Testamento. Para Beethoven, sua música era uma verdadeira missão. A Sinfonia no. 3, Eroica, sua primeira obra monumental, surge em seguida à crise fundamental de Heiligenstadt.

    No terreno sentimental, outra carta surge como importante documento histórico: a Carta à Bem-Amada Imortal. Beethoven nunca se casou, e sua vida amorosa foi uma coleção de insucessos e de sentimentos não-correspondidos. Apenas um amor correspondido foi realizado intensamente, e sabemos disso exatamente através dessa carta, escrita em 1812. Nela, o compositor se derrama em apaixonadíssimos sentimentos a uma certa "Bem-Amada Imortal":

    "Meu anjo, meu tudo, meu próprio ser! Podes mudar o fato de que és inteiramente minha e eu inteiramente teu? Fica calma, que só contemplando nossa existência com olhos atentos e tranqüilos podemos atingir nosso objetivo de viver juntos. Continua a me amar, não duvida nunca do fidelíssimo coração de teu amado L., eternamente teu, eternamente minha, eternamente nossos".

    A identidade da "Bem-Amada Imortal" nunca ficou muito clara e suscitou grande enigma entre os biógrafos de Beethoven. Maynard Solomon, em 1977, após inúmeros estudos, concluiu que ela seria Antonie von Birckenstock, casada com um banqueiro de Frankfurt - seria, portanto, um amor realizado, mas ao mesmo tempo impossível, bem beethoveniano. Ludwig permaneceria solteiro.

    Em 1815, seu irmão Karl morreria, deixando um filho de oito anos para ele e a mãe cuidarem. Porém Beethoven nunca aprovou a conduta da mãe dessa criança - também Karl - e lutou na justiça para ser seu único tutor. Foram meses de um desgastante processo judicial que acabou com o ganho de causa dado ao compositor. Agora Beethoven teria que cuidar de uma criança, ele que sempre fora desajeitado com a vida doméstica.

    Nos anos seguintes, Beethoven entraria em grande depressão, da qual só sairia em 1819, e de forma exultante. A década seguinte seria um período de supremas obras-primas: as últimas sonatas para piano, as Variações Diabelli, a Missa Solene, a Nona Sinfonia e, principalmente, os últimos quartetos de cordas.

    Foi nessa atividade, cheio de planos para o futuro (uma décima sinfonia, um réquiem, outra ópera), que ficou gravemente doente - pneumonia, além de cirrose e infecção intestinal. No dia 26 de março de 1827, morreria Ludwig van Beethoven - segundo a lenda, levantando o punho em um último combate contra o destino.

    Bio :http://www.geocities.com/leonardobeethoven/biografia.htm


    Bach

    Johann Sebastian Bach (1685-1750)



    Exímio intérprete e virtuose do órgão, instrumento cujos segredos de construção aprendera ainda na adolescência, Bach tornou-se mais famoso por essas qualidades do que pelas de compositor, e suas obras criativas são ainda pouco levadas em conta. Mesmo nos seus últimos aos de vida, em 1747, quando a convite do Rei Frederico II visita a corte, o faz como intérprete, quando muito, como "meio compositor"... Só depois de desenvolver o tema fornecido pelo rei, é que se ouve do público a exclamação:"é o maior compositor que já conheci". Sobre o mesmo tema Bach desenvolve a famosa Oferenda Musical, em honra ao rei.

    Bach escreveu muito, compondo em tempo integral e em todos os momentos de sua vida. Compunha para festas de casamentos e batizados, compunha exercícios para seus filhos e para seus alunos, compunha até cantatas para funerais, por amor à música, por força dos contratos e... por necessidade. Na Alemanha, referiam-se a um músico profissional, chamado "BACH".

    Não obstante, menos de um ano após o seu falecimento, Anna Magdalena constata com amargura a preferência pelas músicas dos filhos:"Como foram esquecidos os dias gloriosos de Sebastian!".

    Após a sua morte suas composições, em grande parte extraviadas ainda em vida, eram doadas, distribuídas, furtadas, ou simplesmente vendidas, como os célebres Concertos de Brandenburgo, vendidas por quantias ínfimas. Quantas e quantas obras não teriam sido desmanteladas, destruídas, alunos arrancando folhas dos manuscritos deixados no armário da sacritia da igreja apenas para embrulhar merenda!

    Wilhelm Friedmann, conciderado por Sebastian o mais talento dos filhos, não cuidou bem da herança, além de, ainda em vida, ter-lhe aplicado um rude golpe. Tendo assumido o compromisso de escrever a música para o fentival da Universidade, mas tomado pelo vício da bebida, utiliza para o texto a música de uma das Paixoes do próprio pai, apenas para não perder a quantia contratada.

    Bach amava a música e a vida em família. Gostava dos alunos talentosos, com os quais era condescendente, tranquilo e bem-humorado. Quando a música e os músicos eram bons, permitia-se brincadeiras, como o trocadilho com o nome do seu aluno Krebs, de quem dizia em tom de blangue: "É o único Krebs (lagostin), no Bach (riacho)."

    As cartas e relatórios de Bach aos seus patronos tinham às vezes um tom humilde, mas eram sempre um verdadeiro libelo. Ele não gostava das intromissões, nem sempre tão indevidas...

    As constantes mudanças e peregrinações, os inúmeros desentendimentos com os responsáveis pela música local, apresentavam-no como dotado de temperamento instável contido, de um certo incomformismo ante as autoridades. Era altivo e obstinado, mas sincero. Não concorre ao lugar de organista vago em Leipzig para não prejudicar seu amigo Telemann, candidato ao posto.

    O ano de 1729 é marcante para Bach. É nomeado diretor do Collegium Musicum, famosa associação fundada por Telemann, e apresenta em Cothen a Pixão segundo São Matheus, tão duramente criticada em Leipzig como imprópria para igreja, mas que serviu, um século depois, 1829, para que Mendelssohn sacramentasse a genialidade de Bach, consagrando-lhe o nome como compositor. Impressionado com essa grandiosidade, Mendelssohn cria em Leipzig, à frente de um grupo de admiradores, uma Sociedade dedicada a resgatar a obra do gênio, a famosa Bachgesellschaft.

    Os últimos anos de Bach são dedicados à construção da gigantesca e monumental Arte da Fuga, obra incomparável em toda a música, que deixa inacabada.

    Bach associava a religião com Amor e Morte, que para ele significava a suprema liberação. Às suas cantatas, tão sublimes, dava nomes como: "Meu Deus muito amado, quando morrerei eu?", "Chega logo, hora desejada"; "Estou diante do teu trono", "Se estás ao meu lado, parto feliz".

    Nos seus últimos momentos pede: "Tocai um pouco de música; cantai-me alguma coisa de belo sobre morte, porque a minha hora chegou". E cantaram o prelúdio que Sebastian havia escrito para o Pequeno Livro de Órgãos: "Todos os homens têm que morrer".

    Bio: [url=http://www.vnet.com.br/musicabarroca/avidadebach2.html
    ]http://www.vnet.com.br/musicabarroca/avidadebach2.html
    [/url]


    Mozart

    CONTEXTO E INTRODUÇÃO
    A Ópera "A Flauta Mágica" foi composta em 1791, mesmo ano da morte de Mozart. Sobre ela, pairam algumas dúvidas e contradições. Uma delas é por que sempre envolve-se Mozart, maçonaria, morte e Flauta Mágica? Qual é a relação existente?

    Muitas teorias foram levantadas, mas jamais descobriremos a verdade.

    A Europa, nessa época, passava por algumas mudanças, principalmente no plano ideológico. A Revolução Francesa foi o clímax dessas mudanças. E assim como o pensamento francês, Wolfgang estava muito à frente de seu tempo. Ele via muito ligado ao arcebispado de Salzburg, onde realizava muitos concertos. Em 14 de março de 1772, compôs a serenata "Il Sogno di Scipione", comemorando a eleição do novo arcebispo Jerônimo de Coloredo.

    Essa ligação e cumplicidade com o arcebispado foi feita por Leopold Mozart, seu pai. Leopold era um homem austero, e foi ele quem apresentou seu filho à corte da época (Wolfgang tinha 4 anos).

    INFÂNCIA E JUVENTUDE
    Wolfgang era um menino preguiçoso e distraído, mas sempre muito obediente ao pai.

    Pelo que se sabe, Leopold chegou em casa, depois de ir à Igreja, e então encontrou Wolgang com tinta e papel na mão. O menino disse estar escrevendo um concerto para cravo, e que ainda não estava terminado. Leopold tentou ler a partitura, mas riu-se ao ver a quantidade de notas que ele havia colocado no papel. Ao mesmo tempo, Leopold chorou emocionado ao perceber que havia na composição concepções muito superiores à idade de Wolfgang.

    Sua principal característica era sua infantilidade e pureza. Em uma das cartas escritas à mãe, ele mostra esse seu caráter pueril e preguiçoso: "Agora já estamos em Bolzano, já? Ainda! Estou com fome, com sede, com sono, sou preguiçoso, mas estou bem de saúde. Nós vimos o colégio em Hall, toquei órgão lá... Adeus. Escreva-me algo de novo, Bolzano, esta cloaca..."

    O crescimento artístico em sua juventude foi devido a várias viagens que ele fez à Itália, França, Inglaterra, Baviera e Prúcia, onde adquiriu experiência e também conheceu Haydn.

    VIDA E OBRA
    Toda sua obra é reflexo dos acontecimentos em sua vida. Isso se deve ao fato de ser uma pessoa divertida ingênua e sensível. Wolfgang, em sua juventude, começou a ser reconhecido pelos príncipes e reis que apreciava a boa música, mas isso apenas durou até a morte de seu pai. Quando Leopolf morreu, ele se sentiu sozinho, pois era Leopold quem guiava sua carreira. Sem o pai, ele continuava produtivo, mas indisciplinado. O que mais gostava de compor eram obras que ninguém queria comprar, então, ele trabalhava com dois tipos de música: aquela que lhe rendia algum dinheiro e aquela que lhe dava prazer em escrever. Essas últimas geralmente eram formadas por uma enorme quantidade de notas, muito rebuscadas para os padrões da época.

    Era isso que ninguém compreendia: sua diferença, sua autenticidade, sua criatividade. Esse problema refletiu muito em sua vida, principalmente na parte financeira. Ele não era um garoto preocupado com o dinheiro, nem se lembrava de guardá-lo.

    Quanto às suas composições, muitas vezes conseguimos identificar sem ao menos entender de música erudita. Isso se dá porque há uma característica marcante em sua obra, que é a puerilidade e a ingenuidade.

    Wolfgang era tão meigo e ingênuo, que, às vezes, perguntava às pessoas se gostavam dele. E se alguém respondia, por brincadeira, que não, ele chegava a chorar.

    Seu casamento não poderia ter sido diferente: casou-se com Constanze Weber, mulher, também, bastante alegre.

    Apesar de ter escrito muitas óperas sérias, todas elas possuem uma personagem engraçada e alegre. Em Don Giovani, por exemplo, há Leporello, que é muito medroso, e demonstra isso principalmente quando Don Giovani reaparece depois de morto. Wolfgang coloca esses elementos cômicos como quebra da realidade.

    Bio : [url=http://www.geocities.com/vanessa_lanaro/
    ]http://www.geocities.com/vanessa_lanaro/
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    Chopin

    Frédéric Chopin

    (Zelazowa-Wola, 1810 - Paris, 1849)



    Em 1831, o jovem Frederic Chopin, chegava em Paris. Nascido em 22 de fevereiro de 1810, trazia na bagagem meia dúzia de suas melhores obras e um amor inabalável pela Polônia, sua terra natal. Pianista talentoso desde criança, estava em excursão pela Europa, especificamente em Viena, onde já estivera quando menino, mostrando seu virtuosismo aos habitantes da capital austríaca.

    Começou a estudar música com apenas 4 anos, alcançando rapidamente o sucesso não apenas em sua cidade, mas por toda a Polônia e mesmo na Rússia. Na primeira vez que esteve em Viena, em 1829, o público e a crítica o aclamaram. Mas, desta vez, a cidade não se mostrou tão receptiva. Haviam dezenas de virtuoses como ele.

    Para completar sua má sorte, surpreende-o a notícia de que houve uma insurreição em Varsóvia. A revolta é sufocada brutalmente pelos soldados russos. Milhares de pessoas são exiladas, outras são proibidas de voltar à pátria. As cartas que enviava à sua família não eram respondidas. Resolve partir para Paris, passando antes pela Alemanha, onde encontra Schumann.

    Contam que na primeira vez que visitou a casa do compositor ele não estava em casa. Sua esposa, Clara, o recebeu. Ela não falava francês, Chopin não falava alemão. Diz a história que ele se sentou ao piano e tocou algumas composições suas. Clara fez o mesmo com as músicas do marido.

    Se isso é verdade ou não não se sabe. O que há de concreto é um artigo e Schumann na Nova Gazeta Musical, que dizia, a respeito de Chopin: "Tirem os chapéus, senhores, um gênio".

    Em Paris, encontra rapidamente a fama e o sucesso. Fino, elegante, gentil, ele possui todos os predicados para ser aceito na sociedade francesa. Além disso, os poloneses contam com a simpatia do povo francês, o que lhe facilita ainda mais a estadia em seu novo país.

    Tímido e reservado, de maneiras aristocráticas, Chopin destacou-se primeriamente como concertista de piano e professor, no que era muito requisitado pelas famílias ricas. Seu virtuosismo ao piano, somado ao seu aspecto doentio, contribuíam para a difusão da imagem do gênio. Em Paris torna-se amigo de Franz Liszt, Berlioz, Vitor Hugo e toda a plêiade de artistas que estão na capital francesa nessa época.

    Chopin teve um grande caso de amor na juventude, com uma jovem chamada Maria Wodzinska. A história terminou por imposição da mãe da moça, que não permitiu mais o relacionamento. Se a incipiente tuberculose de Chopin foi ou não a causa, é discutível. Só não há dúvida do efeito que a decisão teve no espírito do compositor, que reuniu todas as cartas enviadas por Maria em um pacote intitulado Moja Bieda, "minha desgraça". Antes dela, Chopin havia se apaixonado por Constantia Gladskowa, uma famosa soprano, muito cortejada. O tímido Chopin jamais se declarou a ela, mas dedicou-lhe o adágio de seu Concerto em Concerto em Fá Menor, op.21.

    Jovem, solteiro, rico e bem posicionado na capital francesa, a popularidade de Chopin era enorme. Todavia, continuava a morar sozinho. Em 1837, porém, essa situação mudou. Conheceu Aurore Dudevant, uma estranha mulher que assinava seus escritos com o nome de Georges Sand, e tinha o estranho hábito de se vestir de homem. Pois foi justamente com ela que Chopin passou a viver. Os parisienses se escandalizaram com a relação, mas Chopin continuou a ser cortejado

    Sua saúde piorava dia a dia. Uma de suas irmãs já havia morrido de tuberculose. O "mal do século" também o atingira, e, em busca de tratamento, esteve com Georges Sand na ilha espanhola de Majorca. Excursionou também pela Inglaterra, onde seus concertos não lhe trouxeram vantagens pecuniárias.

    Estava pobre. Todo o dinheiro que havia ganho ele gastou, e dependia agora de amigos para viver. Esse era seu maior problema, viver. Seus amigos não tiveram de esperar muito. Em 17 de outubro de 1849, a tuberculose o matou.

    Em seu enterro, um punhado de terra polonesa foi lançada sobre seu caixão: era sua última vontade e sua última declaração de amor à Polônia.




    Depois eu colocarei outros

    guitar_nan
    Veterano
    # ago/04
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    = )

    Pianista
    Veterano
    # mar/05 · Editado por: Pianista
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    Interessante, mas existem mais sites com o mesmo texto de Beethoven acima. Os sites são:

    www.thorns.com.br/HTM_Noticias/Beethoven.htm

    www.bravissimo.hpg.ig.com.br/biografias/LVBeethoven.htm

    www.allegrobr.com/biblioteca/artigo.php?id=51

    Juliano de Oliveira
    Veterano
    # abr/05 · Editado por: Moderador
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    Lizst

    Franz Liszt

    Compositor e pianista húngaro, Franz Liszt iniciou seus estudos de piano com o pai e posteriormente com Czerny, firmando-se, já aos doze anos, como artista e concertista notável. Em Paris, ampliou seus conhecimentos estudando teoria e composição. Sua fama logo se espalha por toda Europa, onde é festejado como o maior pianista de seu tempo. Podemos dizer, inclusive, que foi o inventor do recital de piano.

    Até mudar-se para Weimar, em 1842, o compositor havia apenas composto para piano. Nesta cidade, como Kapellmeister da corte, passa a se interessar por orquestra: escreveu quase todos seus poemas sinfônicos e inclusive seus dois concertos, para piano.

    Transformou a pequena cidade alemã num centro musical de primeira grandeza, fazendo executar obras de Wagner, Berlioz (um grande amigo) e Schumann, entre outros. A partir de 1861, passou a viver em Roma, escrevendo principalmente obras religiosas.

    Em 1865, torna-se abade e viaja regularmente para Weimar e Budapeste, permanecendo em atividade como compositor e intérprete até o final de sua vida.

    Richard Strauss

    Richard Strauss nasceu em Munique, Alemanha, no dia 11 de junho de 1864. O pai era um excelente músico, trompista da Ópera de Munique, e deu todos os meios para que o pequeno Richard, que já dava sinais de entusiasmo pela música, desenvolvesse seu talento. Inclusive, apesar de sua antipatia pela música de Wagner, levou o filho, quando este tinha 18 anos, para Bayreuth. Futuramente, a influência wagneriana, para desgosto do conservador pai, iria ser determinante para a música de Strauss.

    Mas Richard ainda estava iniciando sua carreira. Compunha bastante, e suas primeiras obras recebiam boa acolhida, sendo inclusive regidas por importantes maestros, como Hermann Levi e Hans von Bülow. O último achou o jovem músico tão promissor que o contratou, em 1885, para ser seu assistente em Meiningen.

    Em Meiningen, Strauss acabou conhecendo Alexander Ritter, o primeiro-violino da orquestra. Ritter era defensor do que se chamava, na época, de "música do futuro": os poemas sinfônicos de Liszt e o drama musical de Wagner, que tanto tinha impressionado Richard em sua passagem por Bayreuth. Strauss, através das influências de Bülow e do pai, seguia uma linha mais tradicional, mais ligada à música pura - o que é demonstrado claramente nas primeiras obras, de feição bastante mozartiana até. Depois da amizade com Ritter, a mudança seria total. O próprio Strauss confessaria mais tarde: "foi Ritter quem fez de mim um músico do futuro".

    Foi então que Strauss começou a escrever algumas obras-primas no gênero que o tornaria famoso: o poema sinfônico. O primeiro foi Aus Italien, composto em 1886. Em seguida a ele viriam Don Juan, de 1888, Morte e transfiguração, de 1889, Till Eulenspiegel, de 1894, Assim falou Zaratustra, de 1895, Dom Quixote, de 1897, e Uma vida de herói, de 1898. Enquanto isso, compunha dezenas de lieder, outro dos gêneros a qual se dedicou.

    Mas o sonho oculto de Strauss era o teatro: ele queria escrever uma ópera. A primeira tentativa se deu entre 1887 e 1893 e resultou em Guntram. A segunda foi feita em 1900, quando foi composta Feuersnot. Hoje, a crítica considera essas duas óperas meros ensaios, um tanto infrutíferos. O golpe de mestre só seria proferido em 1905, com a estréia da ópera Salomé.

    Salomé, baseada em uma peça teatral de Oscar Wilde, foi o primeiro grande sucesso operístico de Strauss. Irmã desta seria a ópera Elektra, primeira colaboração com o libretista Hugo von Hofmannsthal, estreada em 1909.

    Strauss parecia estar se tornando um "Wagner exasperado", nas palavras de Debussy, quando surpreendeu a todos com O cavaleiro da rosa, mais uma vez com libreto de Hoffmannstahl, estreada em 1911. A ópera, ambientada na galante Viena do século XVIII, é leve e luminosa: as semelhanças com Mozart seriam mais vezes lembradas pelos críticos. Obra totalmente diversoa em espírito das sombrias, muitas vezes cruentas, Salomé e Elektra. Outra mudança de rumo?

    Sim. Em 1916, foi finalizada Ariadne auf Naxos; desta vez a referência não era o rococó, mas o barroco, que estava na moda. O contraste com Salomé não poderia ser maior - enquanto esta requeria uma orquestra gigantesca, com mais de cem músicos, Ariadne auf Naxos pede apenas um conjunto de câmara, de 35 músicos.

    Enquanto isso, Strauss construía uma carreira invejável. Após inúmeros anos como diretor da Ópera Real de Berlim, em 1919 foi nomeado para a direção da Ópera de Viena, lá permanecendo por cinco anos. Além de reger e compor, não parava: em 1917, junto com Hoffmannsthal, ajudou a criar o Festival de Salzburgo, ao mesmo tempo em que organizava um sindicato de músicos.

    Mas estava em uma entressafra composicional. Em 1915 terminou a Sinfonia Alpina, em que voltava ao universo dos poemas sinfônicos, mas combinado a um gênero mais "clássico". Em 1917, estreou a ópera A mulher sem sombra, que não atingiu o nível das obras anteriores.

    O sucesso só viria novamente com a ópera Arabella, finalizada em 1932. O libreto ainda é do fiel Hoffmannsthal, que morreu sem ver a ópera composta. Arabella retoma a linha límpida de O cavaleiro da rosa, e inclusive presta homenagem às valsas de seu xará vienense mais famoso, Johann Strauss Jr.

    Por essa época, o nazismo já era o regime na Alemanha, e Richard Strauss acabou se envolvendo, um tanto que ingenuamente, com o sistema. Aceitou ser o presidente da Câmara de Música do Reich e, apesar de ser demitido por Goebbels (insistiu em colocar o nome de seu libretista Stefan Zweig, um judeu, no cartaz da ópera A mulher silenciosa, que estreou em 1935), não foi mais incomodado pelos nazistas.

    Pouco a pouco, Strauss foi se isolando em sua casa de campo em Gramisch. Sua carreira chegava ao fim. Mas ainda viveria mais dez anos, e estes nos dariam mais algumas obras-primas: a "meta-ópera" Capriccio, concertos (para oboé, o segundo para trompa), o poema sinfônico Metamorfoses, as Quatro últimas canções.

    Com esta magistral coleção de lieder, Strauss dava adeus à vida. A última canção termina com uma comovente citação de uma obra de juventude, Morte e transfiguração. No dia 8 de setembro de 1949, morria Richard Strauss.


    SUA OBRA

    Richard Strauss, que nasceu enquanto Wagner erigia seu templo musical e enquanto Brahms escrevia suas obras-primas, morreu junto com Bartók e Schoenberg, dois grandes símbolos da modernidade vanguardista da primeira metade do século XX. E acabou não pertencendo a nenhuma das duas correntes.

    É um artista de transição. Embora Strauss tenha se definido como um "músico do futuro" na juventude e assustado os críticos com as "cacofonias heterodoxas" de seus primeiros poemas sinfônicos, ao morrer era, perto de compositores como Stravinsky e até mesmo de contemporâneos como Debussy, um músico do século XIX. Como explicar essa contradição? Talvez a constatação seja a de que Strauss foi, principalmente, um compositor de juventude. Mas é uma observação injusta.

    Richard Strauss tem quatro fases principais em sua carreira: a primeira, descontando-se as obras juvenis, "moderna" (pelo menos para sua época), dos poemas sinfônicos como Don Juan e Assim falou Zaratustra; a segunda, das "óperas sombrias" Salomé e Elektra; a terceira, das "óperas róseas" O cavaleiro da rosa e Ariadne auf Naxos; a última, com as últimas obras-primas, Metamorfoses e as Quatro últimas canções.

    Todas as obras citadas são exemplos perfeitos dos três gêneros em que Strauss foi um mestre consumado: o poema sinfônico, a ópera e a canção. Excetuando-se as incursões que fez nos gêneros clássicos (as primeiras composições, a Sinfonia Doméstica, a Sinfonia Alpina, os concertos para oboé e trompa), estes foram os únicos gêneros em que trabalhou.

    Os Poemas Sinfônicos

    Os poemas sinfônicos formam a parte mais querida pelo público da obra de Strauss. A grande parte deles foi composta entre 1886 e 1898, nos anos posteriores à estadia em Meiningen. Neles Strauss mostra-se um orquestrador de enorme estatura, do calibre de um Rimsky-Korsakov, de um Ravel. Como o maestro Sir Georg Solti gostava de exagerar, "em Strauss a orquestração é tão fantástica que até quando a música é mal tocada ela soa maravilhosamente bem".

    Cada um dos poemas sinfônicos de Strauss é uma pequeno universo: Don Juan, mais próximo das obras similares de Liszt, evoca a imagem do mito; já Dom Quixote e Assim falou Zaratustra voltam-se mais ao modelo de Berlioz, com suas referências aos gêneros tradicionais (Dom Quixote, quase um concerto para violoncelo; Zaratustra, uma sinfonia heterodoxa); Till Eulenspiegel e Uma vida de herói contam uma história (na última obra, a do próprio compositor, através de citações dos outros poemas sinfônicos); já Morte e transfiguração tem um caráter metafísico bastante ambicioso.

    Muitas vezes, Strauss trabalha seus programáticos poemas sinfônicos em formas clássicas, mas expandidas: Till Eulenspiegel é um complexo rondó, Morte e transfiguração é uma forma-sonata bastante modificada.

    O conjunto dos poemas sinfônicos de Strauss formam, certamente, o mais criativo e elaborado já composto no gênero, e estão entre as obras mais interessantes do compositor. São, certamente as mais queridas e executadas: todas elas estão no repertório usual das maiores orquestras do mundo.

    As Óperas

    Strauss dedicou a maior parte de sua longa vida à ópera. Após algumas tentativas mal-sucedidas, ele acertou a mão em Salomé, sobre texto de Oscar Wilde. Sua temática bíblica, altamente simbólica (a dúvida de Salomé entre a corrupção de Herodes e a pureza de João Batista), aliada à música complexa, "dissonante", intensa, de forte carga dramática, fazem de Salomé uma ópera moderna e chocante ainda nos dias de hoje.

    Elektra, a recriação do mito grego, é uma ópera da mesma extirpe. Juntamente com Salomé, ela forma o grupo das óperas straussianas "modernas", para os críticos as mais importantes do compositor e as primeiras grandes óperas do século XX. Elas estão bastante integradas aos primeiros poemas sinfôn

    maggie
    Veterana
    # abr/05
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    Todos
    Separem os compositores por posts, o espaço é limitado e acaba cortando o texto no meio [como acima].

    Juliano de Oliveira
    Veterano
    # abr/05
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    maggie
    Valew...

    Juliano de Oliveira
    Veterano
    # abr/05
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    Continuação de RICHARD STRAUSS

    Elas estão bastante integradas aos primeiros poemas sinfônicos de Strauss: orquestração suntuosa, grande liberdade formal e temática, enorme força inventiva. Alguns teóricos enxergam as duas óperas como grandes poemas sinfônicos cantados.

    Com O cavaleiro da rosa, depois com Ariadne auf Naxos, Arabella e Capriccio, Richard Strauss faria uma reviravolta: nada de estridências nem de complexas orquestrações. A referência aqui é o mundo suave da Viena oitocentista, das valsas; a atmosfera é de encantamento, de doçura e nostalgia. Não são obras tão importantes historicamente quanto Salomé, mas elas têm muitos e fiéis defensores e estão até hoje no repertório das companhias de ópera no mundo inteiro.

    As Canções
    Richard Strauss também foi um grande compositor de canções. A maior parte dos 150 lieder que compôs se encontra em sua primeira fase de composição. São obras contemporâneas aos poemas sinfônicos. Algumas obras-primas desse período: Zeuignung, Ständchen, Ruhe meine Seele, Du meines Herzens Krönelein, Nichts, Schlechtes Wetter. A maior parte das canções, originalmente instrumentadas para piano e voz, seriam mais tarde orquestradas por Strauss.

    Canções para orquestra são as magníficas Quatro últimas canções, compostas no final da vida do compositor - o epíteto "últimas" foi dado pelo próprio Strauss. O ciclo é uma deliberada despedida da vida, emocionante e meditativa. O últimos dos lieder traz reminiscências de um dos primeiros poemas sinfônicos, Morte e transfiguração. As Quatro últimas canções são, talvez, a obra mais profundamente bela do compositor: um comovente adeus.

    Juliano de Oliveira
    Veterano
    # abr/05
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    didi
    Legal cara...
    Vc prefere biografias longas ou curtas?é pq eu postei a de Richard strauss e nem imaginei q ia ficar tão grande!

    Juliano de Oliveira
    Veterano
    # abr/05
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    A biografia de Liszt foi retirada de www.Movimento.com e a de Richard Strauss de www.allegrobr.com

    Juliano de Oliveira
    Veterano
    # abr/05
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    Heitor Villa-Lobos (1887-1959)

    Compositor e maestro brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro, filho de um músico amador, funcionário da Biblioteca Nacional. Desde cedo aprendeu piano e clarineta e, aos 12 anos, começou a tocar violoncelo em teatros, cafés e bailes. Também aprendeu violão e conviveu com os chorões (músicos populares que tocavam choros), que com suas canções de rua foram seus primeiros professores.

    Sua formação de autodidata foi completada lendo e estudando as obras dos grandes mestres. Mas foram o seu instinto e gênio, peculiares aos grandes mestres e sua grande admiração porJohann Sebastian Bach (1685-1750), as forças que o impulsionaram a compor. O conhecimento do folclore nacional viria também a ser de vital importância para a criação de sua monumental obra nacionalista.

    Heitor viajou muito pelo interior do Brasil, fugindo de casa e de sua mãe, que queria que ele estudasse medicina. Nestas viagens, coletou vasto material folclórico que viria a ser uma rica fonte para o amadurecimento do seu estilo nacionalista, apesar das suas primeiras composições serem influenciadas por Richard Wagner, Giaccomo Puccini e C. Franck, compositores da virada do século, do alto romantismo e do impressionismo francês.

    Entretanto, com as Danças Características Africanas, para piano e com os bailados Amazonas e Uirapuru (1917), estas influências começaram a ser ignoradas. Em 1913, concluiu a Prole do Bebê, para piano, o Noneto (1923), vocal e instrumental.

    A Prole do Bebê é uma das três suites para piano de Villa-Lobos. A primeira, a mais importante e também a mais conhecida internacionalmente pelo trabalho de divulgação feito por Arthur Rubinstein, célebre pianista virtuoso, grande amigo e admirador incondicional de Villa-Lobos.

    Rubinstein incorporou a Prole do Bebê ao seu repertório e a executou nos melhores teatros e para as mais exigentes platéias, em programas com composições de Bach, César Franck, F. Chopin e Franz Liszt. Desta suite faz parte o Polichinelo, que é freqüentemente executado isoladamente e também bastante conhecido.

    Atacado violentamente pela crítica da época, viaja para Paris (1923), juntando-se aos compositores vanguardistas Maurice Ravel, Manuel de Falla, Varèse, Florent e Schmitt, entre outros.

    Durante a permanência em Paris, compôs a extraordinária série dos Choros. Sua estada na França mostra aos europeus sofisticados e intrigados, a arte selvagem, irracional e sensual deste novo compositor. A audição dos Choros, em Paris, revela a nova forma de composição musical, que agrupa variados gêneros musicais brasileiros.

    Sua intensa admiração por Bach manifesta-se, em sua plenitude, com sua obra mais famosa dos anos 1930-45, as Bachianas Brasileiras, para diversas formas de orquestras. Nesta série de nove obras, Villa-Lobos, com inspiração eminentemente brasileira, adaptou-as às formas barrocas, clássicas e contrapontísticas. A Bachiana No. 1 foi composta para orquestra de violoncelos; a de no.2 para orquestra e tem como tocata final O Trenzinho do Caipira; a de no.3 para piano e orquestra; a de no.4 para solo de piano ou orquestra; a de no.5 para soprano e orquestra de 8 violoncelos, começa com a Cantilena e é a mais conhecida nacional e internacionalmente; a de no. 6 , camerística, para flauta e fagote; a de no.7 para orquestra; a de no.8 também para orquestra; a de no.9 para coro a cappella ou orquestra de cordas.

    Juliano de Oliveira
    Veterano
    # abr/05
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    No Brasil, Villa-Lobos fez um trabalho de alta importância para a educação, durante a Revolução de 30, relativamente ao desenvolvimento do canto orfeônico. Nesta ocasião, lança o Guia Prático, extraordinária coleção de temas populares. Em 1932, é nomeado superintendente da Educação Musical no Estado do Rio. Faz um notável trabalho pedagógico sem par e, em 1942, funda o seu Conservatório Nacional de Canto Orfeônico com a criação de inúmeros corais populares nas escolas. Neste período separa-se da sua primeira mulher e casa-se agora com Arminda Neves de Almeida, que viria a dirigir o Museu Villa-Lobos.

    Teve uma grande produção artística, cerca de 1500 obras, conseguindo realizar-se no espírito nacionalista que dominou sua época. Compôs 12 sinfonias, sendo a mais importante a N. 10, Sumé Pater Patrium, uma obra-prima. Poema sinfônicos, concertos para violino, violoncelo, diversas peças para piano, numerosas melodias com acompanhamentos de piano ou orquestra.

    Sua produção operística é irregular: Izaht, Yerma e outras sem maior importância, num total de 5 óperas e 15 bailados. É nas Serestas para canto e piano, nas suas muitas canções que soube muito bem, melhor que ninguém, captar a alma da modinha brasileira. Sua obra pianística, impressionista, é importantíssima: Cirandas, no Ciclo Brasileiro e o virtuosismo de Rudepoema.

    Cirandas, é uma coleção de 16 peças para piano, inspiradas em motivos folclóricos tais como: Terezinha de Jesus; Fui no Tororó; Vamos atrás da Serra; Calunga; Pai Francisco e outras jóias do cancioneiro popular, que nos transporta aos tempos da infância, com as crianças e as brincadeiras de roda.

    Rudepoema, uma fantasia pianística (1921-26), obra violenta e inspirada, tem o objetivo de retratar a personalidade musical de seu amigo e admirador Arthur Rubinstein, pianista polonês naturalizado americano que gozou de fama internacional.

    As quatro suítes orquestrais Descobrimento do Brasil, os 12 Estudos e os 5 Prelúdios para Violão são certamente suas composições mais conhecidas, divulgadas e executadas pelo mundo afora. Mandu Çarará, para orquestra e coros mistos; a fantasia para piano e orquestra Momo Precoce; suas composições religiosas, as obras corais Missa de São Sebastião; Bendita Sabedoria; Magnificat, Alleluia e Missa Vida pura; uma Fantasia Concertante para orquestra de violoncelos; concertos para violão, violoncelo, piano e gaita de boca e muita música de câmara para as mais diversas formações.

    Em 1945, fundou a Academia Brasileira de Música, cujos primeiros 50 membros ele mesmo designou. Em 1948, operou-se nos Estados Unidos de um câncer. Durante a década decorrida após esta operação, viajou regularmente à França e ao Estados Unidos, países onde sua música encontrou grande sucesso e onde regeu importantes orquestras, executando suas próprias composições.

    Villa-Lobos foi um dos maiores nomes da música no nosso século, com uma vasta e revolucionária obra.

    Ken Himura
    Veterano
    # abr/05
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    Uma delas é por que sempre envolve-se Mozart, maçonaria, morte e Flauta Mágica? Qual é a relação existente?

    Muitas teorias foram levantadas, mas jamais descobriremos a verdade.

    Mozart era Maçom. Isto já foi provado...aparece até na biografia oficial dele. Tem biografias enormes dos grandes gênios neste fórum. É só procurar pelas páginas aqui.

    arthur_trance
    Veterano
    # abr/05
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    didi
    muito bom!! parabéns!1
    mas...CADÊ VIVALDI?????

    didi
    Veterano
    # jun/05
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    VIVALDI

    Antonio Lucio Vivaldi nasceu em 4 de março de 1678 em Veneza, Itália. Na verdade, como nesta época não existia uma Itália unificada, a cidade e sua região formavam uma república independente - a Serenissima Reppublica. Era um ducado próspero e influente, muito ligado às artes: eram venezianos Monteverdi, Tiepolo, Tintoretto, Canaletto, Zeno, Albinoni... e Vivaldi, claro, que iria se tornar um dos mais célebres.

    Antonio sempre teve uma saúde frágil. Consta que já correra risco de vida logo ao primeiro dia, tanto que seu batizado ocorreu apressadamente, poucos instantes após o parto. O pai, Giovanni Battista, era barbeiro, fabricante de perucas e também tocava violino, o que lhe valia um posto na Capela Ducal de São Marcos.

    Os Vivaldi eram conhecidos na cidade pelo apelido de "Rossi", isto é, os vermelhos. Isso se devia ao fato de que a maior parte dos membros da família eram ruivos. Na época, ter os cabelos vermelhos era um tanto raro; os ruivos despertavam a atenção de todos e não eram muito bem vistos.

    Antonio demonstrava vocação musical desde pequeno. Foi educado pelo pai, que o iniciou ao violino; seus progressos foram tão evidentes que logo entrou como "extra" na Capela Ducal. Ao mesmo tempo, seu pai o encaminhava ao sacerdócio. Giovanni planejava a carreira do filho com exatidão: padre, Antonio teria todas as garantias e a proteção da Igreja, e ainda assim teria trânsito livre no meio musical de Veneza.

    Não foi diferente. Antonio recebeu a tonsura em 1693, quando tinha 15 anos, e foi ordenado dez anos depois. Exatamente no mesmo ano, o já Prete Rosso - Padre Ruivo - assumia o cargo de professor de violino no Ospedale della Pietà, instituição religiosa que fornecia abrigo e formação musical a meninas carentes.

    Mas Vivaldi não rezaria missa por muito tempo. Aliás, cumpriria suas funções regulares por cerca de um ano. Depois, nunca mais. Há alguma lendas em torno deste fato. Uma delas conta que ele sairia correndo, em meio a uma missa, para anotar uma melodia que lhe ocorrera. Por essa história inusitada, Vivaldi seria afastado das funções sacerdotais pelo Tribunal da Inquisição. Porém, ele mesmo explicaria seu problema, já no final da vida:

    Há vinte e cinco anos não celebro missa e não mais o farei, não por ordem ou proibição de meus superiores, mas de minha espontânea vontade, devido a uma doenção congênita que me deixa com a sensação de falta de ar. Assim que me ordenei padre, rezei a missa durante pouco mais de um ano e por três vezes tive que abandonar o altar sem terminar a cerimônia, por causa desse mesmo mal.

    Qual seria este misterioso mal? Vivaldi o chamava de stretezza di petto - estreiteza de peito. Asma. É certo que sua saúde era frágil desde o nascimento, mas como o doente padre que não conseguia manter-se vinte minutos no altar pôde construir uma obra tão vasta, e ainda dar aulas, reger, ser virtuose e coordenar seus negócios, sem parar um instante? Ainda é um mistério.

    Acometido de mal misterioso ou não, Vivaldi tornou-se diretor do Ospedale em 1705. Era um grande posto, apesar de mal pago. Tinha à sua disposição uma boa orquestra, coro e solistas, que, permanentemente e sem limitações de espécie alguma, lhe permitiam a execução de suas obras e toda a sorte de experiências musicais.

    Existiam quatro ospedali semelhantes em Veneza, todos famosos por sua música - segundo Jean-Jacques Rousseau, "muito superior à das óperas, sem paralelo na Itália". A Pietà era a mais respeitada delas, e seus concertos eram freqüentados pelas pessoas mais influentes da época, inclusive reis e rainhas. Vivaldi, portanto, começou a entrar em contato constante com a nobreza. E iniciou sua fama internacional, fazendo viagens e publicando suas obras.

    Além do Ospedale, Vivaldi se dedicou à ópera. Começou no teatro não apenas como compositor, mas como empresário, em 1713, quando sua primeira ópera, Ottone in Villa, foi encenada em Vicenza. Mas seu nome ficaria ligado ao Teatro Santo Ângelo, de Veneza, onde seria o principal organizador - mais modernamente, diríamos "agitador cultural".

    Como empresário de ópera, Vivaldi teria uma vida das mais atribuladas. O Padre Ruivo não parava: contratava e dispensava, resolvia atritos entre cantores, solucionava problemas financeiros, ensaiava, montava turnês... e sua stretezza di petto? Parece que a doença não era empecilho.

    Não bastasse o afastamento das funções da igreja e a atividade no teatro, nosso estranho padre ainda vivia cercado de um séquito bastante curioso: cinco mulheres - Annina, sua cantora predileta, Paolina, a irmã, a mãe das duas e mais um par de outras moças. Obviamente, Vivaldi tornou-se vítima de toda uma série de ataques e comentários. O mais célebre foi um livro do compositor Benedetto Marcello, denominado Il Teatro alla Moda. O texto é destinado a quem quiser fazer sucesso na ópera, e dá conselhos a compositores, libretistas, cantores, músicos, cenógrafos e até às mães das cantoras! De maneira sarcástica, Marcello faz inúmeras alusões a Vivaldi, denominado ironicamente "compositor moderno".

    Entre os sucessos e ataques, Vivaldi se consolidou como compositor e empresário, levando sua companhia teatral a apresentações em inúmeras cidades. Uma dessas viagens, no entanto, foi frustrada pelo Cardeal Tommaso Ruffo, que proibiu a ida de Vivaldi a Ferrara, em 1737, onde iria fixar a maior parte de sua atividade empresarial. O cardeal considerava Vivaldi uma pessoa indigna, "um padre que não reza missa e que mantém uma amizade suspeita com uma cantora". A empreitada consumiu boa parte dos bens do Padre Ruivo, e sua proibição, como definiu ele próprio, representou a "ruína total".

    Vivaldi, quase falido e mal visto em sua cidade, resolve partir para o norte da Europa, em 1740. Os motivos e o destino desse exílio ainda são misteriosos, como boa parte da vida do compositor. Alguns historiadores defendem que Vivaldi teria, na verdade, sido expulso pelo governo da República de Veneza. Mas não há certezas.

    De qualquer modo, a fuga de Vivaldi foi interrompida em Viena. Todos os indícios mostram que a capital austríaca era apenas um ponto de passagem. Ele se hospeda, ao lado da inseparável Annina, na casa de um desconhecido, de nome Satler. Passa algum tempo lá e, de maneira inesperada, no dia 28 de julho de 1741, falece.

    Seu funeral foi a exata antítese dos sucessos fulgurantes que obteve tanto como diretor da Ospedale quanto como empresário de ópera: simples, pobre, sem rituais nem protocolos, na mais completa obscuridade. A contradição final para uma biografia marcada por elas.

    didi
    Veterano
    # jun/05
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    Vivaldi - continuação

    * Obra

    A principal característica da obra de Antonio Vivaldi é o sua própria personalidade: uma agitação, um furor, um inquietamento, uma ânsia de compor raramente igualada em toda a história da música. É fácil verificar o tamanho desta furia musical: seu catálogo de obras conta, sem contarmos o que se perdeu, 456 concertos, 73 sonatas, 44 motetos, três oratórios, duas serenatas, cerca de cem árias, 30 cantatas e 47 óperas!

    Todas as peças têm a marca pessoal do compositor: a sedução. É bastante difícil ficar indiferente à música de Vivaldi, que é das mais ricas, brilhantes e coloridas já compostas. Nessa busca pelo coração do ouvinte, o Padre Ruivo sempre optou pelas formas mais claras e pelas estruturas mais simples para construir sua obra.

    Mas Vivaldi não pode ser considerado apenas um criador incansável de inesquecíveis melodias; ele deixou sua marca em toda a música instrumental que o sucedeu. É, com efeito, o primeiro compositor sinfônico. Com Vivaldi, os violinos adquirem grande força e densidade orquestral; é fixado o esquema tradicional de movimentos (rápido-lento-rápido); surge o concerto para solista; a instrumentação e a orquestração ganham importância nunca alcançada.

    Não podemos esquecer seu lado "impressionista", representado em obras como As Quatro Estações e A Tempestade no Mar. Seria o primeiro compositor de música de programa, cem anos antes de Berlioz e companhia? Talvez, mas Vivaldi fazia muito mais evocação e representação de sentimentos que simples descrição. Por isso sua música era nova para a época em que foi composta e até hoje não perdeu seu encanto.

    Vivaldi se destacou principalmente em três gêneros: música sacra (apesar de tudo, ainda era um padre), ópera e, principalmente, o concerto. É aqui que encontramos o melhor de sua música.

    música sacra
    É a parte da extensa produção vivaldiana menos conhecida pelo grande público, mas é também uma das mais interessantes. Vivaldi, como compositor de ópera, não poderia deixar de escrever música sacra "teatral", cheia de vigor e vitalidade. A união teatral-litúrgico / sacro-profano, como na própria vida do compositor, se faz marcantemente presente.

    A mais conhecida peça sacra de Vivaldi é o Gloria, uma obra de majestosidade e beleza impressionantes. Outras obras-primas: o Stabat Mater, intensamente dramático; o Salmo 111, Beatus Vir; o Credo; e o Dixit Dominus.

    No campo do oratório, a maior obra de Vivaldi é o imponente Juditha Triumphans, escrito em 1716, de orquestração deslumbrante e de virtuosismo vocal quase operístico. É, inclusive, muito mais convincente em termos dramáticos que suas próprias óperas.

    ópera
    Apesar de ter dedicado a maior parte da vida ao teatro, a produção operística de Vivaldi não está entre a melhor música que compôs. Neste terreno, é, de certa forma, um compositor tradicional, infinitamente ligado às convenções e aos modismos - exatamente como pintou Marcello em Il Teatro alla Moda.

    O pior defeito das óperas vivaldianas está nos libretos, muito fracos e desinteressantes. E Vivaldi parece não se importar muito com isso, não resolvendo suas óperas no sentido dramático: as árias não se relacionam umas com as outras. O compositor adapta seu estilo vibrante e sua instrumentação colorida ao que o público veneziano queria e estava acostumado a ver em cena: muito bel canto e virtuosismo vocal para a glória dos cantores.

    A melhor incursão de Vivaldi no gênero é sem dúvida Orlando Furioso, ópera que foi reescrita três vezes - atitude incomum que talvez explique a qualidade da obra.

    concerto
    Este sim, o território das maiores obras-primas vivaldianas, e onde ele transformou toda sua fantasia em música. Já vimos o quanto estes concertos ajudaram a fixar inúmeras características da música sinfônica posterior; o Vivaldi dos concertos é o Vivaldi revolucionário e experimentalista.

    A grande explicação para essa ousadia é o fato de que todas estas obras foram destinadas ao Ospedale della Pietà. Lá ele tinha toda a liberdade - e estrutura, principalmente - para realizar seus exercícios e experimentações. Na Pietà, Vivaldi não tinha nenhuma das preocupações com o gosto volúvel do público, com o estrelismo dos cantores e com a necessidade constante de sucesso, que eram as tônicas de sua carreira teatral.

    A maior parte dos concertos são para violino (223), mas Vivaldi gostava de experimentar outras combinações instrumentais: 27 concertos para violoncelo, 39 para fagote (!), 13 para oboé e até concertos para trompa, viola d'amore, alaúde, tiorba, bandolim, flautim...

    A grande maioria dessas obras ficaram em manuscritos, que depois foram vendidos por um ducado cada alguns meses antes de sua morte. Outros poucos foram publicados ainda em sua vida, em coleções cujos nomes são bastante significativos: L'estro armonico (A inspiração harmoniosa), La stravaganza (A extravagância), Il cimento dell'armonia e dell'invenzione (O confronto entre a harmonia e a invenção), La cetra (A cítara) e o Il pastor fido (O pastor fiel).

    O conjunto mais conhecido é o opus 8, O confronto entre a harmonia e a invenção, que incluem As Quatro Estações, A Tempestade no Mar e La Notte. Os quatro primeiros concertos do álbum são justamente as estações, que se tornaram a obra mais célebre do compositor e uma das mais queridas de toda a música ocidental.

    gustavo_ractz
    Veterano
    # jul/05
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    Brazílio Itiberê – MÚSICA

    Data de Nascimento: 01/08/1846
    Data de Falecimento: 11/08/1913
    Local de Nascimento: Paranaguá (Brazílio Itiberê da Cunha, nascido em Paranaguá em 1846 e faleceu em Berlim em 11/08/1913), é considerado como um dos precursores da música brasileira de caráter nacionalista. Estudou piano e violino, e foi para o piano que compôs suas obras mais importantes e conhecidas. A música de Brazílio Itiberê pode ser dividida em duas vertentes: a de cunho nacionalista e a que segue as tendências da música internacional de sua época. A organização formal das peças musicais indicam a competência profissional do músico. Vasco Mariz diz em seu livro “História da Música no Brasil” que Liszt teria interpretado a obra de Brazílio Itiberê em Roma e possivelmente gravado-a em cilindro de pianola. Sua música é um legado de um contexto social-histórico que honra a cultura brasileira.

    gustavo_ractz
    Veterano
    # jul/05
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    Francisco Mignone



    VIDA

    Nasceu em São Paulo em 3 de setembro de 1897 e faleceu no Rio de Janeiro em 19 de fevereiro de 1986.
    Foi o compositor brasileiro mais importante de sua geração.
    Aos dez anos começou a estudar piano com Sílvio Motto. Nesta época, usando o pseudônimo de Chico Bororó, já era um conhecido seresteiro, compondo e tocando em rodas de choro nas esquinas dos bairros paulistas do Brás, Bexiga, Barrafunda.
    Em 1920 foi estudar em Milão com Vincenzo Ferroni. Sob a orientação deste, escreveu O Contratador de Diamantes, sua primeira ópera. Congada, peça orquestral desta ópera, foi regida em primeira audição por Richard Strauss e executada pela Orquestra Filarmônica de Viena, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em 1923.
    De volta ao Brasil, em 1929, foi atraído pelo movimento nacionalista. Sua produção de inspiração brasileira inclui Fantasias Brasileiras, Festa das Igrejas e Quadros Amazônicos, em que recorre a ousadas soluções técnicas. Compôs também bailados inspirados no maracatu e em outros motivos folclóricos.
    Ainda dessa fase destacam-se Iara e as 12 Valsas de Esquina. Neste período, compôs uma de suas melhores obras, a primeira do ciclo negro Maracatu de Chico Rei, um bailado afro-brasileiro.
    A partir de 1959, libertou-se das influências nacionalistas. Seu trabalho experimentou uma renovação imprevista quando optou por aceitar qualquer sistema ou processo de composição que lhe garantisse total liberdade de expressão.
    Arturo Toscanini gravou a sua Festa das Igrejas.
    Considerado o "rei da valsa" por Manuel Bandeira, Mignone compôs muitas obras para piano solo. Compôs, também, várias canções com base em poemas de autores brasileiros consagrados. Escreveu músicas para os filmes Menina-moça, Caiçara e Sob o Céu da Bahia.
    Nas décadas de 70 e 80 compôs várias obras importantes, como as óperas Chalaça e O Sargento de Milícias, o Concerto para violão, Nazarethianas e o bailado O Caçador de Esmeraldas, inspirado num poema de Olavo Bilac.


    OBRA

    O Contratador de Diamantes (1921), ópera com a famosa "Congada";
    L'Innocente, ópera.
    O Sargento de Milícias (1978), ópera;
    O Chalaça (1973), ópera;
    Concerto para violão (1975);
    Nazarethianas (1977);
    O Caçador de Esmeraldas (1981), bailado.

    De inspiração nacionalista:
    Fantasias Brasileiras;
    Festa das Igrejas (1940);
    Quadros Amazônicos (1942);
    Iara (1942);
    Valsas de Esquina (1938-42), para piano;
    Maracatu de Chico Rei, bailado;

    Obras para piano solo:
    Seis Prelúdios;
    Lendas Sertanejas;
    12 Valsas-Choro;
    12 Valsas Brasileiras;
    12 Valsas de Esquina;
    Embolada do Brigadeiro

    Obras para piano e orquestra:
    Fantasias Brasileiras;
    Concerto.

    Canções:
    No Meio do Caminho;
    A Estrela;
    Anjo da Guarda;
    Berimbau;
    Solar do Desamado;
    Pousa a Mão na Minha Testa;
    O Café;
    Sinfonia do Trabalho;
    Rudá;
    Cantiga do Ai;
    Coleção Poema das Cinco Canções;
    Pequeno Oratório de Santa Clara.

    Ata
    Veterano
    # jul/05
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    muito bom, pessoal

    eu gosto de salvar essas paradas no Word, pra ter tudo no PC :)

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