Universidades estrangeiras e universidades brasileiras - padrões

Autor Mensagem
Mila Turunen
Veterano
# jan/10
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Aced
De qualquer forma tá tudo errado.
sim :(

Konrad
Veterano
# jan/10
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The Root Of All Evil
Aqui se orgulham de dizer que todos os professores do instituto são pesquisadores também.
Eu não vejo isto como uma vantagem, por mais que falem aquela velha ladainha:

"O cara é pesquisador e vai dar aula sobre a matéria que ele é especialista e trabalha com ela."

Nada disto adianta em nada, se o cara não souber dar aula e muito menos, a nível de graduação, nunca vai ser necessário um conhecimento tão aprofundado de qualquer área específica que seja!
O cara não precisa ser pesquisador da área pra me fazer entender tudo que eu preciso entender de bioquímica a nível de graduação.
Enquanto que o que acontece é um cara que sabe a porra toda e eu que tenho que me fuder sozinho pra aprender algo que seria muito mais simples se o cara soubesse em nome de Zeus dar uma mísera aula decentemente!


É isso ai. Nessa terra se vive de títulos vazios.

Rough
Veterano
# jan/10
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Atualmente, prefiro ou IME/ITA ou particular. A estrutura dessas atualmente é espetacular.. tive a oportunidade de trocar o ensino superior público pelo particular e não me arrependo. Na universidade que estudo, o curso é bem avaliado e os professores tem interesse em ensinar.. coisa que não acontecia nem em sonho na instituição pública que estudei.
Infelizmente o preconceito ainda é grande, mas eu sou mais feliz hoje.
Afinal, quem faz a faculdade.. é o aluno, juntamente com a estrutura e suporte que a faculdade lhe dá.

Devil Boy
Veterano
# jan/10 · Editado por: Devil Boy
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Qual é a opinião de vocês em relação ao ensino superior?

Eu acho que a figura do professor universitário é superestimada e, em muitos casos, contraproducente.

A partir desta próxima semana, por exemplo, o meu chefe de departamento vai entrar em "licença sabática" e eu, por livre e espontânea pressão (já que o safado, por várias vezes, ameaçou queimar o meu filme na universidade se eu não o substituísse), terei que dar aulas para os graduandos dele.

Eu não tenho problema em bater boca nas conferências e congressos, mas é foda ficar ensinando a base para a molecada que acabou de entrar na universidade. Sei que ninguém nasce sabendo de tudo, mas é um saco ter que ficar horas e horas planejando aula, redigindo explicações sobre troços complexos cheios de implicações da forma mais simples, leiga e sistematizada possível... e tudo isso apenas para tornar a minha aula à prova de burrice.

E, além de me dar trabalho, vejo isso como uma tremenda perda de tempo para eles próprios também, já que nem eu (nem ninguém) jamais confiaria na competência de alguém cujo conhecimento é restrito àquilo que ele ouviu e anotou nas aulas. Acho que qualquer pretenso "estudante" sério deveria ler pelo menos três livros para cada cadeira que ele esteja "estudando".

Para mim, professor bom sempre foi aquele que facilitava o meu trabalho, deixando à disposição o conteúdo programático, indicando os melhores livros, tirando dúvidas quando elas existissem e não me reprovando por falta.

Daí, minha vontade[1] era chegar lá no primeiro dia de aula e entregar uma lista com a ementa e os tópicos da disciplina, mais outra com toda a bibliografia introdutória, intemediária e avançada que eles precisarão para o conhecimento dos assuntos, e, no final, dizer: "Até o dia da prova. Se tiverem alguma dúvida nesse meio tempo, aqui está o meu e-mail". E para não dizerem que sou muito escroto, ainda deixaria uma lista com 100 questões para fixarem melhor a matéria.

O problema é que, se eu fizer isso, provavelmente o reitor me chuta de lá e rasga o meu diploma em pedaços.

Por isso, eu me pergunto: qual a finalidade prática desse modelo ultraformal, centrado rigidamente na frequência às aulas de um professor? Apenas tornar mais fácil a obtenção de um diploma pelos alunos preguiçosos? Garantir um "extra" para os pesquisadores? Dar "prestígio" para os catedráticos[2]?

[1] Obviamente, o que eu estou dizendo aqui não se estende integralmente a cursos como Medicina e outros que demandem a existência de laboratórios para a formação dos alunos.

[2] Muitos dos professores universitários aparentemente se acham alguma coisa apenas porque "dão aula na universidade tal" e, frequentemente, eles tem até outras atividades profissionais e nem precisam do salário de professor; vão lá apenas para "bater ponto na creche" mesmo.

Como o Brasil poderia se incluir nos altos padrões das melhores universidades?

Anarquia e darwinismo universitários.

Simonetti
Veterano
# jan/10
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Estudar em univ. públicas no .br só tem 2 vantagens:

1) Você não paga
2) Existe mais pesquisa, no entanto isto só é relevante para quem gosta de pesquisa ou quer fazer mestrado / doutorado.

Tirando isto, temos o caso clássico de funcionalismo público atrasado, que não quer trabalhar, que enrola o tempo todo.

Minha namorada faz doutorado no ICB da UFMG. A orientadora dela, uma pessoa muito conceituada na área, raramente dá aulas para seus alunos de graduação (sendo que ela é PAGA pra isto), e manda seus alunos de doutorado darem aulas pra elas. Até prova destes alunos minha namorada já teve que corrigir.

O foda é que no .br as univ. privadas não investem em pesquisa, pois não existe retorno financeiro disto aqui no Brasil. Apenas o governo (através de FAPESP, Capes, etc) investe, e pouco, em pesquisa.

Já nos EUA, a iniciativa privada investe nas universidades privadas através de pesquisas. Ou seja: para do P&D de grandes corporações é feita por universidades que são bem remuneradas pra isto.

A interação entre iniciativa privada e universidade, através de pesquisa, é o grande diferencial das universidades estrangeiras, pois não apenas serve como fonte de renda para as universidades, mas também gera conhecimento e tecnologia, coisa que o Brasil está com décadas de retardo em relação ao 1º mundo.

Aced
Veterano
# jan/10
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Anarquia e darwinismo universitários.


Anarquia já está presente nos sanitários das belas universidades daqui, é uma put...anarquia total.

Devil Boy
Veterano
# jan/10
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Simonetti
A orientadora dela, uma pessoa muito conceituada na área, raramente dá aulas para seus alunos de graduação (sendo que ela é PAGA pra isto), e manda seus alunos de doutorado darem aulas pra elas.

Não é só no Brasil que eles fazem isso, não. =)

Lucy.ana
Veterano
# jan/10
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Devil Boy

Interessante seu ponto de vista, e em parte eu concordo com ele =D

Simonetti

Quando eu fiz um semestre de arquitetura na UFMG, sério, eu quase morri de depressão, porque não tinha nada a ver com aquilo que eu pensava! Todos os professores davam enormes listas de cálculos e, outros mandavam copiar os fundamentos da arquitetura e engenharia civil, juro, copiar! Daí, um professor arquiteto que há muito ouvira falar dele, que era pós-doutor em teoria geral de cálculo nunca, digo, nunca apareceu!

Arquitetura não era o meu curso, não tinha vocação de jeito nenhum, eu nunca gostei, porém queria gostar, mas não consegui; eu queria era Direito, daí, com um tiquim a mais de estudo eu consegui bolsa integral na PUC-MG, que não é a melhor coisa do mundo! Mas, achei bem melhor.

Aced
Veterano
# jan/10
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Atualmente, prefiro ou IME/ITA ou particular.


Se tivesse uma espécie de IME/ITA para as humanas, não pensava nem duas vezes em fazer.

Simonetti
Veterano
# jan/10
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Simonetti
Ou seja: para do P&D de grandes corporações é feita por universidades que são bem remuneradas pra isto.

Eu vou me citar:

um grande exemplo disto que me veio a mente agora é a DARPA Challenge: uma corrida promovida pela DARPA (órgão governamental de pesquisa defesa militar dos EUA), em que apenas as universidades podem competir. A competição consiste em veículos robotizados, autônomos, que sejam capazes de percorrer um trajeto de até 220km (cada ano é um percurso), cheio de obstáculos, e sem qualquer intervenção humana. O carro deve ser capaz de identificar os obstáculos e vencê-los. Existe uma velocidade média mínima, e uma velocidade máxima que devem ser observadas.

As grandes montadoras patrocinam as equipes de universitários, com DEZENAS DE MILHOES de dólares todo ano. O prêmio para o vencedor, a cada ano, é de $2 MI.

http://www.darpa.mil/grandchallenge/overview.asp

Aqui no Brasil existe a competição da SAE, chamada Mini-baja (participei dela em 1997, pelo curso de Eng. Mecatronica da PUC-MG), em que os estudantes de engenharias montam carros para concorrerem com outros em 10 disputas, incluindo uma corrida de 4 horas. A diferença, é que aqui o patrocínio que nós conseguimos para construir o carro foi menos de 10% do orçamento total do projeto.

http://students.sae.org/competitions/bajasae/

The Root Of All Evil
Veterano
# jan/10 · Editado por: The Root Of All Evil
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Simonetti
um grande exemplo disto que me veio a mente agora é a DARPA

Cabei de ver um filme que citava esta parada ae auhauhau

"Edge Of Darkness"

Paul Young
Veterano
# jan/10 · Editado por: Paul Young
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Ué, meu tio que mora na frança diz que a maioria não gostariam de ver seus filhos numa faculdade, e sim em alguma escola tradicional francesa que tem tipo apenas uma diretriz, escola de direito, escola de medicina, um negócio desses ae... Ele mesmo não quer que o filho dele faça faculdade lá.

erico.ascencao
Veterano
# jan/10
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Lucy.ana
Fiz menos de um semestre de arquitetura na UFMG e, tudo o que eu pensava sobre universidade pública ou padrão bom de universidade no Brasil foi por água abaixo... Porque todo mundo falava que não tem igual universidade pública e talz, porém, o professor chegava à sala, passava uma lista imensa de exercício de cálculo e o aluno que se ferrasse para achar a resposta. Bem, realmente, a universidade pública inspira o aluno a ser autodidata
É assim mesmo que funciona, encare a Paris I como uma exceção. O que você leva da faculdade não é a grandeza do nome da sua faculdade, e sim o que você aprendeu lá. E é fato que este estímulo forçado ao autodidatismo empregado pelas universidades públicas brasileiras acaba formando ótimos alunos. No fim das contas, quem produz o conhecimento é o aluno, pois chega uma hora que você tem que aprender coisas que ninguém sabe.

Qual é a opinião de vocês em relação ao ensino superior?
Pela minha perspectiva de estudante da USP eu acho que está bom, mas existe uma infinidade de coisas a melhorar. Eu também reclamo da má vontade dos professores, mas tenho consciência que isto me ensinou muitas coisas e que no futuro eu vou notar a importância real deste método. A estrutura no geral (instalações, serviços, etc), sempre pode melhorar. Mas no frigir dos ovos, nós temos que agradecer por termos universidades públicas de graça, ou seja, custo x benefício infinito!

Como o Brasil poderia se incluir nos altos padrões das melhores universidades?
Promovendo e estimulando intercâmbio. Não acho que se pode comparar de maneira justa o ensino superior gringo com o tupiniquim. Cada país tem sua realidade. Vocês sabiam que um cara pode se formar "bacharel de exatas" (nome que eu inventei agora) na França estudando as matérias super básicas dos cursos de Engenharia do Brasil? O cara que é Engenheiro na França tem que fazer um "mestrado", que é equivalente aos dois ou três últimos anos das faculdades daqui do Brasil.

Julia.
Veterano
# jan/10
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O povo enche a boca pra falar de universidade na Europa, no Velho Mundo, no raio que o parta, porque lá de fato se tem aula como se deve, uma carga horária absurda e professores que são deuses. Na Universidade de Bologna, por exemplo, as cadeiras são praticamente semi-presenciais. O aluno estuda em casa, com o material que o professor passou pra ele e ele, se estiver interessado, que se vire.
Pra mim, aluno que aprende só o que o professor passa na aula, estuda só no caderninho na véspera, é aluno de Ensino Médio e de cursinho. Aluno de faculdade aprende a pesquisar e se virar. E não é por falta de material nas faculdades não. Isso aí é balela. Tem muita faculdade no Brasil que, se a própria faculdade não tem um livro x, ela tem no acervo digital de outras universidades, que provavelmente têm esse mesmo livro. O negócio é procurar direito. Ou em faculdade particulares mesmo. Cara, se você quer estudar uma porcaria de um livro, você vai se virar. Desculpa de peidorreiro falar que na faculdade não tem.
A educação do Brasil não é lá grandes coisas, mas a preguiça dos alunos também ferra demais com as coisas.
"Ah, mas não deveria ser assim. O aluno deveria ter mais facilidade".
Chupa essa manga ou nasce na Europa.

The Root Of All Evil
Veterano
# jan/10
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Julia.
E não é por falta de material nas faculdades não. Isso aí é balela.

Voltei pra procurar, mas não achei ninguém aqui reclamando da falta de material não.

lovehatelove_fe
Veterano
# jan/10
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Não tenho o que reclamar da minha universidade quanto aos professores.. todos muito bons e ativos (são mesmo)... mas o descaso da coordenação do curso quando se trata de facilitar o lado do aluno quanto às burocracias é incrivel... e os professores sao bons sim, mas infelizmente enchem um professor bom de disciplinas e ae o cara nao tem tempo pra fazer mais nada com os alunos (pesquisa, tirar dúvidas, ...). E tbm a estrutura falida dos laboratórios e as salas de aula que nao comportam a quantidade de alunos é realmente triste.

Mas eu realmente não sei uma saida pra isso a nao ser o maior investimento na educação! hehe

King of Terror
Veterano
# jan/10 · Editado por: King of Terror
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Eu acho esses rankings bastante tendenciosos. A avaliação pode ser muito subjetiva dependendo do critério adotado. Fazendo uma procura rápida pelo Google vi a USP aparecer em diferentes posições entre as 100 melhores universidades do mundo em 2009.

O que costuma pesar bastante nessas avaliações é a quantidade de docentes e o número de publicações. Universidades como USP e Unicamp incentivam esse tipo de atividade. Porém não há como comparar esse quesito com outros países, principalmente EUA e Japão. Eles são uma verdadeira indústria de publicações. A grande diferença está em como cada país trata essa questão.

Os EUA e alguns outros países têm pesquisas como uma prioridade para o governo, e investem pesadíssimo nisso. Atraem pesquisadores do mundo todo, inclusive do Brasil, Índia, etc. Não é a toa que são uma indústria de novas tecnologias, patentes e ciência.
No Brasil e outros países "subdesenvolvidos" a pesquisa não é uma prioridade e não recebemos investimentos massivos nisso, tanto por parte do governo quanto por parte da iniciativa privada. Nosso país é culturalmente um país de produção e mão-de-obra barata, apesar de estarmos lentamente mudando esse tipo de pensamento. Não há interesse e incentivo em pesquisa e desenvolvimento como deveria, quase toda tecnologia é importada.

Esses rankings não necessariamente tem a ver com a didática adotada pelas universidades. Muitos colegas da minha faculdade foram passar um ano estudando em Dresden (Alemanha) e disseram que o esquema de aula chega a ser bem mais difícil do que aqui. O professor entrega a ementa e referências bibliográficas do curso todo, orienta o aluno durante um ou dois meses e aplica apenas uma prova no final do curso. Cada um se vira como quiser e puder para estudar e passar.

Além disso, há uma tendência muito grande em migrar para esse estilo auto-ditata. O próprio mundo e mercado de trabalho pedem isso. Você não pode contar com o que o professor ensinou em sala e achar que domina o assunto. A obsolecência das informações hoje em dia está extremamente rápida. Quem fica dependente de aulas expositivas vai ficar para trás mesmo, não só aqui no Brasil.

Julia.
Veterano
# jan/10
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The Root Of All Evil
Não estava falando de nenhum comentário específico do fórum, nem contra-argumentando. Normalmente, as pessoas justificam dessa maneira. Não precisa chegar com 30 pedras, ok.

Atum Bluesman
Veterano
# jan/10
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King of Terror
No Brasil e outros países "subdesenvolvidos" a pesquisa não é uma prioridade e não recebemos investimentos massivos nisso, tanto por parte do governo quanto por parte da iniciativa privada. Nosso país é culturalmente um país de produção e mão-de-obra barata, apesar de estarmos lentamente mudando esse tipo de pensamento. Não há interesse e incentivo em pesquisa e desenvolvimento como deveria, quase toda tecnologia é importada.

Publicar artigos em revistas" nacionais é quase como não publicar para muitos.

King of Terror
Além disso, há uma tendência muito grande em migrar para esse estilo auto-ditata. O próprio mundo e mercado de trabalho pedem isso. Você não pode contar com o que o professor ensinou em sala e achar que domina o assunto. A obsolecência das informações hoje em dia está extremamente rápida. Quem fica denpendente de aulas expositivas vai ficar para trás mesmo, não só aqui no Brasil.

Na medicina existe um nome para isso(não é exclusivo da medicina creio eu mas na medicina é o único lugar que vi isso aplicado no Brasil), se chama PBL: Problem-based learning(Ensino Baseado em Problemas).

kohler1000
Veterano
# jan/10
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Julia.

Concordo com você Júlia. O aluno também quer tudo muito na mão.

Mas não podemos ignorar o fato que tem uns professores e umas coisas que acontecem que são inacreditáveis, ao passo que são, também, inaceitáveis; ou pelo menos deveriam ser.

Julia.
Veterano
# jan/10
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kohler1000
Sim. Eu concordo com tudo que o pessoal disse aí em cima. Já peguei matéria que eu tive que escolher entre um professor lixo e outro mais lixo ainda; já tive um professor que terceirizava a aula (só tinha seminários nas aulas dele. FODA! Grr.); já peguei uma cadeira que só tinha professor substituto porque o titular em cada semestre arrumava uma porcaria aleatória e se afastava da Universidade; já peguei matéria que o professor não conseguia passar tudo que o cronograma dele previa. E isso eu falo só de probleminhas do cotidiano. Coisas 'normais' que deveriam ser inaceitáveis. Nem passo pro lado da supervisão da Universidade, questões administrativas, blá blá.
Por outro lado, por exemplo, eu tive uma matéria que a professora aplicava a pesquisa dela nos alunos da graduação. As nossas aulas eram estudadas por pesquisadores de fora, por exemplo. Eram aulas excepcionais. A professora ensinava pra gente coisas que ainda nem foram publicadas. Muito doido mesmo. Me pergunta se 30% dessa turma levava a aula a sério. ._.

Zandor
Veterano
# jan/10
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Arquitetura não era o meu curso, não tinha vocação de jeito nenhum

Entrou só pra tirar a vaga de quem tinha vontade de fazer o curso até o final né

GProtti
Veterano
# jan/10
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Daí, minha vontade[1] era chegar lá no primeiro dia de aula e entregar uma lista com a ementa e os tópicos da disciplina, mais outra com toda a bibliografia introdutória, intemediária e avançada que eles precisarão para o conhecimento dos assuntos, e, no final, dizer: "Até o dia da prova. Se tiverem alguma dúvida nesse meio tempo, aqui está o meu e-mail". E para não dizerem que sou muito escroto, ainda deixaria uma lista com 100 questões para fixarem melhor a matéria.


Esse é exatamente o tipo de professor que eu pretendo ser.

anonymous4
Veterano
# jan/10
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Acho que ogrande problema da universidade pública é a falta de cobrança.

Existem profissionais competentes, existe verba, existem laboratórios, bibliotecas e todo o aparato que uma universidade requer.

Mas infelizmente, existe um certo comodismo em diversos graus do sistema universitário que impedem melhores resultados.

Não digo que são todos os funcionários, mas existe uma parcela (pequena) de pessoas que fazem muito barulho sem motivo. É só lembrar a greve da USP, que não contava com apoio de quase ninguém do corpo docente, mas que paralisou o campus por um tempão graças a arruaça de alguns.

Esse episódio da USP é algo visível e extremo, mas acredito que ilustre bem o que ocorre nos bastidores, onde uns poucos incompetentes atrapalham todo o sistema.

Ah, e tem o detalhe de muitos alunos que acham errado dinheiro privado numa faculdade. Dizem que torna a universidade um capacho do imperialismo, do capitalismo, do consumismo etc etc...
É uma mentalidade que reina entre alguns "intelectuais" e acredito, que ao menos no plano ideológico, ajuda a atrapalhar um pouco as faculdades.

E sobre as faculdades pagas, eu acredito que tem umas correndo atrás sim. É um processo que leva tempo, mas já existem indícios de que o setor privado criou uma mentalidade mais madura com relação o ensino superior.

Lucy.ana
Veterano
# jan/10 · Editado por: Lucy.ana
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Zandor

Entrou só pra tirar a vaga de quem tinha vontade de fazer o curso até o final né

De jeito nenhum, eu não tirei vaga de ninguém, entrei por estudo (eu queria o curso, porém não era realmente minha vocação), se pessoa x não conseguiu alcançar a nota, é porque ela não estava apta para a vaga. E olha que foram 20 vagas para arquitetura diurno, porém aceitaram mais 5 alunos, e mais 3 no noturno. Só que surgiu uma oportunidade bem melhor pra mim que era Direito (Arquitetura era segunda opção).

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