O conceito de "banda" está acabando?

Autor Mensagem
Casper
Veterano
# mar/19
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Mesmo algumas bandas não são bandas
no sentido literal. Por exemplo o NIN. É um
projeto pessoal do Trent Reznor, que
manda e desmanda nos músicos contratados.

entamoeba
Membro Novato
# mar/19
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Onde houver uma bunda, haverá duas bandas.

TendTudo
Membro Novato
# mar/19
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Onde houver sucrilhos e video game haverá banda larga

Luiz_RibeiroSP
Veterano
# mar/19 · Editado por: Luiz_RibeiroSP
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Eu sou da época que se trocava sítio por telefone, o bonde do tempo me atropelou ja, não sei prever nada. Mas o pior é quem nem sei como ta o cenário, vejo uns festivais de bandas por ai, aquele negocio de 20 reais, 7 bandas de garagem em um palco escuro e cheio de mofo.
Mercado acho que tende a ficar cheiro de produtos e até artistas que não existem., baratos, consumo em massa. "McMusic ".


https://www.musicbusinessworldwide.com/spotify-denies-its-playlisting- fake-artists-so-why-are-all-these-fake-artists-on-its-playlists/

renatocaster
Moderador
# mar/19
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MMI

Renatão... A verdade é que o mundo mudou de uma forma radical. Muitos aqui vão se lembrar de um tempo que o telefone fixo era quase um luxo, caro

Lembro, era caro e escasso. Meu pai ficou anos numa fila de espera da extinta TELERJ para conseguir uma linha telefônica. Era como um bem, ele declarava no imposto de renda e tudo. Mas gente ficou nessa situação por pouco tempo, pq logo depois que ele conseguiu a linha, houve a privatização.

Hoje existe um convívio bem impessoal, vide este fórum mesmo, que a gente conversa com gente que nunca vai ver na frente, escondido atrás de um nick...

É verdade, mas eu até que consegui conhecer alguns daqui pessoalmente, e tem tantos outros que eu ainda gostaria. Vc, inclusive, é um deles. Acredito que qualquer hora dessas a gente se esbarra por aí ;)

Sobre os seus relatos, a questão que seja mais sintomática para estas mudanças que vem ocorrendo ao longo dos últimos anos é a "individualização" da música. É como vc disse, a gente abre o Youtube e encontra uma porrada de músicos incríveis. Ou seja, continua surgindo músicos, mas a vibe agora é outra.

Acho que o garoto que tá começando a tocar guitarra agora não tem mais tanto aquele "tesão" de formar uma banda e nem alimenta o sonho de se tornar um rockstar. Os objetivos e público alvo são diferentes, a priori o que ele quer é ver seus vídeos bombando no Youtube e nas mídias socais. É gente que fica "famosa", ganha uma $$$, sem que talvez nunca tenha feito um show na vida ou entrado em um estúdio.

Ismah
Veterano
# mar/19
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Não só a vibe, mas também a forma de consumo... Uma banda, é economicamente cara, em vários sentidos...
Não sei aí, mas no geral, uma banda sem nome na praça, tem que se virar bem para arrancar um cachê de 2 000... Descontado o gasto em logística suposto de uns 500 pila, se for pra dividir em 5, sobra 300 pila... Do outro lado, um acústico voz e viola bem pago, sai pelo menos uns 400~500... E o cabrón fica com tudo para si...
Evidentemente, estou chutando valores para cima... Um bar underground, que é maioria, se muito paga 600 pila... Estou falando de casa classe A, que tem uma noite pop rock... Em toda capital, eu conheço umas 5 casas assim, evidentemente inviável querer tocar SÓ nessas casas... Ainda tem o pequeno detalhe de ENTRAR nessas casas... A maioria, tem algumas bandas "da casa", e é muito raro abrir portas para outras...

Dudelino
Membro Novato
# mar/19
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Não só a vibe, mas também a forma de consumo... Uma banda, é economicamente cara, em vários sentidos...
Não sei aí, mas no geral, uma banda sem nome na praça, tem que se virar bem para arrancar um cachê de 2 000... Descontado o gasto em logística suposto de uns 500 pila, se for pra dividir em 5, sobra 300 pila... Do outro lado, um acústico voz e viola bem pago, sai pelo menos uns 400~500... E o cabrón fica com tudo para si...
Evidentemente, estou chutando valores para cima... Um bar underground, que é maioria, se muito paga 600 pila... Estou falando de casa classe A, que tem uma noite pop rock... Em toda capital, eu conheço umas 5 casas assim, evidentemente inviável querer tocar SÓ nessas casas... Ainda tem o pequeno detalhe de ENTRAR nessas casas... A maioria, tem algumas bandas "da casa", e é muito raro abrir portas para outras...



Acabou de citar a minha vida. Concordo 100% em tudo.


sem que talvez nunca tenha feito um show na vida ou entrado em um estúdio.

A questão é, pra show ser legal, tem que ter uma produção GIGANTESCA ou uma criatividade imensa. Uma noite/balada aleatória cumpre esse objetivo muito mais facilmente.

Lelo Mig
Membro
# mar/19 · Editado por: Lelo Mig
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Esses sintomas são apenas espasmos de um corpo agonizando.

A música, enquanto arte, está morta.

TendTudo
Membro Novato
# mar/19
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Lelo Mig
Tu é que é exibido.

Ismah
Veterano
# mar/19
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Dudelino
A questão é, pra show ser legal, tem que ter uma produção GIGANTESCA ou uma criatividade imensa. Uma noite/balada aleatória cumpre esse objetivo muito mais facilmente.

Não vejo assim. Tenho trabalhado com um set compacto em alguns shows paralelos...

Usam bumbo, caixa, hat, e condução. Um Doctor Z Lunch Box, e um Meteoro antigo, 1x12", para o baixo. Violão em linha. Tudo cabe no porta-malas da caminhonete do canário...

JJJ
Veterano
# mar/19
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Concordo com o Odion, Lelo! Tá dizendo que a música morreu
só porque você parou de tocar... Seu exibido! kkkkkkk

TendTudo
Membro Novato
# mar/19
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JJJ
Pior que é isso mesmo que eu quis dizer
Kkk

renatocaster
Moderador
# mar/19
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Ismah

Ainda tem o pequeno detalhe de ENTRAR nessas casas... A maioria, tem algumas bandas "da casa", e é muito raro abrir portas para outras...

Pois é, e isso ainda ocorre com muita frequência. Até mesmo em locais de porte bem pequeno.

TendTudo
Membro Novato
# mar/19
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O negócio é tocar na zona.
Piriplimplim Rock e GP

Ismah
Veterano
# mar/19
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renatocaster

E faz certo sentido! Se as bandas, são boas, e nenhuma apresenta nada de diferente, por que arriscar?

renatocaster
Moderador
# mar/19
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Ismah

E faz certo sentido! Se as bandas, são boas, e nenhuma apresenta nada de diferente, por que arriscar?

Bom, aí vai depender da "temática" que o estabelecimento pratica e o tipo de público que ele recebe por conta disso. Entendo que ter uma ou duas bandas fixas dando suporte à casa é ok, mas não dar espaço para outras bandas pode se tornar enfadonha a presença no local por parte dos frequentadores.

killeryoda
Membro
# mar/19
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há um tempo atras eu queria montar uma banda, eu basicamente toco 8 instrumentos mas queria parceiros por causa do fluxo de ideias, mas desisti, quando eu tinha meus 15 anos (2012) as bandas de ensino médio eram a imagem de crianças fracassadas com brinquedos caros, hoje em dia observando algumas crianças com o qual tenho contato (não sou velho e tenho amigos dessa idade) eu vejo dois grupos: crianças que nem sabem o que significa uma banda e crianças que preferem ouvir seu youtuber predileto tocando. o que eu fiz? bom, baixei o fruity loops e estou me aventurando, depois disso vi um anuncio no olx e tenho contato com esse pessoal da banda em segundo plano, alguns desses amigos de 17 anos querem montar uma banda, mas começaram a aprender a tocar agora, vejo que se não virarem punks vão perder a vontade quando verem o quanto isso pode ser cansativo

Ismah
Veterano
# mar/19
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renatocaster

Evidentemente! Há vários poréns, entre eles o repertório... Aqui no sul, só tem funcionado BEM MESMO rock gaúcho, seguido de rock nacional. Na capital e grandes centros é que o cover internacional...
Um dos casos, é a extinta Dublin, na Pe Chagas. Meia quadra do Sheraton. Tocamos VÁRIAS vezes em alguns meses... Tirando umas 10 pessoas, que vinham pela banda, nunca vi mais de uma vez a mesma pessoa lá... Era uma casa para turistas (ricos), e alguns locais mais afortunados. Mesmo assim, os moradores locais fãs de rock, todos frequentam o outro lado da cidade, no bairro Cidade Baixa.
Esse tem sofrido com ondas de violência a anos, ninguém que eu conheça é muito animado em tocar lá... E com isso, o movimento caiu... Foi notícia no telejornal local, que "vão ser tomadas providências, com caráter urgente"...

É uma coisa mais comum, do que pareça talvez... O público em grandes capitais é muitíssimo variado... E na prática, se a banda é cover, tanto faz quem puxa, o repertório não é tão variado... Tributos específicos tem surgido, mas aí pode ser toda a semana a mesma banda...

Não é desprezo Renatão, nossotros temos que admitir e encarar: música é pano de fundo pra pegação, tanto faz se é popnejo latino ou death metal... Já observei várias vezes, a banda que faz a galera subir na mesa, é uma ou outra ainda... E quem faz isso, pode incendiar o bar, que eles não se importam...

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