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Salogel Membro Novato |
# jul/17
Olá, boa noite :)
Gostaria de saber qual a lógica para criar um contraponto/baixo, para fazer o baixo de uma melodia. Existe um grau (anterior ou posterior) certo para isto?
Exemplo, usando a escala de dó maior e tocando a nota ré, qual seria o contraponto/baixo ideal? Com exceção das notas D F# e A, que compõem o acorde e logicamente vão combinar com a nota.
Existe alguma técnica baseada nos graus?
Desde já, agradeço
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Jabijirous Veterano |
# jul/17
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Salogel Espero que ajude, amigo!
http://michaelmachado.com.br/tecnica-de-harmonizacao-pela-linha-do-bai xo/
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makumbator Moderador
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# jul/17 · Editado por: makumbator
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Salogel
Se você fala de contraponto mesmo (ou seja, melodias diferentes e independentes que se completam e criam uma trama polifônica), há inúmeras regras que ajudam em sua criação. O ideal é estudar intervalos, e ao menos o básico de harmonia e então pegar um livro de contraponto (há dezenas deles).
Exemplo, usando a escala de dó maior e tocando a nota ré, qual seria o contraponto/baixo ideal? Com exceção das notas D F# e A, que compõem o acorde e logicamente vão combinar com a nota.
Não é assim que funciona. Não é uma receita pronta que pode ser aplicada fora de contexto, no vácuo.
O post do Jabijirous em seu site é um começo pra você entender.
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Ismah Veterano |
# jul/17
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Existe intenção... Não sei o que tu quer dizer exatamente com contraponto/baixo... São termos usuais no acordeon, e alguma coisa de órgão popular...
A ideia é tocar algo no contra-tempo? Varia de acordo com o genêro, e quase sempre isso dá o feeling para uma salsa, reggae, disco, rock....
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Salogel Membro Novato |
# jul/17 · Editado por: Salogel
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Jabijirous Vejo que é um bom material, mas para mim, está um pouco resumido, visto que não entendo ainda deste assunto.
Mas pelo que eu entendi, é pra pegar o campo harmônico e usar a tônica, basicamente. Estou certo?
Não entendi esta parte: "Experimento também outras relações intervalares além do grau conjunto, como 3ª, 4ª e 5ª."
Obrigado!
makumbator É isto mesmo. No momento, como estou começando, quero todas as melodias no mesmo tempo. Vou seguir seu conselho e dar uma estudada nestes assuntos. Reamente pensei que havia alguma regra do tipo: Usar o VI ou IV grau posterior ou o V ou o IV anterior fica bom, etc. Mas entendi e sei que na música, nada é fácil (mas sempre é divertido aprender).
Obrigado!
Ismah já me ajudou nas DAWs, né?! Deu tudo certo! O que acontece é que eu pego uma música pra tocar, acordes e melodia. Mas aí, no processo de tirar a música, eu sinto necessidade de mais que fazer acordes. Então pensei no contraponto, fazer um baixo ao invés de tocar o acorde, pois eu já sei os acordes e gosto muito de aprender música.
Obrigado!
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Ismah Veterano |
# jul/17 · Editado por: Ismah
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O que tu procura creio que se chama harmonização. Não é lá um tema muito simples, e não há lá uma fórmula precisa para. Inclui praticamente todas as técnicas que tu domina, aplicadas ao instrumento, e a harmonização...
Licks, frases características etc podem ajudar, mas não há infelizmente material vasto para piano. CREIO, que há um livro no meus arquivos, me manda uma MP se não voltar aqui mais.
Procure as partituras de piano, e veja como eles conduzem a música -> Richard Claydermann - Ballade pour Adelaine -> Roxette - Listen to you heart
Na prática, o que tu quer é tocar assim...
https://www.youtube.com/playlist?list=PL1bqKMVnSux12afEHVy7csDEYV_-LrH U9
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Jabijirous Veterano |
# jul/17
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Salogel
Mas pelo que eu entendi, é pra pegar o campo harmônico e usar a tônica, basicamente. Estou certo?
Vou te mostrar um passo a passo simples, porém eficaz.
1. Repertório
Começa com músicas simples, sem modulações. Aqui tem várias https://www.facebook.com/ShowcanteMusica/
2. Começa com o baixo da tônica e desce ou sobe por grau conjunto. lembrando que tônica = nota principal da escala e não do acorde. Do acorde é chamado de fundamental.
3. A partir daí você já definiu a linha de baixo, agora é montar os acorde. Pensa triadicamente, é mais simples. Entre outras palavras, a nota do baixo pode ser fundamenta, terça ou quinta.
4. Agora é experimentar os acordes e escolher o que soa melhor pra você
Não entendi esta parte: "Experimento também outras relações intervalares além do grau conjunto, como 3ª, 4ª e 5ª."
A linha do baixo por grau conjunto é mais forte, mais melodiosa. Mas também podemos seguir uma linha intervalar diferente, aí entra 3ª, 4ª e por aí vai.
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Salogel Membro Novato |
# ago/17 · Editado por: Salogel
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Ismah, Jabijirous muito esclarecedoras, ambas as respostas.
Eu estava confundindo tônica com fundamental mesmo. Mas já estou fazendo o que me aconselharam no início. Estou estudando intervalos e vou ir progredindo, lentamente.
O que eu lembrei, foi a musica que eu estava tentando fazer isto. É a Jesus Alegria dos Homens, que na minha opinião é perfeita para o estudo da técnica.
Então surgiu essa minha vontade.
Agora me veio a mente que eu preciso muito treinar a independencia das mãos para atingir meu objetivo. Caso tenham exercícios, será bem vindo.
Obrigado senhores!
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Ismah Veterano |
# ago/17
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Os livros....
Harmonia e improvisação - Almir Chediak Harmonia e improvisação - Nelson Faria
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Salogel Membro Novato |
# ago/17
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Ismah a do Almir Chediak já em mãos! Enorme, rs. Obrigado!
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Ken Himura Veterano |
# ago/17
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Salogel Agora me veio a mente que eu preciso muito treinar a independencia das mãos para atingir meu objetivo. Caso tenham exercícios, será bem vindo. Os campeões de sempre, na seguinte sequência: Invenções a 2 vozes, Invenções a 3 vozes e os dois volumes d'O Cravo Bem-Temperado. Bach, claro.
Quanto a livros, depois de estudar intervalos bem e um básico bem sólido de harmonização tonal (Schoenberg - Harmonia/Theory of Harmony ou Kostka - Tonal Harmony são ótimas escolhas, bem didáticas), escolha um manual de contraponto. De preferência, modal e vocal (como o Gradus Ad Parnassum), porque te força a se virar em um cenário bem limitado, criando belas melodias que funcionam. Migrar daí pro contraponto instrumental (um pouco mais livre que o de vozes) é mais fácil que o inverso.
Bons estudos!
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Salogel Membro Novato |
# ago/17
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Ken Himura Anotado!
Quando se fala em Bach, eu empolgo muito, pois aprecio muito suas composições.
É pra eu escutar/pegar a partitura e treinar, certo? Tem o GuitarPro, que ajuda muito nisso.
Intervalos eu me familiarizei com o básico já. Mas ainda só consigo me situar em uma oitava com eles. Minha visão ainda não está ampla.
Não canso de procurar, treinar e conversar sobre música. Este fórum é 10/10.
Obrigado!!!
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Salogel Membro Novato |
# ago/17
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Ken Himura Os campeões de sempre, na seguinte sequência: Invenções a 2 vozes, Invenções a 3 vozes e os dois volumes d'O Cravo Bem-Temperado. Bach, claro.
Assustei quando vi um vídeo no Youtube. O garoto tocando muito rápido, nossa.
Mas você entendeu perfeitamente o que eu quero fazer. Para contextualizar vocês: Terminei as escalas maiores, dedilhando corretamente com a mão direita. Entendi a formação de acordes e suas inversões. Entendi os intervalos. Peguei um pouco de improvisação com pentatônicas.
Quando eu estudava violino, gostava muito do método Suzuki, pois eu estudava as técnicas tocando peças. Confesso que eu acho meio tedioso ficar fazendo e repetindo escalas e acordes. Mas, eu quero aprender, então é isso aí.
Contratei um professor também, que me passou para fazer as escalas e ritmar com duas notas com a mão esquerda, todas as escalas. Depois inverter as mãos.
Cansativo, né?!
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