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Adrianodevil Veterano |
# mar/10
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Julia.
O ideal é sempre tentar anotar. Tenho até uma história interessante sobre isso haha. Final de noite, um amigo meu pegando uma garota e o outro no carro com a garota que ele havia conhecido. Eu, altamente bebaço, havia acabado de me despedir da minha companhia daquela noite. Como meus amigos estavam ocupados, resolvi ir pra um canto lá de fora do bar. Comecei a ter uma viagem do inferno e não hesitei em sair correndo até o carro do meu amigo e pedir pra ele uma caneta e um papel. Voltei pro cantinho estranho e comecei a rabiscar naquele papel. Depois meus amigos vieram perguntando que porra é que eu tava fazendo. Falei que me veio um lampejo de idéias e eles começaram a me zuar falando que havia baixado o John Lock (do Lost) em mim e que a Ilha veio conversar comigo ahuhauhua... Aí eles ficaram insistindo pra ler, mas eu não deixei. No outro dia, já em casa, acordei e corri pra pegar o papelzinho na carteira. Comecei a rabiscar um monte de coisas em cima do que havia escrito e depois passei pro computador. Deram aproximadamente 8 páginas no word. Ainda boto fé que vou escrever um livro e que aquilo será a introdução haha. Só estou esperando outro lampejo desses pra ter mais idéias. O melhor de tudo nessa história é que esta é uma boa desculpa a se dar para ficar bêbado toda semana huahauhua...
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maggie Veterana |
# mar/10
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Adrianodevil Comecei a ter uma viagem do inferno e não hesitei em sair correndo até o carro do meu amigo e pedir pra ele uma caneta e um papel.
Momento The Doors!
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Devil Boy Veterano |
# mar/10 · Editado por: Devil Boy
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Vocês já tiveram momentos eufóricos bem efêmeros que milhões de ideias vêm à mente, de imagens, de sons?
O tempo todo. Tenho déficit de atenção, hiperatividade e ansiedade crônica.
Some essa condição neurológica problemática a um fetiche mórbido (cada dia mais grave) por racionalizar qualquer besteira que apareça pela frente. O resultado é um sujeito que certa vez perdeu a parada do ônibus porque estava tentando calcular de cabeça o impacto no preço das passagens e os custos gerais de oportunidade gerados pela legislação que institui o transporte público, pela que coloca os transportes alternativos na ilegalidade, pela que concede ao BC o monopólio de manipular a quantidade de papel moeda circulante no Brasil, pela que institui a meia-passagem para estudantes e por outras n leis.
mas se percebe completamente incapaz a produzir qualquer coisa porque são ideias que excedem a sua capacidade de organizá-las e criar algo?
Já. Mas há um tempo comecei a tomar o elixir mágico Ritalina e hoje não tenho tido mais dificuldade em transformar o meu pensamento em linguagem formal e nem em manter a concentração em coisas chatas.
O que vocês fazem? Como vocês conseguem aproveitar esses momentos raros?
Fabricando um artigo ou monografia.
E o que te estimula a sentir essa euforia?
Qualquer coisa que remeta vagamente aos temas "direito", "economia", "teoria do conhecimento" e "Wittgenstein".
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Julia. Veterano |
# mar/10
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Devil Boy o elixir mágico Ritalina Haha!
Some essa condição neurológica problemática a um fetiche mórbido (cada dia mais grave) por racionalizar qualquer besteira que apareça pela frente. Eu tendo a fazer isso, mas com coisas pouco práticas, diferente desse exemplo que você deu. Fico catatônica pensando em coisas que não fazem o menor sentido a partir de algo insignificante. Nada que me afete muito, acho.
E acaba que esses meus momentos de euforia são pouco práticos da mesma forma. Canalizar para a fabricação de um artigo, como você expôs, pra mim é quase impossível. Por isso o incômodo quando tenho esse tipo de sensação.
Gostei da sua resposta, aliás.
Adrianodevil Haha, foda. Mas, como estava conversando com o Konrad, muito difícil você criar um livro apenas nesses momentos de lampejo. Criação é 99% de esforço e 1% de inspiração. Eu até estava lendo um negócio aqui que vale para isso (é bem específico da literatura, mas você pode enxergar isso em outras áreas):
"Outra idéia bastante falsa que atualmente vem aceita é a da equivalência que se estabelece entre inspiração, exploração do subconsciente e liberação, entre acaso, automatismo e liberdade. Ora, essa inspiração que consiste em se obedecer cegamente a todo impulso é na verdade uma escravidão. O clássico que escreve sua tragédia observando certo número de regras que conhece é mais livre que o poeta que escreve o que lhe passa pela cabeça e é escravo de outras regras que ignora." Raymond Queneau
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Julia. Veterano |
# mar/10
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maggie Mentchira mesmo. Gosto de pessoas, mas não gosto de conviver com pessoas estranhas. Não sei, sou muito fechada pra isso.
Konrad :)
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Andy TheCatSp Veterano |
# mar/10
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Adrianodevil eu heein...
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Adrianodevil Veterano |
# mar/10
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Haha, foda. Mas, como estava conversando com o Konrad, muito difícil você criar um livro apenas nesses momentos de lampejo. Criação é 99% de esforço e 1% de inspiração. Eu até estava lendo um negócio aqui que vale para isso (é bem específico da literatura, mas você pode enxergar isso em outras áreas):
Poxa... =( Depois disso, qual desculpa eu dou pra ficar bêbado toda semana? hahaha...
Eu concordo com esse lance aí, mas acho que esses lampejos fazem a gente desenrolar as idéias mais facilmente. De repente elas estavam todas na sua cabeça, mas precisava alguma coisa ocorrer pra que elas se libertassem. (Não, eu não fumo maconha).
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