Marshall e a queda de qualidade - desabafo

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goonies
Veterano
# mai/15


Pessoal,

Estou indo para meu terceiro Marshall vintage e é muito triste que venho aqui relatar minha decepção com a qualidade das peças fornecidas por essa empresa que já foi considerada uma das maiores.

Válvulas ruins que precisam ser trocadas , capacitores eletrolíticos que nunca ninguem ouviu falar, ghost notes (notas fantasmas), som de fuzz, queda de potência, e bagunça de frequências, trafo ruim.

Os componentes estão ficando cada vez mais baratos e menores, 90% é made in china. válvula, potenciômetros, resistores, capacitores etc..

Eu acho um Absurdo pagar 13mil reais em um amplificador vintage com peças ruins da china e o som não ser fiel aos clássicos e verdadeiros Marshall vintage da década de 60, 70.

Ano passado vendi meu marshall YJM por insatisfação, tentei a todo custo tentar aceitar o som dele, mas para ser sincero, tinha algo diferente dos vintages. Por dentro a construção é moderna, parece uma placa de computador. O som é muito parecido com o super lead reissue, mas com diferença de médios e clareza.

Ainda no ano passado, adquiri um super lead reissue. Nem curti o amplificador e ja levei para assistência. Trocaram uma porrada de peças e até hoje está ruim. Parece bagunça de frequências. O médio literalmente não funciona. O ampli parece um grande pedal de fuzz. O som lembra um bom amplificador, mas com problemas. E o mais triste é que pode ser qualquer coisa até mesmo os trafos.

Imagina ter que pagar um preço alto num amplificador para ter que trocar trafo e todas as válvulas e capacitores + mão de obra.

Para mim a Marshall acabou! quem quiser um marshall, precisa fazer sobre encomenda com empresa handmade. Nos USA tem um monte e no Brasil tambem. Nos USA já ouvi muitos exemplos e curti todos, no Brasil ainda não ouvi o som de nenhum.

Mesmo assim, o som dos Marshall antigos continuam sendo meu favorito. Todos os amplis handmade feitos nos USA com peças de qualidade são incrivelmente superiores aos atuais REISSUE da Marshall que nem são mais os modelos da década de 60 e 70. São edições de relançamento com peças baratas.

Gostaria de saber de vocês, quem curte marshall vintage como os Plexis, JMP, Major (JTM45, JMP, 45/100, superlead, superbass, major etc...) ?

Quem daqui possui esses amplificadores? qual modelo? ano?

Quem acha que o preço é abusivo, alto demais?

nichendrix
Veterano
# mai/15 · Editado por: nichendrix
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goonies
Cara, problemas técnicos a parte...

Acho que você vai se frustrar muito atrás de um Marshall que soe como um antigo. Porque quase ninguém sabe como eles soavam, quase todos os sons que você ouve de Marshall antigo são de amps que foram modificados, alguns muito (como os do Hendrix, Page e do Randy Rhoads) outros nem tanto (como os do Clapton), por exemplo, quando a Marshall quis fazer uma reedição do JTM-45 100W pro aniversário de trocentos anos do modelo e do uso dele pelo Hendrix em algum festival dos anos 60, só acharam 2 amps no mundo inteiro que estavam iguais ao original, nem eles tinham o projeto original porque eles muitas vezes vendiam os amps já modificados no pedido, então eles não tinham idéia de qual dos projetos que eles tinham era o "stock". Um desses 2 amps rendeu 100mil dólares num leilão, e nunca nenhum famoso tocou nele.

Quem fabrica Marshall-like de qualidade é a Friedman.

Agora sobre componentes serem chineses, não tem pra onde, amp de boutique tem componentes chineses e querer que os capacitores e demais componentes hoje sejam iguais em tamanho e afins é complicado, vez por outra algum amp maker consegue um lote de peças vintage encalhado e faz algo assim pelos olhos da cara e o da bunda junto, de resto não tem muito jeito não, a coisa miniaturizou legal, o meu Marshall é de 20 anos atrás e eu acho os capacitores dele enormes comparados com os de hoje e olha que os dele eram miudinhos comparado com os de um Gininni Tremendão vintage que eu tive.

Sobre sua pergunta, qual tem o som realmente foda, pra mim na linha da Marshall só presta os dois reissues do JTM-45 (head e bluesbreaker), eu gostei muito do Randy Rhoads, mas em geral não gosto dos outros.

Ismah
Veterano
# mai/15
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nichendrix
Cara, problemas técnicos a parte...

Acho que você vai se frustrar muito atrás de um Marshall que soe como um antigo. Porque quase ninguém sabe como eles soavam, quase todos os sons que você ouve de Marshall antigo são de amps que foram modificados, alguns muito (como os do Hendrix, Page e do Randy Rhoads) outros nem tanto (como os do Clapton)


Exatamente a resposta que eu daria: o problema é que todos soam próximos aos que eram na época - mesmo diferentes em algumas partes, como construção PTP etc.

Só acrescento...

O maior problema é que os amps atuais não tem mais problemas. Por exemplo, não havia uma linearidade nos produtos da época, o controle de qualidade muitas vezes era na base do olho rsrs Por exemplo, o uso de capacitores PIO, que não eram - nem serão -a coisa mais linear do mundo.

Aquilo que se ouve em gravações (que é sempre nosso referencial), tem que ser levado em conta que o brilho e a compressão maravilhosa, pode ser o eq e compressor que o produtor/técnico de som usou....

meu Marshall é de 20 anos atrás e eu acho os capacitores dele enormes comparados com os de hoje e olha que os dele eram miudinhos comparado com os de um Gininni Tremendão vintage que eu tive.

Não só o tremendão, mas o Duovox também. Não sei dizer a razão, mas o meu (100B), tem capacitores, que deixam a nota soar quase dois segundos depois de desligar.

nichendrix
Veterano
# mai/15
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Ismah
Exatamente a resposta que eu daria: o problema é que todos soam próximos aos que eram na época - mesmo diferentes em algumas partes, como construção PTP etc.

Não sei não cara, nunca pude testar um JTM45 da época pra comparar, mas comparando com som de videos e audios da época dá pra tirar um puta som parecido tanto com o JTM45 1962 que é mais conhecido como Marshall Bluesbreaker, quanto com o 2245.

Agora eu já toquei em alguns 1959 e 2203 da época e com as reedições, algumas vezes lado a lado porque eram do mesmo dono, esses não chegam perto não, tipo é na mesma praia, mas não é a mesma coisa, agora ao menos um dos 2203 eu sei que era completamente original, os 1959 sempre tinham algo diferente, nem que seja troca de capacitores por já ter estourado os originais, então não sei o quão perto ainda estão do som da época.

Como disse a excessão pra mim foi o Randy Rhoads, o amigo que tem ele, tem um 1959 reissue comprado em 2001 e um original de 1975, se vc jumpear certinho o original fica muito parecido com o RR, apesar do RR ter mais ganho, já o reissue tem uma diferença bem maior, não é algo que dê pra dizer que soa completamente diferente, mas pra mim o reissue tem mais agudos e médios, não é tão redondinho quanto 75. Não sei se o 75 dele é todo original, ele nunca abriu na minha frente e eu nem nunca pedi.

Outro fator comum na época é o povo manter o Bias do amp desregulado, sempre mais alto do que deveria pra forçar as válvulas de potência a distorcer mais.

Outra diferença que eu vejo dos Ponto a Ponto da época pros de hoje é que os antigos muitas vezes eram altamente zoados por dentro, já vi uns Fender Vintage que o cara que faz manutenção tem que ser um ninja só pra entender que diabo está ligado em que ali dentro. Marshall anterior ao 2203 só vi um e era relativamente normal.

O povo hoje as vezes se espanta pq os ponto a ponto atuais são montados em uma placa diferente, similar a de CI, mas não a mesma coisa. Inclusive meu JTM60 comparando com a placa de um JTM45 da linha reissue, isso fica claro, de igual só tem a cor e a organização mais "industrializada" dos componentes na placa.

Ismah
Veterano
# mai/15
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mas comparando com som de videos e audios da época dá pra tirar um puta som parecido tanto com o JTM45 1962 que é mais conhecido como Marshall Bluesbreaker, quanto com o 2245.

É fato que não existem 2 amps iguais, idênticos apenas: são parecidos - não iguais!

OBS.: a frase contém um erro (grifado), faltou um "não" - talvez pela hora...

o problema é que todos não soam próximos aos que eram na época - mesmo diferentes em algumas partes, como construção PTP etc.

Drinho
Veterano
# mai/15
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Meu jovem, recentemente fiz a busca do Marshall perfeito, pra você ter uma ideia o amplificador mais simples que testei foi o jcm 900 seguindo pela linha inteira dos grandes modelos sendo reissues e modernos. Todos, sem exceção e minha conclusão foi a seguinte. Vou comprar um Pedrone que eu ganho mais ou vou esperar baixar esse dólar pra ver se eu pego algum outro grande importado, eu como um grande entusiasta de marshalls entendo o que vc diz, não conheço as explicações técnicas pra isso mas também estou decepcionado pois estamos falando de aparelhos caros com o timbre realmente questionável.

Drinho
Veterano
# mai/15 · Editado por: Drinho
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Não acredito muito na tese do ponto a ponto,.pois o 2061x é ponto a ponto
e nem de longe eu gostei.

Del-Rei
Veterano
# mai/15
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Na minha opinião, baseada na minha tosca experiência, realmente acredito que atualmente seja difícil achar um Marshall moderno que soe como os antigos. Principalmente se considerarmos como referência sons gravados em CD/Disco, que sofreram sabe-se lá quantos tratamentos.

E isso me deixa muito triste também, porque sou um fã bizarro da sonoridade clássica da Marshall.
Considerando a falta de organização e necessidade de abaixar os custos, chutaria que a melhor saída seria mesmo cambar pra uma marca de boutique porque a sonoridade provavelmente vai ser mais próxima do que se quer.

Um aceno de longe!!!

nichendrix
Veterano
# mai/15
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Drinho
Vou comprar um Pedrone que eu ganho mais ou vou esperar baixar esse dólar pra ver se eu pego algum outro grande importado, eu como um grande entusiasta de marshalls entendo o que vc diz, não conheço as explicações técnicas pra isso mas também estou decepcionado pois estamos falando de aparelhos caros com o timbre realmente questionável.

Cara, o Pedrone faz amp melhor que todo mundo na Marshall junto!

Acho que isso é ainda mais foda aqui, que os preços são trocentas vezes mais altos. Eu particularmente nunca tive o que reclamar, meu JTM60 não era top de linha na época que comprei, foi bastante modificado, inclusive algumas modificações foram sugeridas pelo Pedrone. Hoje me dá o som que quero e sem ficar esquentando cabeça.

Eu pensaria num Friedman em algum ponto futuro, mas por enquanto não sinto necessidade, talvez porque o único som de Marshall que eu realmente curta são Clapton no John Mayall e no Cream e Hendrix. Existem outros sons de Marshall legal na praia de Hard Rock e Metal, mas na boa pra isso acho os Mesa Boogie com EL34 bem mais bacanas.

No fim fico com o JTM60 porque ele tem um som limpo que eu acho muito foda pra tocar jazz, não esses jazzão aveludade que virou padrão dos anos 60 em diante, mas o som mais a la Charlie Christian do final dos anos 30, começo dos 40, que é um limpo que dá um drivezinho quando a mão vai mais forte, pra isso ele tem o som perfeito.

Adoro o som do Jimmy Page com os Supro (praticamente todos os sons dele até o Physical Graphite) e foi o que me botou na corrida por amps de baixa wattagem, o que tem me trazido muito mais felicidade que os amps maiores que eu tenho.

Não acredito muito na tese do ponto a ponto,.pois o 2061x é ponto a ponto e nem de longe eu gostei.

Nem eu, pra mim isso é conversa pra boi dormir até que se prove o contrário, porque tipo o problema que teria em usar placa de CI é daquelas coisas que influi 0,00000000000001% que nem cachorro é capaz de perceber, mas que tem nego que diz que percebe e que vê uma diferença gritante.


Del-Rei
E isso me deixa muito triste também, porque sou um fã bizarro da sonoridade clássica da Marshall.
Considerando a falta de organização e necessidade de abaixar os custos, chutaria que a melhor saída seria mesmo cambar pra uma marca de boutique porque a sonoridade provavelmente vai ser mais próxima do que se quer.


Ou então prestigiar algum dos caras realmente fodas aqui no Brasil e que fazem com qualidade, como o Pedrone, o pessoal da Gato Preto, entre outros.

Ismah
Veterano
# mai/15
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Drinho
tese do ponto

Cara EU como técnico que tem às vezes meia hora pra achar um defeito no amp, sem esquema elétrico na mão e tempo pra pensar prefiro o ponto a ponto porque é mais fácil de ver pra onde se está indo (placa tenho que desmontar tudo).

É fato que a placa apresenta resistência mecânica menor, e elétrica maior que o PTP. Há certas teorias com base na questão de magnetismo gerado. Na prática, coisa pra ouvidos de morcego.

estamos falando de aparelhos caros com o timbre realmente questionável.
Não acredito muito na tese do ponto a ponto,.pois o 2061x é ponto a ponto e nem de longe eu gostei.

Não é porque vc não gostou que seja ruim, encare como diferente, e como parte do que vc não gosta/quer/precisa.

nichendrix

o Pedrone faz amp melhor que todo mundo na Marshall junto!

Porque faz com amor meu amigo, não por dinheiro. Pedrone não tem que dar produção. ;)

Del-Rei
Veterano
# mai/15
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nichendrix
Fala, Mr. Nichendrix!
Considerando os Friedman, acho que a tua praia seria apenas o Dirty Shirley, né? Porque o restante deles me parece ir numa onda bem Plexi, JCM, Hard Rock e High Gain. Qual o amp você tem interesse da Friedman?

Eu já tive um Pedrone Pegasus. Que aliás foi um dos primeiros modelos, diferente dos atuais. Apesar de um ótimo amp, na época não consegui domá-lo para soar como um JCM800, e nessa época eu estava usando um JCM800 combo, de 50W, pra gravar um EP da banda. Então pude comparar lado a lado.
Mas nunca toquei nesses modelos atuais do Pegasus, e acredito estarem bem fodas. Pelo menos é a impressão que tenho vendo vídeos no YouTube.

Hoje tenho um Micro800 que é a mesma proposta (JCM800 + Plexi), que curto o som, mas tenho usado pouco porque com ele preciso de um pedal para solos, o que tenho tentando evitar. O que uso mais atualmente é o Mark V:25, que em termos de timbre não é meu preferido (apesar de um puta timbre), mas em versatilidade ele é ótimo. Tem 2 canais, sendo cada canal com 3 modos, além de uma EQ extra que uso pra aumentar o volume pros solos. É isso tem me resolvido. Só guitarra, amp e foot. Sem pedais.
:)

Um aceno de longe!!!

Drinho
Veterano
# mai/15 · Editado por: Drinho
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Não é porque vc não gostou que seja ruim, encare como diferente, e como parte do que vc não gosta/quer/precisa
Eu não tenho como contra-argumentar isso, principalmente com você que disse que é técnico no assunto, eu não entendo absolutamente nada de desenvolvimento de aparelhos.

Eu sou guitarrista, e me considero extremamente honesto e transparente ao que ouço, tanto é que só acredito em comparativos em tempo real, no máximo com pouco espaço de tempo porque ouvido é um saco, ele te engana e você nem percebe, isso é uma coisa que quando passei a desenvolver me ajudou muito pois aprendi que uma fender de 20 mil pode realmente não ser tudo isso que falam quando você vai a fundo nas pesquisas e na busca do seu som, sei que isso está atrelado a questão do gosto pessoal (antes que você me lembre), mas o dia que encararmos esse assunto com o conceito de apenas diferente e nada mais perderemos todo o critério de seleção e aparelhos que tem o som inferior POR DEFINIÇÃO serão colocados no mesmo patamar de aparelhos com forte identidade sonora e quando eu digo definição eu digo que quem não enxerga vai aprender a enxergar um dia (assim como eu aprendi que uma fender de 20 mil não era tudo aquilo que eu pensava), eu acredito que por mais que existam N sons de guitarra, principalmente quando discutimos crunchs e distorções eu acho que ainda há um padrão comum para falarmos de som de guitarra. Padrão esse do tipo o som do angus young é um puta som de guitarra, não serve pra mim, mas é um puta som de guitarra. O som do john mayer é um puta som de guitarra, não serve pra mim, mas é um puta som de guitarra. O som do meu professor de guitarra não serve pra mim, mas é um puta som de guitarra.
Enfim, voltando ao handwired de 20w da marshall do qual estava falando, que deve custar em torno de 9 mil reais no mercado brasileiro, esse aparelho traz o conceito mais comum e simples da marshall, o som de marshall embora existem milhares de variações ele tem meio que uma cara, e essa cara se mostra ainda mais presente quando você testa acordes abertos, que é realmente o que a turma fazia no passado, você faz o que a turma fazia e tenta tocar direitinho que 9 em 10 vezes o que você quer ouvir costuma de fato aparecer.
E em paralelo tinha um Fargen 25w que é um amplificador no estilo marshall, e na hora de tocar no Fargen eu pensei... O diabos, eu to louco ou esse fargen soa mais marshall do que o marshall? Fiquei queto.
Depois de tocar nos dois, a sorte é que eu não estava sozinho, e o amigo que tava comigo perguntou pra mim, ou, você não achou o som do fargen mais marshall do que o marshall?
Ai eu pensei comigo, bem, talvez eu não esteja louco e de fato Fender, Gibson e Marshall não sirvam mais para 2015 como alguns grandes entendedores tem pregado por ai.....
Creio que o fator que justifica isso é a questão de serem empresas que se tornaram completos monstros do ramo, com uma demanda que deve ser fora do comum no mundo inteiro e todo glamour, qualidade de produção e desenvolvimento foi pras picas em nome das prospecções de venda....

No meu mundo nada técnico, mas de guitarrista e comprador de varejo só consigo enxergar isso.

nichendrix
Veterano
# mai/15
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Del-Rei
Eu já tive um Pedrone Pegasus. Que aliás foi um dos primeiros modelos, diferente dos atuais. Apesar de um ótimo amp, na época não consegui domá-lo para soar como um JCM800, e nessa época eu estava usando um JCM800 combo, de 50W, pra gravar um EP da banda. Então pude comparar lado a lado.

O Pegasus é na praia dos JCM? Pra mim que era na praia dos Soldano não?

No caso da Friedman eu iria ou de Small Box ou de Buxon Betty ou PT-20 ou o Dirty Shirley é uma opção que sempre achei interessante, mas como disse na praia dos JTM-45 a Marshall ainda entrega um amp relativamente fiel por um preço menor. Pode ser que se eu puder testar ou ao menos ver o som de um Dirty Shirley pessoalmente, eu mude de ideia, dos 4 que citei é o único que eu nunca vi na minha frente nem em loja.

No fim, não tenho um preferido na marca porque como disse, por mais que goste desse som de Marshall não é algo que eu ande pensando nos proximos 2 anos em ir atrás de nada nessa praia, na boa eu ando atrás é de um valvulado de 1W ou de 0,5W que seja legal, já que meu nenor hoje só vai até 2W.

Drinho

Fender, Gibson e Marshall até servem pra 2015, o problema é a diferença entre valor da marca e valor do produto. Você não paga 20mil numa Fender John Cruz porque ela é 10x melhor que uma Fender American Deluxe ou American Vintage, você paga pelos nomes Fender e John Cruz. O mesmo vale pras Gibson do Tom Murphy, você paga pelo nome do cara e não necessariamente porque ela é 10x melhor que uma Standard (embora pra mim as Tom Murphy estejam muito mais perto de valer o que valem do que as Fender Master Builder).

O problema é que você hoje em dia eles não tem mais o monopólio dos modelos deles, outras marcas e vários luthiers mais artesanais conseguem fabricar tão bem e não raro melhor que eles e também não raro por um valor mais em conta e quando mais caro, pelo menos mais realista em relação da qualidade do que é entregue.

Até aqui em Terra Brasillis tem caras como o Felipe e o Fabrício da Dunamiz Guitars que estão botando muita GIbson Tom Murphy no chinelo por um preço que é uma fração do preço de uma Standard por aqui.

Só que não dá pra tirar o merito dessas marcas, você compra uma Fender ou Gibson ou Marshall, você sabe o que esperar, tem uma consistência muito grande, atende as necessidades de uma gama maior de pessoas, o preço disso é ter um som que parece com que deveria ser mas não é. O cara que faz artesanalmente, faz o instrumento tunado pra um certo gosto ou público e as vezes até pra uma única pessoa, você não pega 2 instrumentos iguais, mas tem a certeza que é o som que aquele instrumento deveria ter.

Drinho
Veterano
# mai/15
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té aqui em Terra Brasillis tem caras como o Felipe e o Fabrício da Dunamiz Guitars que estão botando muita GIbson Tom Murphy

é, eu fui lá.... eles estão fazendo um trabalho muito legal....

Mas eu encomendei no Cassias....

goonies
Veterano
# mai/15
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nichendrix
Acho que você vai se frustrar muito atrás de um Marshall que soe como um antigo. Porque quase ninguém sabe como eles soavam, quase todos os sons que você ouve de Marshall antigo são de amps que foram modificados, alguns muito (como os do Hendrix, Page e do Randy Rhoads) outros nem tanto (como os do Clapton), por exemplo, quando a Marshall quis fazer uma reedição do JTM-45 100W pro aniversário de trocentos anos do modelo e do uso dele pelo Hendrix em algum festival dos anos 60, só acharam 2 amps no mundo inteiro que estavam iguais ao original, nem eles tinham o projeto original porque eles muitas vezes vendiam os amps já modificados no pedido, então eles não tinham idéia de qual dos projetos que eles tinham era o "stock". Um desses 2 amps rendeu 100mil dólares num leilão, e nunca nenhum famoso tocou nele.

E ainda ouvi falar que os resistores mudam a resistência com o tempo. Imagina um resistor de 1M depois de uns anos com valor alterado. Gera uma combinação totalmente única se pensar em todos os componentes.

Desisti de Marshall novo. Ou é vintage ou handmade.

Já viu esse maluco? SolloDalas

De tão obssecado pelos timbres do ACDC, ele recriou um efeito de compressor e boost que o Angus usou nos primeiros albuns e o black and black. O timbre do cara é muito fiel. Ele tem um canal no youtube. Ele usa Marshall e SG.

http://www.solodallas.com/the-schaffer-replica/

goonies
Veterano
# mai/15
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Del-Rei
Na minha opinião, baseada na minha tosca experiência, realmente acredito que atualmente seja difícil achar um Marshall moderno que soe como os antigos. Principalmente se considerarmos como referência sons gravados em CD/Disco, que sofreram sabe-se lá quantos tratamentos.

E isso me deixa muito triste também, porque sou um fã bizarro da sonoridade clássica da Marshall.
Considerando a falta de organização e necessidade de abaixar os custos, chutaria que a melhor saída seria mesmo cambar pra uma marca de boutique porque a sonoridade provavelmente vai ser mais próxima do que se quer.


VI vários videos da Friedman e gostei muito do browneye. Mas o preço é proibitivo.

R$21.405,72

http://dodoaudrin.com.br/amplificador-friedman-brown-eye-head/

Lelo Mig
Membro
# mai/15 · Editado por: Lelo Mig
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nichendrix
Ismah
Drinho
Del-Rei

Apenas um pitaco, um pouco fora do cerne da questão, mas para ilustrar...

Sejamos sinceros, timbre nunca foi o forte de um Marshall.Os Marshalls surgiram numa época e supriram, nela, um problema básico: Potência!

Numa época de microfonação complicada e ruim somado a grandes festivais ao ar livre, os Marshalls atenderam a necessidade por volume.

Então, mesmo os antigos, são amplis para poucos. Nunca ouvi um Marshall com bom timbre em volumes baixos ou normais.

Jimi Hendrix e Companhia dos Bem Lokos anos 70, gravavam em studio, com volumes absurdos! Por isso ficaram todos meio surdos.

Tive um Marshall Superlead JMP de 100W, 1975. O bicho era um vulcão, nunca consegui usar acima de 1/3 do volume. Nunca consegui domar seu timbre. Foi desenhado para tocar no talo e ensurdecer a galera... fora o fato de pesar mais que um elefante.

MMI
Veterano
# mai/15
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Drinho
nichendrix

Ai eu pensei comigo, bem, talvez eu não esteja louco e de fato Fender, Gibson e Marshall não sirvam mais para 2015 como alguns grandes entendedores tem pregado por ai.....

Acho que este é o ponto, é mais ou menos isso.

O negócio globalizou, entrou o politicamente correto, entrou um marketing forte e f... tudo. Essas empresas tem sim seu lugar e servem para muita coisa, mas não como muita gente sonha.

A China e outros países asiáticos entraram no jogo, não só isso, o mundo inteiro entrou no mercado consumidor e produtor. Essas empresas tem que produzir mais por menos. A Fender foi para o México, Japão, China, a Gibson mandou a Epi para a China. A Gibson tomou uma naba enorme com um processo de madeiras. E continua a pressão do mercado. Não dá mais para serem "a última bolacha do pacote".

O fato é que na década de 60, quando Clapton perdeu seus Marshall, foi atendido por Jim Marshall pessoalmente, este tentou refazer seus amps, tinha como atender pessoalmente e dar um cuidado todo especial, apesar de não ter conseguido satisfazer na época. Hoje fabricam na China, a Fender faz no México também, a coisa descentralizou muito. A marca ainda pesa muito, a Fender acaba de anunciar uma linha feita de barril de whiskey e o pessoal fica babando só porque é bonitinho e é Fender, sem ter outros atrativos (pelo menos anunciados não). Aquele cuidado especial, cuidado um a um, capricho, não dá para ter mais. Mesmo na Custom Shop da Gibson ou da Fender, não dá para ter os cuidados que, por exemplo, a Dunamiz pode dar. Digo a Dunamiz, mas podia ser a Two Rock, Nash, Victoria, Friedman etc.

MMI
Veterano
# mai/15
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goonies

VI vários videos da Friedman e gostei muito do browneye. Mas o preço é proibitivo.
R$21.405,72


Huahuahuahuahua

Dodô é um fanfarrão.

Ismah
Veterano
# mai/15
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Drinho

Sobre perdermos o conceito de qualidade... Cara eu não gosto de Marshall, mas com certeza total, o som do rock é baseado 80% em HB e Marshall. Aí entra o que vc disse.

Creio que o fator que justifica isso é a questão de serem empresas que se tornaram completos monstros do ramo, com uma demanda que deve ser fora do comum no mundo inteiro e todo glamour, qualidade de produção e desenvolvimento foi pras picas em nome das prospecções de venda....

Concordo novamente, a alta demanda faz cair a qualidade - foi o que falei sobre o Pedrone: ele não precisa dar produção.

Lelo Mig
Os Marshalls surgiram numa época e supriram, nela, um problema básico: Potência!

É verdade, o som clássico Marshall, aparece beirando a capacidade máxima. O fender já soa melhor apenas perto do limite.

nichendrix
Veterano
# mai/15
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Ismah
É verdade, o som clássico Marshall, aparece beirando a capacidade máxima. O fender já soa melhor apenas perto do limite.

Aí vai de gosto, pra mim som de Fender mesmo só sai com ele no talo e o pot de volume da guitarra mais baixo... kkkkk

Soultunes
Membro
# mai/15
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Bogner, suhr, friedman, germino, cornell, aiken, soultone, metroamp, voodoo amps, splaw, fargen, sao alguns builders que lembrei de cabeca agora.

Gosto muito do aiken, soultone e metroamp, sao tres pesquisadores , por falta de palavra melhor pra definir a paixao dos caras pelo mundo marshall.

Soultunes
Membro
# mai/15
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Tem um na argentina que vem fazendo uns legais tambem, eh argie amps.

Ismah
Veterano
# mai/15 · Editado por: Ismah
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nichendrix
no talo e o pot de volume da guitarra mais baixo

"perto do limite/talo"

Del-Rei
Veterano
# mai/15
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nichendrix
Não, o Pegasus original é JCM800 e Plexi. Atualmente o Pedrone lançou um switch pra um dos canais ter uma mod AFD, ou seja, bem Slash mesmo. Esse PT20 me cairia bem, pelo tamanho e potência, mas um canal só me quebra. O Small Box pode me servir. Um Small Box branco... Deve ser lindo.

goonies
Sem comentários. Esse Dodo é sem noção alguma dos preços... Mas deve ter gente pagando....

Lelo Mig
Cara, eu até já ouvi um Marshall que me agradou bastante. Foi justamente o que citei lá em cima, um JCM800 antigo, combo de 50W. Até hoje tento barganhar esse amp com o dono, que é um camarada meu que tem um estúdio aqui no Rio. Fora isso, não tenho ouvido mta coisa interessante mesmo não...

Um aceno de longe!!!

Drinho
Veterano
# mai/15 · Editado por: Drinho
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VI vários videos da Friedman e gostei muito do browneye. Mas o preço é proibitivo.

R$21.405,72


Isso aí deve ser nervoso, mas não é pra minha laia kkk
Mas num tá puxado não? lá na gringolandia é uns 3800 dolares esse trem aí....

tão exagerando.....

Lelo Mig

Então na verdade eu não sou um cara muito vintage freak, embora eu goste pra caramba de alguns sons no estilo antigo e até me meta a besta de tentar tirar uma onda as vezes.
Meu negócio é malmsteen, van halen, extreme, mr big e por aí vai, antigamente pegava um marshall e o negócio descia redondo, achava um puta som dentro do mundo sonoro que tava buscando, eu ouvia o que eu queria, parecia que casava com a minha forma de tocar e etc, se fosse um marshall com menos distorção o pedal resolvia, e se fosse um marshall com muita distorção também achava lá o som e tava tudo certo, só que não sei que diabos aconteceu que quando fui bater o martelo num marshall e eu tava disposto a investir eles não me receberam bem como me recebiam anteriormante.....

Ai o negócio ficou pessoal!
kkkk

Mas assim, se formos discutir o mundo elegante dos timbres, de tudo que eu já toquei na vida foi o two rock pra mim, a alegria na hora de ligar e tristeza de ouvir que um cabeçote de 22watts custava 24 mil reais.

MMI
É o negócio é aproveitar enquanto a turma tem menos clientes....

nichendrix
Veterano
# mai/15
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Del-Rei
Esse PT20 me cairia bem, pelo tamanho e potência, mas um canal só me quebra. O Small Box pode me servir. Um Small Box branco... Deve ser lindo.

Bah, 2 Keeley Katana Boost e vc tem um amp de 3 canais, eu já fiz isso até com o Picovalve no modo de 2W... kkkkk

Não, o Pegasus original é JCM800 e Plexi. Atualmente o Pedrone lançou um switch pra um dos canais ter uma mod AFD, ou seja, bem Slash mesmo.

Que onda, teve uma época que quase todos os amps dele eram basicamente variações dos SLO.

Drinho
Isso aí deve ser nervoso, mas não é pra minha laia kkk
Mas num tá puxado não? lá na gringolandia é uns 3800 dolares esse trem aí....
tão exagerando.....


E bota exagerando, negada aqui é pior que o BOPE, faca na caveira.

Del-Rei
Veterano
# mai/15
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nichendrix
Pois é, ando pensando sobre isso.
Meu objetivo é um amp que por si só me atenda, e por enquanto o Mark V:25 tem feito isso. Se usar amp de um cana só, tenho que usar no mínimo pedal de boost no loop, porque no input não dá volume suficiente pra destacar solo com outra guitarra e baterista metendo o pau. Aí, penso que se for usar pedal, vale aproveitar e colocar logo mais um delay junto no loop e o wah no input. É nisso já foram pelo menos 4 cabos, pra conectar tudo... Rs. E mais tralha pra carregar nos shows, Rsrs. Isso definitivamente cansa, hehe.

Um tempo atrás andei trocando umas ideias com a Friedman sobre os amps, tentei ver se eles faziam algum tipo de mod no PT pra adicionar mais um canal ou ao menos um boost... Não rolou, rs... O que melhor me atenderia nesse caso seria o Small Box.

Um aceno de longe!!!

makumbator
Moderador
# mai/15
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nichendrix
E bota exagerando, negada aqui é pior que o BOPE, faca na caveira.

faca na caveira e nada na carteira (do cliente, depois que comprou o amp! Hahah!)

nichendrix
Veterano
# mai/15
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Del-Rei

Cara, pois eu prefiro um amp pequeno, fácil de carregar e mais cabos do que um amp maior, pesado que dá muito trabalho. E eu botaria um boost na frente e um EQ ou Mid/Treble-Boost no loop.

Meus set ups sempre foram meio fixos, então basicamente eu ligava 2 cabos, se muito 4 (quando alguma coisa ia pro loop), até o eq do amp raramente eu mexia.

Hoje em dia quase não uso nada, apesar que da ultima vez que contei tinha perto de 40 pedais que raramente uso, os únicos que se mudam comigo toda vez que mudo de cidade são o Deja-Vibe, o Katana Boost e um EQ-7 da Boss, dos amps só o Picovalve muda comigo, das guitarras só as Gibson 335 e a 135. Os outros amps, pedais e guitarras estão todos guardados numa gaveta na minha salinha de tocar na casa dos meus pais. E eu só vejo no final do ano quando vou lá visitar.

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