Teclados substituem bandas?

Autor Mensagem
xmarhunterx
Membro Novato
# jan/18


Um dia desses vi um vídeo de um cara tocando música eletrônica no teclado. Enfim, a gente sabe que muitas vezes música eletrônica usa uma porrada de instrumentos (que também são substituidos por pick ups, se eu estiver errado me corrijam), e o cara tava tocando todos os instrumentos da música, sem nenhum BT.
Aí eu fiquei com uma dúvida: Um teclado bacana, com um monte de timbres e VSTs poderia tocar qualquer música sozinho?
Vale lembrar que quase todos os teclados "tocam bateria".

Beto Guitar Player
Veterano
# jan/18
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Cara, provavelmente era algum sampler que fica salvo no teclado e o tecladista estava só tocando em cima. Os tecladistas de forró fazem dessa maneira.

Lelo Mig
Membro
# jan/18 · Editado por: Lelo Mig
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xmarhunterx

Cara, teclados, já há algumas décadas, possuem recursos ilimitados.

A limitação com relação ao número de instrumentos ou vozes se dá, apenas, pela limitação física do instrumentista. Ele não possue "mãos e dedos" suficientes para tocar tudo, então, por isso mesmo, ele pode recorrer a pressets pré gravados, com bases, ritimos, viradas, riffs e etc.

O número de possibilidades é infinito se o músico domina tudo que a tecnologia oferece.

Respondendo sua pergunta, em teoria, não só substitui uma banda inteira, como substitui uma orquestra inteira.

Com a mesma efetividade? Aí é outra conversa.

xmarhunterx
Membro Novato
# jan/18
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Lelo Mig
É substitui mesmo, mas oque me impressionou foi que o cara tocou a música com o timbre igual ao da música original (infelizmente não consigo mais achar a música), a maioria dos teclados emula outros instrumentos, mas de forma bem porca. Quando eu vi o vídeo fiquei pensando se havia um programa de pc que pega o áudio de uma música e copia o timbre dela, entendem, tipo copiar o timbre da guitarra do malmsteen por exemplo, e tocar arpeggios from hell com o mesmo som que o malmsteen faz, isso seria bacana. Dá pra fazer isso?

Sei que esse ano vão lançar um pedal que copia o timbre de outras guitarras, quando eu achar o link posto aqui.

Lelo Mig
Membro
# jan/18 · Editado por: Lelo Mig
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xmarhunterx

A maioria hoje em dia, além dos timbres próprios, podem trabalhar com VSTIs, Soundfonts, Samples, bancos de dados externos e etc. Podem ser programados via PC, ou seja, um arpeggio from hell disparado por sampler pode não só ser muito fiel ao do Malmsteen, como ser o real feito pelo próprio Malmsteen. A tecnologia disponível já possibilita isso.

EduJazz
Veterano
# jan/18
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É o "bom" e velho VS... o mundo da música ta infestado disso..

Partes pré gravadas da música, disparadas por um tecladista (ou qualquer outro ser que use MIDI, ou até mesmo fisicamente, com o dedo no play).

Eu não gosto muito de tocar com VS, mas, no mundo de hoje...

xmarhunterx
Membro Novato
# jan/18
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Quanto mais leio, mais cabaço me sinto no assunto. Então quer dizer que eu posso ir regulando o timbre até ficar igual à qualquer instrumento ou coisa que eu ouvi?

Beto Guitar Player
Veterano
# jan/18
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Tipo assim, jovem?

O que esse cara faz, eu vou tentar explicar mais ou menos...

Ele usa um controlador midi (um tipo de teclado que liga no pc).
Então ele usa um VST de uma empresa chamada Amplesound, existem vários VSTs que simulam guitarras, violões e até ukuleles...
E usa também um gerador de efeitos chamado Amplitube (similar ao guitar rig)

ejames
Membro Novato
# jan/18 · Editado por: ejames
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xmarhunterx
Quanto mais leio, mais cabaço me sinto no assunto. Então quer dizer que eu posso ir regulando o timbre até ficar igual à qualquer instrumento ou coisa que eu ouvi?

Pesquise sobre MIDI e VST, aqui no fórum mesmo tem bastante material sobre isso. Esqueça tecladinhos com sons "embutidos" - os teclados usados são controladores MIDI.

Sei que esse ano vão lançar um pedal que copia o timbre de outras guitarras, quando eu achar o link posto aqui.
Isso também já existe faz muito tempo, e nem precisa de pedal algum.
https://line6.com/variax-modeling-guitars/variax-hd#workbench


Ismah
Veterano
# jan/18
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Em tese sim, na prática não é tão fácil... Eu tenho alguns livros de síntese analógica, e apesar de quase tudo estar equacionado, tudo quase ser conhecido, sair da teoria pra fazer um timbre de qualquer coisa o furo é muito mais abaixo... Tanto, que hoje a tendência é não usar mais síntese e sim sample...

Mas... Mesmo nessa infinidade de pré-programações, tem ainda quem se dê melhor fazendo na mão. Por exemplo:

https://www.youtube.com/watch?v=uOJOYWOZGXg
https://www.youtube.com/watch?v=zR3Nlfssr_w

Todavia, a ideia de um instrumento de teclas abranger um arranjo de orquestra, não é nova... Temos arranjos a tempo para piano a 4 mãos...

https://www.youtube.com/watch?v=R-gIUBXwtIA

Como colocado, o maior limite é imposto pelo executante hoje...

entamoeba
Membro Novato
# jan/18 · Editado por: entamoeba
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Penso em uma performance ao vivo...

Um sujeito solitário com um teclado na frente é brochante.

Porque se for para compor, nem de teclado você precisa. É só usar editor de partitura, piano roll e um abraço.

Casper
Veterano
# jan/18
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Banda é um conceito ultrapassado.
DIYA (Do It Yourself Alone).

Buja
Veterano
# jan/18
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Esse é so o inicio da revolucao.

Daqui a pouco compor seja simplesmente o ato de digitar instruções para uma rede neural...esperar ela processar, e ouvir a musica final.

xmarhunterx
Membro Novato
# jan/18
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Beto Guitar Player
mais ou menos. A musica em questão é essa aqui.
E música eletrônica não tem exatamente instrumentos, o cara so pega uma pick up e bota a música pra tocar, o som dos instrumentos é bem diferente dos que costumamos ouvir, então eu fiquei pensando que o cara que tocou a música no teclado (não achei o vídeo) pegou o som dos instrumentos e copiou o timbre deles por algum software, ou então ele copiou o timbre de "ouvido" regulando até que a música soasse igual à original. Parecia uma música eletrônica "ao vivo".

Lelo Mig
Membro
# jan/18 · Editado por: Lelo Mig
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xmarhunterx

"fiquei pensando que o cara que tocou a música no teclado (não achei o vídeo) pegou o som dos instrumentos e copiou o timbre deles por algum software, ou então ele copiou o timbre de "ouvido" "

Na verdade (pode ser que ele até tenha feito assim) mas ele nem precisa "copiar" nada. Não precisa nem de teclado.

A coisa vai muito além disso...

Ele simplesmente escolhe um instrumento e o timbre que deseja entre as dezenas de milhares de opções que um VSTI, ou o banco de Soundfonts, ou o pacote de samplers apresentam.

Além disso ainda pode equalizar e acrescentar efeitos posteriores.

Olha, não é como as pessoas pensam... "Aperta um botão e sai um som maravilhoso".... Não! Fazer bem feito dá um trabalho do caralho, exige conhecimento, dominio, bons softs e muito trabalho.

Não é o final dos tempos, nem a morte da música. É apenas uma nova ferramenta, uma nova forma de se fazer música.

xmarhunterx
Membro Novato
# jan/18
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Lelo Mig
Olhando de forma positiva, isso pode até dar um "gás" nas composições, já que serão feitas de forma diferente e com uma infinidade de instrumentos à disposição.

Adler3x3
Veterano
# jan/18 · Editado por: Adler3x3
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Isto envolve sequenciamento, quando já esta tudo configurado pode parecer fácil.
Mas para montar um bom sequenciamento humanizado dá uma trabalheira danada.
Além da aplicação dos efeitos que pode e dever variar na linha do tempo da música, requer muito automação.
Automação aqui pode parecer coisa de máquina, mas na verdade e aqui que em parte se humaniza a música.
Pode ficar automático depois que você dá o play, e aí é claro reproduz o que foi programado, normalmente a cada player repete tudo novamente soando igual.
Mas fazer a programação é um fator humano.

E pode entrar junto softwares, pois a maioria dos teclados de hoje vem com softwares, para fazer várias edições.
E na linha dos softwares por exemplo no caso de pads que tem partes com funções randômicas, a cada vez que você dá um play, podem surgir diferentes versões do mesmo play soando um pouco diferente.

As vezes em quando faço isto no meu teclado.
Não gosto de ritmos e estilos automáticos, então o processo de fazer uma música passa necessariamente pela criatividade, e vai gravando e editando o midi (dentro do teclado) a exaustão até ficar soando bem.
Os ritmos de teclados melhoraram muito nos últimos tempos, mas o fator humano é o mais importante.
Você pega um estilo só para começar, e vai alterando as partes, principalmente gerando certos atrasos em midi, pan e outras funções importantes, como modulação, expressão, e vai melhorando a humanização.

Numa audição dá notar quando o sequenciamento é pobre baseado somente em acompanhamentos padrões.
Fica tudo muito repetitivo, tendo poucas variações, normalmente umas 4 ou 5, com pontes de transição, mais a introdução e o final.
E isto pode parecer bom, e é em parte é para a maioria dos usuários, mas ainda é muito limitado, pode parecer que umas 8 variações no todo sejam boas, mas ainda é muito pouco para o meu gosto.

Eu não gosto fica um saco.
Tem que criar mais variações, compasso a compasso, nenhum compasso pode ficar igual a um anterior, seguindo esta regra básica pode se obter um bom resultado, pois na verdade assim ocorre nas interpretações dos músicos tocando de verdade em instrumentos de verdade.
E nos softwares e teclados existem numerosas articulações, que são classificadas, e criados patches, mas só que na realidade, o músico muitas vezes toca de um jeito, que não tem articulação artificial que substitua.

Mas quando envolve programação avançada compasso por compasso, nota por nota, aí sim é que o som começa a ficar interessante e fica parecendo uma banda completa atuando junto.
Se vai ser realístico ou não depende da qualidade dos timbres, e principalmente da programação, que pode envolver centenas e até milhares de detalhes.

Outro dia peguei uma partitura para piano e orquestra super difícil, tentei editar no editor de partitura e na DAW, e não consegui um resultado satisfatório.

Pois logo de inicio o acorde do piano, tinha notas a serem tocadas ao mesmo tempo, mas por exemplo: uma nota esta em p (pianíssimo), outra em pp, outra e mf e assim por diante, isto é uma partitura para um pianista muito bom, bem acima da média, cada dedo tinha que tocar com uma força diferente, na mão esquerda e na mão direita, fora as diferentes durações de tempo, uma coisa de louco, que somente músicos excepcionais são capazes de fazer.
Tocada por um profissional de piano soa muito bem.
Que treinou diariamente décadas a fio.
Mas...
Fora as partes da orquestra, fui obrigado a desistir, pois simplesmente aquilo estava além da minha capacidade técnica de tocar, e mesmo com recursos de softwares avançados, de deixar cada nota com a força certa, não obtive bons resultados, pois aquilo tudo estava acima dos meus limites, do meu teclado e dos meus softwares.

Mas me ajudou pois abriu a minha mente sobre outros pontos importantes, principalmente porque num acorde todas as notas não precisam e não devem ter a mesma força, mas tem que experimentar para ver até onde vai, e o principal é que no final soe bem, e as vezes uma nota só com diferente pressão muda tudo, e pode melhorar.
Você pode estar tocando um Cm, e talvez queira dar um destaque especial a nota Eb, ou outra conforme variação conforme a música, e no compasso seguinte variar, fazendo uma cadência dentro de outra cadência e sofisticando a sua música.

E tem um ponto que destaco nesse processo todo:
São os limites, tanto o teclado como os softwares tem limites, e se você souber respeitar estes limites pode conseguir um som bem realista.

Então é por isto que existem arranjos mais simplificados de clássicos consagrados, se for se meter a pegar uma partitura autêntica e tentar simular tudo, vai ser bem dizer impossível, mesmo com a tecnologia de ponta de hoje, a até com a tecnologia de daqui 10 ou 50 anos.

Já numa composição muito complicada, nem o teclado e nem os softwares vão ter todas as articulações para fazerem soar bem.
Então tem que programar e tocar músicas e arranjos que podem ser suportados pelos instrumentos, seja do teclado, seja dos Vsts.

Se você pegar uma peça complexa do Beethoven, pode ter o top dos teclados, mais o top dos tops dos instrumentos virtuais, que mesmo assim não vai conseguir fazer soar bem.

Então por isto que digo que tem que respeitar os limites.

E sequenciamento é uma arte.

Beto Guitar Player
Veterano
# jan/18
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xmarhunterx

O instrumento em si não importa, a ferramenta (VST) é basicamente a mesma, o que muda é qual som ele simula.
O vídeo que te mandei é um exemplo de VST que simula guitarra.
Mas os VSTs podem simular qualquer coisa que você consiga imaginar, desde "instrumentos" de música eletrônica a instrumentos acusticos, de sopro, metais, enfim... tudo que você quiser. Eu já vi até de gaita.

xmarhunterx
Membro Novato
# jan/18
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Feliz era o Beethoven que só tinha que sentar no piano pra compor.

Lelo Mig
Membro
# jan/18
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xmarhunterx

"só tinha que sentar no piano pra compor."

Caras como Beethoven eram capazes de "ouvir" uma sinfonia, com toda sua complexidade e riqueza timbristica, apenas lendo a partitura.

Perdemos esta capacidade à partir do final do seculo 18, com Thomas Edson, no momento em que começamos a gravar.

A tecnologia vem para mudar... Sempre haverão perdas e ganhos.

metal_ofender
Membro Novato
# jan/18
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Na guitarra temos algo parecido que vem sendo usado em pelo menos 60% dos bares da cidade, a moda dos One Man Bands e Pedaleiros of Loop do amanhecer. E eu odeio esses dois !

Esses dias no buteco sentei pra tomar uma, e tinha um cara lá que tinha um Pink Floyd inteiro dentro do computador, ele mesmo fazia uns chords e umas frases só, e cantava.

xmarhunterx

Vai escutar um Nirvana ou um Ramones, depois pega a guitarra e vai compor, acho que será bem melhor pra vc !

Ismah
Veterano
# jan/18 · Editado por: Ismah
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entamoeba
Penso em uma performance ao vivo...
Um sujeito solitário com um teclado na frente é brochante.


Tem uma certa casa em Porto Alegre, onde há sofás em frente ao palco, virados de costas...

Fala sério manolo, saia do quarto, e vai ver que uma maioria dos lugares, quem frequenta está cagando e andando. Tanto na cena pop, como na cena underground...
Conversava estes dias, via rede social, com o Dj Edu Rox e com o Régis Tadeu... O anúncio de show de banda Y cover de banda X (famosa), onde a foto do cartaz era da banda X... Fica a impressão que eles tem medo de mostrar o nariz - e sim, a banda deveria tentar prover isso...
Dos externos que caíram de paraquedas, a maioria disse que não se importava com isso, não se importava com o que rolava na noite - porque era frequentador da CASA...

Bem vindo ao mundo real... Nego quer ouvir a enésima versão - igual ao disco - de Born to be wild, Maluco beleza, e Proud Mary... Negócio tá tão feio, que já teve gente pedindo no intervalo, som da mesma banda que fechamos o primeiro bloco... Nitidamente o cara NÃO PRESTOU A ATENÇÃO...

Isso em banda de rock, no sertanejo é ainda pior... Set reduzido é gaita, bateria e violão, com o duo, e claro a orquestra no VS / playback... Tem um cara aqui, que faz acústico de voz e violão, mas tem 16 canais de trilha! É até bem feitinho, mas ele para larga o violão, dança com o pedestal, e a "banda" continua...

Tem mercado porque isso custa pouco, a obra toda sai por menos de 600 pila, o que diminui fácil o preço do couvert... É difícil uma banda em que seja viável tocar por isso...
E esse lance, é de acordo com o preço que o público está disposto a pagar, para ter música ao vivo...
Se tu pegar a era onde isso não existia, o preço que o público estava disposto a pagar era muito maior... Eu lembro de quando comecei com bares, uns 9 anos atrás, pessoal pagava 20~30 pila sem choro. E na época, 10 pila era equivalente a pelo menos 3 ou 4 cervejas, o que na cotação de hoje significariam 20~30 reais... Ainda mais curioso, é que o preço no fornecedor, não subiu tanto rsrs

entamoeba
Membro Novato
# jan/18
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Ismah
Minha visão é puramente estética, deixando de lado nichos mercadológicos.

Felizmente, já vi todos os shows que tinha que ver. Não preciso me deprimir com as tendências atuais.

Adler3x3
Veterano
# jan/18 · Editado por: Adler3x3
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Bem na verdade banda de um cara só não existe.

É um cara só, que toca e se apresenta com os recursos a sua disposição.
Isto é mais uma forma de expressão, que não sei quem inventou.

E assim esta comparação com a banda é injusta, ainda mais se o músico consegue fazer uma bela apresentação, não é só o apertar de botões, tem que ter uma boa coordenação, e principalmente saber montar e programar o sequenciamento.

metal_ofender
Membro Novato
# jan/18 · Editado por: metal_ofender
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Adler3x3

Sobre ser fácil, acho que todos concordam aqui que não é, pelo contrário, eu jamais teria paciência de fazer esse tipo de coisa.

Mas como o Ismah mesmo falou, o cara larga o violão e vai dançar, e a música continua rolando, se bobear até o vocal continua. Chega um momento que você nem sabe o que o cara ta fazendo, e o que o computador está fazendo.

Mas ai é gosto de cada um, se for pra ver e ouvir um cara desses, eu particularmente prefiro ver o DVD da banda. Principalmente se a proposta for desses Barzinho com clima de Voz e Violão, daqui a pouco tão usando essas backing track até num Luau de adolescentes na Praia, já pensou ?

Mas algumas apresentações, com propostas diferentes, acho que não tem problema utilizar essas gravações, tudo depende do tipo de apresentação.

Adler3x3
Veterano
# jan/18 · Editado por: Adler3x3
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metal_ofender

Escreveu:
Mas algumas apresentações, com propostas diferentes, acho que não tem problema utilizar essas gravações, tudo depende do tipo de apresentação.


Sim, mas gostaria de comentar sobre outros pontos envolvidos, observando que o principal é fazer bem feito, mesmo com as limitações que nos são impostas, seja por questão financeira, seja pela vontade, ou falta de tempo para se dedicar a prática e estudo da música, pois sobreviver de música não tá fácil não.

Então depende das gravações, mas o que eu fiz referência não é gravações, tipo playback, e sim arranjos inteiros em midi, ou na linguagem do teclado, que pode ser bem original, não é um simples playback, e nem é playback.
Eu detesto playbacks, e estilos de teclados repetitivos, não gosto nem do som do metrônomo.

O nível tem que ser superior!
É que os guitarristas não entendem como funciona um verdadeiro teclado workstation, e se ainda usar um teclado controlador junto com um note, fica melhor ainda.

E muitos guitarristas, não entendem pois não sabem o que estão falando ou escrevendo, acham que só porque tocam um pouquinho de guitarra e são rápidos, acham que podem fazer pouco dos outros.
Não quero generalizar, sei que muitos entendem isto, e nem os classifico como estes muitos guitarristas, mas infelizmente isto acontece, e entendam que não estou fazendo nenhuma referência a qualquer membro do fórum, este não é o meu estilo, procuro sim ajudar e esclarecer muitas coisas.

Mas tem guitarristas, que nem conhecimento musical suficiente tem, e nem conhecimento das ferramentas, um despreparo total, muitos só se preocupam em tocar rápido e fazer malabarismos, mas musicalmente são fraquíssimos.


É uma ilusão pensar que tudo é feito pelo computador, o computador é uma mera ferramenta, que se o músico souber usar vai conseguir um bom som.

Repito o fator humano é o mais importante, existem vários controles pelo próprio teclado, sem esquecer dos pedais.
Se o tecladista não acertar no tempo de apertar os botões não dá certo.
E tem que saber variar também, não é um simples apertar.
Fora os módulos que também ajudam.

Tem que saber de música de verdade, saber quando a outra voz vai tocar e ficar tudo com uma boa harmonia.

Estes teclados tem poder, é muita tecnologia, mas requer um bom conhecimento de teoria musical, pois muitos destes teclados tem até partituras.
Até os módulos que podem ser conectados também no teclado, e hoje em dia os módulos também podem ser programados, e o músico ganha um poder de processamento até superior aos melhores computadores, pois tem alto desempenho, com zero de latência, e alta capacidade de gerar timbres e efeitos incríveis. (tem uma verdadeira DAW lá dentro), assim como os teclados bons.

E mesmo num teclado mais simples e barato, a tecnologia é de ponta também, e em geral um teclado decente mínimo não sai tão barato.

E ficam fazendo pouco dos tecladistas, pura falta de conhecimento musical.

Se fosse assim o Vangelis não tocaria muitas vezes sozinho, assim como o Rick Wakeman e outros tecladistas brilhantes.

E existem muitos tecladistas bons no nosso país, isto sempre foi uma constante no nosso cenário musical.
Já guitarristas dos bons muito pouco, a nossa escola não é das melhores.
E a era de ouro da guitarra, acabou já faz tempo, mas hoje esta mais acessível, mas...

Por outro lado temos bons e excelentes violinistas e baixistas.

O teclado é o rei dos instrumentos musicais, e a nossa história já vem dos pianos, cravos e órgãos de igreja.

Eu gosto de violão e de guitarra, mas o teclado é o que mais gosto.

Um bom tecladista pode fazer isto, agora do cara sair dançando e deixar o playback tocando é por conta dele, depende se dançar bem e contagiar o público, e tiver espaço para isto até pode ser uma boa, depende da proposta, e até o outro lado artístico da pessoa.

Claro tem casos em que a pobreza musical é notória.

Neste caso o teclado não tem nada a haver com a estória.
Outro dia assisti uma dupla sertaneja que só usava um violão e um teclado Korg workstation (estação de trabalho) dos bons, que até dá para plugar o violão e a guitarra, e usar os efeitos internos do teclado, assim como também é possível num bom modulo.

Não sou muito do estilo, mas depois fui conferir com eles, tudo o que eles tocavam era meticulosamente programado e arranjado, nota a nota, compasso por compasso, até a bateria soava bem, não parecendo robótica.
E isto só se consegue com um bom conhecimento de teoria musical.
Sem conhecimento não dá.

Isto é faziam excelentes arranjos com as ferramentas que possuíam.
Agora os bares da vida não são referência para nada, e aqui alguns músicos mais iniciantes tentam se mostrar, e nem tudo soa satisfatoriamente.

Mas também existem músicos de bares que são muito bons, e tem uma longa experiência.

E no geral tem que se respeitar, é um entretenimento, e tem as suas limitações, pois a remuneração e principalmente as condições do ambiente não são as melhores para tocar, tem até sérios problemas na parte elétrica.
É um bar, não é uma sala de concerto ou recital, então não dá para exigir muito.
Claro se num outro bar tem uma música melhor, vamos para lá, mas e o lanche e a comida?
E nos bares e na praia nem se fala, como já foi dito ninguém esta para nada, e fora os problemas de som alto.

No mais é puro preconceito, assim como existe muito preconceito para com os DJ's , não é tudo também só apertar botões e fazer sons com os discos de vinis.
Até num teclado mais simples, mas desde que tenha um bom sequenciador interno, dá para fazer um trabalho bem feito, mas claro tem que estudar e ir nas minúcias e detalhes para conseguir, não tem outro atalho.

Agora até um bom guitarrista ou violonista pode usar, um teclado controlador, e programar pads contínuos, bem programados, e claro acima de tudo com um bom arranjo, e até usar um pedal para fazer variações enquanto toca o instrumento de cordas, e o limite disto é a criatividade, e cantando ou declamando junto pode ficar muito bom, e até usar outro pedal para ter backing vocais acompanhando ele.

Vejam bem são ferramentas auxiliares, e não é necessário ser um virtuoso no teclado.

E isto não é demérito nenhum e o músico pode tocar sozinho, muito natural, e se a tecnologia esta disponível tem que aprender a usar, mas vai ter que melhorar o seu conhecimento, vai ter que estudar.

São as forças das circunstâncias e da realidade atual, cada vez esta mais difícil manter uma banda, pois as pessoas estão muito individualistas, e não se entendem, e muitos guitarristas são insociáveis, e se acham o dono da banda, mas não tem teoria musical, que um tecladista tem.

E com a guitarra sozinho as possibilidades de tocar algo para os outros ouvirem é muito limitada, esta é a realidade, e da mesma forma que o tecladista usa computador e outras gravações, o guitarrista também vai ter que contar com o auxílio destas ferramentas modernas, mas o problema é que estes guitarristas, não tem na maioria das vezes as mínimas condições de saber lidar com estas ferramentas, principalmente devido as sérias limitações da boa teoria musical, falam mal dos DJs, mas tem menos conhecimento musical que eles, nos cursos que eles fazem recebem teoria também, sem esta teoria seria impossível fazer algo soar bem.

O que repito não é demérito nenhum, mas que falta conhecimento falta.
Cada um toca o seu instrumento favorito dentro das suas limitações.

Hoje em dia um bom teclado controlador, um bom conhecimento do uso de VSTs é uma ferramenta auxiliar do guitarrista ou violonista.

Eu também não gosto no geral de playbacks, mas tem que saber diferenciar quando é aplicável ou não usar loops de áudio, o que é um outro conceito, e aqui também tem que ter um certo conhecimento de teoria musical para saber aplicar corretamente, fazer mudanças de tons, saber cortar e colar, saber encaixar, saber lidar com os volumes , não simplesmente crtl c e crtl v, como muitos pensam e debocham, o nível de detalhes aqui é em milissegundos, e exige precisão, assim como um músico bom tem que tocar no ritmo.

Saber lidar com loops é importante, e saber até construir os próprios loops melhor ainda, ser criativo.

Então o que na verdade importa, é fazer bem feito, e usar todas as ferramentas que tiver ao seu alcance, mas para isto tem que ter determinação, tem que estudar, tem que praticar, tem que ser insistente e não desistir logo que apareçam as primeiras dificuldades.

E mesmo um playback não é tão simples como parece, tem que saber muitas técnicas, não é só dar play.

Buja
Veterano
# jan/18
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Mas como o Ismah mesmo falou, o cara larga o violão e vai dançar, e a música continua rolando, se bobear até o vocal continua. Chega um momento que você nem sabe o que o cara ta fazendo, e o que o computador está fazendo.

Ja cansei de ver apresentações "karaoke". Mas tambem entendo. A coisa nao ta facil...cara vive da noite, nao da pra montar banda, cobrar preço justo (que é alto pra muita casa), dividir lucros, covert caro.
No mais o cara acaba tendo que tocar sozinho mesmo pra conseguir algum.
E pra tocar sozinho, tem que usar uma "banda" por tras.

So acho meio grosseiro o cara usar um playback no fundo, ao invez de produzir essa banda em casa. Ficaria bem mais natural.
Outro recurso legal tambem seria usar um pedal de looper.
Poxa muito mais natural e interessante. Recurso tem.

As vezes sinto que muitos musicos usam playback pra ficar "karaokezando" na noite, portando um violao takamine no colo, so pra ganhar o dinheiro mesmo e rachar o fora. Parece que alguns perderam a essencia, o amor a musica.

Mas ai é gosto de cada um, se for pra ver e ouvir um cara desses, eu particularmente prefiro ver o DVD da banda.

Acho tambem muito mais legal chegar no bazinho e ver pela bilionesima vez o dvd acustico mtv do engenheiros, do que ver alguem botando playbacks e mandando open chords num violao qualquer.


E mesmo um playback não é tão simples como parece, tem que saber muitas técnicas, não é só dar play.


Amigao, dou 9,9 no seu comentario. So nesse pontinho ai que eu discordo.
Botar playback é o que qualquer novato faz.
Tocar em cima de playback é o que 99% das pessoas fazem.
Dificil é tocar ao vivo mesmo. Matar a cobra e mostrar o pal.
Na minha opiniao, o que vejo nos bares ai, é so dar play mesmo, e cantar por cima.
O cara do cara literalmente ta cheio de arquivos wav de karaoke, e o cara so canta e manda acordes em cima.
Ele da uma treinada em casa sim. Mas nao faz nada de especial.

Nisso nunca esqueco uma vez que fui no barzinho do bairro mesmo, e tinha um cara com dois mics na frente (um com efeito de voz em terça), uma semi acustica no colo, uma vamp ao alcance das maos, ele sentado em cima de um cajon com um pedal de bumbo acoplado e um pandeiro meia lua grudado na perna.

Com esse aparato, ele literalmente fez uma banda perfeita ao vivo.
Por um couvert de 7 reais.
Eu fui obrigado a chegar perto do cara e dizer.....caravoce é espetacular. Nunca vi isso na vida. Parabens mano.

Isso é amor a musica, issso é tocar. Playback nao.

xmarhunterx
Membro Novato
# jan/18
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As vezes sinto que muitos musicos usam playback pra ficar "karaokezando" na noite, portando um violao takamine no colo, so pra ganhar o dinheiro mesmo e rachar o fora. Parece que alguns perderam a essencia, o amor a musica.
Buja
Mas cara, quem toca em barzinho, geralmente toca música sertaneja, e nesse estilo dá pra usar só voz e violão.

Buja
Veterano
# jan/18
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nesse estilo dá pra usar só voz e violão

Com certeza mano...mas voz, acordes abertos e o playback no fundo é brabo.
Porque o cara nao faz pelo menos uma producao em casa, numa daw. Um addictive drums, uns back vocal...com a voz dele mesmo?
Ou então chama alguem com o cajon pra fazer um sertanejo acustico com ele. Outro nivel.

metal_ofender
Membro Novato
# jan/18 · Editado por: metal_ofender
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Só voz e violão é raro em, quando vejo é mais MPB com violão de Nylon, esse tipo de músico sempre manda bem em bares, e pior que tu faz qualquer pedido de música e o fdp toca.

A galera do Rock é o que mais usa esses playback.

Daqui uns dias vai ter nego fazendo show em bares com backing track, aparecendo só na introdução e nos solos da música com sua guitarra.

O engraçado é que, quem não entende dessas coisas, acredita fielmente que o cara ta tocando todos aqueles sons só no violão.

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