Autor |
Mensagem |
Zwipek Membro Novato |
# nov/21 · Editado por: Zwipek
Olá.
Surgiu uma dǘvida por aqui e gostaria de saber se vocês podem ajudar. é comum encontrar cifras de músicas populares pela internet onde ninguém se incomoda de colocar A, Ab e se duvidar até um A# na mesma música.
Mas o foco da minha dúvida não é criticar ou desprezar as pessoas que gratuitamente colocam esse material online. Mas a verdade é que o cromatismo no solfejo é uma coisa delicada.
Gosto de usar cromatismos além da blue note, acho que enriquece a música dependendo do contexto. Porém, na hora de partir para notação, como não tenho software de apoio à composição nesse momento, entro em conflito tentando entender se estou desrespeitando a música ao colocar um trecho de Lá, Lá Sustenido, Sol, Sol Sustenido e Fá.
A noção intervalar fica toda esquisita, por falta de palavra melhor para definir e se puderem dar a opinião de vocês acho que pode enriquecer o estudo de quem tem esse tipo de dúvida.
Sempre assisti aulas e professores cansando de dizer que não existe duas notas iguais no mesmo campo harmônico, mas fico pensando nas músicas que adotam esse tipo de adorno e realmente não encontro resposta.
Em contrapartida dou uma olhadinha em uma partitura do Vivaldi ou do Mozart e a própria partitura é uma arte por si só.
Já a música popular é realmente um universo a parte, parece que não é mesmo necessário entender o que está sendo feito, desde que soe bem. O que, por sinal, não repudio. Mas cabe reflexão, certamente.
Resumo: como não errar na notação, seja na cifra ou no clássico solfejo, ao abordar cromatismos em composições? Estou quase abandonando os cromatismos e evitando sair dos modos, preciso realmente resolver essa questão!
|
Schelb Veterano |
# nov/21 · Editado por: Schelb
· votar
Rapaz, tema polêmico e sem respostas definidas. Existem algumas regras e o bom senso, mas varia de autor pra autor e até pra cada músico. Tem alguns tópicos aqui no fórum sobre o assunto se você usar a ferramenta de pesquisa, onde o pessoal deu várias opiniões interessantes que eu recomendo você procurar. Eu particularmente acho importante seguir um sentido teórico sempre que possível e quando não da, primar pela facilidade de leitura. Pra cromatismos existem regras do tipo: usar sustenidos quando a linha é ascendente e bemóis quando a linha é descendente. Na minha visão, tentar respeitar a teoria facilita na compreensão do que está sendo registrado, como por exemplo quando se pensa em graus de um campo harmônico. Por outro lado, usar notas como Dó bemol pra seguir a teoria a risca pode ser bom pra estudo e análise harmônica mas péssimo pra uma partitura ou cifra onde você precise identificar rápido o que você está lendo.
Edit: Olha aqui um tópico sobre isso desses dias mesmo: https://forum.cifraclub.com.br/forum/9/340129/
|
Lelo Mig Membro
|
# nov/21 · Editado por: Lelo Mig
· votar
Não leio partituras (a nível minimamente aceitável) então uso somente a regra: sustenido para notas ascendentes e bemois para descendentes quando preciso escrever um trecho qualquer. O mesmo vale para harmonia. No entanto, principalmente acordes, não irei grafar um Si como Dó Bemol de forma alguma. Viso sempre a facilidade da compreensão.
No meu caso, simples, não vejo a menor necessidade de ir além disso, não sou maestro nem músico de orquestra. Não terá efeito prático algum.
|
Insufferable Bear Membro |
# nov/21
· votar
tem mais outro tópico sobre isso: https://forum.cifraclub.com.br/forum/9/339984/
resumindo... se as regras normais que já comentaram aí não se aplicam (sustenido pra cromatismo ascendente, bemol pra descendente, notas corretas para os acordes, e.g., C# maior é C#-E#-G#, não C#-F-G#), lembre-se de que você está escrevendo pra alguém ler, então escreva da forma que facilite a leitura.
|