Sobre o Brasil adquirindo o "Investiment Grade"

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Rato
Veterano
# mai/08
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SÃO PAULO - Muita gente já se deparou com o termo «rating», porém não tem uma visão clara a que isso se refere. Em poucas palavras, o «rating», ou classificação de risco, se refere ao mecanismo de classificação da qualidade de crédito de uma empresa, um país, um título ou uma operação estruturada.

Ele busca mensurar a probabilidade de default de obrigações financeiras, ou seja, o não pagamento, incluindo-se atrasos e ou falta efetiva do pagamento. O «rating» é um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores uma opinião independente a respeito do risco de crédito do objeto analisado.

Do ponto de vista econômico, é bastante vantajoso, pois uma vez feito, pode ser utilizado para vários objetivos e por diversas instituições. Com a globalização, o «rating» se apresenta como uma linguagem universal que aborda o grau de risco de qualquer título de dívida.

Agências de classificação
As empresas freqüentemente pagam para terem suas dívidas classificadas em termos de risco de crédito. Isso porque muitos investidores resistem ou têm limitações legais em comprar títulos sem conhecer seu «rating».

As três principais organizações que prestam esse serviço em escala global são as norte-americanas Moody´s, Standard & Poors´s (S&P) e Fitch «rating»s. A classificação é revista periodicamente, já que a qualidade de crédito (ou risco de inadimplência) de uma empresa ou país pode se alterar de um período ao outro.

Forma de classificação
As definições usadas baseiam-se na probabilidade de inadimplência da empresa e na proteção que os credores têm nesse caso. Para realizar uma classificação de risco de crédito, as agências de «rating» recorrem tanto a técnicas quantitativas, como análise de balanço, fluxo de caixa e projeções estatísticas, quanto a análises de elementos qualitativos, como ambiente externo, questões jurídicas e percepções sobre o emissor e seus processos.

Além de a classificação envolver avaliação de garantias e proteções (hedge) contra riscos levantados, ela também incorpora o fator tempo. Este último influencia a definição do «rating», pois maiores horizontes implicam em maior imprevisibilidade. Desta forma, uma mesma empresa pode apresentar títulos de dívida com diferentes notas, de acordo com as garantias oferecidas, prazos estabelecidos, dentre outras características.

As classificações de risco de AAA/Aaa até no mínimo BBB-/Baa3, são consideradas como investment grade, ou grau de investimento, enquanto as abaixo são consideradas como speculative grade, ou de grau especulativo.

Tipos de «rating»s
Existem duas escalas diferenciadas para os «rating»s: internacional e nacional. Um «rating» em escala internacional pode ser tanto em moeda local como em moeda estrangeira e representa uma medida absoluta da capacidade de pagamento das dívidas denominadas, respectivamente, em moeda local ou estrangeira. Os «rating»s em escala internacional, sejam em moeda local ou estrangeira, são comparáveis entre países.

Já os «rating»s em escala nacional não são comparáveis em escala internacional. Classificações similares em escala nacional de emissores em países diferentes podem mostrar grandes diferenças na capacidade de pagamento. Por exemplo, um «rating» AAA (bra) na escala brasileira não é comparável com um AAA (chl) ou AAA (ven) nas escalas chilena e venezuelana, respectivamente.

«Rating» em moeda local e moeda estrangeira
Considerando que sejam definidos em escala internacional, tanto os «rating»s em moeda estrangeira como os em moeda local são comparáveis internacionalmente. «rating»s em moeda local medem a probabilidade de pagamento na moeda do país e na jurisdição em questão. Eles excluem o efeito do risco-país e o risco de transferência, não refletindo a possibilidade de os investidores virem a ter dificuldades para repatriar o recebimento de principal e juros.

Entre outros, o objetivo deste «rating» é permitir ao investidor comparar o risco de emissor de diferentes países, ou até mesmo de um mesmo país, isolado de riscos de transferência.

Prazo e comparação com risco país
As agências também diferenciam os «rating»s de acordo com prazo. O «rating» de curto prazo refere-se à capacidade de pagamento de uma obrigação financeira de até 12 meses. Já obrigações com prazo superior a 12 meses passam a receber classificação de longo prazo.

É importante destacar que os conceitos de risco país e de «rating» soberano são bastante diferentes. Enquanto um se refere a uma medida de rentabilidade calculada pelo banco norte-americano JP Morgan, o «rating» mede a capacidade de pagamento. Muitas vezes, no entanto, países com «rating»s elevados apresentam risco país mais baixo, e vice-versa, indicando uma relação entre os dois indicadores.
deparou com o termo «rating», porém não tem uma visão clara a que isso se refere. Em poucas palavras, o «rating», ou classificação de risco, se refere ao mecanismo de classificação da qualidade de crédito de uma empresa, um país, um título ou uma operação estruturada.

Ele busca mensurar a probabilidade de default de obrigações financeiras, ou seja, o não pagamento, incluindo-se atrasos e ou falta efetiva do pagamento. O «rating» é um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores uma opinião independente a respeito do risco de crédito do objeto analisado.

Do ponto de vista econômico, é bastante vantajoso, pois uma vez feito, pode ser utilizado para vários objetivos e por diversas instituições. Com a globalização, o «rating» se apresenta como uma linguagem universal que aborda o grau de risco de qualquer título de dívida.

maggie
Veterana
# mai/08
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Quem está na festa fica, quem está de fora não consegue entrar.

Ronin
Veterano
# mai/08
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Este tópico já foi até longe demais.

Explico a razão.

Falar mal de político é esporte nacional... e não estou falando do Presidente Lula (apesar de ele ser um alvo "mais agradável" para muitos)... mas simplesmente falar mal do político vigente. Elogiar é mais difícil... é como fazer um gol contra, deixar a bola pro adversário ou algo do tipo.

Assim sendo, é compreensível que alguns tópicos políticos chegam as 10, 20, 30 páginas aqui no OT... enquanto outros não passam da 2ª ou 3ª página.

Este é um exemplo. Além deste, temos outros.

Alguém viu algum tópico do tipo: "Governo reduz imposto para que o preço da gasolina não aumente para o consumidor final" ou então "Fim da Impunidade: Casal Nardoni é preso"?

E por aí vai.

maggie
Veterana
# mai/08
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Ronin
Sempre vai ter uma opinião contra o Lula, nesse caso.
Quem votou no Lula operário do PT deve estar é fulo da vida, porque ele seguiu na política neo-liberal do governo anterior (agradando o Sr. Mercado).

Se ele está certo ou errado, é outra discussão, mas certamente esse grau de investimento está atraindo investidores de todo o mundo (inclusive especuladores, é claro).

Bidal
Veterano
# mai/08
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Pq o Lula manteve toda a equipe econômica (ou grande parte) do governo anterior, inclusive o presidente do banco central o Sr. Meireles, o Brasil está em fase de crescimento e se tivesse gente competente com certeza estaria crescendo muito mais

Dogs2
Veterano
# mai/08 · Editado por: Dogs2
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Como eu acho que não existe político perfeito, eu não vou crucificá-los por qualquer merdinha. Por isso ainda admiro o Ciro Gomes (embora tenha dado suas mancadas feias).
O Lula tem suas vantagens, é bom negociador e representa bem (na questão "imagem pública") a camada mais pobre da sociedade, e relacionar uma política pautada no desenvolvimento econômico com o velho assistencialismo eu acho que nunca vi antes do Brasil.

maggie
Veterana
# mai/08
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Dogs2
Por isso ainda admiro o Ciro Gomes (embora tenha dado suas mancadas feias).
Pff

Dogs2
Veterano
# mai/08 · Editado por: Dogs2
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maggie
putz, um dia desses eu estava andando com a credibilidade no bolso, mas ele tava furado

maggie
Veterana
# mai/08
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Dogs2
pff
perdeu toda credibilidade, baranga

Rato
Veterano
# mai/08
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comprando no boato e vendendo no fato ... cai muito bem nessa situação =D


Fitch promove nota de risco do Brasil para grau de investimento
da Folha Online

A Fitch Ratings elevou nesta quinta-feira a nota do Brasil de "BB+" para "BBB-", o que coloca o país no grupo dos países grau de investimento, desta vez pelo viés desta agência de classificação de risco. O anúncio da Fitch confirma a promoção do rating brasileiro anunciada no final de abril pela agência Standard & Poor's, que foi a primeira a chancelar o país como bom pagador.
"A alta do rating reflete uma melhora dramática das balanças pública e externa do Brasil, que tem reduzido a vulnerabilidade brasileira ante os choques externos e cambiais e fortifica a estabilidade econômica e reforça suas previsões de crescimento de médio prazo", disse a agência em seu comunicado.
"As autoridades têm estabelecido um caminho de compromisso com a inflação baixa e com o superávit primário, que vêm eliminando as antigas preocupações sobre a sustentabilidade fiscal no médio prazo", continua a nota.
O grau de investimento é a classificação dada pelas agências de rating a países com poucas chances de deixar de honrar suas dívidas. Com a nota, o Brasil poderá receber recursos de grandes fundos internacionais que só têm autorização para investir em mercados que já conquistaram essa chancela de bom pagador.
Quase uma semana após o anúncio da Standard & Poor's, a Fitch confirmou que o seu rating do Brasil estava sob reavaliação, após a imprensa noticiar que a equipe principal de analistas visitou o país e teve contato com autoridades governamentais. "O rating soberano do Brasil está sob revisão ativa", afirmou a agência, através de uma nota à imprensa.
No início deste mês, a terceira grande agência de classificação, a Moody's, apontou a dívida pública brasileira como um dos principais empecilhos à melhora na avaliação do rating soberano do país. A atual nota (Ba1), segundo o grupo, ainda classifica o Brasil como grau especulativo, categoria que engloba nações de maior risco de crédito na comparação com países da categoria grau de investimento.
Entenda
O rating é uma opinião sobre a capacidade de um país ou uma empresa saldar seus compromissos financeiros. A avaliação é feita por empresas especializadas, as agências de classificação de risco, que emitem notas, expressas na forma de letras e sinais aritméticos, que apontam para o maior ou menor risco de ocorrência de um "default", isto é, de suspensão de pagamentos.
Para publicar uma nota de risco de crédito, os especialistas dessas agências avaliam além da situação financeira de um país, as condições do mercado mundial e a opinião de especialistas da iniciativa privada, fontes oficiais e acadêmicas.
O rating é sempre aplicado a títulos de dívida de algum emissor. Se uma empresa quer captar recursos no mercado e oferece papéis que rendem juros a investidores, a agência prepara o 'rating' desses títulos para que os potenciais compradores avaliem os riscos.
As agências, portanto, classificam debêntures, "medium-term notes', títulos de dívida conversível, mas não ações.

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