7 conselhos para aumentar o seu QI.

Autor Mensagem
Joseph de Maistre
Veterano
# abr/15 · Editado por: Joseph de Maistre


Demorou, mas finalmente terminei o texto (acho que foi o maior que já postei por aqui).

Não sou nenhuma autoridade em pedagogia, psicologia ou neurociência, nem garanto que o que funciona para mim vai funcionar para você. Mas, já que um colega de vocês me pediu ajuda, vou tentar dar alguns conselhos práticos.

Em favor dessas dicas, digo-lhes apenas que elas me ajudaram muito profissionalmente, tanto na academia como no mercado.

Na academia, porque eu sempre fui o queridinho cuti cuti dos meus orientadores (uma das minhas professoras na faculdade me disse que eu fui o melhor aluno que ela teve em dez anos de ensino) e expert em intimidar a concorrência. E, no mercado, porque, quando ainda estava começando na advocacia como estagiário, fui promovido duas vezes -- de despachante a peticionário e de peticionário a parecerista (o cara que faz as pesquisas sobre temas complicados e emite opiniões -- o famoso “jurista”) pessoal do dono da empresa -- sem nem ter começado a trabalhar ainda, só na fase das entrevistas.

E, se você for inteligente e humilde o suficiente para não se sentir ofendido por isso e não deixar o recalque afetar o seu julgamento, sabe que isso vale alguma coisa (e vai te ajudar).

Primeiro conselho: escolha um problema para resolver.

O que você quer estudar? E por quê?

Para quem me vê de fora, pode até não parecer, mas eu nunca leio nada simplesmente “por ler”, “por amor ao conhecimento”, “para ter cultura”, “ser intelectual”, nem nada do tipo.

Sou um sujeito prático. Leio apenas porque certos temas que eu encontro por aí me intrigam e despertam a minha curiosidade: evolução, materialismo, determinismo, existência de Deus, virtudes, psicopatologias, ordens espontâneas, eficiência, microeconomia, economia aplicada ao direito, anarcocapitalismo, capital humano, instituições, tributação, direito comparado, hermenêutica jurídica, teoria da argumentação, et cetera et cetera.

Ou seja, eu não leio com o objetivo vago e pedante de “acumular um grande volume de informações na cabeça”. Eu leio com o objetivo prático de entender aquele problema X que chamou a minha atenção.

E é esse problema X que vai direcionar todo o meu aprendizado: tanto na escolha dos livros como durante a própria leitura.

Na escolha dos livros, porque eu vou correr atrás de toda a bibliografia necessária para estudar o problema de maneira minimamente satisfatória. Isto é, vou tentar ler tudo que as autoridades mais importantes da área já disseram a respeito do assunto, comparar as opiniões delas, refletir sobre elas, entender as eventuais contradições e tentar construir minha opinião própria a partir daqueles dados.

(Quem acha que tem opinião própria sobre alguma coisa sem ter estudado seriamente o assunto está se enganando. Na melhor das hipóteses, está apenas repetindo alguma ideia boa que Platão já teve há mais de dois mil anos atrás. Na pior delas, está repetindo alguma falácia que Platão já refutou há mais de dois mil anos atrás. Acredite. Isso acontece comigo o tempo inteiro).

Durante a própria leitura, porque, uma vez que o meu objetivo é prático e conscientemente direcionado, eu vou ficar o tempo inteiro questionando e analisando as informações que leio nos livros e tentando enquadrá-las dentro do contexto do problema X, isto é, tentando sempre ver o “big picture” das coisas. Ironicamente, isso acaba por facilitar a própria memorização, já que você está fazendo uma leitura ativa e crítica (i.e., questionando e processando cada pedaço de informação), e não simplesmente tentando decorar o texto passivamente, feito um robô.

Segundo conselho: seja paciente.

Eu disse que meu objetivo, ao ler, é sempre resolver problemas, e não acumular informação.

Mas isso não quer dizer que eu não acumule informação. Nem quer dizer que acumular informação não seja útil.

É muito comum acontecer de a informação que eu obtive há 7 ou 8 anos atrás estudando o problema A (p. ex., epistemologia aplicada às ciências sociais) ou B (p. ex., a interpretação do parágrafo único do art. 170 da Constituição) acabar servindo para estudar hoje o problema Y (p. ex., complexidade adaptativa aplicada às ciências sociais) ou Z (p. ex., brechas constitucionais para sonegar sem ir para a cadeia). Ou seja, o conhecimento vai se acumulando de forma gradual e natural na sua cabeça e, quando você menos espera, já possui uma base enorme para começar a estudar qualquer coisa que te interesse.

É o que eu chamo de “efeito externalidade”: você aprende aquela informação com um objetivo pré-determinado, mas, com o passar do tempo, ela vai ganhando novas aplicações que antes você não imaginava.

O Bog, a propósito, postou um tópico sobre pesquisa científica básica (i.e., aqueles temas obscuros e “inúteis” que os leigos não entendem e que frequentemente rendem aos cientistas que trabalham nessas áreas o rótulo de “vagabundos”) e pesquisa científica aplicada (i.e., os temas “úteis”, que os leigos acham o máximo, mas que surgem apenas quando a pesquisa básica já está em um nível avançado e começa a dar frutos). Recomendo a leitura: http://forum.cifraclub.com.br/forum/11/234910/

Terceiro conselho: seja sistemático.

O fato de a minha leitura ser prática e voltada para a solução de problemas específicos também não quer dizer que eu leia pouco.

Se, para entender o problema X de uma maneira satisfatória (p. ex., que dê para escrever um artigo a respeito), eu precisar ler, de cabo a rabo, um tratado inteiro de economia, direito, filosofia ou o que for, com 900 páginas ou mais, então eu leio.

Sem chiar.

Quarto conselho: leia apenas literatura de ponta.

Por “literatura de ponta”, entenda-se bibliografia do primeiro mundo, ou escrita por quem fez doutorado no primeiro mundo, ou quem, no mínimo, no mínimo, baseia sua pesquisa em bibliografia do primeiro mundo.

Fazendo isso, você consegue facilitar o seu aprendizado de duas maneiras:

a) Economizando o seu precioso tempo. Afinal, as bibliografias do terceiro mundo são tipicamente cheias de informações erradas que precisarão ser corrigidas com novos estudos posteriores;

b) Melhorando a qualidade do seu raciocínio. Afinal, quando você lê apenas bibliografia do primeiro mundo, você naturalmente assimila os padrões de pensamento do primeiro mundo e começa a raciocinar como um pesquisador do primeiro mundo. Quando você lê apenas bibliografia tupiniquim, você absorve os cacoetes mentais tupiniquins e raciocina como um pesquisador tupiniquim.

E, antes que me acusem de ser puxa-saco de gringo, considerem o seguinte:

- O Brasil tem 200 milhões de habitantes e nunca ganhou um prêmio Nobel;
- A Suíça tem 8 milhões de habitantes e já ganhou mais de 20.

Que tipo de pesquisador você quer ser?

Quinto conselho: escreva muito.

O conselho do meu orientador mencionado neste tópico continua valendo: faça anotações, fichamentos, artigos, petições, posts de blog ou fórum -- o que você quiser -- em cima das suas leituras.

Articular suas ideias no papel (de preferência, aplicando-as a uma situação do mundo real) torna o seu estudo ainda mais ativo e crítico, e menos baseado na decoreba passiva. Consequentemente, a sua memória funcionará melhor e o seu raciocínio ficará mais afiado.

Discutir ao vivo com outra pessoa também pode ser uma boa forma de exercitar o raciocínio. Mas eu não recomendo muito, não. Além de diminuir a sua concentração, esse tipo de articulação normalmente estimula muito mais as suas habilidades retóricas (i.e., sua capacidade de se impor em debate e intimidar o oponente) do que lógicas (i.e., sua capacidade de raciocinar corretamente). Ou seja, com o tempo, você pode até vencer as discussões e convencer as outras pessoas daquilo que está falando, mas nada impede que continue tão burro quanto antes (Luiz Inácio que o diga).

Se você quer de fato aprender alguma coisa, a melhor alternativa é sempre trabalhar sozinho, desfrutando do silêncio. Depois você exercita a sua retórica, batendo boca com os outros. Goethe dizia: “O talento se forja na solidão; o caráter, na agitação do mundo”.

Outra coisa: algumas pessoas (como o Olavo de Carvalho) gostam de ficar sublinhando o texto do livro.

Na minha opinião, com a devida vênia ao O. de C., a única utilidade dessa prática é marcar as passagens interessantes do livro para citar depois em um eventual artigo. Mas não ajuda em nada na leitura (pois desvia a atenção do restante da página) e pouco no aprendizado (é muito mais eficiente digitar a passagem no Word e fazer ali seus comentários e análises, sem limite de espaço; depois você pode aproveitar o material escrito e usar como um “protótipo” para o seu artigo ou dissertação -- como eu faço).

Sexto conselho: desenvolva o hábito de abstrair e exemplificar.

“Abstrair” é analisar determinadas ideias e tentar descobrir o que elas têm em comum, i.e., o princípio geral por trás delas.

“Exemplificar” é dizer como um princípio geral se aplica na prática.

Se, ao ler um parágrafo de livro, você não consegue resumir a ideia geral do texto com suas próprias palavras (abstrair), isso significa que você não entendeu o texto e que a sua leitura foi de má qualidade.

Se, ao entrar em contato com uma ideia abstrata, você não consegue pensar em nenhuma aplicação concreta, “do mundo real” (exemplificar), isso significa que você não entendeu essa ideia (ou, pelo menos, que você a entendeu apenas em um nível subconsciente e precisa ainda fazer um esforço para trazê-la à tona e extrair aplicações práticas dela -- como frequentemente acontece comigo)

Sétimo conselho: não tenha medo de pensar fora da caixa.

Eu sei que vou parecer o sujeito mais arrogante do mundo dizendo isto, mas é verdade, e o quanto antes você aceitar tal verdade, melhor para você mesmo: pelo menos 75% das pessoas que você encontra na rua não sabem do que falam.

Sim, exatamente. Pelo menos 75% das pessoas que você encontra na rua não sabem do que falam.

Lembra do eu falei sobre vencer discussões e calar o oponente com retórica?

Então... quando uma pessoa não estuda o assunto mas, mesmo assim, consegue falar sobre ele com um certo grau de convicção e segurança, o que acontece geralmente é isto: as outras pessoas ao redor dela, que também não estudaram o assunto, sentem-se persuadidas pela convicção e segurança que aquela pessoa demonstra na frente delas e acreditam facilmente nela, mesmo que o que ela diz não tenha embasamento algum.

Resultado: um monte de pessoas que não sabem do que falam é manipulado por uma pessoa mais carismática que também não sabe do que fala, e todo mundo termina preso dentro da caverna do Platão, repetindo chavões, até criar coragem para sair dela e estudar as coisas com seriedade.

E isso não é apenas a minha opinião. É objeto de estudo dentro da psicologia. Se duvidam, procurem a bibliografia especializada sobre o tema “pressão de grupo” (peer pressure).

Um psicólogo chamado Solomon Asch fez um estudo clássico a respeito: juntou três grupos de pessoas para servirem de cobaias, mostrou a cada um deles uma imagem com três linhas retas e perguntou duas vezes qual era a maior delas (uma pergunta extremamente simples).

Na primeira vez, 95% das pessoas deram a resposta certa. Na segunda, Asch infiltrou um “cara de pau” em cada grupo, para dar a resposta errada com convicção e segurança e tentar convencer o restante das pessoas de que estava certo. Resultado: dessa vez, apenas 25% das pessoas deram a resposta certa. Os outros 75% caíram na conversa fiada e erraram.

Sim, crianças: a caixa existe. E aprender a lidar com ela é pré-requisito para ser um profissional de ponta, seja na academia, seja no mercado. Caso contrário, você será manipulado e engolido pela mentalidade dominante no seu meio social, e seus estudos não vão te servir de porra nenhuma.

Oitavo conselho (bônus-surpresa): leia o Trivium.

As primeiras universidades na História da humanidade (p. ex., Oxford, Sorbonne, Salamanca e Bolonha) foram fundadas na Alta Idade Média.

E, na Alta Idade Média, ninguém era considerado competente para estudar coisa alguma sem, antes, adquirir um domínio básico de lógica (a arte de raciocinar), gramática (a arte de se expressar) e retórica (a arte de comunicar ou persuadir), as três artes liberais -- ou, simplesmente, “o Trivium” --, que equivaliam ao “ensino básico” para quem pretendia entrar na universidade.

Em assim sendo... a menos que você confie na sua nota do ENEM, ou que a sua família tenha dinheiro para te custear educação básica de ponta no estilo prep school do primeiro mundo, a única alternativa que você tem, então, para não chegar à universidade analfabeto funcional (e não sair de lá como entrou) é fazer o que os fundadores das universidades faziam e estudar o Trivium.

-

Pronto. Acho que já falei o suficiente para salvar a vida de qualquer adolescente desorientado que acesse essa bodega, por pior que seja o ambiente em que ele viva.

Peço aos demais, por favor, que façam apenas comentários construtivos e se abstenham de choramingos, insultos e objeções cretinas de pós-adolescente tentando negar o óbvio. Já perdi tempo livre demais escrevendo esse texto. E não vou perder mais respondendo a merdas.

Boa sorte.

One More Red Nightmare
Veterano
# abr/15
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A despeito do tom altamente narcisístico, costumeiro em seus posts, os conselhos são bons.

Viciado em Guarana
Veterano
# abr/15
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Trivium

http://pt.wikipedia.org/wiki/Trivium

:(

Insufferable Bear
Membro
# abr/15
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Eu tenho só um: estude matemática.

Black Fire
Gato OT 2011
# abr/15
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Outra coisa: algumas pessoas (como o Olavo de Carvalho) gostam de ficar sublinhando o texto do livro.

Na minha opinião, com a devida vênia ao O. de C., a única utilidade dessa prática é marcar as passagens interessantes do livro para citar depois em um eventual artigo.


Discordo, eu tenho esse hábito, sublinho os pontos chaves, que dão a ideia geral do texto, depois de muito tempo que acabei o livro, volto e os releio sempre que preciso, acho uma maneira simples de fixar as coisas.

Black Fire
Gato OT 2011
# abr/15
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E, antes que me acusem de ser puxa-saco de gringo, considerem o seguinte:

- O Brasil tem 200 milhões de habitantes e nunca ganhou um prêmio Nobel;
- A Suíça tem 8 milhões de habitantes e já ganhou mais de 20.


Eu estou falando isso faz muito tempo.

Black Fire
Gato OT 2011
# abr/15
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Joseph de Maistre
Primeiro conselho: escolha um problema para resolver.


Qual problema tem sido o teu norte? Pode compartilha conosco?

Insufferable Bear
Membro
# abr/15 · Editado por: Insufferable Bear
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- O Brasil tem 200 milhões de habitantes e nunca ganhou um prêmio Nobel;
Mas tem uma medalha fields, e logo vai ter outra. ;^)

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# abr/15
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Um bom texto. Porém nem todo mundo tem um inglês bom o suficiente para ler apenas conteúdo de "ponta", então essa parte em específico é meio desmotivadora.

Christhian
Moderador
Prêmio FCC 2007
# abr/15
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Insufferable Bear
Eu tenho só um: estude matemática.

Perfeito. 7 < 8.

Por falar em sete, comecei a ler por ali e achei genial! :-P

Snakepit
Veterano
# abr/15
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Quarto conselho: leia apenas literatura de ponta.

Leio OT todo dia.

Então... quando uma pessoa não estuda o assunto mas, mesmo assim, consegue falar sobre ele com um certo grau de convicção e segurança, o que acontece geralmente é isto: as outras pessoas ao redor dela, que também não estudaram o assunto, sentem-se persuadidas pela convicção e segurança que aquela pessoa demonstra na frente delas e acreditam facilmente nela, mesmo que o que ela diz não tenha embasamento algum.

Descreveu o OT em um paragrafo.

Snakepit
Veterano
# abr/15 · Editado por: Snakepit
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Meu unico problema com leituras é que as vezes da a impressão de que nosso cérebro possui um capacidade limitada de "armazenamento".

Assim, no momento em que algo novo é aprendido algo que eu que eu aprendi a muito tempo esta sendo esquecido.

No fim acabo relendo muita coisa novamente, porém um outro tanto já era...

One More Red Nightmare
Veterano
# abr/15
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Porém nem todo mundo tem um inglês bom o suficiente para ler apenas conteúdo de "ponta", então essa parte em específico é meio desmotivadora.

Sem querer desmotivar ainda mais, mas acho que inglês é apenas o básico pra se começar na tal literatura de ponta.

One More Red Nightmare
Veterano
# abr/15
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Snakepit
Meu unico problema com leituras é que as vezes da a impressão de que nosso cérebro possui um capacidade limitada de "armazenamento".


Acho que isso tem a ver com a leitura ativa e crítica mencionada.

One More Red Nightmare
Veterano
# abr/15 · Editado por: One More Red Nightmare
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Particularmente, o grande problema que eu tenho é uma espécie de foco difuso. Desorganização, no português claro. Não sei se devo passar um período de tempo considerável estudando apenas um tema, ou autor, ou obra, ou conjunto de temas relacionados, enfim. Tendo a ler várias coisas ao mesmo tempo, nem sempre relacionadas entre si, e as vezes tenho uma sensação de falta de progresso no estudo.

É que, caralho, pega o canal da Yale no youtube, por exemplo. Os caras disponibilizam cursos inteiros sobre TODOS os temas relevantes da vida humana. Tem aula de medicina, engenharia, matemágica, filosofia, ciência política, psicologia, enfim, tudo a distância de um clique. É muita tentação, vei.

d.u.n.h.a.
Veterano
# abr/15
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canal da Yale no youtube
Já comecei a assistir uns 20 cursos diferentes hahaha
Terminei 4 só :(

One More Red Nightmare
Veterano
# abr/15
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d.u.n.h.a.
Porra, é fantástico. Não é nem aluno que grava o prof falando, o som é de microfone, limpinho, sem ruido no ambiente, alta qualidade. E só prof foda, tu olha as referências dos caras, é tudo pica das galáxias.

d.u.n.h.a.
Veterano
# abr/15
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One More Red Nightmare
Foda depois é voltar pra faculdade e ver um monte de vagabundo com violão debaixo do braço falando de pós-colonialismo e filosofia da linguagem.
Eu tava pensando em começar a cursar história na UFPR, mas depois que fui ver o nível dos professores e alunos deu até um desânimo. Tô achando que estudando em casa eu ganho mais.

One More Red Nightmare
Veterano
# abr/15
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d.u.n.h.a.
De fato. Há um trade-off claro aqui: entrar no curso possibilita um contato mais próximo com algum professor qualificado, assim como com outros alunos tão dedicados quanto você, ao passo que te expõem às mazelas da doutrinação e interferências no curso saudável do estudo. Estudar por conta inverte o caso: tu te livra do proselitismo mas perde o contato. Gotta pick one.

sallqantay
Veterano
# abr/15 · Editado por: sallqantay
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One More Red Nightmare
d.u.n.h.a.

Com discernimento nao existe esse *trade-of. Tu pega o que te interessa e pronto.

One More Red Nightmare
Veterano
# abr/15
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sallqantay
Com discernimento

M! pura

Insufferable Bear
Membro
# abr/15
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sallqantay
um faz economia e outro pensou em fazer história, acho que discernimento que não existe pra eles lol

d.u.n.h.a.
Veterano
# abr/15 · Editado por: d.u.n.h.a.
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sallqantay
E faz o que com as disciplinas tipo "maria gadú II", "marxismo descolonial vegan" que são obrigatórias para obter o diploma?

One More Red Nightmare
Eu acho que vou entrar na faculdade de história ano que vem, só pra ver qual é. Se tiver um mínimo de gente que preste, acho difícil, eu continuo. Na pior das hipóteses dá pra escrever um livro sobre a experiência hahaha

One More Red Nightmare
Veterano
# abr/15
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Insufferable Bear
E você estava desabafando com um de Geografia. Você não tem similares aqui, vaze.

Insufferable Bear
Membro
# abr/15
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One More Red Nightmare
Verdade, acho que estando aqui mostra que eu não tenho discernimento. :/

sallqantay
Veterano
# abr/15
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d.u.n.h.a.

Escuta seletiva

One More Red Nightmare

M! > resto

Insufferable Bear

perdoe a nós todos, somos irrelevantes perto da matemagica.

Konrad
Veterano
# abr/15
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Joseph de Maistre

A grande questão ai é que a construção dessa estrutura robusta que você propõe - com a qual me identifico, e que se assemelha ao meu próprio método - prevê um ferramental pré-existente, afora maturidade e "objetividade" que - de acordo com minha vivência e observações - já estão lá "a priori", na própria constituição do ser, ou seja, as ferramentas serviram a você pois você se adaptava a elas, e vice-versa, por questões de personalidade, criação, background, bons genes etc.

Sexto conselho: desenvolva o hábito de abstrair e exemplificar.

Só fui encontrar professores com esse hábito e dotados dessa habilidade no mestrado. Curiosamente, nenhum dos dois havia cursado pós (lato ou stricto) no Brasil.

megiddo
Membro
# abr/15
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Bons conselhos, principalmente o da leitura orientada pelo problema - até por conta do princípio por trás disso, que se aplica a tudo o que importa na vida.

Oitavo conselho (bônus-surpresa): leia o Trivium.

Quem está estudando o Trivium aqui é a digníssima, que, depois de constatar que é possível passar até pelo curso de Pedagogia sem ouvir falar nisso, se encarregou de montar nosso modesto programa de homeschooling baseado nele.

One More Red Nightmare
Veterano
# abr/15
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prevê um ferramental pré-existente, afora maturidade e "objetividade" que - de acordo com minha vivência e observações - já estão lá "a priori", na própria constituição do ser, ou seja, as ferramentas serviram a você pois você se adaptava a elas, e vice-versa, por questões de personalidade, criação, background, bons genes

É constatação aristotélica do caráter aristocrático da filosofia, cujo corolário é a existência de mestres e escravos.

no português claro: tem nego que nasce burro e isso é irremediável e tem nego que não.

Viciado em Guarana
Veterano
# abr/15
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megiddo
Tá carai!
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