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DrZaius Veterano |
# abr/12
Estudantes brasileiros são os que têm menos livros em casa, aponta pesquisa Educação. Levantamento baseado nos dados do Pisa mostra que 39% dos estudantes do País possuem no máximo dez obras literárias e apenas 1,9% é dono de mais de 200 volumes; baixa escolaridade dos pais e situação socioeconômica ruim são motivos 06 de março de 2011 | 0h 00
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Mariana Mandelli - O Estado de S.Paulo
Imagine uma sala com prateleiras e estantes repletas de livros de todos os tipos: romances, poesias, crônicas, contos, ensaios, dicionários e enciclopédias. No centro, uma mesa de estudos, onde um aluno faz sua lição de casa. Nos lares brasileiros, essa cena ainda é rara: somos o país onde as crianças têm menos livros em casa. É o que mostra um levantamento inédito do Movimento Todos Pela Educação, com base no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) de 2010, que analisou 65 países. Cerca de 39% dos estudantes brasileiros declararam possuir, no máximo, dez obras literárias. Hábito. Michelle la Marck, de 14 anos, foge dos resumos e busca sempre a íntegra das obras; ela recebeu na escola um certificado de quem alugou mais livros - Tiago Queiroz/AE Tiago Queiroz/AE Hábito. Michelle la Marck, de 14 anos, foge dos resumos e busca sempre a íntegra das obras; ela recebeu na escola um certificado de quem alugou mais livros
A pesquisa mostra ainda que jovens que convivem com livros em casa apresentaram um desempenho melhor nas provas do programa.
Leia também:
- Com obras na estante, nota aumenta em até 17%
O índice brasileiro é pior que o de estudantes de outros países latino-americanos, como Argentina, México e Colômbia. Entre os que afirmam ter mais de 200 livros, estamos em penúltimo lugar (1,9%), perdendo apenas para a Tunísia (1,7%). Na frente estão, por exemplo, Coreia (22,2%), Islândia (20,32%) e Liechtenstein (20,48%).
A posição sofrível do Brasil no ranking, segundo especialistas em educação, revela um retrato social e cultural do País. "A quantidade de livros em casa está intimamente ligada ao nível socioeconômico da família e à escolaridade dos pais", explica Priscila Cruz, diretora executiva do Todos Pela Educação.
O acesso ao livro, diz ela, também está ligado ao custo. "Obras literárias são artigo de luxo por aqui. Além disso, enquanto a alfabetização ainda for precária, não tem como a criança encarar o livro como uma ferramenta. Ela é o direito elementar à educação de qualquer indivíduo."
Christine Fontelles, diretora de educação e cultura do Instituto Ecofuturo, organização não governamental que apoia projetos de educação, afirma que o Brasil precisa criar uma cultura de leitura. "Nós não nascemos leitores. Isso começa na família e só depois se estende para a escola. E esse hábito ainda é ausente no País", explica. Segundo ela, as crianças devem ser preparadas desde a primeira infância. "O desafio de estimular a ler não pode ser entregue à escola."
Educadores são praticamente unânimes em afirmar que crescer em uma família "letrada" é determinante para desenvolver o prazer pela escrita.
"O maior obstáculo é trabalhar o mediador de leitura, que pode ser o professor ou os pais, para que ele "venda" bem a ideia de ler para a criança", afirma Marina Carvalho, coordenadora de projetos da Fundação Educar. "Só assim se cria o hábito."
A última pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro, mostrou que quem mais influencia o leitor no gosto pelos livros é a mãe, segundo 49% das pessoas. Em seguida, vem a professora, com 33%, e o pai, com 30%.
"A família se mostra como uma "escola de formação do leitor"", diz Zoara Failla, gerente de projetos da entidade. "Em sala de aula, muitas vezes não se desperta o interesse pelo livro como arte. Ele é apenas mais uma tarefa." Segundo ela, a importância que os pais dão ao livro é determinante para a criança. "Porque esse é o ambiente de formação dos primeiros valores dela", conclui.
Ilan Brenman, autor de livros infantis e pesquisador em educação, questiona essa relação em algumas famílias. "Alguns pais de classe média reclamam do preço do livro, mas compram consoles de videogame e celulares caríssimos para os filhos. Qual o valor então que eles dão para a educação?"
Costume. Na casa de Michelle la Marck, de 14 anos, que tem mais de 500 volumes em casa, o convívio com livros desde o berço fez com que a garota desenvolvesse o hábito pela leitura - sua mãe também gosta muito de ler. A influência foi tanta que, aos 9 anos, ela ganhou, no colégio Santa Maria, onde ainda é aluna, o certificado de quem mais alugou livros na biblioteca. "Foram mais de 300 para 200 dias letivos. E li a maioria", lembra.
Ela lê até 25 livros por ano e diz nunca optar pelo resumo quando a escola pede alguma obra - como por exemplo A Metamorfose, de Franz Kafka, que está lendo agora. "Sempre que pesquiso na internet tenho um livro no colo para conferir as informações, tomando o cuidado de ver se está atualizado", conta.
Sabrina de Oliveira, de 17 anos, lê até dois livros por mês - sem contar os propostos pelo colégio Santo Américo, onde estuda. "Gosto de ler mais de um ao mesmo tempo, e de gêneros diferentes, como um romance e uma peça de teatro, por exemplo", diz ela, que leu diversas obras de William Shakespeare.
Tanto Michelle quanto Sabrina têm notas altas na escola, confirmando a tendência detectada na pesquisa.
PARA ENTENDER
Pisa permite comparar países
O principal objetivo do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) é apresentar indicadores educacionais que possam ser comparados entre países, mostrando, assim, a eficiência dos sistemas nacionais.
As avaliações são feitas a cada três anos, com provas de leitura, matemática e ciências. A cada edição, uma das áreas é enfatizada - na última foi leitura e o exame incluiu, pela primeira vez, textos online.
Fazem as provas alunos de 15 anos dos 34 países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e de mais 31 convidados.
Nas estantes
89,8% dos jovens de Xangai (China) – maior nota em leitura no Pisa – declaram ter mais de dez livros
15,7% dos jovens de Luxemburgo dizem ter mais de 500 livros – maior porcentual entre os países
1% dos brasileiros têm mais de 500
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snowwhite Veterano |
# abr/12
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1% dos brasileiros tem mais de 500 livros? Hummm...duvido muito. Tem uns números estranhos aí. A menina leu 300 livros em 200 dias letivos? Sei não.
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Roy.Mustang Veterano |
# abr/12
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blá blá blá
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tambourine man Veterano |
# abr/12
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porque essa ideia de que a leitura vai redimir o homem?
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Cavaleiro Veterano |
# abr/12
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snowwhite
Não, ela só alugou
hahahah
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Cavaleiro Veterano |
# abr/12
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tambourine man
Depende, o que é "redimir o homem"?
Porque ele precisa de redenção?
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El_Cabong Veterano |
# abr/12
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A população mais burra do mundo é a portuguesa, com certeza !!
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Cavaleiro Veterano |
# abr/12
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Vou comprar mais livros agora que aprendi que a inteligência é diretamente proporcional a quantidade de livros em casa (independente de lê-los)
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brunohardrocker Veterano |
# abr/12
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tambourine man porque essa ideia de que a leitura vai redimir o homem?
Você tá criticando a leitura de livros? Não pode, isso é intocável!!
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-Dan Veterano
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# abr/12 · Editado por: -Dan
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livro eh caro mlk
pira naum
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Cavaleiro Veterano |
# abr/12
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que tenha gastado uns 6000 com livros.
Provavelmente já gastei mais, mas qual o problema?
Tem livros que são extremamente úteis, como os livros técnicos. Aprendi muito mais neles do que em faculdade ou pós.
Garanto que 6.000 em livros técnicos te traz umas 50x mais conhecimentos do que 60/70k em faculdade de ponta. Claro que depois precisa-se colocá-los em prática.
E livro de literatura é apenas entretenimento, como um filme.
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Guilherme Nau Veterano |
# abr/12
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Imagina se a gente fosse burro e as mulheres brasileiras feias.
Aí sim a coisa tava preta.
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snowwhite Veterano |
# abr/12
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Guilherme Nau Imagina se a gente fosse burro e as mulheres brasileiras feias.
Aí sim a coisa tava preta.
Corrigindo: e as mulheres brasileiras bigodudas. Ahá!
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-Dan Veterano
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# abr/12
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Cavaleiro Provavelmente já gastei mais, mas qual o problema?
Tem livros que são extremamente úteis, como os livros técnicos. Aprendi muito mais neles do que em faculdade ou pós.
Garanto que 6.000 em livros técnicos te traz umas 50x mais conhecimentos do que 60/70k em faculdade de ponta. Claro que depois precisa-se colocá-los em prática.
E livro de literatura é apenas entretenimento, como um filme.
O problema é que é caro e grande parte dos jovens não tem condições de comprar.
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snowwhite Veterano |
# abr/12
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b]tambourine man[/b] porque essa ideia de que a leitura vai redimir o homem?
Verdade. Por que esta idéia de que temos que enfiar trezentas mil coisas na cabeça? Serve pra que?
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snowwhite Veterano |
# abr/12
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Cavaleiro Porque ele precisa de redenção?
Para não permanecer no obscurantismo.
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DarkMakerX Veterano |
# abr/12
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Quem trabalha em livraria deve ser muito crânio! Tem milhares de livros.
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André Perucci Veterano |
# abr/12
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Estudantes brasileiros são os que têm menos livros em casa, aponta pesquisa
eu aposto qualquer coisa que na etiopia eles tem menos livros em casa
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snowwhite Veterano |
# abr/12
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Seria bom fazer um estudo científico sobre a relação entre povos que produzem livros e seu grau de desenvolvimento e qualidade de vida. Ler qualquer um pode. Também resta saber que qualidade de coisa se produziu e se leu. O que mais tem no mundo pra ler é porcaria.
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Cavaleiro Veterano |
# abr/12
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snowwhite
Obscurantismo com a internet? Tem tanta base de dados hoje com publicações científicas.
Tá mais pra preguiça.
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snowwhite Veterano |
# abr/12
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Fazem as provas alunos de 15 anos
Com esta idade já leram milhares de livros com certeza. HUMPF
Pesquisa besta!
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snowwhite Veterano |
# abr/12
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Cavaleiro Obscurantismo com a internet? Tem tanta base de dados hoje com publicações científicas.
Tá mais pra preguiça
Eu tava sendo irônica.
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-Dan Veterano
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# abr/12
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Com obras na estante, nota aumenta em até 17%
Isso é o que evidencia a proposta do tópico, tal qual quem come muitas verduras tem mais saúde (não quer dizer 100% dos casos).
Tb não quer dizer que seu eu despejar um caminhão de livros lem casa, meu QI vai chegar no do Einstein.
Achei válido.
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Viciado em Guarana Veterano |
# abr/12
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e gibis? conta?
Livro mesmo meu,só tenho 2, a biografia do Ozzy e um conto infantil que ganhei uma vez.
Mas gibis da turma da mônica devo ter mais de 100.
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Joseph de Maistre Veterano |
# abr/12
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"A família se mostra como uma "escola de formação do leitor"", diz Zoara Failla, gerente de projetos da entidade. "Em sala de aula, muitas vezes não se desperta o interesse pelo livro como arte. Ele é apenas mais uma tarefa." Segundo ela, a importância que os pais dão ao livro é determinante para a criança. "Porque esse é o ambiente de formação dos primeiros valores dela", conclui.
A última pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro, mostrou que quem mais influencia o leitor no gosto pelos livros é a mãe
"Alguns pais de classe média reclamam do preço do livro, mas compram consoles de videogame e celulares caríssimos para os filhos. Qual o valor então que eles dão para a educação?"
15,7% dos jovens de Luxemburgo dizem ter mais de 500 livros – maior porcentual entre os países
1% dos brasileiros têm mais de 500
Muito bem. Agora já podem dizer as novidades.
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Cavaleiro Veterano |
# abr/12
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snowwhite
Ah :O
asuahsuas
Enfim, não consigo pensar em uma métrica pior do que quantidade de livros lidos para afirmar qualquer coisa, depende muito do tipo e qualidade do livro.
A pessoa pode ter lido 300 livros: coleção do Harry Potter, crespúsculo, vampiros do sei lá o que e etc.
O máximo que vai acrescentar a vida dela é um aumento provavelmente pouco significativo no vocabulário.
Enquanto outra pode ter lido apenas 30 livros mas todas em sua área de atuação, por exemplo.
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snowwhite Veterano |
# abr/12
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Cavaleiro
Exatamente. Sem contar que se voc~e der um livro um pouco mais complexo para uma criança com fome, ela pouco vai usufruir do conteúdo do livro. O que mostra que alguns países tem mais fome de comida do que de cultura. Embora o ciclo comida/cultura/trabalho/cultura seja o ideal e virtuoso, nem sempre é possível.
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Joseph de Maistre Veterano |
# abr/12 · Editado por: Joseph de Maistre
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Taí duas coisas que jamais vou comprar para os meus filhos: televisão (que eu mesmo já não uso) e video game.
Poucas coisas devem ser mais imbecilizantes para uma criança do que passar horas (que poderiam ser gastas em leitura e socialização com os pais) sentada na frente de um televisor assimilando passivamente a desinformação e os valores deformados propagados pelos imbecis da geração anterior.
Vou citar apenas três nomes para ilustrar o meu ponto de vista: novelas, Faustão e Big Brother.
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Cavaleiro Veterano |
# abr/12
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Joseph de Maistre
Depende do livro.
Qual a diferença entre jogar um rpg e ler um livro de literatura infanto juvenil na prática?
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g.wilhelms Veterano |
# abr/12
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Li o texto inteiro, e não há nada que comprove a sua afirmativa de que nós somos o povo mais burro. Ler pouco não é sinônimo de ser burro. Tenho um amigo que nunca leu um livro na vida, mas conversa com ela para ver, ele tem um nível de conhecimentos gerais que é absurdo.
"O desafio de estimular a ler não pode ser entregue à escola."
De pleno acordo, os pais devem estimular a leitura, mas jamais (como já vi gente defendendo), obrigar os filhos a lerem, pois isso só iria fazê-los sentir menos prazer ao ler. É o problema das escolas, quando obrigam os alunos a lerem determinado livro, eles leem pela nota e nada mais. Quanto a mim, já matei muitas aulas na escola para ir para a biblioteca ler um bom livro, e afirmo que aprendi muito mais assim, do que dentro da sala.
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