'Nova doméstica' tem carro zero e faz faculdade

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brunohardrocker
Veterano
# set/10
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J. S. Coltrane
comofas?!? 1.5K com tudo isso? Tem mutreta ae!

Não. Tem aquisição em parcelas a perder de vista!

Headstock invertido
Veterano
# set/10
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Cavaleiro
Acredito que o conhecimento de ninguém se limita a cuidar da casa dos outros, por mais limitado que seja.


Eu acredito que pode nem chegar a isso. Aliás, a capacidade.


Dignidade vem do latim dignitate e pode ser definida como honradez, honra, nobreza, decência, respeito a si próprio, conforme O Novo Dicionário Aurélio e Minidicionário Aurélio, ambos da Editora Nova Fronteira, e está ligada ao ser humano [/b]por uma abstração intelectual representativa de um estado de espírito.[/b]

Mesmo o conceito digamos, universal, é subjetivo. Não tem como generalizar pra todas as pessoas do planeta. Acredito que exista gente que tenha respeito por si mesmo, goste do que faz e esteja conformado de que aquilo é o equivalente ao que ela buscou na vida e, portanto, o ofício que lhe é merecido, seja este ofício qual for, incluindo ser empregada doméstica.

Não que a pessoa não vai ter respeito a si mesmo se realizar trabalhos domésticos, mas acredito que normalmente preferiria fazer outro tipo de trabalho e tem sim condições.

Sim, mas idealizar algo melhor pra si e o preferir não significa que o que faz atualmente (muitas vezes o que tem capacidade pra fazer) não é digno.
Um engenheiro que prefere ganhar na mega-sena e passar o resto da vida coçando o saco não está com isso automaticamente assumindo que a engenharia é uma profissão desprovida de dignidade.

Veja uma doméstica que trabalha em uma mansão pra um bilionário. Ela provavelmente ganha mais que um acadêmico em algum lugar aqui no Brasil. Acha que ela não estaria satisfeita com a profissão? Acha que nenhuma empregada doméstica gosta do que faz?
É lógico que vai existir algo que ela queira fazer que considere melhor do que faz, mas isso sempre vai acontecer, em qualquer area, com qualquer um, o ser humano sempre quer mais, nunca está satisfeito, sempre enxerga a possibilidade de ficar melhor. Seriam todas as profissões do mundo não dignas?

Tinha outra coisa que eu ia dizer mas esqueci enquanto desenvolvia meu lero-lero... depois eu lembro.

J. S. Coltrane
Veterano
# set/10
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Kensei
essa sua frase pode ser usada pra 95% do sistema em que vivemos.

frases multi uso!

Mas eu digo que não é digno, assim como catador de lixo não é digno, e por aí vai. É o que sobra, e nem é tanto uma questão de remuneração. Te garanto que tem muito imigrante na gringa ganhando muito dinheiro por fazer um trampo que cidadãos não querem fazer, preferindo ganhar pouco pelo seguro-desemprego, por exemplo.

E eu acho que andar de transporte público é digno

Cavaleiro
Veterano
# set/10 · Editado por: Cavaleiro
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Headstock Invertido

Veja uma doméstica que trabalha em uma mansão pra um bilionário. Ela provavelmente ganha mais que um acadêmico em algum lugar aqui no Brasil. Acha que ela não estaria satisfeita com a profissão? Acha que nenhuma empregada doméstica gosta do que faz?

Dinheiro não traz a satisfação e é um fator higiênico e não motivacional como defendem os teóricos da motivação como o Hezberg no caso.

Acha que nenhuma empregada doméstica gosta do que faz?

Até tem quem goste, mas em 99% dos casos acredito que a pessoa não queira realizar seus objetivos por causa do primeiro pilar do porque as pessoas fazem as coisas: fuga do sofrimento, o outro é a busca do prazer.

Ela tem uma crença de que é incapaz e fará de tudo para validá-la quantas vezes forem necessárias.

Não acredito que uma pessoa atinja o último nível de satisfação de Maslow que é a auto realização fazendo serviços domésticos.

O exemplo do engenheiro é comum, mas eu não lembro o percentual exato agora, mas é algo entre 80 e 90% das pessoas que ganham na mega sena voltam a ficar sem nada.

Ele não considera a profissão indigna, simplismente tem outros objetivos de vida que antes necessitavam que arrecadasse seu dinheiro com a profissão e agora tem uma vontade absurda de realizá-los da forma mais rápida possível: segundo pilar da motivação, busca do prazer.

F.BankZ
Veterano
# set/10
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Grandes "bosta". Ela vai sair da faculdade e continuar lavando banheiro.

Se ela tá fazendo faculdade é justamente pra não ter mais que lavar banheiro, não acha?

r2s2
Veterano
# set/10
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Kensei
É impressionante o nível de preconceito hein? E daí se ela está limpando a casa dos outros? É uma profissão digna! Cuidar de uma casa, mesmo que de outro, se feito da forma correta, requer muita atenção, por vezes carinho, afinal de contas a pessoa está em contato direto com aquilo que é mais valioso pra pessoa, a família. Eu fico triste de não ter condições de pagar melhor essas pessoas que trabalham bem.


Perfect!

F.BankZ
Veterano
# set/10
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É impressionante o nível de preconceito hein? E daí se ela está limpando a casa dos outros? É uma profissão digna! Cuidar de uma casa, mesmo que de outro, se feito da forma correta, requer muita atenção, por vezes carinho, afinal de contas a pessoa está em contato direto com aquilo que é mais valioso pra pessoa, a família. Eu fico triste de não ter condições de pagar melhor essas pessoas que trabalham bem

Pois é.
A profissão de doméstica não é menos nem mais importante do que um Engenheiro, por exemplo. Cada um vende a força de trabalho que tem pra poder manter a sociedade em andamento e a economia girando.

brunohardrocker
Veterano
# set/10
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Cavaleiro
Até tem quem goste, mas em 99% dos casos acredito que a pessoa não queira realizar seus objetivos por causa do primeiro pilar do porque as pessoas fazem as coisas: fuga do sofrimento, o outro é a busca do prazer.
Não acredito que uma pessoa atinja o último nível de satisfação de Maslow que é a auto realização fazendo serviços domésticos.

Eu não diria isso daquelas "empregadas" que limpam a mansão de um milionário com a bunda de fora :P

Mas eu ainda fico com um pé atrás quanto ao que vc afirmou, primeiramente pelas teorias motivacionais não serem científicas. Acredito que o que vc disse seja mais uma questão de estatística.

brunohardrocker
Veterano
# set/10
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F.BankZ
Pois é.
A profissão de doméstica não é menos nem mais importante do que um Engenheiro, por exemplo. Cada um vende a força de trabalho que tem pra poder manter a sociedade em andamento e a economia girando.


Mas existe um outro lado: pense que a profissão de doméstica com o tempo deixe de existir. Isso de uma forma forçará outros profissionais, como os engenheiros, e pensar em algo pra suprir essa necessidade. Já existe: robôs que fazem limpeza.

Cavaleiro
Veterano
# set/10
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brunohardrocker

Boa parte da teoria motivacional é científica sim, mas é soft science e vem do behaviorismo, portanto é um fenômeno observável.

A última que eu li é sobre o dinheiro em função de tarefas manuais ou cognitivas.

Se você recompensar alguém com um valor variável sobre um trabalho manual terá maior produtividade, mas para o trabalho cognitivo o efeito é inverso.

Headstock invertido
Veterano
# set/10
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Cavaleiro
Dinheiro não traz a satisfação e é um fatos higiênico e não motivacional como defendem os teóricos da motivação como o Hezberg no caso.

Não vou nem entrar nessa questão de dinheiro trazer satisfação ou não.

Até tem quem goste, mas em 99% dos casos acredito que a pessoa não queira realizar seus objetivos por causa do primeiro pilar do porque as pessoas fazem as coisas: fuga do sofrimento, o outro é a busca do prazer.

Concordo.
Não querem, mas muitas das vezes tem de.
E não vejo a falta de dignidade nisso.

Ela tem uma crença de que é incapaz e fará de tudo para validá-la quantas vezes forem necessárias.

Os acomodados de quem eu falei ali anteriormente, mas também não vejo onde essa acomodação configura indignidade na profissão.

Aliás, não acredito que alguém acabe se acomodando em seu ofício ao mesmo tempo em que considera o mesmo indigno.

Não acredito que uma pessoa atinja o último nível de satisfação de Maslow que é a auto realização fazendo serviços domésticos.

E eu acredito que depende.

...80 e 90% das pessoas que ganham na mega sena voltam a ficar sem nada.

Mas a questão não é essa, é o desejo a priori de enxergar algo melhor pra si, se esse "algo melhor" vai ou não funcionar no final das contas pouco importa aqui.
É o desejo de conseguir os objetivos da forma mais fácil, e sempre vai existir uma forma mais fácil.

Ele não considera a profissão indigna, simplismente tem outros objetivos de vida que antes necessitavam que arrecadasse seu dinheiro com a profissão e agora tem uma vontade absurda de realizá-los da forma mais rápida possível

Não sei, acho que a vontade de alcançar os objetivos de forma mais fácil e prazerosa não necessariamente vem depois da busca por meios profissionais, digamos assim.
____

O que eu queria dizer é que está claro no meu primeiro post que eu não questionei conceitos e nem argumentos de ninguém, não quis rebater teorias e tipo.

Só achei estranho o post do camarada lá. Negando uma opinião alheia com base apenas em sua filosofia pessoal.

Aliás, isso é tão comum, criticar algo fazendo esse algo. É talvez o ato que mais dá margem à hipocrisia.

Enfim, paz ae, já disse o que eu tinha pra dizer e minha capacidade de gerar lero-lero já tá se esgotando. o/

Cavaleiro
Veterano
# set/10 · Editado por: Cavaleiro
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Headstock Invertido

Enfim, paz ae, já disse o que eu tinha pra dizer e minha capacidade de gerar lero-lero já tá se esgotando. o/

haushasuhu

Sorte a minha, já tava no fim também.

Enfim, dá pra resumir todo o lero lero nisso:Não acredito que uma pessoa atinja o último nível de satisfação de Maslow que é a auto realização fazendo serviços domésticos.

Não sei se isso configura necessariamente como digno/indigno mas acho que tem melhores opções para a maioria das pessoas que encontram-se nessa condição.

F.BankZ
Veterano
# set/10
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brunohardrocker
Mas existe um outro lado: pense que a profissão de doméstica com o tempo deixe de existir. Isso de uma forma forçará outros profissionais, como os engenheiros, e pensar em algo pra suprir essa necessidade. Já existe: robôs que fazem limpeza.

Eu acho difícil acabar. Sempre tem aquela pessoa que não aproveita enquanto podia estudar pra ter uma outra profissão, e é obrigada a ser doméstica.

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