Pequena dúvida sobre acordes e intervalos

Autor Mensagem
Ata
Veterano
# nov/05


Oi gente

vou usar os exemplos em Dó pra facilitar

Dúvida 1

Bem, o acorde maior é formado por C E G, o menor por C Eb G, claro está.

Um corde diminuto tem que ter a quinta diminuta, certo? No caso, Gb.
Então, qual desses dois seria o certo?:

C E Gb
C Eb Gb

Aí que tá minha dúvida... o primeiro seria um acorde "maior diminuto" e o segundo um "menor diminuto"? Caso não, então como se chamaria cada um dos dois?

Eu to usando "diminuto", mas a minha dúvida é quanto ao diminuto e ao aumentado, e acredito que o mesmo vale pros dois, não vale? Digo...

C E G#
C Eb G#

Dúvida 2
Eu tava fazendo umas progressões no violão com acordes com nona, pra trabalhar a abertura da mão esquerda.

O tom do trecho era em Dó Maior

No acorde de C9, a nona era o D
No acorde de Dm9, a nona era o E
E no acorde de Em9, a nona deveria ser o F (seguindo as notas da escala de Dó Maior) ou o F# (mantendo o mesmo intervalo que ocorreu nos acordes anteriores, entre a primeira e a nona nota)?


Dúvida 3

Eu tenho um livro aqui, ABC da Música de Imogen Holst, e no capítulo sobre consonância e dissonância temos:

"

- Os uníssonos, oitavas, 5ª justas e 4ª justas são CONSONÂNCIAS PERFEITAS.

- As 3ª maiores, 3ª menores, 6ª maiores e 6ª menores são CONSONÂNCIAS IMPERFEITAS

- As 2ª maiores, 2ª menores, 7ª maiores, 7ª menores e os intervalos aumentados e diminutos são DISSONÂNCIAS.

"

Pois bem...

Indo por isso, eu tenho que uma 6ª menor (C - Ab) é uma CONSONÂNCIA IMPERFEITA, enquanto que uma quinta aumentada (C - G#) é uma DISSONÂNCIA

Ou ainda, que um uníssono (C - C) é uma CONSONÂNCIA PERFEITA, mas que uma 2ª diminuta (C - Dbb) é uma DISSONÂNCIA.

Alguém saberia me explicar isso? O livro tá errado mesmo? Alguém saberia me dar uma definição como o livro fez, mas correta?
___________________________________________________________

bem, se alguém teve saco de ler tudo, e quiser me dar uma força, sou muito grato

Abraços

fernando tecladista
Veterano
# nov/05
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duvida 1
um dó diminuto é:
na cifra aparece como Cº / Dº ..... ou Cdim


Dó / Mib / Solb / Si bb/ (sí (b) dobrado bemol)

ná verdade esse sí dobrado bemol é na nota lá (mas se vc chamar de lá estara usando a nomenclatura errada
porque:
de Dó a Sí é 7ª maior
dá a Síb é 7ª menor
de Dó a Sibb é 7ª diminuta

C E Gb esse vem como C5- dó com quinta diminuta
C Eb Gb esse é Cm5- dó menor com quinta diminuta

C E G# - C5+ do com quinta aumentada
C Eb G# - Cm 5+

como cifra é uma mistureba que todos se entendem tem lugar que marca o C5- como C- ou C-5

Dúvida 2
para montar acordes sempre considere a escala maior do acorde em si, independente do tom

o Em9 é com Fa#

já que a escala de E (Mí ) é:

mi fa# sol# la si do# re# mi fa#......
(mesmo que o tom da música seja DóM


Dúvida 3

essa eu peço ajuda ao universitarios :)

eu não conheço o livro e faz um tempo que estudei isso (como na hora de tocar o negocio é tocar, essas classificações por nome eu não lembro bem)
o livro deve está certo, mas o que causa confusão e a diferença de nomeclatura devido a grafia
não sei se isso tem haver com o sistema não temperado onde o G# tem uma pequena diferença do Ab

Gabriel Borges
Veterano
# nov/05
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Dúvida 1

Nem maior nem menor: simplesmente diminuto.

Segundo as regras de teoria musical, o acorde diminuto é formado da tônica (T) + terça menor (3ªm) e quinta diminuta (5ªm), válido para quer tom.
Leia http://www.guitarx.com.br/index.asp?url=library_html/teoria/triades.ht m que responde bem a essa questão.

Todavia tudo depende do referencial: realmente podemos pensar que o acorde diminuto seria um Cm5-/C.
Assim como para o violão, eu posso pensar que C° é iguam a B7/C . Depende do referencial.


Dúvida 2

Conforme o Fernando falou, o correto é F#, pois é a segunda nota da escala de E.

Dúvida 3

Apesar de não ter estudado esse assunto, trata-se apenas de definições teóricas. Existem muitas regras musicais. Mas muitas dessas regras são quebradas ou simplesmente não são seguidas para que o compositor tenha a sonoridade desejada. Outro dia estava conversando com um músico violinista ele me perguntou: " O que é consonância ??? E Dissonância ? " Algo teoricamente dissonante pode soar consonante. É uma questão de referencial.

Juliano de Oliveira
Veterano
# nov/05
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Olá ATA, td bem?

O acorde diminuto é formado pela fundamental (veja bem q o nome correto é fundamental e ñ tônica), 3m, 5dim. e 7dim.No caso de ñ haver a 7dim. pode-se chamar de acorde meio-diminuto (mas aconselho a chamar de acorde menor com 5 diminuta assim como o fernando tecladista disse, para ñ gerar ambiguidades).
Qndo se trata de tríade diminuta, aí é possível excluir a 7, do contrário ele necessariamente deve conter ela.


A segunda dúvida é como os outros amigos falaram.


Já a terceira, é um pouco mais complicada.Vc precisa saber pelo menos o básico de série harmônica.
Se ñ sabe, procure em outro tópico q fala a respeito, acho q se chama: série harmônica...
Pois bem...De acordo com a teoria de Helmholtz, um intervalo é consonante qndo as duas notas q o produzem compartilham de um ou mais harmônicos.Levando em conta essa teoria podemos compôr a série harmônica de cada nota do intervalo e confirir se elas, de fato são coincidentes ou ñ.Ex:
1-) dó/láb - intervalo de sexta menor.Aí já está claro, pois o 5 harmônico de láb é o dó, ou seja, a própria fundamental da outra nota.Nesse caso, eles compartilham o harmônico dó.
2-)dó/sol# - intervalo de quinta aumentada.Se desmembrarmos a série harmônica de sol#, veremos q nenhuma nota dessa série coincide com a da série harmônica de dó(pelo menos até o 6 harmônico pois são os q sõam mais alto).O q acontece, é q no caso de sol#, o dó aparece como si# (5 harmônico).Embora pareça ser a msm nota, o si# apresenta uma leve desafinação em relação ao dó (qm é violinista sabe disso, pra nós q somos pianistas parece meio estranho).
Fazendo isso com todos os intervalos, vc verá q eles contemplam esses msms casos.

fernando tecladista
Veterano
# nov/05
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Juliano de Oliveira
pode-se chamar de acorde meio-diminuto
eu aprendi que o meio diminuto ou semi diminuto é

I - IIIb- Vb- VIIb (a 7ª só um semitom ao inves de um tom (bb) do diminuto

um dó meio-diminuto
seria
do / mib /solb/ sib

fui procurar um livro de harmonia que tenho pra me tirar a dúvida, mas lembrei que está com minha irmã

então pela busca do fórum achei estes:

http://forum.cifraclub.com.br/?action=vthread&topic=36642&forum= 4&page=-1#10


http://forum.cifraclub.com.br/forum/8/2104/

Ata
Veterano
# nov/05
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opa, valeu pela ajuda gente

Então o acorde diminuto é um acorde onde as notas guardam entre si um intervalo de um tom e meio?

C Eb Gb Bbb C...

poxa... esse acorde eu costumo usar nos meus improvissos de órgão, bem como o aumentado

C E G# C...

que as notas tem entre si o intervalo de 2 tons.

Aliás, esse aumentado é assim mesmo? Já que o diminuto não era o que eu pensava, quem sabe o aumentado esteja errado também

Bem, talvéz eu seja burro, talvéz seja o simples fato de 3 pessoas terem falado 3 coisas diferentes... então, ainda não entendi o diminuto.

Vou perguntar de novo, de forma diferente

Uma tríade diminuta só existe de uma forma, ou existe a tríade diminuta maior e menor? Eu imagino que existam, e sejam:

maior - C E Gb (é o acorde inicial da Marcha Nupcial do Sonho de Uma Noite de Verão, se não me engano)

menor - C Eb Gb

ok, se não existir tríade diminuta maior e menor (ou pelo menos não chamadas dessa forma), como seria o nome das duas tríades acima?

E quanto as aumentadas? Existe "aumentada maior" e "aumentada menor"? Na minha cabeça, sim:

C E G#

C Eb G#

se não, como se chamam as duas tríades acima?


Juliano de Oliveira
Opa, tudo bem, e por aí?

Isso aí do meio diminuto já me sanou uma dúvida que eu tinha esquecido de perguntar. O meio diminuto que o fernando tecladista falou:

I - IIIb- Vb- VIIb (a 7ª só um semitom ao inves de um tom (bb) do diminuto

um dó meio-diminuto
seria
do / mib /solb/ sib


não seria um Cdim7?

Juliano de Oliveira, então eu, organista (amador, claro), vou ter que me conformar que há uma CONSONÂNCIA IMPERFEITA em C - Ab e DISSONÂNCIA em C - G#?

A segunda dúvida foi bem esclarecida, as outras ainda persistem um pouco

obrigado pela ajuda de todos!

Ata
Veterano
# nov/05
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é, agora que eu li os tópicos que o fernando tecladista recomendou, tem mais gente falando que o meio diminuto é com 7m, e não simplesmente omitindo... e agora?

Ken Himura
Veterano
# nov/05
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qm é violinista sabe disso, pra nós q somos pianistas parece meio estranho
Exato...Sí# no violino é diferente de Dó. É como se fosse um Dó desafinado...porém mais agudo que o Sí.

Só é possível perceber essas alterações com instrumentos não temperados...

Ken Himura
Veterano
# nov/05
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então eu, organista (amador, claro), vou ter que me conformar que há uma CONSONÂNCIA IMPERFEITA em C - Ab e DISSONÂNCIA em C - G#?
Sim...mas isso só vai funcionar direito se vc estiver dentro de uma série ou campo harmônico. Notas soltas no ar não tem muito valor para análise.

LeandroP
Moderador
# nov/05
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1 -

Acordes diminutos são formados por empilhamento de terças menores (1,5 tom).


C + 3m = Eb ***** Eb + 3m = Gb ***** Gb + 3m = Bbb (ou A)


Se o acorde tiver 5a diminuta e terça maior então ele é um dominante alterado - X7(b5)


2 -

O intervalo de nona maior é de 1 tom (9)
Se for 0,5 tom é nona menor (b9)
Se for 1,5 tom é nona aumentada (#9)


3 -

Isso não faz diferença no meu modo de tocar. Eu só levo em consideração a escala pra poder chamar uma nota de G# ou Ab.
Pra mim é o mesmo som. É uma simples enarmonia... prefiro pensar assim.

PagoderoSatanico
Veterano
# nov/05
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ok, se não existir tríade diminuta maior e menor (ou pelo menos não chamadas dessa forma)

Acho que o Panucci já respondeu bem à questão dos acordes / tríades diminutos, então só mais um toque, relacionado mais à nomenclatura do que à teoria (que me parece ser a questão principal da sua dúvida). Algumas das tríades cujo nome vc quer saber simplesmente não têm nome, pq não são tríades. Como vc já sabe, existem:

Tríades maiores: três notas obedecendo aos intervalos terça maior + terça menor (C E G)
Tríades menores: terça menor + terça maior (C Eb G)
Tríades diminutas: terça menor + terça menor (C Eb Gb)
Tríades aumentadas: terça maior + terça maior (C E G#)

Então um C Eb G#, como vc pergunta, não é uma tríade? Estritamente falando, não. Isso porque a definição de tríade implica um empilhamento de terças. Não há uma terça entre Eb e G#. No sentido estrito, esse intervalo nem existe. O que vc tem é um Eb Ab (quarta justa) ou um D# G# (quarta justa, tb). Isso pq não se pode falar em "terça aumentada", pq só os intervalos justos podem ser aumentados. Terças só podem ser maiores ou menores.

Assim, como não pode existir algo formado por, digamos, terça menor + terça aumentada, não existe uma tríade com essa configuração. Mesma coisa o C E Gb: o que vc tem aí é uma configuração terça maior + segunda justa. Pela teoria tradicional, e insisto nisso: pela teoria tradicional, não pode ser analisado como tríade.

Mas é tudo uma questão de nomenclatura, que não afeta muito a sua produtividade como músico. Um E A D não poderia ser chamado de "tríade quartal" ou algo do tipo? Claro que poderia, pelo menos não teria nada de ilógico nisso. Ou seja, se vc precisar se referir a C E Gb como uma tríade, inventa um nome pra ela e estamos resolvidos. Só achei interessante ressaltar essa questão de que, pra teoria tradicional, tríades são feitas de terças. É um conhecimento meio inútil, mas que no mínimo serve pra impressionar os seus alunos. :)

Juliano de Oliveira
Veterano
# nov/05
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LeandroPanucci
Se o acorde tiver 5a diminuta e terça maior então ele é um dominante alterado - X7(b5)
Essa nomenclatura eu acho um tanto qnto ambígua, pq pode parecer q está se tratando de um acorde com função de dominante, o q nem sempre é.Prefiro pensar q é um acorde com 5 diminuta msm e deixar o nome: dominante, apenas para tratar de funções...Mas cada um com seus conceitos...



Isso não faz diferença no meu modo de tocar. Eu só levo em consideração a escala pra poder chamar uma nota de G# ou Ab.
Pra mim é o mesmo som. É uma simples enarmonia... prefiro pensar assim.

É pq pra guitarra, assim como para o piano, órgão e outros instrumentos onde ñ é preciso encontrar as notas pelo ouvido, como o violino, viola, entre outros, as notas enarmônicas são exatamente as mesmas.Esse ñ é o caso dos instrumentos onde é necessário encontrar a nota (grossamente falando) como os q citei acima, pois existe um pequena diferença entre os dós# e os réb, por exemplo...




PagoderoSatanico
Então um C Eb G#, como vc pergunta, não é uma tríade? Estritamente falando, não. Isso porque a definição de tríade implica um empilhamento de terças. Não há uma terça entre Eb e G#. No sentido estrito, esse intervalo nem existe. O que vc tem é um Eb Ab (quarta justa) ou um D# G# (quarta justa, tb). Isso pq não se pode falar em "terça aumentada", pq só os intervalos justos podem ser aumentados. Terças só podem ser maiores ou menores.

Existe uma terça entre Eb e G# sim, e é justamente uma 3 aumentada!Por isso, o acorde formado pelas notas dó, mib e sol# continua sendo uma tríade.É uma tríade menor com quinta aumentada, o problema é q esse acorde soa enarmonicamente com um G# ou Ab em sua primeira inversão.

PagoderoSatanico
Q teoria tradicional vc se refere, a msm q harmonia tradicional??

LeandroP
Moderador
# nov/05
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Juliano de Oliveira

Eu quis dizer que acorde com 5a diminuta e 3a maior só pode ser um acorde com "sétima da dominante", ou seja, um acorde dominante alterado. O acorde pode até não exercer esta função na harmonia, mas pensar nele como uma escala alterada não é errado.

Quanto aos instrumentos temperados e não temperados eu só penso o seguinte: na guitarra a enarmonia é a mesma coisa e é guitarra que eu toco. Se um instrumento apresenta diferença de um C# e um Db, e você respeitar a nota real, não tem erro.

PagoderoSatanico

Então um C Eb G#, como vc pergunta, não é uma tríade? Estritamente falando, não. Isso porque a definição de tríade implica um empilhamento de terças. Não há uma terça entre Eb e G#. No sentido estrito, esse intervalo nem existe. O que vc tem é um Eb Ab (quarta justa) ou um D# G# (quarta justa, tb). Isso pq não se pode falar em "terça aumentada", pq só os intervalos justos podem ser aumentados. Terças só podem ser maiores ou menores.


Absolutamente correto!!!!


Juliano de Oliveira

Só existem duas terças: maior e menor.

Nenhuma armadura de clave propõe uma "terça aumentada"... isso é loucura.

Juliano de Oliveira
Veterano
# nov/05 · Editado por: Juliano de Oliveira
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LeandroPanucci
De maneira alguma existem apenas duas terças...Esse pensamento de q ñ existem terças aumentadas e nem diminutas inviabiliza toda a questão teórica da ql o sistema tonal se apóia.
Se pensarmos q só existem terças maiores e menores, estaremos considerando q tmb só existem sétimas maiores e menores, assim como as nonas.O q ñ é verdade, o próprio caso do acorde diminuto contradiz essa afirmação, pois a sétima é diminuta e ñ menor.

Vc já ouviu falar no acorde de sexta aumentada francesa, sexta aumentada germânica, sexta aumentada italiana, acorde de 7diminuta??São todos acorde q apresentam os respectivos intervalos no ql da nome a eles, por isso, mais uma vez afirmo q existem terças q podem ser classificadas como: 2xdim., 2xaum., 3xdim....Asim como todos os outros intervalos...
O intervalo de si# para dób, por exemplo, é classificado como sendo 2xdiminuto...


Agora em relação ao sistema temperado, ñ existe maneira de respeitar a nota real, simplesmente pelo fato de ñ serem exatemente a msm nota.As notas enarmônicas sõam diferente, ñ sõam como na guitarra, violão, cravo, etc...Parece estranho, mas é verdade.Pergunta para algum violinista...

Juliano de Oliveira
Veterano
# nov/05
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Eu quis dizer que acorde com 5a diminuta e 3a maior só pode ser um acorde com "sétima da dominante", ou seja, um acorde dominante alterado. O acorde pode até não exercer esta função na harmonia, mas pensar nele como uma escala alterada não é errado.
Acho q estamos usando linguagens diferêntes.Como é possível dizer q um acorde é dominante se ele ñ exerce essa função?
Vc está dizendo q o acorde possui a dominante alterada e ñ q é um acorde dominate alterado, ñ é?E como ele pode ser um acorde de sétima da dominante se nem tem sétima?
Fale de uma maneira mais clara pq talvez possamos chegar a um acordo.
E se vc ñ acredita q existem tríades diminutas, então vc acha q esse acorde de dó, mi, solb ñ pode ser classificado como tríade, pois o intervalo entre mi-solb representa uma terça dim.?

LeandroP
Moderador
# nov/05
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Juliano de Oliveira

Está ok.

Só me mostre uma melodia ou um acorde com uma terça aumentada.

Eu só não sei porque complicar onde cabe uma simplificação.

Eu não toco violino, instrumento destemperado, diet, light, etc.

Não precisa fazer uma tempestade num copo d'água. Eu só disse que quando tem 3a menor e 5a diminuta é uma tríade diminuta. Agora tríade com 3a maior e 5a diminuta você encontra em acordes apoiados no VIIº da menor melódica, ou mesmo da escala hexafônica. Mostrando a 7a menor ou não ela está aí nas duas escalas, você usa se quiser.

Até aonde eu sei, o acorde diminuto é formado por empilhamento de 3as menores, logo existe sim o bb7.... eu só não sei de onde você tirou que eu disse o contrário.

Juliano de Oliveira
Veterano
# nov/05
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LeandroPanucci
Ahhhh...então chegamos a um concenso...


Até aonde eu sei, o acorde diminuto é formado por empilhamento de 3as menores, logo existe sim o bb7.... eu só não sei de onde você tirou que eu disse o contrário.
Vc disse o contrário qndo disse q ñ existem terças diminutas e nem aumentadas, já q as sétimas são classificadas como maiores e menores, assim como elas.Se vc confirma q existe sétima diminuta, então ñ tem como negar q tmb existe sgundas, terças, quartas...diminutas e aumentadas tmb...Foi isso q eu quis dizer...



Não precisa fazer uma tempestade num copo d'água. Eu só disse que quando tem 3a menor e 5a diminuta é uma tríade diminuta. Agora tríade com 3a maior e 5a diminuta você encontra em acordes apoiados no VIIº da menor melódica, ou mesmo da escala hexafônica. Mostrando a 7a menor ou não ela está aí nas duas escalas, você usa se quiser.
Desculpe, ñ quis fazer tempestade no copo d'gua, mas qndo se trata em teoria musical, acho q devemos quase q ignorar a prática, pois podemos cair em contradição devido à ocorrencia de enarmonia.Se ñ seguirmos à risca as "regras" teóricas", fica quase q impossível estabelecermos relações lógicas nas análizes das peças...
Só ñ concordo com o q vc disse em relação à tríade com 3M e 5dim.. Os sétimos graus das escalas menores melódicas ñ são diminutos, e sim os sextos graus q são maiores (ambos coincidem na msm nota), mas msm assim ñ forma um acorde com 3M e 5dim.Pode dar um exemplo do acorde q vc se refere e em q grau da escala ele se situa?A tríade diminuta sim é encontrada nos sétimos graus, tanto da escala menor qnto da maior....

Eu só não sei porque complicar onde cabe uma simplificação.

Eu não toco violino, instrumento destemperado, diet, light, etc


heuaheu....Eu concordo com vc q é muito melhor simplificar do q tentar complicar, mas simplismente, como disse logo acima, se despresarmos as teorias músicais, ou se ñ seguirmos à risca (desprezando um pouco a prática), podemos cair em contradição e ñ encontrar as devidas relações q existe na música (principalmente tonal).Se um acorde é dobrado bemol, ñ devemos pensar q é lá e pronto, pois señ estaríamos enfraquecendo todo o contexto histórico no ql ele descende....Realmente fica mais complicado pensar dessa forma, mas é a maneira q o sistema tonal obedece...Sobre os instrumentos temperados, só me referi a eles para dar sentido à explicação do autor do livro q o ATA citou...


Agora uma melodia ou acorde com uma terça aumentada...infelizmente ñ lembro de nenhuma.Mas sei de um acorde q possui o intervalo de sexta aumentada (q é como se fosse uma terça!):
O intervalo é de sexta aumentada germânica (existem mais três acordes de sexta aumentada, mas só vou falar desse.
Ele é caracterizado por ter a 5dim no baixo, logo acima a 7m, depois a 9m e em seguida a terça do acorde (nessa ordem e de baixo pra cima).Enarmonicamente, daria pra ver claramente q se trata de um acorde comum com sétima, mas se pensarmos nele dessa forma, cairia abaixo toda a argumentação histórica q existe acerca dele...O nome é sexta aumentada devido ao intervalo de sexta aumentada existente entre o baixo e a nota mais aguda.
Ex:Imagine q se trata de um acorde de E.
A 5dim no baixo = sib
A 7m logo acima do baixo = ré
A 9b acima da 7 = fá
A terça do acorde q é a última nota = sol#
Resultado = sib, ré, fá, sol# (acorde de 6aum. sobre E)
Deu pra entender ou ficou confuso?

Juliano de Oliveira
Veterano
# nov/05
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LeandroPanucci
O q eu ñ gostei foi q vc disse q a definição do PagoderoSatanico estava absolutamente correta e a minha era loucura.Mas td bem.Cada um com seus conceitos...
Eu tenho como provar minhas idéias com base no vestibular de música q fiz.Confio nessas definições pq reconheço o grau de conhecimento de todas as pessoas q elaboraram a prova...Se quiser posso te passar ela...

LeandroP
Moderador
# nov/05 · Editado por: LeandroP
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Juliano de Oliveira

Você está colocando palavras que eu não disse, aí é que está o problema.

Eu afirmo que existe 7a diminuta (bb7)... já não digo que exista 3a diminuta... pra mim não faz sentido como guitarrista pensar assim.

Pra mim é assim:


INTERVALO TONS NOME

T -- tônica
b9 0,5 nona menor
9 1,0 nona maior
b3 ou #9 1,5 terça menor / nona aumentada
3 2,0 terça maior
4 2,5 quarta justa
#4 ou b5 3,0 (trít.) quarta aum. / quinta dim.
5 3,5 quinta justa
#5 ou b6 4,0 quinta aum. / sexta menor
6 ou bb7 4,5 sexta maior / sétima dim.
7 5,0 sétima menor
7M 5,5 sétima maior
8 6,0 oitava justa


Pra quê eu vou pensar em outros intervalos se apenas estes já facilitam a minha vida ?!

Juliano de Oliveira
Veterano
# nov/05
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LeandroPanucci
Pra quê eu vou pensar em outros intervalos se apenas estes já facilitam a minha vida ?!
heuahe....ok...vc está pensando td enarmonicamente!
Está bem, se acha melhor (realmente é melhor) mas ñ é uma maneira inteligente.Só posso te afirmar q, pensando dessa maneira, vc ñ conseguirá encontrar relação alguma na harmonia das peças (principalmente eruditas) q tentar analizar.(Isso se as peças forem difíceis).
Mas se suas intenções são outras, ou seja, suas intenções são viver somente da prática.Então ñ precisa se preocupar com essas questões.


Você está colocando palavra que eu não disse, aí é que está o problema.

Eu afirmo que existe 7a diminuta (bb7)... já não digo que exista 3a diminuta... pra mim não faz sentido como guitarrista pensar assim.

Td bem, mas vc ñ acha meio incoerênte pensar q um intervalo q é classificado da msm maneira q outro, recebe atributos e classificações a mais e os outros ñ?
Vou procurar algum exemplo de terça aumentada aí eu posto aqui.O problema é q infelizmente ñ me lembro de nenhum fragmento q tenha um intervalo desses...

LeandroP
Moderador
# nov/05
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Juliano de Oliveira

Eu não entro em detalhes porque sou leigo em música erudita. Pode até ser que existam um monte de coisas que hoje em dia, com a harmonia moderna, não se usa mais... talvez na erudita sim, pra preservar a interpretação, mas na música popular em geral não se usa.

Não faz sentido eu afirmar que um intervalo é uma terça diminuta se o meu ouvido diz que é uma segunda maior.

Sobre alguns intervalos eu aplico umas propriedades, sobre outros não. Se fosse o caso eu iria chamar uma segunda menor (0,5 tom) de tônica aumentada.... pode me chamar de burro, mas isso não entra na minha cabeça... ou até entra, mas eu converto logo este pensamento pra harmonia moderna.

Tudo bem, o tópico é sobre música erudita, e eu sou guitarrista... quiquieu tô fazendo aqui?? oncotô pelamordi deus???

8p:

Juliano de Oliveira
Veterano
# nov/05
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Tudo bem, o tópico é sobre música erudita, e eu sou guitarrista... quiquieu tô fazendo aqui?? oncotô pelamordi deus???
Ñ esquenta ñ, é legal conhecer pessoas q tem idéias diferêntes.Ajuda a reconhecer quão grande é o mundo da música e quantas possibilidades de interpretações dos fenômenos fisicos são possíveis (putz, q viagem - rrsrss).
Deveria haver mais intercâmbio do pessoal de outros fóruns para esse, assim como desse para os outros.Pq, pelo q tenho notado, o erudito é o fórum mais isolado daqui.Eu msm escrevo pouco nos outros...


Mas veja bem q nunca seria possível chamar um intervalo de tônica aumenta, primeiro pq tônica nem é intervalo...hheuae...mas deixa pra lá...

LeandroP
Moderador
# nov/05
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Juliano de Oliveira

E é assim que aprendi o que sei, até hoje... conversando.

Eu entrei neste fórum porque no de guitarra a maioria só quer saber quantas notas por segundos, etc... pelo menos aqui pra discutir teoria.

Mas veja bem q nunca seria possível chamar um intervalo de tônica aumenta, primeiro pq tônica nem é intervalo...hheuae

E sétima aumentada ???

nettoroses
Veterano
# nov/05
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LeandroPanucci
opina ae por favor

http://forum.cifraclub.com.br/forum/14/116765/

Juliano de Oliveira
Veterano
# nov/05
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E sétima aumentada ???
Sétima aumentada sim.Seria o caso de do e si#.

Juliano de Oliveira
Veterano
# nov/05
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LeandroPanucci
Qndo eu tiver de férias, vou ver se posto um tópico só sobre harmonia funcional.Acho q pouca gente sabe de fato o q é isso...

LeandroP
Moderador
# nov/05 · Editado por: LeandroP
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Sétima aumentada sim.Seria o caso de do e si#.

Só se fosse sob o ponto de vista de Dó... mesmo assim... o que daria isso??? Dó, uai.

Se eu ver um # antes da nota B na pauta, eu vou procurar na armadura de clave. Se for a escala de C# (7 sustenidos), tudo bem... senão eu vou achar que está errado...

... e mesmo assim não será uma 7a aumentada, será 7a maior de C#... natural.


vou ver se posto um tópico só sobre harmonia funcional

Pouca gente sabe mesmo... intervalo é a chave de tudo. Acho que se o cara conhece intervalo ele está pronto pra voar.

PagoderoSatanico
Veterano
# nov/05
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Juliano de Oliveira
Acho q estamos usando linguagens diferêntes.Como é possível dizer q um acorde é dominante se ele ñ exerce essa função?

Cara, 99% do material que eu já li sobre Blues coloca os acordes daquele formato clássico de 12 compassos como dominantes, todos eles (tipo C7 F7 C7 G7 etc.., onde o C7 por exemplo é analisado como dominante, todas as orientações pra compor/improvisar sobre ele partem do princípio de que é um dominante, embora a função dele dentro da harmonia seja nitidamente outra).

Agora, que o problema sobre os intervalos é de linguagem, isso eu já tinha falado no meu primeiro post :) A questão é que vc tá falando de intervalos POTENCIAIS, embasados pelo fato de que alguém, em algum momento da história, apontou esses intervalos e deu um nome pra eles.

O que o Panucci e eu estamos falando é que nem sempre é útil destacar e dar nome a todo intervalo potencial. Por exemplo, não se poderia chamar a terça maior de sétima heptabemol ou polidiminuta (bbbbbbb7, ou algo que o valha)? Lingüisticamente, sim. A questão é: PRA QUÊ? No que isso vai ajudar o músico a compor, interpretar e improvisar melhor?

Concordo plenamente contigo sobre a importância de ter senso histórico na música, mas acho um certo exagero essa posição de "às vezes é preciso ignorar a prática pra não contrariar a teoria". Qualquer teoria, sobre qualquer assunto, não passa de uma prática, anterior a ela, que foi colocada por escrito. A teoria não é prescritiva, é descritiva. Não é a descrição do oxigênio que faz ele existir: é a existência dele que dá margem pra uma descrição, e conseqüentemente uma teoria sobre o dito cujo.

O seu argumento me parece ser na linha do "alguma autoridade usou o termo terça aumentada, portanto todo mundo deve usar". Que é um raciocínio plenamente válido, mas aí a discussão tem de sair do campo da música e entrar no da autoridade :) Por exemplo, uma pesquisa rápida no Google: "augmented third" deu 523 resultados. "Perfect fourth" deu 46.100! Ou seja, qualquer que tenha sido a autoridade que cunhou o "terça aumentada", ela não tá sendo lá muito respeitada. E não tá sendo respeitada, defendo eu, pq esse termo é desnecessário (porque honestamente nunca ouvi falar de uma música, erudita ou não, que precise dele pra ser corretamente entendida/interpretada/etc.) e tende a criar confusão onde ela não existe e não precisa existir.

fernando tecladista
Veterano
# nov/05
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hehe..

como eu falei lá em cima na primeira resposta:
cifra é uma mistureba que todos se entendem
o que causa confusão e a diferença de nomeclatura devido a grafia

primeira vez que vejo o fórum de música erudita movimentado

claudinho Dedos Mágicos
Veterano
# nov/05
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Dúvida 1

Os acordes q vc citou estão de acordo com o q o Fernando Tecladista explicou...só q , para não se atrapalhar enquanto não domina a linguagem, considere a 7bb - sétima dobrado bemol- como 6(sexta), pois, fisicamente, é a mesma nota.

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