Usuário de droga deve ou não ser preso?

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EternoRocker
Veterano
# nov/10
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Voltei...

Assim... se o cara é declarado dependente químico... tratamento nele.

Se o cara é fanfarrão... que usa pra causar... cadeia nele.

Bizet
Veterano
# nov/10
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faith_girl
sou a favor da proibição de qualquer droga

Por quê?

Heaffy
Veterano
# nov/10
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a parada das drogas é psicológico, dá pra ter um uso trankilo se a pessoa tem cabeça forte, o problema é q geralmente qm usa não tem cabeça forte.

eu conheço pessoas q usam e tão ai de boa ganhando na vida.

mas a maioria se entrega msmo e ai fode.

Cavaleiro
Veterano
# nov/10
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Dylan Thomas
Os usuários comprariam drogas de qualidade com o selo do ministério da saúde. O governo lucraria, as farmácias lucrariam, o capitalismo triunfaria e todos seriam felizes para sempre.

Com isso, o tráfico seria drasticamente reduzido. Por que quem sustenta traficante é mauricinho, não os esfarrapados viciados em drogas baratas. E os viciados ou são internados em clínicas, que também vão lucrar, por papai e mamãe, ou morrem de overdose logo.

Mais uma evidência a favor da seleção natural e do triunfo do capitalismo.


Muito bom, Dylan.

Devil Boy
Veterano
# nov/10 · Editado por: Devil Boy
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[Polemista maconheirinho de merda]

Acho que, ainda que com algumas restrições, a Holanda é um país estranho: optaram pelo caminho da racionalidade, enquanto os brasileiros preferem chapar o coco com sua cerveja aguada, ficar por aí trocando socos e chutes nos botecos da vida e ainda jogar a culpa por sua cultura animalesca e irresponsável nas drogas.

Aqui vai um pequeno exercício mental.

Se amanhã um daqueles estadistas tipicamente generosos, cheios de boas intenções e sem o mínimo de respeito pela liberdade das pessoas adultas de serem donas dos seus próprios narizes resolvesse proibir o comércio de Doritos (afinal, é um produto repleto de conservantes que não agrega nada à nossa saúde e ainda contribui para a epidemia da obesidade) e iniciasse uma política criminal radical contra os infratores da proibição, é óbvio que nem a Elma Chips nem nenhuma empresa altamente competitiva que queira lucrar na legalidade irá continuar produzindo e comercializando Doritos.

Contudo, certamente a maioria das pessoas não vai deixar de gostar de Doritos só porque o estadista benevolente assim o quer: a demanda por Doritos não vai desaparecer só porque seu comércio é proibido. Se o comércio legal é reduzido a zero, mas a demanda pelo produto permanece, o que ocorrerá é tão somente que a lucratividade do mercado negro - composto por pessoas que não têm tanto medo de infringir a legislação e antes não tinham como competir com as empresas que funcionavam legalmente (ou alguém tem motivos para acreditar que, em um mercado aberto, o Elias Maluco forneceria um Doritos de maior relação benefício/custo e atrairia mais clientes que a Elma Chips?) - explodirá de forma inédita.

Economicamente falando, a proibição nada mais é do que uma espécie do clássico gênero concessão estatal de monopólio, através da qual o Estado impede a entrada de concorrentes e garante que o mercado seja dominado por certas empresas aliadas aos políticos. Contudo, há agravantes: uma das diferenças entre o monopólio dos correios e o monopólio das drogas é que, sendo o segundo informal, nele os incentivos econômicos não vão estar direcionados apenas para a prestação de um serviço menos eficiente do ponto de vista do consumidor (e.g., Doritos mais caro, gorduroso e nocivo à saúde do que se o mercado operasse em regime de livre concorrência), mas também para o aumento do potencial criminoso-agressivo por parte daqueles que exercem o monopólio (i.e., quanto mais o empreendedor for eficiente em driblar e resistir à perseguição policial, maior será a chance de lucro no comércio do item criminalizado).

Portanto, algumas conseqüências inevitáveis da proibição são: i. a tendência espontânea dos criminosos de carreira buscarem financiamento para suas atividades nos lucros advindos do comércio ilegal do item proibido, no caso, o Doritos; ii. quanto maior o recrudescimento da proibição, maior a periculosidade e a lucratividade dos comerciantes de Doritos que irão permanecer atuando no mercado. Foi exatamente isso o que aconteceu nos USA nos anos 30 quando proibiram o álcool com uma "lei seca" e assim ajudaram a criar Al Capone e sua máfia; e é exatamente isso o que acontece hoje no Brasil, onde a maconha é proibida e o Estado garante uma fonte de renda permanente para a rapaziada nos morros do Rio de Janeiro. [1]

Do ponto de vista econômico, a existência desse tipo de legislação também aumenta o potencial de periculosidade dos próprios consumidores: quanto maior for o preço das drogas (que continuará aumentando à medida em que a concessão do monopólio se tornar mais exacerbada), menos renda os consumidores terão para gastar em suas necessidades básicas, de modo que, se você for uma pessoa de baixa renda, a proibição tornará muito mais difícil você custear honestamente o seu "barato". E, se você quer custear o consumo dessas substâncias, mas a sua renda atual não permite que você o faça de uma forma economicamente sustentável, em síntese só te restarão duas opções: aumentar sua renda por meios lícitos ou roubar a dos outros.

Ceteris paribus, quanto mais rígida for a proibição, mais teremos drogados cometendo crimes contra o patrimônio alheio para financiar seu vício e mais recursos escassos a polícia e o judiciário serão obrigados a deslocar para o combate dos crimes cometidos por drogados (o que tornará os crimes não-cometidos-por-drogados mais difíceis de se combater do que se não existisse a proibição.)

Se você acredita que os governantes são seres de moral ilibada e 100% bem-intencionados em suas propostas, acabará concluindo que esse tipo de legislação por eles promulgada é simplesmente contraproducente e coloca a sociedade em uma lógica viciosa de criminalidade crescente: quanto maior o rigor da proibição, maior a criminalidade relacionada a drogas e menos recursos disponíveis serão alocados para a criminalidade não-relacionada a drogas; quanto mais pipocam crimes relacionados às drogas, mais os políticos propõem ações policiais mais radicais; e assim por diante... Da mesma forma que muitos economistas ainda recorrem à velha metáfora da "mão invisível do mercado" para ilustrar como, em última instância, até mesmo as ações puramente egoístas dos indivíduos acabam contribuindo para o bem estar de todos, eu acredito que se pode falar também em uma "mão invisível do Estado": mesmo quando os políticos e burocratas são motivados pelas intenções mais nobres e altruístas, o Estado só consegue desgraçar e tornar incompetente tudo aquilo que ele toca.

Já se você assume a premissa de que os governantes frequentemente colocam seus interesses pessoais acima do que se chama vulgarmente de "bem comum", concluirá que as políticas anti-drogas, além de incompetentes, também permitem que os políticos fiquem na posição bastante confortável de jogar para os dois lados: de um lado, eles podem concentrar ainda mais poder em suas mãos, usando o palanque para agradar as pessoas que votam neles iludidas pela promessa de "acabar com o tráfico"; do outro, eles usam o aparato policial para perseguir a concorrência dos traficantes barra-pesada que operam no mercado negro, aumentando as margens de lucro destes através do monopólio.

Antes que me acusem preconceituosamente de ser "financiador do tráfico", aviso que não fumo nem cheiro absolutamente nada e atualmente só bebo álcool uma vez por ano, durante os concursos com cerveja no Oktoberfest. Meu único vício é o péssimo hábito de desconfiar de "soluções" óbvias e populistas e de achar que não é porque eu tenho o meu gosto pessoal que o resto da sociedade é obrigado a segui-lo.

E ainda que explicando de uma forma meio simplificada, acho que deu para ficar claro que o cerne do argumento antiproibição não é a idéia de que, legalizando tudo, o mundo será uma espécie de "paraíso". O ponto do argumento é apenas que essa história de legislação antidrogas não passa de um factóide eleitoral: o Estado não é nem nunca será qualificado para salvar a sociedade de si mesma e qualquer tentativa nesse sentido só gerará distorções e novos problemas ainda mais nocivos à vida em comunidade do que os originais, ad infinitum.

Mas se a legislação não é a "solução" para essa praga que assola as famílias, qual seria então?

Bem... qual a "solução" para a promiscuidade? Se você sair na rua todos as noites fazendo sexo com qualquer pessoa que encontrar pela frente nos inferninhos, é certo que cedo ou tarde isso não vai acabar bem para a sua saúde, além de ser uma conduta considerada degradante e vulgar pela maioria dos pais. Essa necessidade de se proteger a saúde e a família torna necessária a existência de leis regulando a vida sexual privada?

Não vou entrar no mérito de se a demanda por drogas pesadas é realmente um problema ou não (isso seria incorrer em valores pessoais, sem falar que também acho que saúde estatal é por si só um desperdício de dinheiro). Só vou dizer que nunca toquei em uma pedra de crack - em parte porque não havia usuários de crack na comunidade em que eu fui criado, em maior parte ainda porque desde cedo meus pais foram eficientes em me ensinar (ou, como as más línguas diriam, "lavar o meu cérebro") que essa substância é mais nociva à minha saúde do que o que algum dia eu consideraria razoável.

Então nada mais natural que, para mim, a coisa passe por educação, família e respeito pelo seu próprio corpo, pela sua própria racionalidade. Do álcool à cocaína, com ou sem proibição estatal, se você não tem essas três coisas, é um forte candidato a se tornar ou continuar sendo um cadáver ambulante.

[1]Para quem quiser captar melhor a malícia da análise econômica da legislação antidrogas, recomendo os livros: "The economic anatomy of a drug war", de Bruce Benson e David Rasmussen, "The economics of prohibition" de Mark Thornton, "After prohibition" de Timothy Lynch, "The logic of bureaucratic conduct", de Albert Breton e Ronald Wintrobe, "The legalization of drugs" de Douglas Husak e Peter de Marneffe, e "Friedman and Szazs on liberty and drugs" de... Milton Friedman e Thomas Szazs!

renansena777
Veterano
# nov/10
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Devil Boy
vc escreveu isso tudo?

Heaffy
Veterano
# nov/10
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escrever é facil , qero ver ler essa porra toda ae

EternoRocker
Veterano
# nov/10 · Editado por: EternoRocker
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Eu... um ser pacífico... como Doritos... e nada acontece.

O Juquinha... um ser pacífico... come Doritos... e nada acontece.

Van Damme... um ser violento... come Doritos... e nada acontece.

Tiririca... um ser violento... se entope de drogas... que que acontece ???

Papinho furado de legalização das drogas...

O alcool ser legalizado já é um enorme erro... que certamente não vai ser corrigido... já as drogas... a proibição é o caminho certo.

E tem mais é que proibir mesmo.

GOREFESTA
Veterano
# nov/10
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Tiririca... um ser violento... se entope de drogas... que que acontece ???

É eleito deputado pela maioria

EternoRocker
Veterano
# nov/10
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GOREFESTA

Pra vc ver como droga só faz bem pra quem usa... e até a página 02.

Cavaleiro
Veterano
# nov/10
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Milton Friedman

Economista superestimado.

BuBu Vodka
Veterano
# nov/10
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não.. deve ser tratado....

dependencia química é doença... não adianta prender um doente.. adianta trá-lo...

bju .. xau

J. S. Coltrane
Veterano
# nov/10
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Devil Boy

exato. Daí decorre que devemos acabar com o estado.

Gui
Veterano
# nov/10
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o consumidor pratica o crime na compra.

mas o consumo não deveria ser criminalizado. é caso de saúde pública e pronto.

Dylan Thomas
Veterano
# nov/10
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Devil Boy
Então nada mais natural que, para mim, a coisa passe por educação, família e respeito pelo seu próprio corpo, pela sua própria racionalidade. Do álcool à cocaína

Freud que o diga. Mas é mais fácil legalizar e deixar que todos os viciados morram ou recorram à clínicas do que aplicar os preceitos que vc citou.

Animal Mother
Veterano
# nov/10
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Não. Sou a favor da legalização geral de todas as drogas.

TWT ICE
Veterano
# nov/10
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Gui

o consumidor pratica o crime na compra.

mas o consumo não deveria ser criminalizado. é caso de saúde pública e pronto.


por ai mesmo...

se plantar e fumar ta de boa, mas 99% compra.. e enquanto alguem comprar alguem vai vender

F.BankZ
Veterano
# nov/10
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Drogas deveriam ser legalizadas.

Ch4p0L1N
Veterano
# nov/10
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Usuário de droga deve ou não ser preso?

sim, só pra largar de ser otário

LuRox
Veterano
# nov/10
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Não. Sou a favor da legalização geral de todas as drogas.
+1

Codinome Jones
Veterano
# nov/10
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Só se colocarem wifi na cadeia

Shredder_De_Cavaquinho
Veterano
# nov/10
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Deve passar por tratamento compulsório e depois ficar um tempinho no xilindró pra esfriar a cabeça.

paranauê
Veterano
# nov/10
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Não. Sou a favor da legalização geral de todas as drogas. +2

Van Damme... um ser violento... come Doritos... e nada acontece.

Tiririca... um ser violento... se entope de drogas... que que acontece ??


Façamos assim então, prende todos os 'seres violentos'. Aí o mundo seria perfeito, não?
Desculpinha mais escrota...

Sammy Page
Gata OT 2011
# nov/10
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Depende do usuário em questão...

Black Fire
Gato OT 2011
# nov/10
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Usuários de crack deveriam ser usados pra fazer sabão de HIV, o resto liberal geral.

thebassx
Veterano
# nov/10
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nem vou ler as respostas pra nao vomitar. vcs vivem numa caixa.

thebassx
Veterano
# nov/10
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exceto o Devil Boy, que vive numa caixa, mas do lado de fora, lá em cima.

thebassx
Veterano
# nov/10
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Ah... vcs viram que o Cristovam Buarque quer legalizar a felicidade ? hahahihi

Lucas Borlini
Veterano
# nov/10
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Eu acho que devia acontecer uma catástrofe fuderosa aqui, pra recomeçar a população dos poucos sobreviventes.

E que esses poucos sejam pessoas de bem que ficaram vivos por pura sorte.







Ou senão o Osama podia jogar alguns aviões no Senado.

Lucas Borlini
Veterano
# nov/10
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nem vou ler as respostas pra nao vomitar. vcs vivem numa caixa.

Eita, pediu opinião pra que então???

Devia é ficar feliz que a galera comentou, e mais feliz ainda pq muitos dos que comentaram são contra as drogas.

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