Tópico do centenário de Paulo Freire

Autor Mensagem
Wanton
Veterano
# jan/22
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makumbator
Moderador
# jan/22
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Wanton

Revelei antes de cumprir a missão de assassinato. Falha minha. Hahaha. Achei que ele tinha morrido. Doideira,

Lelo Mig
Membro
# jan/22
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Wanton

Danilo Gentili deixa claro como pensa este pessoal da direita brazuca:

Não conheço, não li, não entendo... mas não gosto porque a "direita" não gosta.

O problema maior é que a esquerda tem dado indícios de seguir esse caminho também.

makumbator
Moderador
# jan/22
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Lelo Mig
O problema maior é que a esquerda tem dado indícios de seguir esse caminho também.

Quando os dois lados estiverem perfeitamente iguais o projeto do centrão estará completo (insira uma risada diabólica aqui).

Wanton
Veterano
# jan/22
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Lelo Mig
Danilo Gentili deixa claro como pensa este pessoal da direita brazuca

Perdi as contas de quantas vezes ouvi aquele mesmo 'argumento', inclusive, usando o mesmo exemplo do Ivo que viu a uva. O pior é que ouvi de pessoas próximas, um tremendo desgosto.

ProgVacas
Membro Novato
# jan/22
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Lelo Mig
O problema maior é que a esquerda tem dado indícios de seguir esse caminho também.

Como?

Wanton
Veterano
# jan/22 · Editado por: Wanton
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Os que supostamente sabem um pouco mais acusam o Paulo Freire de defender a "aprovação automática". Mais uma prova de desconhecimento do contexto e de olhar enviesado pela manchete. Na boa, ser bolsogado é ter muita vontade de ser idiota.

Prof. Dr. Fernando José de Almeida, sobre o tema:

"Aprovação automática quer dizer sem avaliação, sem orientação, sem cobrança, sem algum apoio. Sendo assim, sem nenhum critério, o aluno é empurrado adiante, correndo ele os riscos de não estar preparado para nada e podendo, mais tarde, atribuir à escola - com razão - o abandono a que foi submetido, sem ter nenhum tipo de orientação.

Progressão continuada, ao contrário, é um alargamento do conceito de período escolar, pois prevê, em vez de anos, ciclos. E aí é possível falar em ciclo letivo, com mais do que os 200 dias previsto na lei, e também em ciclo de aprendizagem do aluno - e esse pode ser de dois ou três meses, um semestre, um ou mais anos. Dividir o tempo escolar fugindo do calendário anual tem por objetivo aprofundar a concepção sobre o ensino e a aprendizagem. Sabe-se, comprovadamente, que as crianças têm diferentes habilidades e, por isso, diversas maneiras e ritmos para aprender. Mas todos podem chegar lá. E chegam. Às vezes, alguns meses ou um semestre a mais são suficientes para constatar mudanças no aluno. Em um curto período de tempo, ele pode amadurecer, superar um problema familiar ou adquirir mais segurança com a ajuda de um professor - fatores que repercutem profundamente na sua capacidade de aprender.

Reprovar a criança uma, duas ou três vezes e mandá-la ficar com colegas menores causa problemas de adaptação e provoca desinteresse por ela ser obrigada a ver e estudar tudo de novo. Quando adota essa prática, a escola se assemelha a uma indústria automobilística, que devolve à fundição as engrenagens que não estão dentro das normas técnicas. Só que com seres humanos é diferente: não há padrão e, no que diz respeito ao retorno ao início, não se pode dizer que não houve aprendizagem alguma no ano "perdido". O resultado da reprovação anual na rede pública é a expulsão de milhares de jovens da escola, colocando-os no abandono e na marginalidade.

Os sistemas de progressão continuada são a forma mais eficaz e justa de estabelecer os prazos de reprovação para mudança de fase escolar. Na Finlândia, que tem uma realidade bem diferente da nossa, o ciclo básico é de nove anos e só após esse tempo são feitas as provas que indicam quem ficará retido. Na cidade de São Paulo, Paulo Freire (1921-1997), quando secretário de Educação, entre 1989 e 1991, propôs que os ciclos fossem de três anos no Ensino Fundamental e apenas no fim de cada um haveria exames que definiriam se o aluno seria retido ou não. Sistemas desse tipo devem vir acompanhados de um mecanismo que permita a correção dos rumos antes do fim do ano e envolva os professores em planos de orientação dos alunos com dificuldades. Na verdade, é bom que se diga, essas dificuldades, geralmente, não são dos alunos, mas da escola, do currículo (com pouco ou nenhum significado para eles) e dos professores.

A solução para um ensino eficaz não está na repetição dos conteúdos ou na afirmação - pobre - de que os jovens não gostam de estudar. Está na obrigação que a escola tem de oferecer a oportunidade de todos aprenderem."


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