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Lelo Mig Membro
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# mar/20 · Editado por: Lelo Mig
Ontem assisti O Poço. - El Hoyo - The Platform.
Gostei bastante... dou nota 9,0.
Filme espanhol de suspense, terror, ficção, distopia, dirigido por Galder Gaztelu-Urrutia (primeiro longa dele) e lançado em 2019 pela Netflix.
Uma metáfora bastante interessante sobre desigualdade social e religião, sob meu entendimento, reflete também sobre abstinência e sobre esperança.
Acho que uma pequena sinopse já é o suficiente para estragar parte da experiência. Por isso nem vou dar.
Se assistiu... disserte.
Assistiu outro? Recomenda? Use este espaço!
Alimentem seus cérebros nessa quarentena, cambada de semianalfabetos!
"Arte e Cultura não é aquilo que entra pelos seus olhos e ouvidos, é aquilo que muda sua maneira de ver e ouvir."
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Buja Veterano |
# mar/20
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Vejemos
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makumbator Moderador
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# mar/20
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Lelo Mig
Esse filme tem sangue ou é suspense só psicológico?
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entamoeba Membro Novato |
# mar/20
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Lelo Mig O Poço
Tá na minha fila. Chego lá.
Esses dias assisti Olhos que condenam (When they see us). É série de uma temporada, muito boa!
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makumbator Moderador
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# mar/20
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entamoeba
É, esse aí eu assisti tem tempo. Pesado. O irônico é que a equipe dessa investigação serviu de inspiração para as séries tipo law & order SVU e correlatas.
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Lelo Mig Membro
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# mar/20
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makumbator
Têm bastante sangue...
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Wild Bill Hickok Membro Novato |
# mar/20
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Assisti o trailer ante ontem, tá na lista pra ver mais tarde
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makumbator Moderador
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# mar/20
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Lelo Mig
Maneiro! Curto filme sanguinolento.
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Pigeonsslayer Membro Novato |
# mar/20
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entamoeba Olhos que condenam (When they see us). É série de uma temporada, muito boa!
Assino embaixo.
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Pigeonsslayer Membro Novato |
# mar/20 · Editado por: Pigeonsslayer
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Tem uma série que recomendo, Peaky Blinders, ambientada nos anos 30, sobre uma gangue inglesa de ciganos que envolve além do universo de gangues muita política e a agitação social em plena efeversencência de algumas das principais ideologias que até o presente não perderam atualidade. Tem um lado apelativo, meio místico, meio sexual presente na trama que, feitas as devidas ressalvas (é um TV show, natural haver uma boa pitada de sexo, misticismo, E VIOLÊNCIA), não tenta se sobrepor ao desenvolvimento do enredo.
Edit: um aspecto que me fez gostar bastante da série é que ela parece a todo o tempo corroborar com a minha visão de que não existem mocinhos legítimos. O humano age como mocinho ou bandido conforme um balanço entre a sua própria régua moral e a defesa de seus principais interesses.
Ozark também é uma série bem envolvente, a trama base abarca um misto de cartel do narcotráfico e mercado financeiro (pelo menos na primeira temporada) mas essa é mais manjada.
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JJJ Veterano
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# mar/20
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Lelo Mig
[spoilers on]
Vi ontem (ou ante-ontem, sei lá, tô meio perdido no tempo com essa quarentena).
Marromeno, mas tinha muita incoerência ali...
A mulher que descia todo dia. Nunca desceu até o fim? Pô...
O cara entrou ali por vontade própria? Ah... vá...
Trocentos níveis? Um mês abaixo do 100 e todo mundo estaria morto.
Enfim, o filme é doido, então entra a liberdade poética... mas tem furo demais... De qualquer forma, prende.
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Lelo Mig Membro
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# mar/20 · Editado por: Lelo Mig
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JJJ
Cara... o filme é uma metáfora.
Se você ficar procurando lógica, querendo realidade, explicar cientificamente estas paradas você fode tudo.
Não é prá ter lógica realistica, não é para ser factível. Não é esse o intuito. Teus sonhos são surreais, você têm de analisar o filme por essa ótica.
Homem aranha, Capitão América, Zumbis, Ultra Seven... essas porras também não existem, por que esse filme teria de ser realista? Relaxa!
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Casper Veterano
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# mar/20
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Gostei muito do O Poço. Leva a muitas reflexões sobre a desigualdade da sociedade.
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JJJ Veterano
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# mar/20 · Editado por: JJJ
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Lelo Mig o filme é uma metáfora.
Sim, foi o que eu quis dizer com "doido" e "licença poética".
Mas não o suficiente. Explico: se fosse só doido e metafórico, o cara não ia ficar fazendo perguntas no início, às quais o velho só dizia que era "óbvio". Então, se tinha questionamentos, eu não posso ver o filme e achar que estou sonhando.
E, claro, tem o meu lado de exatas, que não me larga...
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makumbator Moderador
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# mar/20
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Casper JJJ Lelo Mig
Assistirei essa bagaça hoje de madrugada. Se eu não gostar vocês vão se ver comigo!
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Lelo Mig Membro
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# mar/20
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JJJ
"E, claro, tem o meu lado de exatas, que não me larga..."
Tá explicado!
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makumbator Moderador
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# mar/20 · Editado por: makumbator
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Lelo Mig
Assisti ao filme. Adorei! Agradeço a indicação!
JJJ
[spoilers on]
A mulher que descia todo dia. Nunca desceu até o fim? Pô...
Depois do último nível se via um breu total, então ela deve ter ficado com medo de descer por não saber o que havia ali.Era perceptível que depois não havia mais um nível normal como antes.
O cara entrou ali por vontade própria? Ah... vá...
Ele entrou para escrever sobre a experiência. Você já ouviu falar da jornalista americana Nellie Bly? Pois então, ela fez algo bastante parecido: https://pt.wikipedia.org/wiki/Nellie_Bly
Trocentos níveis? Um mês abaixo do 100 e todo mundo estaria morto.
Mas a maioria estava mesmo morta a partir de certo ponto (dá pra ver isso quando eles descem até o fim). Obviamente que quem sobreviveria estava praticando canibalismo (como retratado). Acho que dá sim pra ficar comendo as partes dos corpos e aguentar 1 mês (pois a água é livre na torneira). Inclusive dá para entrar na plataforma e descer para atacar quem estiver vivo e comer mais corpos abaixo. Em cercos de guerras há combatentes presos que ficam mais que isso vivendo só de canibalismo (Stalingrado é um bom exemplo).
Pra mim ficou implícito que muitos morriam, mas novos presos chegavam para os lugares vagos (como ocorre normalmente em qualquer prisão). Então não haveria falta de ocupantes para todos os níveis.
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Lelo Mig Membro
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# mar/20 · Editado por: Lelo Mig
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makumbator JJJ
Legal que gostou! Fico feliz!
[Spoiler On]
"A mulher que descia todo dia. Nunca desceu até o fim? Pô..."
Descer até o fim prá quê? A menina estava alimentada e bem cuidada, claramente sua única obsessão era manter a guria viva e bem. Além de quê o filme não mostra... mas como ela subia de novo? Será que não era descendo até o fim?
"O cara entrou ali por vontade própria? Ah... vá..."
Se você imaginar que o andar zero é Deus (caso seja religioso) ou a natureza, que nos entrega tudo com fartura e perfeição, poderá coloca-lo na posição do herói altruísta (como dom Quixote, que inclusive ele é a cara do Quixote) ou como um messias, como Jesus. A "vontade própria" neste caso pode ser entendida como uma "penitência", "missão" ou mesmo "live arbítrio". O "messias" esta destinado a sua missão, mesmo não sabendo.
"Trocentos níveis? Um mês abaixo do 100 e todo mundo estaria morto."
O filme deixa claro que a maioria abaixo do 100 esta morto, porque mostra que a plataforma não para em andares onde não há vida.
Porém, o filme "estipula" 1 mês em cada andar, não é por acaso. Esse é o tempo médio que um homem saudável aguenta sem comer se tiver água. Existem vários testes documentados pela ciência. O recorde de ficar sem comer (sem óbito) é de 50 dias. Se o cara, após este período, subir para um andar "bonzinho", se recuperaria.
O resto das minhas interpretações vou deixando para mais prá frente.
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makumbator Moderador
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# mar/20 · Editado por: makumbator
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[Spoiler On]
Lelo Mig Se você imaginar que o andar zero é Deus (caso seja religioso) ou a natureza, que nos entrega tudo com fartura e perfeição, poderá coloca-lo na posição do herói altruísta (como dom Quixote, que inclusive ele é a cara do Quixote) ou como um messias, como Jesus.
E também pode ser visto como uma alegoria da sociedade politicamente. (nível zero com administração (governo) e seus empregados (cozinheiros, chef, ajudantes, etc...)).O nível 333 é a ralé da ralé. A proposta da ex-funcionária tentava justamente dividir e fazer com que as pessoas consumissem de maneira ordenada para sobrar para os demais do fundo (dá para pensar no filme em termos "ecológicos" e de sustentabilidade também).
Achei legal quando o chef lá na cozinha fica puto com os funcionários que erraram minimamente na comida. Ele exigia um nível de excelência supremo, mesmo que a comida fosse destroçada já no primeiro piso pelas pessoas em desespero e animalizadas.
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Lelo Mig Membro
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# mar/20 · Editado por: Lelo Mig
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makumbator
[Spoiler On]
"uma alegoria da sociedade politicamente. "
Quanto a isso, sem dúvida. A questão das classes sociais é explícita e inclusive uma pitada da "utopia socialista" no sentido de que, se todos fossem bons, honestos e justos, havia comida para alimentar todos.
333 andares, com 2 pessoas em cada = 666. Acha que é uma coincidência?
"Assistirei essa bagaça hoje de madrugada. Se eu não gostar vocês vão se ver comigo!"
Beleza! Tô com um crédito com o makumba
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Silspiders Membro Novato |
# mar/20
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Esse filme eu vi logo na estreia, deixei lembrete marcado, pois já havia lido sobre ele.
É excelente, por justamente apresentar uma crítica pesada à individualidade em tempos tão sombrios. Um paralelo atual em relação a isso é o que vem acontecendo com o contágio do novo coronavírus, sendo que todo mundo sabe que o isolamento social não é apenas necessário, mas a principal forma de combate. Pessoas fora do grupo de risco que se expõem por causa da cultura da individualidade que há pelo menos três décadas assola nossa sociedade. Sempre existiu porém tem se intensificado cada vez mais. Essas pessoas fora do grupo de risco, ou com acesso a saúde de primeira, colocam-se à prova e não estão nem aí se vão levar o vírus adiante e causar a morte de outros.
E a desigualdade social sendo tratada de uma maneira bem direta, para o espectador sentir ojeriza mesmo.
"Os ricos cagam (ou cospem em) pra você", um jargão! Mostrado sem censura no filme. Os ricos representados por quem está acima. A mensagem que quem está acima pode ficar por baixo é só uma esperança. Não é bem assim.
No fim as boas certezas do filme são só esperança mesmo.
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Silspiders Membro Novato |
# mar/20
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Eu queria falar mais sobre o filme, o que representa a criança, e tudo mais, mas é problema dar spoiler, né?
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Lelo Mig Membro
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# mar/20 · Editado por: Lelo Mig
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Silspiders
"é problema dar spoiler, né?"
Fique à vontade, sugiro escrever:
[Spoiler On] - assim só lê quem quer, você avisou, acho justo.
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Silspiders Membro Novato |
# mar/20
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[Spoiler On]
Como você interpreta a criança, como trabalho infantil? Porque ela não aparece no registro da administração, como a funcionária que se voluntariou para entrar no poço disse em diálogo com Goreng. Aí ela aparece lá no lugar onde não tem nada e não é registrado.
Não há registro da criança, portanto.
Acho que é uma crítica ao trabalho infantil.
Concorda?
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JJJ Veterano
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# mar/20
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Vocês me criticaram mas estão, da mesma forma, tentando achar lógica onde não há...
Parece aqueles professores de literatura chegando a mil conclusões sobre um poema ou letra de música e depois o próprio autor diz que não é nada daquilo.
É só um filme doido mesmo e pronto. Mas prende, dá pra assistir de boa.
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Lelo Mig Membro
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# mar/20
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Silspiders
"Acho que é uma crítica ao trabalho infantil. Concorda?"
Não! não concordo. A criança é a esperança.
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makumbator Moderador
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# mar/20 · Editado por: makumbator
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JJJ É só um filme doido mesmo e pronto. Mas prende, dá pra assistir de boa.
Nem é tão doido assim. Não é mais doido que Star Wars, por exemplo.
[Spoiler On]
O da pessoa de fora entrando pra descobrir como é o sistema é plenamente realista (além da Nellie Bly, tem vários outros casos semelhantes).
Silspiders
E não é apenas o rico cagando no pobre, mas o pobre cagando no mais pobre também. O cara que estivesse no nível 140 (por exemplo) não é alguém rico dentro daquele sistema, mas mesmo assim ele despreza quem está mais abaixo, e no caso de chegar alguma coisa de comer ele pegaria sem pensar nos dos níveis abaixo.
Os únicos em situação diferenciada são os que estivessem no nível 1 (pois recebem a comida intocada e ninguém caga neles, apesar de também estarem sob a dominação da administração e seus funcionários) e os do nível 333, que não pode cagar em ninguém, pois está no máximo da escória.
Por outro lado, pode-se alegar que há alguma mobilidade social no experimento, uma vez que quem está nos níveis acima sabe que pode cair ou subir, e quem está mais abaixo pode subir (ou cair mais ainda...hehehe). Só não se pode sair do sistema sem a anuência da administração. Obviamente que a mobilidade social nesse caso é totalmente randômica (ou ao menos parece ser), e não importam as atitudes e comportamento para subir ou descer.
Observem que não havia qualquer punição feita pela administração para quem mudasse de nível por conta própria usando a plataforma. A única punição era tentar guardar comida para depois. Então era permitido descer alguns níveis e matar as pessoas abaixo para roubar o pertence escolhido delas, para fins de canibalismo (ou mesmo estupro, se assim fosse desejado).
Outra conclusão é notar que todos estão no sistema. Mesmo os funcionários (que não estão nas celas) participam do esquema maior, e são exigidos pelo chef de cozinha (que quer excelência absoluta) e da administração
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Silspiders Membro Novato |
# mar/20
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Lelo
A criança é a esperança.
Eu também pensei assim, no começo... Mas por que esperança? Existem mil explicações do porquê a criança pode representar esperança e certamente eu concordaria com elas, porém o filme não é clichê, mas crítico! Então eu ainda considero que a criança, por não constar no registro da funcionária, por ser mantida em segredo, por não estar em nenhuma "cela", mas num lugar também secreto e por ninguém acreditar que ela existe, esteja simbolizando o trabalho infantil, pois ele é assim. Aqui mesmo, desde que participo do fórum, não vi alguém tocando nesse assunto (e você? Já viu?). Ainda que nos deparemos com o trabalho infantil quase diariamente, principalmente nos semáforos, é um assunto escasso por aqui e no nosso cotidiano. Não nos impressionados mais com isso, por mais absurdo que seja. Naturalizamos, vergonhosamente, ainda que não aceitemos. O filme toca nessa nossa ferida. A criança não participava da divisão da comida, mas também não comia bem, porque ficou louca no doce. Essas são as evidências para mim.
makumbator
O cara que estivesse no nível 140 (por exemplo) não é alguém rico dentro daquele sistema, mas mesmo assim ele despreza quem está mais abaixo, e no caso de chegar alguma coisa de comer ele pegaria sem pensar nos dos níveis abaixo.
Não é mas pode ter sido, porque ninguém é dono dos níveis. Você viu que em um momento o cara está num nível acima, considerado bom pelo companheiro do protagonista, em outro onde não chegava nada.
Acho que o filme da até uma esperança para o capitalismo e para a meritocracia: pode funcionar, mas todos devem ter as mesmas condições de se sustentar e existir. Embora para mim seja mais crítico do que parceiro.
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makumbator Moderador
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# mar/20 · Editado por: makumbator
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Silspiders Não é mas pode ter sido, porque ninguém é dono dos níveis.
Isso. A partir do momento que o participante entende o funcionamento do sistema (seja conversando com um colega de cela mais antigo ou observando tudo ao longo dos dias) ele nota que sua situação é meramente transitória. Por um lado isso leva ao medo de cair ainda mais na escala dos níveis, mas também a esperança de subir (e quem sabe tirar a sorte grande e subir muito). Apenas a administração é dona dos níveis (nem os altos funcionários da cozinha podem interferir).
O final do mês mais angustiante talvez seja de quem está no nível 1, pois sabe que vai cair (e talvez vá cair muito). Fica implícito no filme que ninguém se mantém no mesmo nível por meses seguidos (ou seja, a escolha não seria totalmente randômica, uma vez que no "sorteio" a permanência no mesmo ponto é totalmente vetada).
O destino mais trágico é de quem acorda no nível 333. Pois esse nem consegue descer mais para cometer assassinato e canibalismo. Ele precisa aguardar que os ocupantes do níveis um pouco acima (que também sabem que não vai chegar comida alguma pela plataforma) desçam ao dele para aí sim tentar vencer a luta e se alimentar do oponente. É o estado de natureza puro.
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Lelo Mig Membro
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# mar/20 · Editado por: Lelo Mig
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Silspiders
Não vejo assim não. Ainda que o filme seja crítico e politizado ele é cheio de simbolismos religiosos e místicos.
Então a mãe mantém o "trabalho infantil" vivo e cuida dele? Não vejo sentido. Se você transforma a criança em símbolo do trabalho infantil, em minha opinião, você tira a importância da mãe, que prá mim é o personagem principal da história; é quem "nutre" a esperança, mantém a esperança viva.
A criança não consta nos registros e alguns não sabem dela simplesmente porque "esperança é uma questão de crença". Há quem creia em esperança e há quem não.
E, para quem crê "a esperança é última que morre".
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