"Lula defende programa nuclear do Irã"

Autor Mensagem
Eric Clapton
Veterano
# nov/09


Por Fernando Exman BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou nesta segunda-feira sua defesa ao programa nuclear iraniano, aproveitando a visita do presidente do país islâmico ao Brasil, Mahmoud Ahmadinejad. Ele destacou, no entanto, que a iniciativa iraniana deve ter fins pacíficos.
Por sua vez, o líder iraniano apoiou a inclusão do Brasil entre os membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), um dos objetivos da política externa do governo brasileiro. O presidente Lula informou que pretende visitar o Irã no primeiro semestre de 2010.


"Aquilo que o Brasil defende para nós, nós defendemos para os outros", destacou o presidente Lula durante entrevista de imprensa conjunta no Palácio do Itamaraty.

Mediar situações de tensão seria parte da campanha do governo brasileiro para ampliar sua projeção internacional, dizem analistas.

"A política externa atual quer mostrar que o Brasil é capaz de ter papel mais ativo na solução dos problemas", afirmou o coordenador do curso de Relações Internacionais da Faap, Gunther Rudzit.

O especialista em Relações Internacionais da PUC-SP Reginaldo Nasser vai na mesma linha. "Não se consegue uma vaga a não ser demonstrando capacidade, poder econômico, liderança política."

A vinda ao país do presidente iraniano gerou uma série de protestos, especialmente da comunidade judaica, devido a seus discursos. Ahmadinejad já fez declarações polêmicas defendendo a extinção de Israel, a inexistência do Holocausto, além de se manifestar contra as liberdades sexual e religiosa.

Nesta segunda-feira, manifestantes pró e contra Ahmadinejad tomaram a frente do Palácio do Itamaraty antes da chegada do líder iraniano. A polícia reforçou a segurança no local após sua chegada, inclusive com a presença da cavalaria.

O presidente do Irã também enfrentou uma manifestação durante entrevista coletiva no hotel em que se hospeda em Brasília.

Enquanto Ahmadinejad respondia perguntas de jornalistas, um homem que estava na sala empunhou a bandeira do movimento homossexual, mas logo foi retirado da sala por seguranças.

Mais cedo, citando o exemplo do Brasil, onde as comunidades judaica e árabe convivem de forma pacífica, Lula lembrou que seu governo é favorável à criação de um Estado palestino independente que assegure a segurança de Israel.

"O Irã pode ter um papel decisivo, não só no Oriente Médio, mas também na Ásia Central. Confiamos na experiência milenar de sua cultura para forjar uma ordem internacional harmônica em sua própria região", destacou Lula.

Em outra parte do discurso, Lula citou outros temas que frequentemente constam da agenda crítica que o Irã enfrenta no cenário internacional.

"A política externa brasileira é balizada pelo compromisso com a democracia e o respeito à diversidade. Defendemos os direitos humanos e a liberdade de escolha de nossos cidadãos e cidadãs com a mesma veemência com que repudiamos todo ato de intolerância ou de recurso ao terrorismo", ressaltou Lula.

A chegada de Ahmadinejad ao Brasil acontece dias depois da visita do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, e duas semanas após a passagem de Shimon Peres, presidente de Israel.

CAMPANHA NEGATIVA

Ahmadinejad colocou o Irã no centro de um impasse que contribuiu para o isolamento do país pela comunidade internacional, desconfiada de que seu enriquecimento de urânio não tenha fins pacíficos.

"Os dois países procuram um mundo livre de armas de destruição em massa, particularmente armas nucleares", afirmou Ahmadinejad ao defender, em declaração conjunta com o presidente Lula, a não-proliferação de armas nucleares.

O presidente iraniano criticou a postura dos países ocidentais, os quais acusou de promover uma política de dominação econômica, cultural e bélica.

Perguntado se seu país estava preparado para um ataque militar dos Estados Unidos ou de Israel, o presidente do Irã afirmou durante a entrevista coletiva no hotel que "a era dos ataques militares já chegou ao seu fim". Mesmo assim, disparou uma provocação.

"Aqueles que você se referiu não têm coragem para praticar isso."

Ahmadinejad disse também que o Irã, que teria sido o autor da proposta de obtenção de urânio enriquecido no exterior, não chegou a um entendimento com a ONU sobre o programa devido a uma campanha de propaganda promovida pelos países ocidentais, segundo a qual o Irã teria sido enfraquecido por essa solução.

O presidente do Irã também disse que, para essa solução ir adiante, o direito de comprador do Irã --de fazer exigências técnicas dos produtos adquiridos-- teria que ser respeitado.

"Cabe ao adquirente definir as condições da compra... no Irã, as pessoas não vão aceitar imposições de terceiros", justificou.

Ele afirmou também que a atual conjuntura internacional não pode permanecer como tal, pois existe uma necessidade de mudança.

"A presença do Brasil no Oriente Médio pode levar a um aperfeiçoamento da cooperação bilateral e multilateral. Pode também ajudar na promoção da paz e da estabilidade", acrescentou.

VISITA AO CONGRESSO

Ahmadinejad foi recebido pelos líderes do Congresso, mas a polêmica em torno de sua vinda ao país, que foi alvo de críticas também da classe política, refletiu no humor do evento solene.

Normalmente sorridente, o presidente do Senado, José Sarney, foi cortês, mas não esboçou gracejos. Era evidente o clima de desconforto. Dois deputados estenderam uma faixa com os dizeres "Holocausto nunca mais".

Ahmadinejad fez um discurso de paz, disse que Brasil e Irã eram países amigos e com muitas semelhanças e criticou o Conselho de Segurança da ONU, dizendo que "se não existe a Justiça, não vamos ter a paz".

Brasil e Irã mantêm relações diplomáticas desde 1903 e os países aproveitaram a visita de Ahmadinejad para assinar acordos bilaterais.

Fonte

Eric Clapton
Veterano
# nov/09
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Agora eu não sei se isso é bom ou é ruim para o Brasil.

Na verdade eu acredito que o Brasil está masi como mediador dessa situação, pois se para Israel, Irã e Palestina pedir apoio do Brasil é sinal que estamos respeitados lá fora.

Bom...eu acho...

Konrad
Veterano
# nov/09 · Editado por: Konrad
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Murillo Wendel
Na verdade eu acredito que o Brasil está masi como mediador dessa situação

Ser mediador acolhendo e apoiando um louco fanático, assassino e ditador.... é vergonhoso.

Mas deixo as luletes se degladiarem para defender o ato.

lovehatelove_fe
Veterano
# nov/09
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brunoliam

Ser mediador acolhendo e apoiando um louco fanático, assassino e ditador.... é vergonhoso.
(2)

Eric Clapton
Veterano
# nov/09
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brunoliam

Bom, sinceramente eu não penso assim, até mesmo porque o Lula é um grande diplomata e manter relações pacíficas com qualquer nação é bom para qualquer país.

Até mesmo porque eu achei interessantes Shimon Peres (Israel) e Mahmoud Abbas (Palestina) pedirem apoio ao Brasil para conversar o Ahmadinejad (Irã) para não apoiar o Hammas.

Eles poderiam ter solicitado isso a qualquer outra nação ao invés do Brasil, como os EUA, Reino Unido, União Européia...

Lucas Borlini
Veterano
# nov/09 · Editado por: Lucas Borlini
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Ahmadinejad colocou o Irã no centro de um impasse que contribuiu para o isolamento do país pela comunidade internacional, desconfiada de que seu enriquecimento de urânio não tenha fins pacíficos.

Poxa, eu acho isso ridiculo.

E por acaso o programa nuclear dos EUA é para fins pacificos???

Os investimentos em armas da Russia, China, EUA, Inglaterra e França são todos para fins pacificos tbm?

Eu concordo que esse presidente iraniano é carne de pescoço, mas essa "comunidade internacional" ta pouco se fudend* pra paz, o que eles querem é mopolio, controle, poder e qualquer pessoa que ameace isso é um alvo.

r2s2
Veterano
# nov/09
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Eu sou contra armas, qqer tipo, as nucleares então, nem se fala.

Mas temos que ver além da fala dos líderes.

O Brasil desenvolveu uma técnica de enriquecimento de urânio que usa centrífugas magnéticas (alguma coisa assm), e por conta disso a AIEA começou a acusar o Brasil de estar atrás da bomba.

Na verdade, a AIEA queria era conseguir vistoriar essa tecnologia para fazer espionagem industrial. Isso era claro. O Brasil, pelo que me lembro, conseguiu evitar isso.

E agora, parece que querem fazer a mesma coisa com o Irã, pois eles tb desenvolveram uma tecnologia . E não caiam nessa de que já acharam instalações militares escondidas, pq acharam um monte dessas no Iraque antes da invasão tb e nós sabemos o que aconteceu depois.

Eric Clapton
Veterano
# nov/09
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r2s2
caiam nessa de que já acharam instalações militares escondidas, pq acharam um monte dessas no Iraque antes da invasão tb e nós sabemos o que aconteceu depois.


Exatamente.

Guguminator
Veterano
# nov/09
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O Brasil está só defendendo o direito do Irã de ter o seu programa nuclear, assim como o Brasil e Israel tem.

Brasil não apoia o Irã por ser extremista, e nem está contra Israel.

Inclusive o Brasil foi o primeiro país a reconhecer o estado de Israel.

izzystradlin
Veterano
# nov/09
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O Brasil está só defendendo o direito do Irã de ter o seu programa nuclear, assim como o Brasil e Israel tem.
Brasil não apoia o Irã por ser extremista, e nem está contra Israel.
Inclusive o Brasil foi o primeiro país a reconhecer o estado de Israel.
(2)

concordo em gênero, número e grau..

McBonalds
Veterano
# nov/09
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Eu não acho que o Brasil esteja de fato "acolhendo" o Ahmadinejad. É importante manter o contato diplomático e econômico nessas situações. O isolacionismo não leva a nada.

Eric Clapton
Veterano
# nov/09 · Editado por: Eric Clapton
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Acredito que a posição do Brasil é de diplomacia mesmo.

O Lula é esperto. Uma posição de intermediador pode assegurar uma posição definitiva do Brasil com um assento permante no Conselho de Segurança da ONU.

Aliás, essa é a intenção.

Lula, "o cara" amiguinho de todos e não acho isso errado, pelo contrário, está certo!

Moa Assunção
Veterano
# nov/09
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brunoliam

Ser mediador acolhendo e apoiando um louco fanático, assassino e ditador.... é vergonhoso.


?!?!?!?

McBonalds
Veterano
# nov/09
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uma positação definitiva do Brasil com um assento permante no Conselho de Segurança da ONU.

Só uma pergunta: por que o Brasil quer tanto essa vaga? O que isso traria de bom para o país?

Lucas Borlini
Veterano
# nov/09
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O Lula é esperto.

Perai....

O Lula é esperto.

Isso deve ser uma ilusão...

izzystradlin
Veterano
# nov/09
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Murillo Wendel
eu não diria isso com ar de sarcasmo e tal, diria isso como Lula - uma pessoa de bem, que como representante da paz, faz isso por sua conduta...e pela própria identidade brasileira...

Lucas Borlini
Veterano
# nov/09
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McBonalds
Só uma pergunta: por que o Brasil quer tanto essa vaga? O que isso traria de bom para o país?

Reconhecimento internacional e direito a voto em questões internacionais.

Moa Assunção
Veterano
# nov/09
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Murillo Wendel
Acredito que a posição do Brasil é de diplomacia mesmo.

O Lula é esperto. Uma posição de intermediador pode assegurar uma positação definitiva do Brasil com um assento permante no Conselho de Segurança da ONU.

Aliás, essa é a intenção.

Lula, "o cara" amiguinho de todos e não acho isso errado, pelo contrário, está certo!


Claro. Nesse momento ele pode se dar ao luxo de ser amigo de "Deus" e do "Diabo" ao mesmo tempo.

Eric Clapton
Veterano
# nov/09
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izzystradlin

Sinceramente, não foi sarcasmo. É a imagem que ele tem no mundo.


McBonalds
Só uma pergunta: por que o Brasil quer tanto essa vaga? O que isso traria de bom para o país?



Questões políticas. Até mesmo de status! Isso asseguraria ao Brasil uma influência maior do que já é, principalmente na América Latina.

GuitarDrummer
Veterano
# nov/09
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McBonalds
Só uma pergunta: por que o Brasil quer tanto essa vaga? O que isso traria de bom para o país?

Isso faz o poder de influência do país nas tomadas de decisões dos outros paises crescer assombrosamente.

Eric Clapton
Veterano
# nov/09 · Editado por: Eric Clapton
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Moa Assunção
Claro. Nesse momento ele pode se dar ao luxo de ser amigo de "Deus" e do "Diabo" ao mesmo tempo.


Mas os Jornais Britânicos e Americanos estão putos com a recepção do Lula com Ahmadinejad.

O jornal "El País" foi até mais severo, assegurando que isso mancharia a reputação que o Lula conquistou no mundo.

Eric Clapton
Veterano
# nov/09
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GuitarDrummer
Isso faz o poder de influência do país nas tomadas de decisões dos outros paises crescer assombrosamente. (2)

Isso mesmo!

Eric Clapton
Veterano
# nov/09
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Lucas Borlini
Reconhecimento internacional e direito a voto em questões internacionais. (2)

E também foi como o GuitarDrummer disse.

-Dan
Veterano
# nov/09
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Sou a favor de um plano de 100% de desmantelamento de armas nucleares mundial. Se Lulão apoiasse isso, jogaria comigo.

Lucas Borlini
Veterano
# nov/09
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Murillo Wendel
Mas os Jornais Britânicos e Americanos estão putos com a recepção do Lula com Ahmadinejad.

O jornal "El País" foi até mais severo, assegurando que isso mancharia a reputasção que o Lula conquistou no mundo.



Cara:
http://forum.cifraclub.com.br/forum/11/221598/#6419346

Eles veem esse cara como inimigo e no pais deles a propaganda é de que ele é um inimigo.
Por isso eles estão putinhos.

O cara é ruim mesmo ele tem ate histórico de ex-terrorista, mas a posição do Lula em acolhe-lo não esta errada.

r2s2
Veterano
# nov/09
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Lula defende direitos humanos e critica terrorismo ao lado de Ahmadinejad

É bom ver o outro lado tb.

r2s2
Veterano
# nov/09
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Tem que dar umas cutucadas. Esse terrorista assassino merece umas represálias mesmo.

r2s2
Veterano
# nov/09
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-Dan
Sou a favor de um plano de 100% de desmantelamento de armas nucleares mundial. Se Lulão apoiasse isso, jogaria comigo.

Concordo contigo.

izzystradlin
Veterano
# nov/09
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os americanos que se fodam...não devemos mais grana pra eles..

</oitoouoitentaON>

Eric Clapton
Veterano
# nov/09 · Editado por: Eric Clapton
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Lucas Borlini
O cara é ruim mesmo ele tem ate histórico de ex-terrorista, mas a posição do Lula em acolhe-lo não esta errada.

Com certeza, assim como fez com Shimon Peres e Mahmoud Abbas que são praticamente inimigos e todos estavam no Brasil em menos de um mês.

Eu acho que esse tipo de atitude causa inveja aos outros países.

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