Ismah Veterano |
# nov/19 · Editado por: Ismah
· votar
Mauricio Luiz Bertola
Não, problema não há. Só não é o objetivo, já que ele quer chegar a 2 Ohms. Se ficar em 4 Ohms, praticamente não muda nada em relação ao que ele tem. Teremos lá algum ganho em cobertura e diretividade da baixa frequência, mas nada absurdo. A questão da potência eu explico abaixo. E nesse ponto, ainda vale dizer que cada circuito, reage de forma diferente a carga na saída. Não é como pegar um amp de instrumento, são circuitos mais complexos geralmente. Alguns realmente ganham em headroom se não usar a potência máxima, mas não dá pra supor que todos reajam assim.
A questão de não ligar em série, é mesmo praticidade em caso de problemas... Suponha dois AF's, ligados em série entre si, formando uma dupla. Cada dupla, está ligada em paralelo com uma segunda dupla.
Se um AF parar, outro AF da dupla para por tabela. Logo, metade do sistema para. Tendo todos os AF's em paralelo, apenas o AF que der problema para.
Se ligar dois AF's em paralelo, e essa dupla, com outra em série, se um AF parar teremos
acabaramosnicks
O sistema com os 4 AF's suporta 2 200 W... Tá é no limite de AF... Poderiam ser tranquilamente 4 de 350 W, pra esse amp conseguir alimentar direito "os bicho"... Excesso de potência até certo limite, não queima transdutor reproduzindo música. A falta de potência sim, pois se terá distorções constantes por falta de potência.
Lembre-se da dinâmica, pois isso só vai acontecer num pico/transiente. A percepção de volume, será pela potência média do programa a ser reproduzido. Logo se chega a X dB SPL, sempre com Y Wrms. Indiferente ao alcance dos picos. Certo?
Se for um programa musical pouco dinâmico, como é boa parte da música eletrônica, o volume necessário será menor. Se for algo extremamente dinâmico, será preciso mais volume. É aqui que tá o problema, as vezes não tem pra entregar. E aí entra a distorção em cena!
Lembre que a onda quadrada carrega o dobro de energia que uma onda senoidal, então vai aplicar o dobro da potência. Se mandar mais potência que o AF suporta, mecanicamente, o máximo que acontece é ele dar "fim de curso". Eletricamente, por efeito Joule, vai aquecer mais rápido a bobina. Num sistema com potência de sobra, isso vai ser algo pontual. Num sistema com falta de potência, vai ser algo bem mais constante. E isso queima transdutor, mas leva certo tempo - inversamente proporcional a quantia de distorção presente.
Hoje, as músicas são normalizadas em todas as plataformas digitais, logo não há discrepância relevante de volume entre o Alok e Eagles, seja onde for. O CD seria o único problema, os antigos obviamente não tem normalização, e não sei se os novos tem. Arquivos de download ilegal, se não tiver sido normalizado, é provável que a pessoa abaixe de forma automática o volume, se a discrepância for muito grande. Reduzindo o volume, se vai a distorção e as chances de queima.
Ainda existe a questão de queda de energia, que evidentemente afeta a potência de saída: operando no gargalo do amp, com uma queda a distorção sobe razoavelmente e o resto tu já sabe.
Pra desencargo de consciência, se usa um limiter. Não tem? Pois deveria ter! Um sistema de desse porte, é bem caro... O periférico, é um item barato frente ao custo dos danos, em eventuais problemas.
E pouco importa tudo isso, se o erro for do operador. Desconectar um cabo de um violão, com o canal aberto, causa aquele clássico estouro. Felizmente, em geral não tem danos no PA - simplesmente por falta de volume do instrumento individual. Nos monitores (caso existam) é mais suscetível, já que geralmente tem um volume muito maior do instrumento. Aconteceu várias vezes já, e recentemente na minha frente. Meu colega puxou o cabo do instrumento, e mandou os drivers dos SM222 pro espaço... Como sempre, acidentes são fruto de uma sequência de falhas.
Já um cabo de sistema - qualquer um entre o mixer ou fonte de som, e o amp - que venha dar algum tipo de estouro, geralmente vai haver algum dano, mesmo com limiter. É raro, sei de bem poucos casos assim.
|