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Ramsay Veterano |
# jun/18
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Gostei do clip de Sultains of Swing, é a única coisa que vale a pena comentar. Mas, a menina tem uma voz bem comum e nunca seria uma cantora de sucesso. Quanto ao Metal, pelo menos pra mim, é eterno e tem um monte de bandas boas fazendo o gênero, tipo Avenged Sevenfold, Lamb of Gold, etc.
E a maior prova de que o Metal está longe de terminar é a quantidade de bandas que existem nos USA. Se são boas ou não é outra história, mas, o Metal está lá está vívido e forte: https://www.loudersound.com/features/18-bands-taking-metal-forward-in- 2018
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Julia Hardy Veterano |
# jun/18
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Quem diz que esse ou aquele estilo morreu são os modinhas que dependiam da mtv e/ou das jovens pan da vida pra conhecer as coisas. Quem se interessa pelo negócio, está bem servido.
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entamoeba Membro Novato |
# jun/18
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BrotherCrow Tem espaço pra isso e, mais importante, dá pra fazer música boa ironizando a pose do metal.
Difícil encontrar alguém capaz de fazer isso com inteligência.
Buja O mundo todo curte uma zueira...
Confesso que nunca entendi muito bem essa "geração zoeira". Aliás, acho que talvez seja essa a chave do tópico.
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fernando tecladista Veterano |
# jun/18
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entamoeba mas às caras que o sujeito faz
falando em rock em geral quer mais que caretas, trejeitos e tudo mais em um show de KISS, Ozzy e mais uma meia duzia que não são vistos como piada dependendo do olhar, até ZZTop com seus instrumentos de pelúcia pode ser uma piada
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entamoeba Membro Novato |
# jul/18 · Editado por: entamoeba
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fernando tecladista
Com certeza. Com o distanciamento certo, qualquer comportamento humano parece um tanto patético, sobretudo, o artístico.
Só acho que vivemos um momento em que estamos desconstruindo demais sem construir quase nada. Me parece que temos uma geração instrumentalizada para o desapego aos signos. Vale lembrar que o que mantém os significados de pé é a cultura - negar os signos é negar a cultura. Eis o niilismo se tornando hegemônico.
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rhoadsvsvai Veterano |
# jul/18 · Editado por: rhoadsvsvai
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ah cara..... no fundo o que importa é o que a gente ouve, "estética" (aparencia, atitude etc, não estética sonora) só importa pra musica enquanto produto ou movimento cultural.... e não dou a minima pra nenhuma dessas duas maneiras de enxergar a musica, o que importa pra mim é a musica como musica..... sobre o frog leaps studio, acho o cara estremamente talentoso e as musicas fodas, e os videos me divertem, o que tem pra reclamar?
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Wild Bill Hickok Membro Novato |
# jul/18
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Nao se deve levar youtuber a sério
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# jul/18
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Wild Bill Hickok Positivado...
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entamoeba Membro Novato |
# jul/18
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rhoadsvsvai o que tem pra reclamar?
Não podemos confundir a indagação e a reflexão com reclamação.
Entender a cultura é redescobri-la insistentemente.
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BrotherCrow Membro Novato |
# jul/18
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Wild Bill Hickok Nao se deve levar youtuber a sério Mais ou menos, né? Concorde ou não com a postura deles, são formadores de opinião e hoje em dia chegam a uma relevância maior que a mídia escrita. É tudo "brincadeira", mas essa brincadeira influencia muita gente. Tem muito mais gente vendo o Jared Dines do que lendo Hobsbawn hehehe.
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megiddo Membro |
# jul/18
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Você estuda Antropologia?
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HortaRates Membro |
# jul/18
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Eu achei esse tópico interessante pela possibilidade de abrir a discussão de "o que é levar algo à sério?" Eu acho o cara do Frog Leap Studios sensacional. As músicas deles são bem gravadas, ele toca bem os instrumentos, o timbre é geralmente muito bom. Sigo o canal a bastante tempo e toda vez que tem vídeo novo eu faço questão de ver.
Eu acho que fazer coisas em um tom mais tranquilo e leve não significa não levar à serio. Não levar à sério pra mim seria fazer um gravação tosca, com timbres ruins e instrumentos desafinados. Nesse quesito tem muita banda profissional que parece levar bem menos à sério o trabalho do que o Frog Leap Studios, como por alguns shows do Metallica onde o Kirk e Lars erram muito e não conseguem manter o tempo de algumas músicas. (Sou muito fã do Metallica, foi só um exemplo).
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# jul/18
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BrotherCrow Influência de gente sem estofo não é influência, é imitação barata... Abç
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BrotherCrow Membro Novato |
# jul/18
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Mauricio Luiz Bertola Influência de gente sem estofo não é influência, é imitação barata... Bom, antes de mais nada algo pode ser ruim e mesmo assim ser influente. Nem todas as influências são boas. Além do mais, não dá pra se pautar pelo próprio gosto como se fosse o critério objetivo pelo qual se mede o valor da arte (se é que um critério assim é possível, vide o impressionismo nas artes plásticas).
Acho que a maioria das pessoas que comentou no tópico consegue ver que os youtubers citados são talentosos, goste ou não do que eles optam por fazer com o próprio talento. Vários deles têm projetos autorais bem interessantes, e fazem piada no youtube porque tem público pra isso. O Jared Dines é um exemplo bem óbvio: os vídeos dele criando memes têm muito mais visualizações do que os vídeos de divulgação das bandas de que ele fez parte. Mesma coisa com o Rob Chapman e o Dorje, ou o Steve Tereberry (todos bons músicos, diga-se de passagem).
Acho que o entamoeba levantou um tema bem interessante que é essa metalinguagem: a música está sendo reinterpretada sob a ótica de um outro formato de mídia (no caso o youtube). É uma possibilidade que foi criada pela difusão da capacidade de produzir conteúdo. É a realidade da música hoje. Qualquer um pode se fechar e dizer "mimimi não gosto", mas mesmo os artistas "sérios" estão tendo que lidar com essa mudança e usar redes sociais e streaming em vez de confiar em venda de disco. Uma avaliação positiva no canal do Anthony Fantano hoje em dia vale muito mais que uma resenha na vetusta Rolling Stone.
Eu mesmo falei ali em cima que não gosto da maioria desses youtubers. Aliás, se eu gosto de alguma banda compro em vinil, que pra mim é o único formato físico que ainda traz algo interessante. Mas o que está acontecendo hoje é uma revolução cultural, pra melhor ou pior. Ficar fingindo que não existe é muita cabeça dura.
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makumbator Moderador
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# jul/18 · Editado por: makumbator
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BrotherCrow a música está sendo reinterpretada sob a ótica de um outro formato de mídia (no caso o youtube)
Claro. Assim como a mídia do álbum e o esquema radiofônico mudou a estética da música décadas atrás (pautando a duração, estrutura, dinâmica (ou falta de variação de dinâmica) e forma da música popular).
Mas voltando ao tema de ser piada ou não, faz muito tempo que eu considero o metal algo bem engraçado. Na verdade eu passei a não levar ele mais seriamente desde o início dos anos 90 (apesar de continuar gostando da música).
Lembro até hoje do quanto eu ri quando vi a contracapa desse disco aqui do Dismember (Like an everflowing stream, o debut da banda, de 1991) quando comprei no lançamento em vinil ainda (excelente disco de death metal, aliás. Considerado até um clássico do metal extremo sueco):
https://2.bp.blogspot.com/-0vpCag7d1jU/UTbLxyX4JbI/AAAAAAAAC3k/mqK1pc7 ME4w/s1600/Dismember+in+blood.jpg
Depois de coisas assim, não tinha mesmo como continuar levando a sério.
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# jul/18
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BrotherCrow Bom, antes de mais nada algo pode ser ruim e mesmo assim ser influente Fato. Mas o que está acontecendo hoje é uma revolução cultural, pra melhor ou pior. Ficar fingindo que não existe é muita cabeça dura. E em algum momento eu disse algo que fosse contrário à essa sua afirmação? Abç
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BrotherCrow Membro Novato |
# jul/18
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Mauricio Luiz Bertola E em algum momento eu disse algo que fosse contrário à essa sua afirmação? Não, cara. Eu quis dizer que quem tem que perceber isso são as bandas, não você.
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# jul/18
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BrotherCrow Não, cara. Eu quis dizer que quem tem que perceber isso são as bandas, não você. Tudo bem. Mas... Você acha mesmo que elas percebem? Abç
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Julia Hardy Veterano |
# jul/18
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"O metal virou uma grande piada?"
Tá uns trinta anos atrasado, meu filho.hahahha
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entamoeba Membro Novato |
# jul/18 · Editado por: entamoeba
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Julia Hardy Tá uns trinta anos atrasado, meu filho.
Talvez os youtubers tenham muito em comum com o hair metal e afins. Eu vivi uma cena de metal que se levava a sério, durante a década de 1990, depois do fim do hair metal. Fico me perguntando se terá sido esse o último suspiro do metal no formato que conheci e aprendi a respeitar.
HortaRates Eu achei esse tópico interessante pela possibilidade de abrir a discussão de "o que é levar algo à sério?" (...) Não levar à sério pra mim seria fazer um gravação tosca, com timbres ruins e instrumentos desafinados.
Estou falando de levar a própria atitude a sério, tanto os músicos como o público. Também questionei se isso tem a ver com a insegurança de se autoafirmar em tempos tão incertos ou com uma geração "zoeira", que vive uma espécie de niilismo estético.
O punk sempre teve muito compromisso estético com o DIY, por exemplo, e isso implicava em "fazer as coisas mal feitas", em certo sentido. O gênero não permitia shows mornos, sempre foi tudo muito visceral, e isso valia para a execução.
BrotherCrow a música está sendo reinterpretada sob a ótica de um outro formato de mídia (no caso o youtube).
A música tem sofrido muitos baques na sequência. Desde que a internet dominou o cenário (com o surgimento e disseminação do mp3, o que culminou na perda de poder das gravadoras) as coisas não se assentam. O YouTube já existe há algum tempo, mas sua importância no meio cultural só cresce, a ponto de desbancar as mídias tradicionais em muitos aspectos.
Apesar da plataforma ser de vídeo, fico me perguntando se nela há espaço para o videoclipe, formato que dominou as produções musicais desde meados da década de 1970 até meados da década de 2000 (se é que chegou tão longe).
No YouTube, tudo está muito exposto e sujeito a ridicularização. Quem ousar um pouco mais estará sujeito dar munição para uma piada maior do que a própria obra, já que tudo vira "meme". São tempos em que é difícil se levar a sério. Ninguém está protegido do escárnio, a menos que aja discretamente, muito discretamente.
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Julia Hardy Veterano |
# jul/18
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Talvez os youtubers tenham muito em comum com o hair metal e afins. Eu vivi uma cena de metal que se levava a sério, durante a década de 1990, depois do fim do hair metal.
Prefiro o hair metal. Mais divertido e bem tocado. E, não se "leva a sério".
Mas, falando sério. O heavy metal nunca foi tão grande e relevante quanto na década de oitenta. O hair metal, goste ou não, era parte disso. A parte comercial, digamos. Mas, qual é o problema? Havia boas bandas ali. E o Chuck Billy do Testament tem uma frase que resume tudo: "quando o Poison estava no topo, nós estávamos bem. Quando o Poison caiu, todos nós caímos junto."
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