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Epic Fingerstyle Membro Novato |
# fev/21 · Editado por: Epic Fingerstyle
Fala galera, Resolvi criar esse post, pois: Procurando por palavras chaves contendo "teoria musical", obtive bastante resultados aqui no Fórum. No entanto, a maioria dos posts e links contidos nos mesmos, são, em maior parte, antigos (uns 10 anos atrás ou mais, com muitos links que hoje já não funcionam).
Por isso, para facilitar o pessoal que está começando a usar aqui mais recentemente, crio esse post com o intuito de servir como um tópico atualizado dos links sobre teoria musical.
Espero que isso sirva bem :)
* Também estou buscando por sites/livros que fale de teoria musical.
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AleHeus Membro Novato |
# fev/21 · Editado por: AleHeus
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Cara, uma coisa que não existia antigamente mas hoje é uma mão na roda, é a Udemy.
Lá tem diversos professores e uma variedade grande de cursos sobre tudo quanto é assunto. Dá uma olhada lá que tenho certeza que você vai encontrar o que procura.
E dica: Fica esperto que eles estão sempre fazendo umas promoções de cursos por aproximadamente uns 22,90 ~ 29,90 ou preços próximos com esses.
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Juquinhaa Membro Novato |
# fev/21
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alguém ai manja de harmonia negativa?
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Ripadorde Membro Novato |
# mar/21
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AleHeus Essa dica aí muita gente vai ignorar! A pessoa prefere perder tempo procurando o pdf pirata do que comprar algo original!
Juquinhaa Youtube tem MUITO vídeo sobre isso! Inclusive em português!
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Ken Himura Veterano |
# mar/21
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Epic Fingerstyle Também estou buscando por sites/livros que fale de teoria musical. Em português, a oferta de material é menor; entretanto, existem materiais de qualidade altíssima.
Temos: * Bohumil Med (ele dever ter uns 5 ou 6 só de teoria e solfejo); * Pozzoli - diversos métodos de teoria e solfejo traduzidos. Acho que são 4 volumes a coleção original; * José Eduardo Gramani - Rítmica, só de estudos sobre ritmo, métrica, hipermétrica e divisões de tempo (o melhor método focado em ritmo que eu conheço); * Carlos Almada - Harmonia Funcional, Arranjo e Contraponto em música popular. Livros imprescindíveis para quem quer trabalhar ou entender algo sobre harmonia, forma e estruturação com foco na música popular. Ele está escrevendo outro neste momento, mas só vou falar quando lançar pra não zicar; * Lívio Tragtenberg - Contraponto - Uma Arte de Compor; * H.J. Koellreutter - lançou muita coisa. Eu gosto do Harmonia Funcional e do Contraponto modal do século XVI; * Osvaldo Lacerda - parecido com o Bohumil, tem livros de solfejo e de teoria; * Roy Bennett - a Zahar lançou traduções de todos os seus livros, vale à pena conferir todos. São voltados para iniciantes. O Uma Breve História da Música é adotado como livro de apoio em vários cursos; * Antonio Adolfo - Música: Leitura, Conceitos, Exercícios, livro interessante que aborda o currículo básico inteiro de teoria musical. Lida com regras de notação, harmonia tonal, transposição e instrumentos transpositores, modos, cifragem em números romanos etc. * J. N. Straus - Introdução à Teoria Pós-Tonal. É a tradução oficial em português do principal manual de ensino da música de final do século XIX em diante. Atualmente, tem sido adotado como parte do currículo básico de teoria musical no ensino superior, principalmente em composição e regência. Tem como pré-requisito conhecimento de teoria até as práticas do Romantismo, harmonia tonal e um básico de contraponto; * Schoenberg - tem três manuais traduzidos para o português. O mais importante é o Harmonia, um dos melhores e mais densos livros de harmonia tonal já escritos. Os outros dois, Funções Estruturais da Harmonia e Exercícios Preliminares em Contraponto são excelentes também; * Guerra-Peixe - Melos e Harmonia Acústica. Escrita um pouco prolixa e difícil de entender às vezes, mas o manual é sensacional para compositores. * Almir Schediak - tem alguns livros de teoria. Não concordo com algumas definições de conceitos dele, mas são bem escritos; * Ian Guest - Harmonia - Método Prático. Acabou de lançar (acho que em 2019) o volume 3. É um livro interessante, com bastante coisa, mas meio confuso em algumas partes. Não estudaria ele sozinho como manual de harmonia. * José Paulo Silva - ele foi professor livre-docente de harmonia, contraponto e fuga na Escola de Música da UFRJ desde os anos de 1920. Tem três manuais bons Manual de Harmonia (de 1932); Curso de Contraponto (1933) e Manual de Fuga (1935), mas infelizmente são difíceis de achar hoje em dia.
Fiz só um recorte, mas tem bem mais coisa. Entretanto, quando mudamos para o inglês, a coisa muda totalmente de figura - existem muito mais opções de títulos nesta língua e, infelizmente, há alguns campos de estudo da teoria músical (orquestração, por exemplo) que não tem manuais em português. Em inglês, vale a pena conferir os autores: Samuel Adler, J. N. Straus, Alfred Blatter, David Kopp, Fred Lerdahl, Richard Cohn, Jason Yust, Dmitri Tymoczko, Godfried Toussaint, David Lewin, Alan Belkin, Kent Kennan, Carl Schachter, Edward Aldwell (que junto do Schachter escreveu um puta manual de harmonia, dos melhores já escritos), H. Schenker, William Caplin, Alfred Mann, Stefan Kostka, Felix Salzer, Wallace Berry, Walter Piston, N. Rimsky-Korsarkov etc etc.
Em francês, os manuais de harmonia e de contraponto (Dubois e Gedalge, por exemplo) são de altíssimo nível, e exigem que você toque (e improvise) os exemplos. Principalmente a quatro vozes. Em russo existem muitos materiais de harmonia com ideias diferentes baseadas nas práticas de compositores russos da virada do século XIX pra XX, mas infelizmente só tem em russo (pelo menos, só achei em russo).
AleHeus (...) mas hoje é uma mão na roda, é a Udemy Infelizmente não para teoria musical. O que tem lá é de baixíssimo nível, diversas informações erradas passadas como verdades absolutas e aqueles problemas de sempre (tipo guitarrista querendo falar de harmonia no YouTube; 99% das vezes é abobrinha).
Eu comprei alguns cursos de artes visuais no Udemy, e poxa, bastante material de alto nível. Uma vergonha quando compara com os de teoria musical. Os de instrumento não sei como estão, mas tem uma ou outra coisa interessante no Hotmart.
Juquinhaa alguém ai manja de harmonia negativa? Nome enfeitado para harmonia em eixos, ou axial, ou por simetria axial de inversão. Foi uma prática comum no início do século XX (compositores como Bartók, Milhaud e Villa Lobos, por exemplo). O termo surgiu no livro do Ernst Levy (A Theory of Harmony), mas não é um livro muito claro ("confuso pra caralho" seria um termo melhor) nas explicações, apesar de ser calcado no dualismo tonal alemão do fim do século XIX, possivelmente influência do trabalho de Hugo Riemann. O livro do Straus que citei acima lida um pouco com harmonia axial, mas por outro prisma.
Mas sinceramente, não vale à pena buscar no Levy, muito menos na loucura que isso virou na internet (com mil hipóteses loucas de nego tentando reinventar a roda). Pra trabalhar com transformações em eixos assim, melhor cair de cabeça na teoria neorriemaniana e ser feliz. As transformações (pelo menos as básicas) são mais simples e mais inteligíveis, bem mais fáceis de reconhecer. O Richard Cohn tem um artigo de introdução à NR (Introduction to Neo-Riemannian Theory: A Survey and Historical Perspective. O David Kopp tem um livro introdutório também, Chromatic Transformations in Nineteenth-Century Music. São leituras densas, mas sabendo harmonia (pelo menos triádica) dá pra catar uns lances aqui e ali.
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Juquinhaa Membro Novato |
# mar/21
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Juquinhaa alguém ai manja de harmonia negativa? Nome enfeitado para harmonia em eixos, ou axial, ou por simetria axial de inversão. Foi uma prática comum no início do século XX (compositores como Bartók, Milhaud e Villa Lobos, por exemplo). O termo surgiu no livro do Ernst Levy (A Theory of Harmony), mas não é um livro muito claro ("confuso pra caralho" seria um termo melhor) nas explicações, apesar de ser calcado no dualismo tonal alemão do fim do século XIX, possivelmente influência do trabalho de Hugo Riemann. O livro do Straus que citei acima lida um pouco com harmonia axial, mas por outro prisma.
Mas sinceramente, não vale à pena buscar no Levy, muito menos na loucura que isso virou na internet (com mil hipóteses loucas de nego tentando reinventar a roda). Pra trabalhar com transformações em eixos assim, melhor cair de cabeça na teoria neorriemaniana e ser feliz. As transformações (pelo menos as básicas) são mais simples e mais inteligíveis, bem mais fáceis de reconhecer. O Richard Cohn tem um artigo de introdução à NR (Introduction to Neo-Riemannian Theory: A Survey and Historical Perspective. O David Kopp tem um livro introdutório também, Chromatic Transformations in Nineteenth-Century Music. São leituras densas, mas sabendo harmonia (pelo menos triádica) dá pra catar uns lances aqui e ali.
parece ser uma utilidade como substituição pra alguns acordes.. pelo que entendi da pra substituir um G7 por Fm6 por exemplo
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Ken Himura Veterano |
# mar/21
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Juquinhaa Vai depender apenas do eixo que você utilizar como referência. O Jacob Collier usa muito o eixo de 5a Justa. Mas você pode usar qualquer eixo para servir de referência de simetria inversional - alturas isoladas, classes de alturas ou intervalos.
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Juquinhaa Membro Novato |
# mar/21
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Juquinhaa Vai depender apenas do eixo que você utilizar como referência. O Jacob Collier usa muito o eixo de 5a Justa. Mas você pode usar qualquer eixo para servir de referência de simetria inversional - alturas isoladas, classes de alturas ou intervalos. é uma pira muito doida, mas eu tava pensando aqui que os acordes que tu vai trazer da harmonia invertida provavelmente estão na escala homônima
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Ken Himura Veterano |
# mar/21
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Juquinhaa mas eu tava pensando aqui que os acordes que tu vai trazer da harmonia invertida provavelmente estão na escala homônima Não funciona assim.
Essa simetria parte do princípio da dualidade - inverter um acorde maior transforma em menor e vice-versa. Usar um eixo específico monta acordes simétricos, mas deslocar ou deformar o eixo muda a configuração de simetria. Pra atingir acordes da tonalidade homônima, o eixo tem que ser pensado para permitir isto. Aqui tem um exemplo básico (http://openmusictheory.com/symmetryAndCentricity.html).
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Ripadorde Membro Novato |
# mar/21
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Juquinhaa
Tem mais no canal dele!
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Ken Himura Veterano |
# mar/21
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Ripadorde Juquinhaa Tem mais no canal dele! Exatamente o que foi discutido ali em cima: inversão no eixo de 5a justa, com o centro tonal no eixo. Troquem o eixo pra outro, sem mover o centro junto e façam experiências.
O eixo de simetria natural da escala em 12 divisões iguais é o trítono 0-6 (Dó-Fá#). Já criei muita coisa com esse eixo (sem centralizar em Dó nem em Fá#) e uma transposição dele, 1-7 (Dó#-Sol). Outra coisa muito legal desta prática é a modulação de eixos: assim como você pode modular para outra tonalidade, você pode modular para outro eixo sem trocar o centro tonal. Vai levar a acordes cada vez mais distantes.
O problema é que pensar em eixos o tempo inteiro é trabalhoso. O grande macete dessa parada é lidar com operações que transformam os acordes, nisso entra a teoria neorriemaniana. 3 operações básicas é tudo o que você precisa saber (num contexto de tríades):
- P (paralelo/homônimo): troca o acorde pelo homônimo. Ex: C -> Cm; Fm -> F. Ou seja, você só altera a 3a do acorde em 1 semitom; - R (relativo): troca o acorde pelo relativo. Ex: C -> Am; Fm -> Ab. Ou seja, você só altera a 5a do acorde maior ou Fund. do acorde menor em 1 tom; - L (lateral): troca o acorde pelo antirrelativo. Ex: C -> Em; Fm -> Db. Ou seja, você só altera a 5a do acorde menor ou Fund. do acorde maior em 1 semitom;
Todos os acordes (tríades) tonais são separados por combinações com no máximo 3 dessas operações aí.
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daimon blackfire Membro Novato |
# mar/21
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Tem algum canal de youtube / podcast que trate sobre teoria musical de um jeito mais didático? Pode ser em português, espanhol ou inglês. Quero me aprofundar mais nas teorias mas os livros não são nada de boa pra ler com leitors de tela.
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