Salário Mínimo e Dieese - Reflexão econômica 2010

    Autor Mensagem
    Cavaleiro
    Veterano
    # dez/11 · Editado por: Cavaleiro


    O Dieese fez um levantamento em 2010 para verificar o atendimento do 7º artigo da constituição que diz que um casal com dois filhos deveria poder viver com dignidade com um salário mínimo.

    O salário mínimo para atendimento a esta especificação, segundo o Dieese para uma família de quatro pessoas com um trabalhador, deveria ser de R$ 2.257,52

    População Brasileira em 2010: 190.732.694 de habitantes = 47.683.173 famílias de 4 pessoas

    Grana necessária para que todas as famílias vivam com dignidade, segundo os cálculos do Dieese: R$ 107 bilhões.

    PIB de 2010 - R$ 3,675 trilhões

    Superávit Brasil 2010 = R$ 37 bilhões

    Ajuste:

    PEA de 2010 - Brasil tem 2 trabalhadores para cada idoso ou criança e a constituição trata de um trabalhador a cada 4 pessoas - ajuste de produtividade = 12,5% do pib no cenário da constituição

    Pib reajustado= R$ 470,63 bi
    Superátiv reajustado = 4,63 bi
    Superátiv necessário = 107 bi

    Presumindo que o Diesee não levou em conta a diferença na população economicamente ativa:

    Superávit = 4,63 bi
    Sup. Necessário = 13,38 bi

    Considerando este cenário na opinião de vocês a solução é igualar os salários e todo mundo morrer de fome ou diminuir os gastos do governo e aumentar o superávit?

    Em tempo, dissertem, ou não.

    O poder é de vocês.

    Strato_Master
    Veterano
    # dez/11
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    enxugar o governo o máximo possível...

    Roy.Mustang
    Veterano
    # dez/11
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    ou diminuir os gastos do governo

    enxugar o governo o máximo possível...

    isso non ecziste

    Random_Rampager
    Veterano
    # dez/11
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    Não sei o que é pior, se é achar que com R$ 2.257,52 4 pessoas viveriam dignamente, ou a maioria dos salarios ser menos q isso. Tenso.

    Cavaleiro
    Veterano
    # dez/11
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    Já achei dois erros de cálculo nas considerações das variáveis/contas, não vou editar e deixar como jogo dos sete erros.

    Mas ainda não altera a conclusão, só abrande um pouco.

    Roy.Mustang
    Veterano
    # dez/11
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    Random_Rampager
    Não sei o que é pior, se é achar que com R$ 2.257,52 4 pessoas viveriam dignamente, ou a maioria dos salarios ser menos q isso. Tenso.

    Pior é saber que mesmo que o governo enxugasse os gastos (o que é impossível) e ainda que aumentassem o SM para os R$ 2.257,52 (quase tão improvável), o povo teria q suportar um aumento na inflação que tornaria os R$ 2.257,52 tão efetivos quanto o SM de hoje..

    Random_Rampager
    Veterano
    # dez/11
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    Roy.Mustang
    Pior é saber que mesmo que o governo enxugasse os gastos (o que é impossível) e ainda que aumentassem o SM para os R$ 2.257,52 (quase tão improvável), o povo teria q suportar um aumento na inflação que tornaria os R$ 2.257,52 tão efetivos quanto o SM de hoje..

    Por aí. Só ia fazer desvalorzar os dinheiros de quem ganha mais que isso.

    Roy.Mustang
    Veterano
    # dez/11
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    Random_Rampager
    Por aí. Só ia fazer desvalorzar os dinheiros de quem ganha mais que isso.

    Of course.

    Cavaleiro
    Veterano
    # dez/11
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    http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/12/1/o-d ilema-fiscal-com-a-queda-da-selic

    Konrad
    Veterano
    # dez/11
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    Cavaleiro
    Considerando este cenário na opinião de vocês a solução é igualar os salários e todo mundo morrer de fome ou diminuir os gastos do governo e aumentar o superávit?

    Ou aumentar a produtividade do trabalhador e parar de passar vergonha se orgulhando de ser a sexta economia do mundo com um setor industrial pífio e endividamento público e privado altos e perigosos.

    Konrad
    Veterano
    # dez/11
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    Cavaleiro
    Já achei dois erros de cálculo nas considerações das variáveis/contas, não vou editar e deixar como jogo dos sete erros.

    Fala ai.

    Cavaleiro
    Veterano
    # dez/11
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    Konrad

    O erro foi na composição do superávit, precisa diminuir o SM de 2010 do SM do Dieese no cálculo.

    Cavaleiro
    Veterano
    # dez/11
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    E diferenciar no SM os servidores públicos que são pagos diretamente pelo governo dos servidores privados que são pagos pelas empresas e geram INSS, depois analisar o pagamento do INSS, mas aí o cálculo fica muito complexo porque enche de variáveis.

    The Fixer
    Veterano
    # dez/11
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    Cavaleiro

    Porque é o ajuste seria de 12,5% e não 25%?

    tambourine man
    Veterano
    # dez/11
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    acho que esse dieese é um antro de petistas safados, deveriam ir para cuba para ver como é o esquema

    /padrão

    Cavaleiro
    Veterano
    # dez/11 · Editado por: Cavaleiro
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    2/1 e 1/4 PEA por NPEA

    kiki
    Moderador
    # dez/11
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    Konrad
    parar de passar vergonha se orgulhando de ser a sexta economia do mundo com um setor industrial pífio e endividamento público e privado altos e perigosos.
    Eu acho tão grave quanto se orgulhar de uma economia apoiada em tanta precariedade. De nada adiantaria aumentar o salário mínimo se uma parcela enorme da população trabalha sem regulamentação.

    Eu tinha até pensado nisso outro dia, foi bom que voce me lembrou:
    http://forum.cifraclub.com.br/forum/11/277271/

    Kensei
    Veterano
    # dez/11
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    Cavaleiro
    To vendo o pessoal argumentar , mas confesso que lendo seu post inicial não dá pra pegar de cara a ideia que vc quer expor com a pergunta.

    O que vc tá dizendo o seguinte, já que a nação, o mercado e o setor público são incapazes de garantir o mínimo de 2,2 por mês, tal complementação deveria vir com um tipo de vale do estado, é isso?

    Black Fire
    Gato OT 2011
    # dez/11
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    A existência de um salário mínimo é uma aberração.

    Cavaleiro
    Veterano
    # dez/11
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    Kensei

    Meu ponto é mostrar a necessidade de redução de gastos do governo. Veio com base no link com a oportunidade de diminuição da dívida em relação ao PIB devido a diminuição da SELIC ao invés de aumentar os gastos, mesmo em saúde, educação e etc.

    Kensei
    Veterano
    # dez/11
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    Cavaleiro
    Então rapaz, a coisa parece que tá um pouco solta, obviamente que reduzir a relação dívida pública/PIB por meio da SELIC é excelente, mas não é isso que está no post que abre a discussão, lá tem salário mínimo, o suposto salário mínimo que o Dieese referenda, e tem superávit primário. Tirando os servidores públicos, aposentados e pensionistas, não estava conseguindo entender o lance de superávit primário (Impostos - despesas - despesas com dívida, se não me engano) com o salário mínimo que seria suficiente para satisfazer dignamente a população, pois Superávit aí é um esforço governamental e salários envolvem toda a sociedade.

    Cavaleiro
    Veterano
    # dez/11
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    Kensei

    Por isto que eu falei em um dos posts que um erro foi não separar os salários dos servidores e funcionários CLT

    amador_ssa
    Veterano
    # dez/11
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    Cavaleiro

    Considerando este cenário na opinião de vocês a solução é igualar os salários e todo mundo morrer de fome ou diminuir os gastos do governo e aumentar o superávit?

    Entre as duas opções eu escolheria a primeira, incluindo os salários dos parlamenteres que sugerem e votam seu próprio reajuste, ja vi reajuste pra vereador de 80%. Se você reparar também algumas profissões supervalorizadas como carreiras jurídicas e de Saúde. Concordo que médico tem que ganhar bem mas tem que ser responsabilizado criminalmente quando culpado, e deixar de exercer a profissão

    ou diminuir os gastos do governo e aumentar o superávit?

    Pra mim essa opção seria perfeita se incluisse o congelamento de salarios de politicos, deputados ganham mais de R$ 20.000,00 fora auxilio gasolina, auxilio paleto, etc e combate a corrupção com pena de reclusão.

    Uma distribuição de renda melhor. 600 pessoas ganhando R$ 20.000,00 e 20.000 X 1 Bilhão de pessoas ganhando R$600,00. Tem algo errado ne? Se pensarmos que essa maioria as vezes é assaltada e inumeros moradores de rua ganhando nada piora

    Simonhead
    Veterano
    # dez/11
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    Cavaleiro

    Beleza de clipping - valeu pelo link, meu caro! \o

    Konrad
    Veterano
    # jan/12
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    A queda de meio ponto percentual na taxa de juros já era esperada, a grande dúvida é o que acontecerá nas próximas reuniões. Entre os especialistas, a pergunta feita é se haverá apenas mais uma queda de meio ponto ou se os cortes continuarão até 9% de taxa de juros este ano. A interpretação feita ontem à noite é que os juros vão cair novamente em março.

    A dúvida ontem no mercado era apenas sobre o texto do comunicado. A decisão foi unânime e o texto foi o mesmo da última reunião, indicando que o BC derruba os juros para neutralizar o efeito da crise internacional. Diz ainda que derrubando os juros no tempo certo, como tem feito, conseguirá levar a inflação para o centro da meta este ano.

    A inflação terminou o ano passado na medida exata que o BC precisava para não ter que passar pelo constrangimento de escrever uma carta pública explicando o descumprimento. Tanta coincidência pareceu curiosa. Mas ela ficou dois pontos acima da meta. Não foi um bom desempenho.

    O índice deve cair nos próximos meses. Uma parte será apenas efeito estatístico das mudanças de metodologia do IBGE, que diminuiu o peso de alguns itens, como educação. Outra será efeito defasado do aperto monetário dado pelo Banco Central no ano passado, quando a inflação bateu no pico de 7,3%. Um terceiro fator é que as tarifas públicas serão corrigidas com percentuais menores. Os IGPs, que em 2010 ficaram em torno de 11%, fecharam 2011 em torno de 5%, o que reduz a alta das tarifas.

    Os gastos públicos vão ser afetados negativamente, mas a demanda será puxada pelo aumento do salário mínimo de 14%. Por um lado, ajuda a recuperação da atividade, que chegou a zero no terceiro trimestre e se recuperou um pouco no quarto. Por outro, impacta as contas previdenciárias.

    Dentro do governo há um debate, como contou esta semana o "Valor Econômico", sobre se deve ou não ser cumprida a meta cheia do superávit primário. Curioso o adjetivo, porque meta é meta. A invenção do conceito "cheia" vem dos truques contábeis, desrespeitosos à inteligência alheia, que o governo usou em 2010 para fazer de conta que cumpriu o que descumpriu.

    O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, interlocutor privilegiado da presidente da República, estaria defendendo o aumento do investimento, o que poderia levar ao descumprimento da meta. No ano passado, de fato, o investimento foi a variável de ajuste. Foi lá que se cortou, repetindo o erro de anos anteriores.

    Ninguém tem dúvidas de que o país precisa investir mais, e o ideal é que os investimentos fossem no que o país mais precisa. O risco é continuar a opção por projetos aos quais se concede cada vez mais subsídios governamentais, como o trem-bala.

    Se o governo optar por não cumprir a meta, o Banco Central terá menos espaço para derrubar a taxa de juros. Se o cenário externo se agravar, o ideal seria liberar mais estímulo monetário. Como fazer isso, num quadro de expansão do gasto público, sem afetar a inflação? É a pergunta que o BC terá que se fazer, se quiser cumprir seu compromisso de chegar ao fim de 2012 com a inflação no centro da meta.

    Há uma anomalia que se perpetua no governo brasileiro. O Tesouro está entrando no quinto ano em que financia o BNDES com empréstimos tomados no mercado. O banco, que sempre foi financiado pelos retornos dos empréstimos e pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador, tem recebido desde 2008 novas injeções de recursos, que já chegam à espantosa cifra de R$ 307,2 bilhões. Como o governo apresenta as transferências como sendo empréstimo, o gasto não é contabilizado como gasto, e vira um ativo. Criou-se a anomalia de um gasto invisível. Também não se registra o custo pela diferença entre a taxa de captação e a taxa cobrada nos créditos concedidos. Esse retrocesso no processo da contabilidade pública repete distorções do passado das quais o Brasil se livrou com dificuldade.

    A situação internacional, que o Banco Central tem acompanhado muito bem, tem produzido seguidas surpresas ruins. O alerta feito ontem pelo Banco Mundial diz tudo. "Os países emergentes devem esperar pelo melhor e se preparar para o pior", disse Andrew Burns, chefe de macroeconomia do Banco. Ele está prevendo uma queda do crescimento mundial aos níveis de 2008-2009. Isso é mais uma razão para que o BC tenha espaço para derrubar ainda mais a taxa de juros.

    Desde a última reunião do Copom houve sinais contraditórios no cenário internacional. Houve o rebaixamento da nota de crédito da França, de outros oito países e mais a do fundo de resgate. Por outro lado, alguns dos países europeus conseguiram captar recursos a taxas menores que antes, e ontem o FMI acenou com a possibilidade de integrar mais fortemente o esforço europeu para o saneamento financeiro da região.

    A taxa de juros deve cair também na próxima reunião, pelo que se pode entender do comunicado. Novas quedas dependerão da situação internacional, do espaço fiscal e do comportamento da inflação.

    http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2012/01/19/na-descendent e-427244.asp

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