Análise da imprensa

Autor Mensagem
leandro rodrigues
Veterano
# nov/08 · Editado por: leandro rodrigues
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kiki
ainda é possivel conversas sérias no OT.

É aí que perde a graça, Deveriam criar um FÓRUM só de política.

Prá quem gosta é um prato cheio. Política no Brasil, é o mesmo que fazer sexo por correspondência ou chupar bala com papel, não há graça e não leva a lugar algum. É PHA prá lá, é FHC prá cá e por aí vai.

Que o diga o BJ

Stonebreaker
Veterano
# nov/08
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Eu não entendi nada. Eu só leio National Geographic, de vez em quando.

r2s2
Veterano
# dez/08
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Olha só que interessante:

FHC e Lula na mídia: dois pesos, duas medidas
Pesquisador diz que imprensa isentou o tucano dos escândalos de seu governo, enquanto associa o petista diretamente às denúncias que recaem sobre sua gestão


Renata Camargo



Uma análise sobre a cobertura da imprensa revela que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi tratado com condescendência pela mídia brasileira, ao longo de seus oito anos de mandato, e passou incólume mesmo quando os escândalos batiam à sua porta. A mesma sorte não tem o presidente Lula, sempre retratado com desconfiança pelos principais jornais do país e associado diretamente às denúncias de irregularidade de seu governo.



Essa avaliação é feita pelo professor da Universidade de Brasília (UnB), David Renault da Silva, autor da tese de doutorado Nunca foi tão fácil fazer uma cruz numa cédula? A Era FHC nas representações da mídia impressa.



"Mesmo quando se fala mal do governo do Fernando Henrique, tenta-se preservar sua figura do presidente", diz o diretor da Faculdade de Comunicação (FAC) da UnB. "O presidente Lula não adianta dizer que 'não sabe'. Mas o FHC podia dizer, porque ele era um intelectual. O raciocínio é que ele não se metia nessas coisas menores. O Lula, o PT, não é um candidato da imprensa nacional. A grande imprensa nacional não é petista, não tem interesse que o PT se mantenha no poder", acrescenta.



Jornalista com passagem por cargos de chefia nas principais redações da capital federal e professor universitário há 15 anos, David atribui a "boa vontade" da imprensa brasileira com o tucano a uma espécie de "pacto de elites". Esse acordo, segundo ele, foi tacitamente construído em 1994 para tentar barrar o favoritismo eleitoral de Lula naquele ano e frear o eventual retrocesso do então recém-lançado Plano Real.



Pai do Real



"Do ponto de vista nacional, as chamadas elites nacionais, as classes econômicas sociais dominantes, não tinham candidato que pudesse fazer frente ao Lula. O Fernando Henrique surgiu um pouco como esse candidato", analisa David. "E houve um claro apoio da mídia a FHC. Ele foi apontado como o 'pai do Real' e sempre ocupou mais espaço no noticiário do que Lula", observa.



Para concluir seu doutorado, David se debruçou sobre três mil notícias de jornais e revistas publicadas entre 1995 e 2002. Ao observar o noticiário político do período, constatou que o presidente não teve sua imagem diretamente associada a escândalos mesmo quando as denúncias resvalavam em seu gabinete.



Como exemplo, ele cita o caso da denúncia de compra de votos para a aprovação da emenda da reeleição e o do envolvimento de autoridades do governo com lobistas para favorecer determinados grupos no leilão das teles. Um grampo telefônico mostrava, inclusive, que o presidente foi consultado sobre o assunto.



Restrições



"Se você pega o balanço final dos dois governos de Fernando Henrique, você percebe que na Era FHC tenta-se preservar a figura do presidente, no sentido de 'o presidente está fora de escândalos, ele é um homem íntegro'. A Folha de S. Paulo, por exemplo, teve um editorial de primeira página muito significativo que dizia: 'presidente bom, governo nem tanto'", lembra David.



Para o pesquisador, FHC só teve sua imagem abalada quando, em 1999, em meio a uma crise internacional, alterou a política cambial e afetou os negócios dos grandes veículos de comunicação. "Nessa época, as empresas, inclusive de comunicação, perderam muito dinheiro, pois tinham dívidas e projetos de investimentos em dólar. Todos os jornais que tinham apoio bastante significativo ao presidente parecem romper."



Mas esse rompimento, segundo ele, não chegou a se concretizar. Em parte, avalia, por causa da resistência da mídia ao PT. "Eu não vejo, digamos assim, essa condescendência da mídia com Lula que você via com o governo passado. Há sempre uma desconfiança de que pode mudar a qualquer momento. Sempre alerta", afirma.



Embora critique o tratamento dispensado pela mídia ao governo petista, David Renault também não poupa o Partido dos Trabalhadores. "Ele está pagando e tem que pagar mesmo. O PT tinha todo aquele discurso de 'éticos somos nós'. Aquele discurso ético existiu na retórica, mas na prática não foi isso que se viu", critica.



Confira a entrevista:



Congresso em Foco – A que conclusão o senhor chegou após estudar a relação da mídia com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao longo de seus oito anos de mandato?

David Renault – Eu diria que a mídia apoiou claramente o Fernando Henrique e sua política em vários momentos. Isso se nota claro, por exemplo, no momento que antecede e quando foi lançado o Plano Real. Críticas há também. Inclusive, ele reclama muito da mídia em entrevistas que deu posteriormente.



Que tipo de críticas?

Tem coisas até que a mídia extrapola como o Dossiê Cayman. Nunca houve uma prova que aquilo foi verdadeiro, mas a mídia tratou como se fosse. Agora o grampo do BNDES, por exemplo, não tem como dizer que a mídia estava perseguindo, pois ele mesmo foi gravado, em conversa com o Luiz Carlos Mendonça de Barros, que era o ministro das Comunicações. Mas há um discurso que tenta dizer o seguinte: "O presidente é uma pessoa digna e não se meteu nessas coisas".



A imagem dele, apesar das denúncias, não chegou a ser arranhada?

Na crise cambial, falava-se que ele era um presidente que não manteve a palavra no compromisso que assumiu. Fernando Henrique também foi acusado de ter sido negligente na questão da energia elétrica, que resultou na crise do apagão. Mas, quando você pega no final do governo, os jornais mostram o comando de uma grande figura. Mesmo quando se fala mal do governo do Fernando Henrique, tenta-se preservar sua figura do presidente. Quando surgiram os primeiros noticiários, fazendo comparação dos escândalos do Lula e do FHC, raramente se citava o nome dele. No sentido, de "o presidente está fora, ele é um homem íntegro". E talvez seja. Não é simplesmente a mídia que quis trazer esse retrato. Se houvesse alguma coisa comprovada de atos ilegais dele, a mídia não deixaria de publicar. É o papel dela.



No caso do presidente Lula o tratamento é outro?

Hoje a associação de escândalos de governo é feita diretamente a Lula. O caso Waldomiro Diniz envolveu o José Dirceu e recaiu diretamente sobre Lula, porque estava no gabinete dele e "era impossível o presidente Lula não saber". Essa postura dá para ver hoje na mídia. O presidente Lula não adianta dizer que "não sabe". Mas o FHC podia dizer, porque ele era um intelectual. O raciocínio é que ele não se metia nessas coisas menores. O Lula, o PT, não é um candidato da imprensa nacional. A grande imprensa nacional não é petista, não tem interesse que o PT se mantenha no poder. Veja, por exemplo, essa recente crise financeira, em que o governo está autorizando o Banco do Brasil e a Caixa a comprarem eventuais bancos quebrados. Aí a mídia já começa a colocar as oposições falando que "no fundo, o que há é uma intenção do PT de reestatizar o sistema financeiro". A mídia, de um modo geral, em relação ao PT, está sempre receosa no sentido de "será que esses caras não vão cair na besteira de voltar aos velhos tempos e achar que o Estado tem controlar tais setores?". Eu não vejo, digamos assim, essa condescendência da mídia com Lula que você via com o governo passado. Há sempre uma desconfiança de que pode mudar a qualquer momento. Sempre alerta.



Em sua tese, o senhor defende que o bombardeio da mídia com publicações de denúncias sobre o governo FHC parecia indicar que o "pacto de elites" se romperia, mas esse rompimento teria ficado apenas no ensaio. Que pacto é esse?

Primeiro, vamos entender elite no conceito clássico, como uma determinada parcela da sociedade que tem um domínio social e econômico sobre o outro. Lula, na época, não era o candidato das elites nacionais. Então quando surgiu o Fernando Henrique, ele claramente foi esse candidato. E quando foi eleito, a grande imprensa – que evidentemente é aliada às elites nacionais – fez esse "pacto" em torno de questões que interessavam ao capital brasileiro, como as privatizações e a redução do tamanho do Estado. Quando falo que "parece que vai haver um rompimento" é o seguinte: quando Fernando Henrique foi eleito no segundo mandato, o mundo já vinha na crise financeira que começou em 1997, com a quebra dos Tigres Asiáticos; depois em 1998 veio a crise na Rússia e o Brasil estava meio incólume. Mas quando assumiu o segundo mandato, aquelas coisas que estavam represadas – a questão cambial, por exemplo, com o dólar sobrevalorizado em relação ao real – aquilo estourou. Então, no início de 1999, ele teve que fazer a desvalorização do real. E naquela época no noticiário você nota claramente que parece haver um rompimento. As empresas levantavam a seguinte questão: "E quem investiu? E quem acreditou na palavra do presidente?". Então os editoriais e noticiários retomam que o problema é que os brasileiros e as empresas acreditaram no presidente, que não haveria maxidesvalorização cambial, que a política cambial seguiria segura. Nessa época, as empresas, inclusive de comunicação, perderam muito dinheiro, pois tinham dívidas e projetos de investimentos em dólar. Todos os jornais que tinham apoio bastante significativo ao presidente parecem romper. Mas depois você vê que, embora tenha diminuído um pouco a boa-vontade da mídia em relação ao FHC – tanto que a comemoração dos 500 anos foi um fiasco na retratação da mídia –, não houve esse rompimento.



O interesse da mídia em apoiar FHC foi basicamente econômico, então?

Se, por um lado, o empresário tinha interesse que a economia prosperasse, por outro, em um determinado momento, as pessoas de modo geral sentiram que o real podia sim resolver o problema econômico do Brasil e tirar o país daquela crise de hiperinflação. Nesse aspecto, houve sim um sentimento de interesse econômico. E isso o PSDB usou para levantar a candidatura do Fernando Henrique e a mídia apoiou para que o Plano Real ficasse atrelado a Fernando Henrique.



O "pacto das elites" deixou de existir com Lula?

Não tenho muitas condições de entrar nessa análise, pois isso não foi objeto do meu trabalho. Mas posso dizer que quando Lula assumiu, ele não teve o mesmo apoio que o FHC teve. A mídia sempre olhou o Lula meio como "o que vai acontecer", "que presidente é esse?". No momento que o Lula manteve praticamente inalterada a política econômica do governo anterior, a mídia foi reduzindo o seu grau de desconfiança. Não acho que tenha existido em algum momento o pacto da mídia com o governo Lula. Como no caso do Fernando Henrique, em que claramente houve um apoio da mídia ao Plano Real, que significaria um apoio ao candidato. Isso não houve no caso do Lula nem no começo do governo. Ele sempre foi muito cercado de dúvidas.



Em relação aos "escândalos" de cada governo, na Era FHC, por exemplo, houve o episódio de pagamento de propina a deputados para votarem a favor da emenda da reeleição. Já no governo Lula, houve o escândalo do mensalão. Esses dois episódios foram tratados de maneira diferente pela mídia?

Foram. Isso você nota claramente. Na época de FHC, o episódio da emenda da reeleição começou com a Folha de S. Paulo divulgando a questão da compra de deputados para votar a favor, mas você nota que há uma responsabilização do governo, mas ninguém chega a dizer que o presidente Fernando Henrique estava envolvido nisso. No máximo, os editoriais sustentam que o escândalo "de repente" pode bater na porta do presidente. No caso do mensalão, no governo Lula, se você lembrar bem, desde o primeiro momento a mídia apontou que o problema estava dentro do gabinete do Palácio do Planalto. Sobre impeachment, por exemplo, o Fernando Henrique teve muitos pedidos por parte das oposições, especialmente do PT. Mas nunca teve apoio por parte da mídia. No máximo, "vamos abrir uma CPI para discutir isso". Com Lula houve um tratamento diferenciado. A mídia não deixou de divulgar os escândalos do governo do Fernando Henrique, mas seguramente expôs muito mais o atual governo e seus escândalos. Isso dá para dizer seguramente.



Nos dois governos FHC o número de CPIs abertas contra o governo foi muito menor do que o registrado no governo Lula. Por quê?

Porque o governo Fernando Henrique tinha uma maioria muito confortável no Congresso. Ele tinha uma maioria folgada na Câmara e no Senado. A aliança do Fernando Henrique era o PFL [atual DEM], PSDB e PTB, mas, logo quando assumiu, ele fez um acordo com o PMDB e com partidos menores. Então tinha uma maioria muito tranqüila no Senado, especialmente. Todas as tentativas de CPI, e eram várias, foram derrubadas. Ele tinha uma maioria que o Lula não tem. O Lula conseguiu formar uma maioria na Câmara, mas ele nunca conseguiu no Senado. E na Câmara, como são muitos deputados, é mais fácil barganhar – troca de cargos, liberação de verbas e etc. Isso aconteceu direto no governo Fernando Henrique. E os jornais, na época do FHC, raramente pediam CPI. A não ser depois, quando veio a CPI do Apagão e a CPI da Sudene. Mas, por exemplo, coisas como o grampo do BNDES e o Caso Sivam, nada disso se conseguiu montar CPI.



Como o senhor avalia a oposição feita pelo PT na Era FHC?

O PT era uma oposição implacável, a tudo e a todos. E deu muito trabalho. Tudo era motivo para criar uma CPI, ir à Justiça. Eles municiavam muito a imprensa com informações contra o governo. Daí eu pergunto: o PSDB e o PFL [DEM] fazem oposição ao governo hoje? Fazem, desde o começo. Mas é café pequeno diante do que o PT sempre fez desde o começo. Aquela foi uma oposição brutal que só mudou no final do governo, nos dois últimos anos talvez e, principalmente, no ano derradeiro. A partir de um determinado momento, o PT sentiu que tinha de fato chance de chegar ao poder. Aí ele foi maneirando seu discurso oposicionista. Inclusive se olhar o ano de 2002, foi complicado, porque a perspectiva do PT chegar ao governo fez com que a inflação começasse a subir, o dólar chegar a quase R$ 4. Não interessava ao PT assumir um poder com um país despedaçado. A postura dele foi mudando.



Mas qual o diferencial da oposição de hoje em relação à oposição petista?

O PT era a oposição de partido político dentro do Congresso. Mas a oposição, na época, não era só o PT. Vinha também de seus braços sindicais como a CUT [Central Única dos Trabalhadores] e movimentos como o MST [Movimento dos Sem-Terra] – que, na época, tinha ligação mais estreita com o PT. Foi uma oposição muito serrada. A greve, por exemplo, dos petroleiros, o primeiro grande embate do FHC com a oposição, era uma greve muito genérica. A greve era contra as reformas constitucionais propostas pelo governo, que eram reformas "neoliberais", contra a privatização, em defesa do monopólio da Petrobras... Foi um embate duro. O papel dos movimentos sindicais nessas brigas era muito profundo, coisa que o Lula não enfrentou. Lula tem a oposição no Congresso, mas qual o movimento sindical nas ruas, dando apoio a essas oposições? Não sei se outro governo teve uma oposição tão aguerrida quanto no governo FHC, feita pelo PT.



Falta apoio popular hoje à oposição?

A oposição hoje, dentro do Congresso, ela criou e cria muitos problemas para o governo, especialmente no Senado, onde ele não tem maioria. Mas esse movimento de oposição não tem o respaldo das ruas.



Até que ponto o PT não está pagando, com as críticas que recebe na imprensa, por ter deixado o seu discurso ético e revolucionário?

Ele está pagando e tem que pagar mesmo. O PT tinha todo aquele discurso de "éticos somos nós". Aquele discurso ético existiu na retórica, mas na prática não foi isso que se viu. Vemos hoje os mesmos problemas que se viu no Brasil em tempos anteriores. Aquilo que Sérgio Buarque de Holanda falava, da mistura do público com o privado... A prática do PT se mostrou igualzinha a dos outros e em alguns aspectos ainda mais corporativista. O PT teve o bom-senso de manter, quando Palocci assumiu o Ministério da Fazenda, a equipe econômica. Mas em outros ministérios, o PT fez uma limpeza geral: quem não era do partido estava fora.



O senhor identifica hoje, na imprensa brasileira, alguma figura política que receba o mesmo tratamento que a mídia dispensou a FHC? Alguém com esse mesmo "carisma"?

Carisma à altura do FHC?... Não, acho que não. O [José] Serra seria, eu diria, o herdeiro natural do Fernando Henrique. Mas, veja bem, quem era o Fernando Henrique: era um professor, sociólogo, aposentado pelo regime militar, ex-exilado, que se envolveu em movimentos políticos... No começo de sua trajetória, Fernando Henrique foi um dos que apoiaram o movimento dos metalúrgicos do ABC Paulista. Depois, assumiu como suplente no Senado e, em seguida, se elegeu senador. Era uma figura respeitada. Um cara tido como sério, honesto, intelectual. Tanto que essa figura do intelectual a mídia sempre perpassou. Logo quando ele despontou como candidato principal nas eleições de 1994, a mídia falou: "finalmente esye país terá um presidente à altura do futuro que merece". A contrapartida era o Lula, metalúrgico, um pouco mais do que analfabeto, radical, despreparado. Ainda assim, no início, Fernando Henrique não tinha o carisma de um Mário Covas, por exemplo. Mas, quando foi para a Fazenda, ele ganhou o status de nome nacional. E o Plano Real foi atribuído a ele. A primeira nota de Real foi assinada por ele. Hoje no Brasil eu não vejo uma pessoa com esse carisma. O Serra talvez se aproxime por ter fama de administrador competente. Ele fez uma boa gestão no Ministério da Saúde, uma pequena, mas boa gestão na prefeitura de São Paulo e está fazendo um bom trabalho no governo de São Paulo. Mas essa figura que reúne o intelectual, o homem público, o cordial, sereno e inteligente, que é essa a imagem de Fernando Henrique, eu não vejo ninguém hoje no Brasil.



A sua análise recaiu apenas sobre a mídia imprensa, com pesquisas no noticiário dos jornais e revistas. Se fosse hoje talvez poderia ser diferente... O senhor avalia que a mídia impressa tem perdido espaço em relação a outras mídias?

Antigamente, os jornais repercutiam muito mais o que acontecia. Hoje, dificilmente, você segura uma notícia de um dia para o outro. Ela está instantaneamente divulgada. Há uma velocidade muito maior na geração, na produção e na transmissão da informação. Mas os jornais impressos ainda estão procurando 'como vai ser'. Ninguém sabe bem como vai lidar com esse negócio da internet. Essa relação dos jornais, da revista e da internet ainda não está clara. Tem muita gente deixando o papel, porque se lê hoje na internet o que será lido amanhã nos jornais.



A maneira de divulgar e fazer política mudou com a internet?

Hoje se pode dizer que, se você quiser, você faz o seu jornal. O blog, por exemplo, é um novo caminho que também significa uma forma de concorrência com a mídia tradicional, especialmente quando se fala de noticiário mais especializado. Tem determinados blogs que trazem muito mais informações, mais detalhes, do que os jornais e revistas. A internet é um outro ponto de concorrência da mídia tradicional.



E até que ponto a concentração de concessões de rádio e TV nas mãos de políticos interfere no processo de construção de imagem de um político?

Só interfere! Você tem no Brasil uma infinidade de pequenos jornais, que são veículos vinculados a políticos ou partidos. Todos têm um interesse e defendem esse interesse. E eles têm uma interferência muito grande sobre o que vai ser veiculado ou não. E isso contribui para formar ou não a imagem de um candidato e de um governo. São veículos de difusão de interesses políticos de A, B ou C. A mídia não tem nada de democrática quando se fala, especialmente, em rádio e televisão. É só você vê quem são os detentores das concessões.


Fonte

Legal ver uma pesquisa que explicita exatamente o que nós já percebemos há anos. Além disso dá um tiro no coração da credibilidade da imprensa nacional quando cita o quase rompimento quando da crise cambial.

Aliás, a própria imprensa mudou totalmente de lado posteriormente sobre isso. Hoje em dia eles louvam o FHC como o cara que instituiu o câmbio flutuante no Brasil, e que isso foi uma excelente escolha. No entanto eles "esquecem" que essa mudança foi imposta pela crise, e não uma decisão orientada pelo bom senso planejado. Foi uma medida de urgência.

leandro rodrigues
Veterano
# dez/08 · Editado por: leandro rodrigues
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r2s2

Olha só que interessante:

FHC e Lula na mídia: dois pesos, duas medidas
Pesquisador diz que imprensa isentou o tucano dos escândalos de seu governo, enquanto associa o petista diretamente às denúncias que recaem sobre sua gestão


Renata Camargo
Uma análise sobre a cobertura da imprensa revela que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi tratado com condescendência pela mídia brasileira, ao longo de seus oito anos de mandato, e passou incólume mesmo quando os escândalos batiam à sua porta. A mesma sorte não tem o presidente Lula, sempre retratado com desconfiança pelos principais jornais do país e associado diretamente às denúncias de irregularidade de seu governo.
Essa avaliação é feita pelo professor da Universidade de Brasília (UnB), David Renault da Silva, autor da tese de doutorado Nunca foi tão fácil fazer uma cruz numa cédula? A Era FHC nas representações da mídia impressa.
"Mesmo quando se fala mal do governo do Fernando Henrique, tenta-se preservar sua figura do presidente", diz o diretor da Faculdade de Comunicação (FAC) da UnB. "O presidente Lula não adianta dizer que 'não sabe'. Mas o FHC podia dizer, porque ele era um intelectual. O raciocínio é que ele não se metia nessas coisas menores. O Lula, o PT, não é um candidato da imprensa nacional. A grande imprensa nacional não é petista, não tem interesse que o PT se mantenha no poder", acrescenta.
Jornalista com passagem por cargos de chefia nas principais redações da capital federal e professor universitário há 15 anos, David atribui a "boa vontade" da imprensa brasileira com o tucano a uma espécie de "pacto de elites". Esse acordo, segundo ele, foi tacitamente construído em 1994 para tentar barrar o favoritismo eleitoral de Lula naquele ano e frear o eventual retrocesso do então recém-lançado Plano Real.
Pai do Real
"Do ponto de vista nacional, as chamadas elites nacionais, as classes econômicas sociais dominantes, não tinham candidato que pudesse fazer frente ao Lula. O Fernando Henrique surgiu um pouco como esse candidato", analisa David. "E houve um claro apoio da mídia a FHC. Ele foi apontado como o 'pai do Real' e sempre ocupou mais espaço no noticiário do que Lula", observa.
Para concluir seu doutorado, David se debruçou sobre três mil notícias de jornais e revistas publicadas entre 1995 e 2002. Ao observar o noticiário político do período, constatou que o presidente não teve sua imagem diretamente associada a escândalos mesmo quando as denúncias resvalavam em seu gabinete.
Como exemplo, ele cita o caso da denúncia de compra de votos para a aprovação da emenda da reeleição e o do envolvimento de autoridades do governo com lobistas para favorecer determinados grupos no leilão das teles. Um grampo telefônico mostrava, inclusive, que o presidente foi consultado sobre o assunto.
Restrições
"Se você pega o balanço final dos dois governos de Fernando Henrique, você percebe que na Era FHC tenta-se preservar a figura do presidente, no sentido de 'o presidente está fora de escândalos, ele é um homem íntegro'. A Folha de S. Paulo, por exemplo, teve um editorial de primeira página muito significativo que dizia: 'presidente bom, governo nem tanto'", lembra David.
Para o pesquisador, FHC só teve sua imagem abalada quando, em 1999, em meio a uma crise internacional, alterou a política cambial e afetou os negócios dos grandes veículos de comunicação. "Nessa época, as empresas, inclusive de comunicação, perderam muito dinheiro, pois tinham dívidas e projetos de investimentos em dólar. Todos os jornais que tinham apoio bastante significativo ao presidente parecem romper."
Mas esse rompimento, segundo ele, não chegou a se concretizar. Em parte, avalia, por causa da resistência da mídia ao PT. "Eu não vejo, digamos assim, essa condescendência da mídia com Lula que você via com o governo passado. Há sempre uma desconfiança de que pode mudar a qualquer momento. Sempre alerta", afirma.
Embora critique o tratamento dispensado pela mídia ao governo petista, David Renault também não poupa o Partido dos Trabalhadores. "Ele está pagando e tem que pagar mesmo. O PT tinha todo aquele discurso de 'éticos somos nós'. Aquele discurso ético existiu na retórica, mas na prática não foi isso que se viu", critica.


Confira a entrevista:
Congresso em Foco – A que conclusão o senhor chegou após estudar a relação da mídia com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao longo de seus oito anos de mandato?

David Renault – Eu diria que a mídia apoiou claramente o Fernando Henrique e sua política em vários momentos. Isso se nota claro, por exemplo, no momento que antecede e quando foi lançado o Plano Real. Críticas há também. Inclusive, ele reclama muito da mídia em entrevistas que deu posteriormente.
Que tipo de críticas?

Tem coisas até que a mídia extrapola como o Dossiê Cayman. Nunca houve uma prova que aquilo foi verdadeiro, mas a mídia tratou como se fosse. Agora o grampo do BNDES, por exemplo, não tem como dizer que a mídia estava perseguindo, pois ele mesmo foi gravado, em conversa com o Luiz Carlos Mendonça de Barros, que era o ministro das Comunicações. Mas há um discurso que tenta dizer o seguinte: "O presidente é uma pessoa digna e não se meteu nessas coisas".
A imagem dele, apesar das denúncias, não chegou a ser arranhada?

Na crise cambial, falava-se que ele era um presidente que não manteve a palavra no compromisso que assumiu. Fernando Henrique também foi acusado de ter sido negligente na questão da energia elétrica, que resultou na crise do apagão. Mas, quando você pega no final do governo, os jornais mostram o comando de uma grande figura. Mesmo quando se fala mal do governo do Fernando Henrique, tenta-se preservar sua figura do presidente. Quando surgiram os primeiros noticiários, fazendo comparação dos escândalos do Lula e do FHC, raramente se citava o nome dele. No sentido, de "o presidente está fora, ele é um homem íntegro". E talvez seja. Não é simplesmente a mídia que quis trazer esse retrato. Se houvesse alguma coisa comprovada de atos ilegais dele, a mídia não deixaria de publicar. É o papel dela.
No caso do presidente Lula o tratamento é outro?

Hoje a associação de escândalos de governo é feita diretamente a Lula. O caso Waldomiro Diniz envolveu o José Dirceu e recaiu diretamente sobre Lula, porque estava no gabinete dele e "era impossível o presidente Lula não saber". Essa postura dá para ver hoje na mídia. O presidente Lula não adianta dizer que "não sabe". Mas o FHC podia dizer, porque ele era um intelectual. O raciocínio é que ele não se metia nessas coisas menores. O Lula, o PT, não é um candidato da imprensa nacional. A grande imprensa nacional não é petista, não tem interesse que o PT se mantenha no poder. Veja, por exemplo, essa recente crise financeira, em que o governo está autorizando o Banco do Brasil e a Caixa a comprarem eventuais bancos quebrados. Aí a mídia já começa a colocar as oposições falando que "no fundo, o que há é uma intenção do PT de reestatizar o sistema financeiro". A mídia, de um modo geral, em relação ao PT, está sempre receosa no sentido de "será que esses caras não vão cair na besteira de voltar aos velhos tempos e achar que o Estado tem controlar tais setores?". Eu não vejo, digamos assim, essa condescendência da mídia com Lula que você via com o governo passado. Há sempre uma desconfiança de que pode mudar a qualquer momento. Sempre alerta.
Em sua tese, o senhor defende que o bombardeio da mídia com publicações de denúncias sobre o governo FHC parecia indicar que o "pacto de elites" se romperia, mas esse rompimento teria ficado apenas no ensaio. Que pacto é esse?

Primeiro, vamos entender elite no conceito clássico, como uma determinada parcela da sociedade que tem um domínio social e econômico sobre o outro. Lula, na época, não era o candidato das elites nacionais. Então quando surgiu o Fernando Henrique, ele claramente foi esse candidato. E quando foi eleito, a grande imprensa – que evidentemente é aliada às elites nacionais – fez esse "pacto" em torno de questões que interessavam ao capital brasileiro, como as privatizações e a redução do tamanho do Estado. Quando falo que "parece que vai haver um rompimento" é o seguinte: quando Fernando Henrique foi eleito no segundo mandato, o mundo já vinha na crise financeira que começou em 1997, com a quebra dos Tigres Asiáticos; depois em 1998 veio a crise na Rússia e o Brasil estava meio incólume. Mas quando assumiu o segundo mandato, aquelas coisas que estavam represadas – a questão cambial, por exemplo, com o dólar sobrevalorizado em relação ao real – aquilo estourou. Então, no início de 1999, ele teve que fazer a desvalorização do real. E naquela época no noticiário você nota claramente que parece haver um rompimento. As empresas levantavam a seguinte questão: "E quem investiu? E quem acreditou na palavra do presidente?". Então os editoriais e noticiários retomam que o problema é que os brasileiros e as empresas acreditaram no presidente, que não haveria maxidesvalorização cambial, que a política cambial seguiria segura. Nessa época, as empresas, inclusive de comunicação, perderam muito dinheiro, pois tinham dívidas e projetos de investimentos em dólar. Todos os jornais que tinham apoio bastante significativo ao presidente parecem romper. Mas depois você vê que, embora tenha diminuído um pouco a boa-vontade da mídia em relação ao FHC – tanto que a comemoração dos 500 anos foi um fiasco na retratação da mídia –, não houve esse rompimento.
O interesse da mídia em apoiar FHC foi basicamente econômico, então?

Se, por um lado, o empresário tinha interesse que a economia prosperasse, por outro, em um determinado momento, as pessoas de modo geral sentiram que o real podia sim resolver o problema econômico do Brasil e tirar o país daquela crise de hiperinflação. Nesse aspecto, houve sim um sentimento de interesse econômico. E isso o PSDB usou para levantar a candidatura do Fernando Henrique e a mídia apoiou para que o Plano Real ficasse atrelado a Fernando Henrique.
O "pacto das elites" deixou de existir com Lula?

Não tenho muitas condições de entrar nessa análise, pois isso não foi objeto do meu trabalho. Mas posso dizer que quando Lula assumiu, ele não teve o mesmo apoio que o FHC teve. A mídia sempre olhou o Lula meio como "o que vai acontecer", "que presidente é esse?". No momento que o Lula manteve praticamente inalterada a política econômica do governo anterior, a mídia foi reduzindo o seu grau de desconfiança. Não acho que tenha existido em algum momento o pacto da mídia com o governo Lula. Como no caso do Fernando Henrique, em que claramente houve um apoio da mídia ao Plano Real, que significaria um apoio ao candidato. Isso não houve no caso do Lula nem no começo do governo. Ele sempre foi muito cercado de dúvidas.
Em relação aos "escândalos" de cada governo, na Era FHC, por exemplo, houve o episódio de pagamento de propina a deputados para votarem a favor da emenda da reeleição. Já no governo Lula, houve o escândalo do mensalão. Esses dois episódios foram tratados de maneira diferente pela mídia?

Foram. Isso você nota claramente. Na época de FHC, o episódio da emenda da reeleição começou com a Folha de S. Paulo divulgando a questão da compra de deputados para votar a favor, mas você nota que há uma responsabilização do governo, mas ninguém chega a dizer que o presidente Fernando Henrique estava envolvido nisso. No máximo, os editoriais sustentam que o escândalo "de repente" pode bater na porta do presidente. No caso do mensalão, no governo Lula, se você lembrar bem, desde o primeiro momento a mídia apontou que o problema estava dentro do gabinete do Palácio do Planalto. Sobre impeachment, por exemplo, o Fernando Henrique teve muitos pedidos por parte das oposições, especialmente do PT. Mas nunca teve apoio por parte da mídia. No máximo, "vamos abrir uma CPI para discutir isso". Com Lula houve um tratamento diferenciado. A mídia não deixou de divulgar os escândalos do governo do Fernando Henrique, mas seguramente expôs muito mais o atual governo e seus escândalos. Isso dá para dizer seguramente.
Nos dois governos FHC o número de CPIs abertas contra o governo foi muito menor do que o registrado no governo Lula. Por quê?

Porque o governo Fernando Henrique tinha uma maioria muito confortável no Congresso. Ele tinha uma maioria folgada na Câmara e no Senado. A aliança do Fernando Henrique era o PFL [atual DEM], PSDB e PTB, mas, logo quando assumiu, ele fez um acordo com o PMDB e com partidos menores. Então tinha uma maioria muito tranqüila no Senado, especialmente. Todas as tentativas de CPI, e eram várias, foram derrubadas. Ele tinha uma maioria que o Lula não tem. O Lula conseguiu formar uma maioria na Câmara, mas ele nunca conseguiu no Senado. E na Câmara, como são muitos deputados, é mais fácil barganhar – troca de cargos, liberação de verbas e etc. Isso aconteceu direto no governo Fernando Henrique. E os jornais, na época do FHC, raramente pediam CPI. A não ser depois, quando veio a CPI do Apagão e a CPI da Sudene. Mas, por exemplo, coisas como o grampo do BNDES e o Caso Sivam, nada disso se conseguiu montar CPI.
Como o senhor avalia a oposição feita pelo PT na Era FHC?

O PT era uma oposição implacável, a tudo e a todos. E deu muito trabalho. Tudo era motivo para criar uma CPI, ir à Justiça. Eles municiavam muito a imprensa com informações contra o governo. Daí eu pergunto: o PSDB e o PFL [DEM] fazem oposição ao governo hoje? Fazem, desde o começo. Mas é café pequeno diante do que o PT sempre fez desde o começo. Aquela foi uma oposição brutal que só mudou no final do governo, nos dois últimos anos talvez e, principalmente, no ano derradeiro. A partir de um determinado momento, o PT sentiu que tinha de fato chance de chegar ao poder. Aí ele foi maneirando seu discurso oposicionista. Inclusive se olhar o ano de 2002, foi complicado, porque a perspectiva do PT chegar ao governo fez com que a inflação começasse a subir, o dólar chegar a quase R$ 4. Não interessava ao PT assumir um poder com um país despedaçado. A postura dele foi mudando.
Mas qual o diferencial da oposição de hoje em relação à oposição petista?

O PT era a oposição de partido político dentro do Congresso. Mas a oposição, na época, não era só o PT. Vinha também de seus braços sindicais como a CUT [Central Única dos Trabalhadores] e movimentos como o MST [Movimento dos Sem-Terra] – que, na época, tinha ligação mais estreita com o PT. Foi uma oposição muito serrada. A greve, por exemplo, dos petroleiros, o primeiro grande embate do FHC com a oposição, era uma greve muito genérica. A greve era contra as reformas constitucionais propostas pelo governo, que eram reformas "neoliberais", contra a privatização, em defesa do monopólio da Petrobras... Foi um embate duro. O papel dos movimentos sindicais nessas brigas era muito profundo, coisa que o Lula não enfrentou. Lula tem a oposição no Congresso, mas qual o movimento sindical nas ruas, dando apoio a essas oposições? Não sei se outro governo teve uma oposição tão aguerrida quanto no governo FHC, feita pelo PT.
Falta apoio popular hoje à oposição?

A oposição hoje, dentro do Congresso, ela criou e cria muitos problemas para o governo, especialmente no Senado, onde ele não tem maioria. Mas esse movimento de oposição não tem o respaldo das ruas.
Até que ponto o PT não está pagando, com as críticas que recebe na imprensa, por ter deixado o seu discurso ético e revolucionário?

Ele está pagando e tem que pagar mesmo. O PT tinha todo aquele discurso de "éticos somos nós". Aquele discurso ético existiu na retórica, mas na prática não foi isso que se viu. Vemos hoje os mesmos problemas que se viu no Brasil em tempos anteriores. Aquilo que Sérgio Buarque de Holanda falava, da mistura do público com o privado... A prática do PT se mostrou igualzinha a dos outros e em alguns aspectos ainda mais corporativista. O PT teve o bom-senso de manter, quando Palocci assumiu o Ministério da Fazenda, a equipe econômica. Mas em outros ministérios, o PT fez uma limpeza geral: quem não era do partido estava fora.
O senhor identifica hoje, na imprensa brasileira, alguma figura política que receba o mesmo tratamento que a mídia dispensou a FHC? Alguém com esse mesmo "carisma"?

Carisma à altura do FHC?... Não, acho que não. O [José] Serra seria, eu diria, o herdeiro natural do Fernando Henrique. Mas, veja bem, quem era o Fernando Henrique: era um professor, sociólogo, aposentado pelo regime militar, ex-exilado, que se envolveu em movimentos políticos... No começo de sua trajetória, Fernando Henrique foi um dos que apoiaram o movimento dos metalúrgicos do ABC Paulista. Depois, assumiu como suplente no Senado e, em seguida, se elegeu senador. Era uma figura respeitada. Um cara tido como sério, honesto, intelectual. Tanto que essa figura do intelectual a mídia sempre perpassou. Logo quando ele despontou como candidato principal nas eleições de 1994, a mídia falou: "finalmente esye país terá um presidente à altura do futuro que merece". A contrapartida era o Lula, metalúrgico, um pouco mais do que analfabeto, radical, despreparado. Ainda assim, no início, Fernando Henrique não tinha o carisma de um Mário Covas, por exemplo. Mas, quando foi para a Fazenda, ele ganhou o status de nome nacional. E o Plano Real foi atribuído a ele. A primeira nota de Real foi assinada por ele. Hoje no Brasil eu não vejo uma pessoa com esse carisma. O Serra talvez se aproxime por ter fama de administrador competente. Ele fez uma boa gestão no Ministério da Saúde, uma pequena, mas boa gestão na prefeitura de São Paulo e está fazendo um bom trabalho no governo de São Paulo. Mas essa figura que reúne o intelectual, o homem público, o cordial, sereno e inteligente, que é essa a imagem de Fernando Henrique, eu não vejo ninguém hoje no Brasil.
A sua análise recaiu apenas sobre a mídia imprensa, com pesquisas no noticiário dos jornais e revistas. Se fosse hoje talvez poderia ser diferente... O senhor avalia que a mídia impressa tem perdido espaço em relação a outras mídias?

Antigamente, os jornais repercutiam muito mais o que acontecia. Hoje, dificilmente, você segura uma notícia de um dia para o outro. Ela está instantaneamente divulgada. Há uma velocidade muito maior na geração, na produção e na transmissão da informação. Mas os jornais impressos ainda estão procurando 'como vai ser'. Ninguém sabe bem como vai lidar com esse negócio da internet. Essa relação dos jornais, da revista e da internet ainda não está clara. Tem muita gente deixando o papel, porque se lê hoje na internet o que será lido amanhã nos jornais.
A maneira de divulgar e fazer política mudou com a internet?

Hoje se pode dizer que, se você quiser, você faz o seu jornal. O blog, por exemplo, é um novo caminho que também significa uma forma de concorrência com a mídia tradicional, especialmente quando se fala de noticiário mais especializado. Tem determinados blogs que trazem muito mais informações, mais detalhes, do que os jornais e revistas. A internet é um outro ponto de concorrência da mídia tradicional.
E até que ponto a concentração de concessões de rádio e TV nas mãos de políticos interfere no processo de construção de imagem de um político?

Só interfere! Você tem no Brasil uma infinidade de pequenos jornais, que são veículos vinculados a políticos ou partidos. Todos têm um interesse e defendem esse interesse. E eles têm uma interferência muito grande sobre o que vai ser veiculado ou não. E isso contribui para formar ou não a imagem de um candidato e de um governo. São veículos de difusão de interesses políticos de A, B ou C. A mídia não tem nada de democrática quando se fala, especialmente, em rádio e televisão. É só você vê quem são os detentores das concessões.

Fonte

Legal ver uma pesquisa que explicita exatamente o que nós já percebemos há anos. Além disso dá um tiro no coração da credibilidade da imprensa nacional quando cita o quase rompimento quando da crise cambial.

Aliás, a própria imprensa mudou totalmente de lado posteriormente sobre isso. Hoje em dia eles louvam o FHC como o cara que instituiu o câmbio flutuante no Brasil, e que isso foi uma excelente escolha. No entanto eles "esquecem" que essa mudança foi imposta pela crise, e não uma decisão orientada pelo bom senso planejado. Foi uma medida de urgência.


Que o diga o PKHG

r2s2
Veterano
# dez/08
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leandro rodrigues

Trissomia 21?

leandro rodrigues
Veterano
# dez/08
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r2s2

Que o diga o pessoal que sofre de SD

r2s2
Veterano
# dez/08
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Eu até respeito quem comete erros de português, pq alguns são frutos da pressa em teclar ou mesmo de desatenção.

O que não se pode é detonar uma outra pessoa somente pelos erros que ela comete e "esquecer" os seus próprios.

Vamos ver o que acontece entre Mainardi e o Reinaldo Azevedo.

Na última coluna do Mainardi, ele acabou (pretensamente) com a argumentação de uma pessoa repetindo várias vezes um erro cometido, o de trocar "espectador" por "expectador". Aí associou o cara a pneumococos e outras idiotices costumeiras.

Como já era de se esperar, o lambe-saco Reinaldo Azevedo gastou dedo defendendo o colega de esgoto. E ainda chama de petralhas os que lhe escrevem e criticam os textos.

Agora, vamos ver o outro lado. Se o Retardado Azevedo preza tanto o vernáculo, pq ele comete erros mais gorsseiros ainda?

O "s" está perto do "x" no teclado. Aliás, estão colados, o que poderia explicar uma digitação errada. Ainda que ele tenha errado duas vezes no texto, ainda há a possibilidade dele ter desejado passar a idéia de expecatdores com os que estão na expectativa. Razoável a explicação.

Mas e o "e", que relação vcs vêem com o "ir"? Alguém entende o significado dessa frase do Retardado: Essa gente só conseguir mesmo é diferenciar o capim de qualquer outra coisa.?

Há um outro erro terrível nesse mesmo post dele, que não é gritante, tanto que não li ninguém comentando sobre. Mas está lá. Vou tentar mandar uma mensagem e ver se ele percebe qual é.

Outra, pq o Retardado não chama também a atenção do que lhe fornece tempero de escroto para saladas? Alguém sabe o que significa "Titubiante"?

Acho que só o ghostwriter do cabeludo mauricinho sabe...

Aliás, essa técnica dele, de começar e terminar o post com a mesma coisa, já está bem batida. Curso de técnicas de redação para o GW do DM já!

Agora, voltando ao assunto principal do tópico, quando os amigos de Dantas irão começar a atacar o De Grandis?

r2s2
Veterano
# dez/08
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Aliás, é de ele, e não dele. Malz aê

r2s2
Veterano
# dez/08
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Sobre a atuação da imprensa, podem ter certeza do seguinte, agora eles vão bater com força no Lula, sem parar. Vão inventar um monte de coisas e todo mundo vai detonar ele.

Pq? Pq ninguém terá mais medo do alto índice de popularidade do Lula, pois a tendência é de queda, devido à crise que mundial.

Aliás, é mundial, mas é claro que vão associar ao Lula de qqer jeito. Se ele fizer algo, a culpa foi dele pq fez, se não fizer, a culpa é da omissão e assim vai.

Bom dia a todos

brunohardrocker
Veterano
# dez/08
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r2s2

Acho que não é bem assim. Pelo menos o que se vê até o momento, a mídia está divulgando a torto e direito que o Brasil é um dos países mais preparados para a crise, inclusive pelas proprias palavras do Lula.

A oposição vai fazer críticas? vai meter o pal por qualquer coisa? Vai, com certeza. Vai ser o mesmo oportunismo do PT na época das privatizações de FHC.

A mídia é porca, mas a política é mais ainda. Quem ganha na política não é aquele que tem propostas boas e é competente, e sim aquele que fala o que o povo quer ouvir. Bandeiras com frases do tipo "Eu quero mudança!" (mesmo com o país indo bem), promessas de esmolas sem trabalhar... tudo isso é o que faz votos.

Ronin
Veterano
# dez/08
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r2s2
Aliás, é mundial, mas é claro que vão associar ao Lula de qqer jeito. Se ele fizer algo, a culpa foi dele pq fez, se não fizer, a culpa é da omissão e assim vai.

Que o diga a Miriam Leitão e o FHC (que afirmou que ano que vem será pior que todos os anos do mandato dele... possivelmente o apocalipse).

Já a BBC pensa diferente, acreditando que a Crise pode alavancar a economia do Brasil à avançar diante de economias como a do Canadá e Espanha.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/12/081208_brasi leconomiarankingrw.shtml

r2s2
Veterano
# jan/09
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Finalmente li alguma coisa do Retardado Azevedo que prestou. Concordei com todo o post, até quando critica o PT.

Aqui o milagre

É um texto sobre a guerra Israel vs. Hamas.

O mais legal é que ele critica o PT por fazer exatamente o que ele faz. Inclusive eu já comentei sobre isso no primeiro post desse tópico, saca só:

d) tentam associar a pessoa ou o gesto a algo péssimo (exemplo clássico é usar uma frase ou idéia e associá-la a Hitler ou outros fascistas); e) reducionismo, ou seja, se vc disser "quero beber hoje" vc é um alcoólatra, se vc votou no Lula vc é petralha, se vc é a favor do aborto vc é um genocida; f) tentam acabar com todo o seu argumento atacando um pequeno aspecto dele. Por exemplo, nesse parágrafo ele usaria o item e) e diria: "O apedeuta ainda considera qualquer um que bebe alcoólatra".

Mas que bom, aquele idiota que lambeu o saco do Gilmar Mendes no Roda Viva não escreve somente coisas que considero ridículas.

O_raffa
Veterano
# jan/09
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Análise da imprensa eh para os fracos...

Headstock invertido
Veterano
# jan/09
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Aliás, aproveitando o mesmo post, aqui vai uma dica: Nunca, repito, NUNCA leve a sério alguém que em quase todas as manifestações extrapole um fato isolado para impor medo

tá bom, vc que pediu

r2s2
Veterano
# fev/09
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Já há uma campanha forte para detonar o Lula e dizer que ele está em campanha contra o Serra em 2010.

O Retardado Azevedo "provou" por A+B que o Lula mentiu para atacar o Serra, dizendo que a taxa de analfabetismo em SP é de 10%. Ele mostrou dados do PNAD com a taxa de analfabetismo de 4,6 (o petralha mestre ainda pegou os dados da Região metropolitana só para diminuir ainda mais, pq na verdade é de 5,4%).

Só que aí aparece a lógica retardadiana do Rei. Aliás, a da Direita do país. O que importa é a população ter os índices mínimos satisfatórios para os dados aparecerem bem na imprensa. Dane-se se o cara só entende frases como "O pato e a pata foram passear". Na verdade, a elite quer que a plebe só entenda isso mesmo.

A verdade é mais triste. Aliás, o Lula errou (e não mentiu, Retardado Azevedo...), pq o índice de analfabetismo é pior que 10% em SP. O analfabetismo funcional (q é o que na verdade importa) em SP era de 15,4% (em 2005 - PNAD. Não achei o de 2007).

r2s2
Veterano
# fev/09
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Legal o que vi hoje.

Li de tarde que as receitas publicitárias dos grandes veículos de comunicação caíram 40% em janeiro. Isso, claro, devido ao medo da crise financeira e etc.

De cara já pensei: "Vão parar de falar na crise no Brasil, vão mudar o foco".

Não deu outra. Assisti ao JN inteiro hoje. Alguém viu? Da crise, só falaram que a Rússia e o Japão tiveram severas quedas no PIB. Não durou nem 30 segundos. Aí enredaram para carnaval, uma cidade onde se reciclam as sobrar de construções, a reparação de Baú etc.

É uma merda essa nossa imprensa mesmo. Cada dia mais vejo que aquela frase diz tudo: "Se não saiu no JN, simplesmente não aconteceu" (acho q foi o ACM quem disse isso), que é corroborada pela outra frase: "O importante não é o que o JN dá, mas sim o que ele não dá".

Ronin
Veterano
# fev/09
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r2s2
O Retardado Azevedo "provou" por A+B que o Lula mentiu para atacar o Serra
O Serra mente dizendo que é economista... depois disto, vale tudo.



E o que dirá do Blogueiro que monta um post com a foto da Marta e a chamada: "Notas ****** de um domingo de notícias vagabundas" - duplo sentido? Mensagem subliminar?

http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/arch2009-02-15_2009-02-21.h tml#2009_02-15_21_43_53-10045644-0

r2s2
Veterano
# abr/09
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Sei que não é o tópico correto, mas insisto:

Tooooooooooooooooooooooma seu fela da puta!!!!

http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1094745-5601,00-MINISTROS+ DO+STF+DISCUTEM+DURANTE+SESSAO+DO+TRIBUNAL.html

Rizzo
Veterano
# abr/09
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r2s2
ah cara, nem li,,mas falae aí, vc ta com a Jem sua ae, tem vídeos novos na net?

^^

r2s2
Veterano
# abr/09
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Claro que o Retardado Azevedo irá defender o GM. Deve estar agora fazendo um dossiê contra o JB, e vai vir cheio de ironias.

Quero ver a repercussão disso.

Muito foda! Esse mandou bem, falou exatamente o que muita gente queria ter falado.

r2s2
Veterano
# abr/09
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Rizzo
ah cara, nem li,,mas falae aí, vc ta com a Jem sua ae, tem vídeos novos na net?

^^


Tenho sim, olha meus novos tópicos.

Rizzo
Veterano
# abr/09
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r2s2
belê.

r2s2
Veterano
# abr/09
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"Vossa Excelência está na mídia, destruindo a Justiça deste país."

hahauehauehuaehuaehuaehuae

LeandroP
Moderador
# abr/09 · Editado por: LeandroP
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Assim mesmo, a execução dos pontos do programa cumpre um papel essencial na formulação de todos os recursos funcionais envolvidos. No mundo atual, o julgamento imparcial das eventualidades nos obriga à análise das diretrizes de desenvolvimento para o futuro. Evidentemente, a contínua expansão de nossa atividade assume importantes posições no estabelecimento dos conhecimentos estratégicos para atingir a excelência. Todas estas questões, devidamente ponderadas, levantam dúvidas sobre se o desafiador cenário globalizado auxilia a preparação e a composição das regras de conduta normativas.

Do mesmo modo, a determinação clara de objetivos representa uma abertura para a melhoria das diversas correntes de pensamento. A certificação de metodologias que nos auxiliam a lidar com a constante divulgação das informações não pode mais se dissociar das direções preferenciais no sentido do progresso. Gostaria de enfatizar que a adoção de políticas descentralizadoras facilita a criação do sistema de participação geral.

O que temos que ter sempre em mente é que a complexidade dos estudos efetuados obstaculiza a apreciação da importância do remanejamento dos quadros funcionais. Acima de tudo, é fundamental ressaltar que a consulta aos diversos militantes é uma das consequências do investimento em reciclagem técnica. Percebemos, cada vez mais, que o início da atividade geral de formação de atitudes desafia a capacidade de equalização das formas de ação. Não obstante, a valorização de fatores subjetivos possibilita uma melhor visão global dos paradigmas corporativos. Nunca é demais lembrar o peso e o significado destes problemas, uma vez que a crescente influência da mídia apresenta tendências no sentido de aprovar a manutenção das posturas dos órgãos dirigentes com relação às suas atribuições.

Pensando mais a longo prazo, o fenômeno da Internet garante a contribuição de um grupo importante na determinação do processo de comunicação como um todo. Caros amigos, o desenvolvimento contínuo de distintas formas de atuação talvez venha a ressaltar a relatividade dos métodos utilizados na avaliação de resultados. Por outro lado, a expansão dos mercados mundiais promove a alavancagem do sistema de formação de quadros que corresponde às necessidades.

É claro que o aumento do diálogo entre os diferentes setores produtivos deve passar por modificações independentemente do impacto na agilidade decisória. Todavia, a necessidade de renovação processual causa impacto indireto na reavaliação dos procedimentos normalmente adotados. A nível organizacional, a percepção das dificuldades agrega valor ao estabelecimento dos modos de operação convencionais. No entanto, não podemos esquecer que a revolução dos costumes oferece uma interessante oportunidade para verificação de alternativas às soluções ortodoxas.


E tenho dito!

Dogs2
Veterano
# abr/09 · Editado por: Dogs2
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LeandroPanucci
E tenho Ditto!

em que level?

LeandroP
Moderador
# abr/09
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Dogs2

Não vou explicar de novo :P

r2s2
Veterano
# abr/09
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LeandroPanucci

Gerador de lero-lero

jimmy vandrake
Veterano
# abr/09
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UHU !!!! O pau comeu no supremo ! Vamos ver se a casa cai.

Agora o Gilmar é cara de pau mesmo, o FDP ainda tava rindo da situação, só sossegou quando foi acusado de ter capangas.

Devil Boy
Veterano
# abr/09
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Dou meus parabens ao Ministro Barbosa por este feito politicamente incorretissimo. E o tipo de politicamente incorreto que a politica precisa, sobretudo em um periodo tao critico para nossa amada Nacao brasileira. O fato e que o Petismo, nao satisfeito em tomar de assalto a cadeira do Executivo e comprar o Congresso com dolares na cueca, recentemente conseguiu concretizar o plano de infectar ate mesmo a Suprema Corte brasileira com seu veneno nefasto e doentio. Como qualquer um que nao esteja intoxicado pela ideologia coletivista do Foro de Sao Paulo bem o sabe, o Supremo se tornou um instrumento de legitimacao dos abusos perpetrados pelo lulismo contra nossa ordem legal e axiologia constitucional. Aqueles que deveriam proteger e zelar por nossa Constituicao foram convertidos em lacaios a servico do comunismo internacional, que e simplesmente o maior esquema de poder e influencia ja visto na Historia. Para evidenciar isto, bastaria apenas citar um nome: Daniel Dantas - que afinal é o nome do banqueiro que, em troca de costas quentes, deu aos comunistas a unica coisa com a qual eles se importam, desde Marx: dinheiro.

Contudo, o planejamento estrategico desta bandalheira e insuficiente quando nobres e destemidos juizes como o Ministro afrodescendente utilizam-se das brechas do sistema para denuncia-lo de dentro. Joaquim Barbosa, que anteriormente ja havia se manifestado a favor do fim do foro privilegiado e da cassacao de candidaturas de politicos suspeitos, neste ultimo episodio repete a dose e da um passo alem, expondo a todos as visceras do esforco revolucionario para aniquilar nossas instituicoes e valores mais caros, tentando antes de mais nada corroer nossa Fe na Justica. O rei agora esta nu. So nao ve quem nao quer.

Mas nao ha motivo para medo. Uma vez tendo sido nosso inimigo desmascarado publicamente por um homem de Bem que nao se omitiu ao dever, torna-se claro como a luz do dia que que nem tudo esta perdido, que pelo menos UM deles se importa, que pelo menos UM deles detem a fibra moral, que pelo menos UM deles permanece incorruptivel e fiel aos principios de onde emanam sua autoridade. Por um momento, recupero a esperanca de que o cancer maligno de Lula e do PT pode ser vencido!

Obrigado por existir, Ministro!

Devil Boy
Veterano
# abr/09 · Editado por: Devil Boy
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Agora falando serio, para quem ja foi operador do Direito nesse pais e ainda tem um certo apreco pelas Ciencias Juridicas, ver uma coisa dessas chega a doer fisicamente.

Que condicoes de presidir a mais alta corte de um pais pode ter e que seguranca pode passar ao povo um homem cuja idoneidade e moralidade e questionada abertamente, em publico, por um ministro colega seu?

Mas vendo por outro lado, o pulpito do Supremo nao e lugar para lavar roupa suja e ficar de picuinha. Se Barbosa tinha algo a dizer e provar, que fizesse entao a denuncia cabivel no MP e que se limitasse a exercer sua funcao de ministro, julgando de forma tecnica a materia que estava sendo discutida.

So faltei morrer de vergonha vendo a cena deprimente. Se eu fosse juiz ou desembargador, teria vontade de pedir minha exoneracao depois de ver uma palhacada dessas.

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