"A maioria dos muçulmanos são pacíficos." Vocês precisam ver isso!

Autor Mensagem
Black Fire
Gato OT 2011
# set/15
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sallqantay
Cara, não é possível para um cristão fazer uma análise da História que esteja isenta de Teologia, fazer isso implicaria deixar de ser cristão. É claro que essa análise não é ver o Hitler em Daniel, ou ficar vendo as Torres Gêmeas no Apocalipse, enfim, essas coisas que nós vemos na teologia vulgar. Mas é interpretar a História desde um ponto de vista cristão, levando em conta aspectos distintivamente cristãos: a doutrina da depravação total, a impossibilidade de um reino de paz e justiça instituído pelo homem, o caminhar da história em um sentido definido e a esperança da redenção. Sem isso não há cristianismo.
Não sei até quando essas ideias influenciaram os hegelianos.

Black Fire
Gato OT 2011
# set/15
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Tem dois textos bons sobre isso, mas você não vai ler, então vou guardá-los para mim e só eu terei o conhecimento. _*_

Samá Samutte
Membro Novato
# set/15
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Black Fire

interpretar a História desde um ponto de vista cristão, levando em conta aspectos distintivamente cristãos: a doutrina da depravação total, a impossibilidade de um reino de paz e justiça instituído pelo homem, o caminhar da história em um sentido definido e a esperança da redenção.

Perfeito.

Tem dois textos bons sobre isso, mas você não vai ler, então vou guardá-los para mim e só eu terei o conhecimento.

Manda os links ai.

Skider
Veterano
# set/15
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Black Fire
Cara, eu acho que é um pouco complicado até este termo "verdadeiro cristianismo", quem é o verdadeiro cristão?
No momento em que não há uma autoridade central unânime, determinar o que é e o que faz um verdadeiro cristão é algo bem complexo. Pegamos os pontos pacíficos?

Então, brother. Mas esta não é peculiaridade do cristianismo?! Tipo, a autoridade é próprio deus encarnado, que aponto para si como o caminho e a verdade. Fora disto, o que temos são abstrações que tentam sistematizar o seu legado. A partir disto, o papa, calvino, lutero, são secundários, embora relevantes.

Olhando de longe, acho que esta é a grande deficiência do Islã, sua construção em cima de um personagem um tanto nebuloso, com muitos nuances. Embora eu concorde com você aqui quanto a secularização - não só do Islã , a "ocidentalização progressiva do islamismo" será desenvolverá como? Sob qual perspectiva? Digo, os princípios do cristianismo são totalmente claros. Olhem pras escrituras, dúvidas? Olhem pra Cristo, tudo aponta pra ele. Este autores proeminentes convocam um retorno a que? a quem?

sallqantay
Veterano
# set/15
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Black Fire

Então não é história, é teleologia. Nao se trabalha com um sentido na história, isso é metafísica.

Hegel quis fazer isso, vendo no estado moderno a marcha de deus sobre a terra, que traria a solução. Para os hegelianos de esquerda, essa solução seria provisória, mas uma etepa necessária rumo ao comunismo (esse sim o final da história).

Eu estou entendendo sua proposta, ela faz sentido sim, só estou alertando para o perigo desse tipo de abordagem.

Black Fire
Gato OT 2011
# set/15
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Samá Samutte
Cara, são em inglês, pode ser?

sallqantay
Eu tenho plena consciência desses fatos, minha principal crítica a historiografia que nós vemos por aí sempre foi o sentido cripto-teológico, lembra?

Skider
Te repondo no horário de almoço, pq vai requer elaboração, hehe

Samá Samutte
Membro Novato
# set/15
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Black Fire

Pode, manda ai.

Fidel Castro
Veterano
# set/15 · Editado por: Fidel Castro
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Hegel quis fazer isso, vendo no estado moderno a marcha de deus sobre a terra, que traria a solução.

cara, me ensina a falar com seus aforismos velho, preciso usar isso no meu dia-a-dia

a técnica como redentora da humanidade
o estado moderno como a marcha de deus sobre a terra
x como valor de verdade

não to sendo irônico, sério um tópico compendium de todos eles me faria feliz.

daimon blackfire
Membro Novato
# set/15
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Eu só queria umas leituras legais sobre o islamismo, tipo, algo que vá realmente me informar sobre.

Black Fire
Gato OT 2011
# set/15
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Skider

Eu acho que a principal deficiência do Islã nem chega a ser essa, existem dois pontos que devem ser levados em consideração, pra que seja possível entender esse assunto. O primeiro é a diferença do princípio de revelação.
No Islã a Revelação se dá primariamente por meio de um livro, o Corão, no cristianismo, a Revelação é a vida de Jesus Cristo, mas ela também é reunida em um livro posteriormente, e isso cria problemas semelhantes nas duas religiões: é necessário uma ciência que interprete o que está escrito, é necessário algum consenso. Sem as tais abstrações não é possível que se funde uma única Igreja, que se estabeleça uma simples comunidade.
O segundo ponto, e aí é que o bicho pega, está em como estas interpretações são feitas. Nas igrejas pré-reforma, existia um senso muito grande de autoridade, veja por exemplo a "Carta aos Efésios" de Santo Inácio de Antioquia, talvez um dos mais remotos pais da Igreja, a exortação a obediência aos bispos, colocando-os em um patamar quase equivalente ao dos Apóstolos. Ainda existe hoje nas Igrejas Ortodoxas o conceito de Kerygma, que é, a grosso modo, a revelação oral.
No Islã a autoridade para interpretar o Corão ainda é muito parecida, aos ditos do Profeta é atribuído um nível de confiabilidade semelhante aquele que a Igreja Cristã atribui as Cartas de Paulo. A jurisprudência segue princípios de autoridade: é comum encontrar deduções de leis no seguinte sentido: fulano disse isso, fulano é um homem confiável, então esta é a Verdade (tenho um livro de jurisprudência islâmica aqui com frases como essa).
Acontece que estes ditos e estas autoridades nem sempre são os mesmos, na verdade existem aos milhares e nem todos são aceitos por todas as escolas, daí já se dá pra ter uma noção da confusão que é a coisa toda.
Dado estas coisas, não acho que vá haver um dia uma unidade perfeita no Islã, como, aliás, não há em nenhuma religião ou escola de pensamento do mundo.
Porém, não descarto que o Islã não violento possa de fato prevalecer porque reconheço algumas virtudes no Islã:

Os movimentos sufi, que geralmente são muito tolerantes e que são importantes justamente em países onde o Islã radical não tem conseguido muito espaço: Senegal, Turquia, Albânia, etc;

O esfriamento religioso, que progressivamente está dando lugar a sociedades mais seculares. Se você procurar os números de comparecimento a serviços religiosos nos países mais ocidentalizados, como a Turquia, difere muito pouco dos países cristãos com um desenvolvimento econômico parecido;

O progresso econômico, que torna as pessoas mais receosas de colocarem a perder aquilo que conquistaram em nome da religião;

O progressivo abandono das autoridades mais antigas em favor de uma interpretação mais mística do Corão, e da adoção da doutrina da suficiência da Escritura (Corão interpreta o Corão), cujos pilares foram lançados em obras como o Tafsir al-Mizan no século passado.

Mas se isso vai se concretizar, não faço ideia.

sallqantay
Veterano
# set/15
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Fidel Castro

Eu só faço uns remix de várias fontes, é uma assemblage post modern. Essa do hegel é frase dele mesmo

Black Fire
Gato OT 2011
# set/15
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Samá Samutte
http://en.booksee.org/book/1110318 o primeiro sermão deste livro, que tem o mesmo nome da obra.

O capítulo II deste livro: http://www.bulgarian-orthodox-church.org/rr/lode/florovsky2.pdf "The Predicament of theChristian Historian"

Viciado em Guarana
Veterano
# set/15
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Vcs vão ver! O Islã vai se ocidentalizar e a Arábia vai virar um negócio mais louco que o Japão.

Black Fire
Gato OT 2011
# set/15
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Viciado em Guarana
Claro, só esperar uns 3 séculos.

Viciado em Guarana
Veterano
# set/15
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Black Fire
Fé em Allah que o negócio orkutiza e desvirtua.

nhoque on forevis door
Membro Novato
# set/15
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Samá Samutte
Membro Novato
# out/15
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Muçulmanos conservadores ameaçam refugiados cristãos NA ALEMANHA.

E ai Excel? Não estamos falando de jihads, são muçulmanos conservadores apenas. Você disse aqui que eles só queriam sobreviver e aqui você disse que eles são muito respeitosos. Eu poderia reunir mais meia dúzia de posts seus aqui dizendo que eles não impõe religião e bla bla bla, porém esses dois são suficientes para provar que você está equivocado, sr. ciências sociais!

Wade
Membro Novato
# out/15 · Editado por: Wade
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A única fonte da informação é a palavra de alguém (que nem se identificou) que serve a um portal cristão. Imparcial as fuck...

"cristãos são proibidos de frequentar a cozinha e alguns locais dos albergues."

Ah sim. Tipo os cristãos ocidentais que querem barrar as fronteiras e impedir a imigração de refugiados muçulmanos. Saquei. Realmente é um horror.

Justificação de erro. Dois pesos, duas medidas. Relação de caso isolado (sem dados comprováveis, fonte segura ou confiável) como generalização para toda uma comunidade/religião.

Depois vem perguntar o que é desonestidade intelectual.

-Dan
Veterano
# out/15
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Alguem elucida uma questão para um leigo?

Alguem tem alguma suspeita sobre o seguinte:

O islamismo tem crescido nos paises europeus citados em que porcentagem: a) pela simples imigração, b) pela conversão de ateus/pessoas sem religião, c) pela conversão de cristãos?

Porque me parece que a unica "solução" apresentada seria o fortalecimento do cristianismo. Porque não, o fortalecimento do pensamento não religioso (johnlenismo kkkkk)? O ateismo destruiria de vez a humanidade?

brunohardrocker
Veterano
# out/15
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Muçulmanos conservadores NA ALEMANHA.

brunohardrocker
Veterano
# out/15
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-Dan

Não é o ateísmo, mas aquilo que no geral o acompanha, mas que não está necessariamente ligado a ele. O estilo de vida do Francês por exemplo. Nasce, cresce, tem certa qualidade de vida que não se encontra no resto do mundo, reproduzir não é uma prioridade... aí você tem uma cultura se esterilizando, a taxa de natalidade se torna menor que a taxa de imigração, as profissões mais subalternas (ocupadas pela maioria da força de trabalho) são exercidas pelos imigrantes...
aí você projeta essa tendência para 30 anos: você tem mais "nativos" idosos ao passo que tem mais imigrantes jovens.

-Dan
Veterano
# out/15
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brunohardrocker

A questão básica então seria o fato de ateus ter menos filhos?

brunohardrocker
Veterano
# out/15 · Editado por: brunohardrocker
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-Dan
a unica "solução" apresentada seria o fortalecimento do cristianismo.

Se considerar que num determinado território existe uma tradição que defende rigidamente a formação familiar e que se passa a cultura de geração em geração, esta cultura se defenderá por si. Isso é uma obviedade.
O cristianismo funciona assim. O islamismo também.

O ateísmo não tem essas prerrogativas.

-Dan
Veterano
# out/15
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brunohardrocker
Se considerar que num determinado território existe uma tradição que defende rigidamente a formação familiar e que se passa a cultura de geração em geração, esta cultura se defenderá por si. Isso é uma obviedade.
O cristianismo funciona assim. O islamismo também.

O ateísmo não tem essas prerrogativas.


Entendi.

É uma questão de tradição familiar, no fim das contas.
Escutaram ateus? Um ateísmo pró-familia resolveria a questão, mas vocês preferem ficar de xiliques com a religião dos outros. bandibosta.

brunohardrocker
Veterano
# out/15
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-Dan
Um ateísmo pró-familia

Aí você teria que incorporar uma normativa no ateísmo, além de ser apenas a descrença em divindades. Ou seja, tona-lo uma religião.

Wade
Membro Novato
# out/15 · Editado por: Wade
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Se ter mais ou menos filhos for a questão relevante, temos que considerar algumas coisas.

Taxa de mortalidade interfere mais no crescimento populacional que a de natalidade. Tanto que a taxa de natalidade mundial (independente de credo) caiu pela metade nos últimos 40 anos, mas a população mundial continuou aumentando.

Entre os países com as menores taxas de natalidade do mundo (como, por exemplo Alemanha, Andorra, Itália, Áustria, Bósnia, Lituânia, etc...) a maioria tem maioria cristã.

Já dentre os países com maior taxa de natalidade (como Níger, Mali, Afeganistão, Serra Leoa, Libéria, Iémen, Chade, Congo e etc) a maioria tem maioria não-cristã.

O cristianismo não seria a melhor opção, estatisticamente, para a salvação através da reprodução.

Wade
Membro Novato
# out/15
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E o salto de lógica está em assumir que o ateísmo compele automaticamente uma desmotivação à formação de família e reprodução suficiente para causar dano populacional ou a "destruição da humanidade".

Pressuposto esse que parte, claro, de simples achismo e suposições pessoais.

-Dan
Veterano
# out/15
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brunohardrocker

Pra mim ateu é aquele que não cre em deuses e as crenças advindas disso. Criar uma norma ou recomendação, que seja, estimular a familia, não torna isso uma religião, assim como vegetarianismo não é uma religião.

Ainda, se escolhessem denominar esse ateísmo pro familia como religião, forçando um pouco a barra pra tentar desagradar aqueles ateistas xiliquentos hahah, eu não veria problema algum, já que ateísmo, imo, não significa anti religiosismo.

-Dan
Veterano
# out/15
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Wade

E o salto de lógica está em assumir que o ateísmo compele automaticamente uma desmotivação à formação de família e reprodução suficiente para causar dano populacional ou a "destruição da humanidade".

Pressuposto esse que parte, claro, de simples achismo e suposições pessoais.


O brunohardrocker acha isso uma obviedade. Assumi isso como premissa verdadeira apenas pra dar continuidade ao raciocínio.

brunohardrocker
Veterano
# out/15
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Wade

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