Do dilema da falta de opção política.

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Samá Samutte
Membro Novato
# abr/16
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brunohardrocker

Eu votei nele nas últimas eleições. Conheço-o faz tempo, é um homem íntegro e muito inteligente. Acredito que seria um ótimo nome para a presidência, entretanto ele não é popular, ninguém o conhece. Se governasse um estado mais evidente poderia ajudar na popularidade. Governando o MT dificilmente vai conseguir alguma visibilidade (eu acho).

Fidel Castro
Veterano
# abr/16
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Samá Samutte

Não tem homem 'íntegro' na realpolitik, integridade não é pragmática.

Bolsonaro ele pode ter os valores dele, mas impossível ele estar no executivo. Não tem visão nem articulação.

brunohardrocker
Veterano
# abr/16
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Samá Samutte

O marketing do partido terá que pedalar.

brunohardrocker
Veterano
# abr/16
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Para cargo executivo só curto que tem perfil de gestor. Nem perfil economista, acima disso tem que ter credenciais de gestor.

Lugar do Bolsonaro é onde está, legislador, representante de uma categoria social, e só. Nem pra ministro da defesa, nem pra secretário do ministério. Pra assumir uma pasta não tem que saber pular de paraquedas, nem ser atirador de elite. Assim como pra ser secretário de saúde não basta ser médico, tem que ter no mínimo formação em administração hospitalar.

Pra executivo, não tem nem que ter alguma paixão ideológica. Lugar de apaixonado é na universidade, no dce, na avenida.

Wade
Membro Novato
# abr/16
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partido revolucionário de esquerda

Como se algum fosse.

sallqantay
Veterano
# abr/16
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o bolsomito é bom pois dá no saco dos esquerdopatas, mas fora isso é irrelevante

sallqantay
Veterano
# abr/16
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partido revolucionário de esquerda

isso é redundância. Toda a esquerda é pela ruptura, em maior ou menor grau. Continuidade é coisa da direita

-Dan
Veterano
# abr/16
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Fidel Castro
MG o Aécin ainda se sai melhor,

O estado de MG tá quebrado cara. PSDB entregou quebrado.

Konrad
Veterano
# abr/16
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Sei lá, como opção ao PT ou a essa esquerda burra (sic) que nós temos (o muro não caiu para eles) eu gostaria de ver o Pedro Toques. Mas caiu num partido que vai se autodestruir porque não consegue aglutinar e agir minimamente como bloco. Aí fodel.

Konrad
Veterano
# abr/16
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Mas claro, essa é minha visão romântica da coisa. Na visão pragmática realpolitik da vida (como o Excel mencionou) eu não tenho aposta.

Fidel Castro
Veterano
# abr/16
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Konrad

se saiu do Centro Oeste, é ruralista.

to fora, atraso economico colocar esses caras

sallqantay
Veterano
# abr/16
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Fidel Castro
ruralista

opa, 03 safras por ano no maior território agrícola do planeta é atraso economico?

Konrad
Veterano
# abr/16
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Fidel Castro

Não caia no simplismo, amicö.

sallqantay

Pois é. E com um processo de desenvolvimento de três décadas com grande participação do Estado.

Excel foi excellionico demais até para padrões Excel d'être.

Viciado em Guarana
Veterano
# abr/16
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Fidel Castro
A verdadeira riqueza vem da terra e não criada em bancos com imaginação.

:v

Konrad
Veterano
# abr/16
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Viciado em Guarana

Há controvérsias.

Você está uns 300 anos atrasado. Mas como é de Vilhena.... Hehehe

Viciado em Guarana
Veterano
# abr/16 · Editado por: Viciado em Guarana
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Konrad
Mas a soja é novo ouro, rapaz! Haha!

sallqantay
Veterano
# abr/16
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Viciado em Guarana

sim, mas o milagre só existe com a agroindústria e a BM&F

Edward Blake
Membro Novato
# abr/16 · Editado por: Edward Blake
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Bolsonaro seria um bom candidato.

Idealmente falando, todo presidente deveria ser uma mistura de Woodrow Wilson (em razão da formação intelectual e do carisma pessoal), Theodore Roosevelt (em razão da esperteza maquiavélica) e Ronald Reagan (em razão da ideologia liberal) -- ou, em termos tupiniquins, de FHC, Lula, Cunha e, com as ressalvas óbvias, Collor.

Mas, realisticamente falando, dessas quatro qualidades ideais, formação intelectual e maquiavelismo são as menos relevantes para um chefe de Estado.

Quem elabora as políticas do Estado é sempre a burocracia de alto nível (assessores, ministros e subordinados imediatos); e quem implementa concretamente essas políticas é sempre a média e baixa burocracia. Logo, são essas pessoas que precisam de formação intelectual -- pois são elas que irão de fato governar o país --, não o presidente.

Quem negocia a implementação dessas políticas no Congresso são os líderes da base parlamentar aliada; e quem negocia a implementação delas fora do país são os diplomatas. Logo, são essas pessoas que precisam de esperteza maquiavélica -- pois são elas que irão de fato fazer os projetos passarem --, não o presidente.

O que o chefe de Estado normalmente faz (e deveria fazer) apenas é determinar o viés ideológico da administração -- i.e., as diretrizes gerais do governo, os valores, o "projeto de país", ao qual os assessores, burocratas e parlamentares devem se ajustar -- e ter carisma suficiente para comandar as massas e mobilizá-las para fazer o que ele quiser. (Se a burocracia é o cérebro do governo, e os negociadores, as mãos, o presidente é o “coração” que bombeia sangue para o organismo inteiro).

Nesses dois últimos aspectos (carisma e ideologia), o Bolsonaro é superior a qualquer coisa que exista atualmente no cenário eleitoral. Nem fez campanha ainda, está em um partideco de nada, nunca ocupou cargo de projeção nem pôs os pés no Nordeste, mas, mesmo assim, por onde esse cara passa, ele é aclamado por gente que nunca votou nele (inclusive procuradores federais) e execrado publicamente pela esquerda local. Isso é poder.

As pessoas se identificam com ele pelo mesmo motivo que se identificam com o Lula: ele representa fielmente a mentalidade do brasileiro médio (principalmente a parte da “homofobia”) e não tem um pingo de escrúpulos de dizer a real. Basta ele molhar a mão dos grupos de pressão certos (como fez com os procuradores, na votação do aumento deles), e a campanha dele decola.

Em termos de ideologia, idem: considerando que o liberalismo econômico é irrelevante na política brasileira (o único partido que o tem como princípio é um nanico que surgiu agora), que o Bolsonaro não tem nada a ganhar politicamente com sua defesa, e que o filho dele está se amancebando com o pessoal do IMB (que é mais politicamente irrelevante ainda), a guinada liberal dele deve ser sincera.

Fica apenas um obstáculo: conseguir gente para trabalhar no governo a serviço do viés ideológico dele.

Nas burocracias ministeriais, isso não é problema: nelas tem sempre algum militante marginalizado esperando aparecer um governo que reflita suas preferências ideológicas (até no Itamaraty existem reacionários homofóbicos); é só promover esses caras, dar-lhes posições de chefia, e eles mesmos enquadram o resto da turma.

No Congresso, é mais complicado; porém, considerando que Collor também surgiu do nada, também foi eleito por um partideco -- com aquele discurso de "caçar marajás" --, ficou apenas dois anos e, ainda assim, conseguiu abrir a economia na marra e entrar para a história como exemplo de governo "liberal" -- em uma época ainda mais ignorante e hostil ao livre mercado do que hoje -- não seria improvável que o Bolsonaro conseguisse fazer alguma coisa relevante. Novamente, basta molhar a mão dos grupos certos.

Konrad
Veterano
# abr/16
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Edward Blake

Bom tê-lo de volta, achei que tivesse partido dessa pocilga.

Realista como uma marretada na mão o seu exercício de raciocíno. Só acrescentaria que:

Tem que buscar o apoio da tal opinião pública, e lidar com os interesses difusos da sociedade, trabalhando-os para formarem consenso crítico (em volume) relevante para governar no sentido amplo.

Isso é complexo hoje pela contaminação leninista da imprensa e da academia, que tem uma relação bem dual na formação do consenso na massa votante/leitora atualmente.

Sua análise é muito boa para um mundo pré internet de não universalização do voto (sem prejuízo do caráter mandatório do voto aqui, que, em minha opinião tem efeito mais do que marginal na votação da nossa esquerda fisiológica, que já dominou o uso da tecnologia da informação no processo eleitoral). E, também, in abstrato, da adaptabilidade da linha ideológica ao macroprocesso complexo do apelo eleitoral (transformar a indecisão e os votos por afinidade fraca em outros partidos /coalizão em votos para você, convencimento dos grupos de interesse em bancar a aposta e encontro de um candidato que possa amalgamar e aglutinar esses valores.

Acho que hoje, no Brasil, as esquerdas estão milênios luz à frente na habilidade de conduzir esse processo pela apropriação de valores tão difusamente desenvolvidos conceitualmente que são difíceis até de apontar como vazios ( o que são, na verdade) quanto pela falta de escrúpulos em assassinar reputações e mentir descaradamente que também a esquerda faz magistralmente. Isso está ligado também ao binômio voto mandatório + ignorância abissal do eleitorado médio. Não dá para descartar a "sloganizaçao" da política também, que torna a discussão pobre de começo, e na pobreza de fundo a forma vai prevalecer. A esquerda vende melhor a forma.

Tem a questão da indigenização interna (meio baseada no Clash of Civilizations) provocando as linhas de fratura e conflitos de rompimento na política interna. Hoje a gente está nesse nível de cisão, imho.

De forma sucinta, e com todos os vícios que brevidade sendo inimigos da clareza traz, é o que me parece.

Xeper
Veterano
# abr/16
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Na real, tenho mor curiosidade de ver um cara naipe Bolsonaro na presidência, país já ta na merda msm. Seria engracadao pelo circo e pelo nível do rekalk da esquerda petralha mortandela.
Gogo Bolsomito!

makumbator
Moderador
# abr/16 · Editado por: makumbator
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Xeper
Na real, tenho mor curiosidade de ver um cara naipe Bolsonaro na presidência

Eu já vi, o Collor. De certa forma há algumas semelhanças:, sem um grande partido por trás, começou como azarão e ganhou dos candidatos tradicionais e cavaleiro de uma cruzada definida (no caso do Collor o combate aos marajás e a inflação).

Obviamente tem muitas diferenças, mas em termos de "grandeza de nome" acho que o Bolsonaro de hoje se parece com o Collor de 89.

One More Red Nightmare
Veterano
# abr/16
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meus amigos, digo-lhes só uma coisa: Bolsomito 2018

makumbator
Moderador
# abr/16
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One More Red Nightmare

Só voto nele se mantiver a alcunha "Bolsomito". Caso contrário voto no Lula (e duas vezes).

One More Red Nightmare
Veterano
# abr/16
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Fui pesquisar algo sobre o aecio hoje e nao pude ignorar a imagem de sua esposa.

Meu pai do ceu. Deviam ter deixado o laécio ganhar, na moral.

makumbator
Moderador
# abr/16 · Editado por: makumbator
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One More Red Nightmare

Ela é top. Bem melhor que a do Temer.

Konrad
Veterano
# abr/16 · Editado por: Konrad
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Xeper

Usei esse argumento do rekalk ontem quando um amigo mortadela (gourmet, porque é endinheirado) chamou eleitores do Bolsomito de "imbecis".

Eu disse que votei nele (mentira) só para deixá-lo (o amigo) desconfortável. A reação foi um "estou passado" (conclusões por sua conta)

One More Red Nightmare
makumbator

Reductio ad gostosam.

Acho digno.

brunohardrocker
Veterano
# abr/16
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Pedro Taques:

https://www.facebook.com/pedrotaques/photos/a.195350003844264.45700.19 3304677382130/1088347694544486/?type=3

One More Red Nightmare
Veterano
# abr/16
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Eu acho que existe uma dialética sutil entre essa aura de representante do brasileiro médio e a aura de representante do brasileiro imbecil médio. Quer dizer, é possível construir a primeira, sem necessariamente alimentar (muito) o ódio da outra metade da opinião pública. Deveria evitar algumas discussões imbecis, que não acrescentam eleitorado (já convertido) e só aumentam o ódio dos não simpatizantes.

LeandroP
Moderador
# abr/16
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Votem em mim!

LeandroP
Moderador
# abr/16
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