Sobre criar e reproduzir.

Autor Mensagem
Casper
Veterano
# jul/15


O cidadão decide aprender a pintar um quadro. Entra
em alguma aula formal, compra os equipamentos
necessários, livros etc. Com a informação, começa a
praticar. Certamente no inicio tenta reproduzir alguma
imagem conhecida, para aprender as técnicas. Depois
de um tempo, começa a se aventurar e começa a
desenvolver o estilo, passando para pinturas originais.
A exceção é o cidadão que decide ser falsificador - o
objetivo é reproduzir exatamente uma obra para ludibriar
algum desavisado (não consigo neste caso deixar de pensar
no holandês Han van Meegeren, um dos maiores falsários de
todos os tempos, que conseguia reproduzir em detalhes o estilo
e a técnica do pintor Johannes Vermeer). Tirando esse caso,
quase sempre a intenção do pintor é criar algo original.

O mesmo acontece em outros campos artísticos.

Literatura é um exemplo bem parecido com pintura.
As tentativas de reescrever um livro, simplificando a
narrativa para atingir um público alternativo são sempre
desastrosas.

Aparentemente a música é uma exceção a essa regra: uma
imensa parcela de músicos sente orgulho em reproduzir
exatamente o que já foi feito, se possível da forma indistinguível
do original. Qual o objetivo disso?

entamoeba
Membro Novato
# jul/15 · Editado por: entamoeba
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[duplo]

entamoeba
Membro Novato
# jul/15 · Editado por: entamoeba
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simplificando a narrativa para atingir um público alternativo são sempre
desastrosas.


Não no cinema! Muitos roteiros são caricaturas porcas de grandes obras da literatura e fazem muito sucesso.

Qual o objetivo disso?

Talvez, na música, seja mais difícil de vencer a fase da imitação. Você reproduz sem compreender a dimensão daquilo que reproduz e, por conta disso, não é capaz de compor nada parecido. Além disso, a maior parte do público apega-se aos elementos conhecidos e é incapaz de reconhecer a falta das nuances que dão o valor das obras originais.

A outra explicação, acredito, deva estar no perfil dos músicos; na razão que os liga à música. Uma das especulações que fiz aqui sugere que existem músicos "psicopatas", muito ligados à execução e insensíveis para o lado artístico da coisa.

Lelo Mig
Membro
# jul/15 · Editado por: Lelo Mig
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Casper

Complicado, porque vou usar uma palavra de 4 letras aqui "ARTE" e vai vir uma cambada de soldados do exército do SUBJETIVO e dizer:

- Defina Artes!
- Arte é subjetivo!
- etc...

No entanto, em minha opinião, em quase todos os campos das artes, dramáticas, plásticas, literárias, dança e etc., a coisa se origina de forma igual na música, ou seja:

O moleque gosta (têm afinidade) e muitas vezes algum talento (pré disposição ou maior facilidade) no veículo pela qual resolve se expressar. E após este início, ele se APROFUNDA na questão ARTE. (Atividade humana ligada às manifestações de ordem estética ou comunicativa com o intuito de expressar emoções e ideias)

Infelizmente, na música isso não ocorre. O ideal artístico não esta presente, muitas vezes, sequer é conhecido dos que se predispõem a trabalhar com música.

Apenas no cinema, como citou nosso amigo entamoeba, a coisa consegue ser tão ordinária quanto na música.


Resumindo: A música é muito acessível aos de baixa cultura e, depois, diferentes de outros meios a cultura não é objeto de ambição.

Como já disse aqui antes, quem só leu Paulo Coelho, assistiu Transformers e acha que Michelangelo é uma tartaruga ninja... nunca fará nada substancial em arte.

RafaelBernatto
Veterano
# jul/15
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Uma imensa parcela de músicos sente orgulho em reproduzir
exatamente o que já foi feito, se possível da forma indistinguível
do original. Qual o objetivo disso?


Para que tentar a sorte com algo inédito se podemos utilizar uma melodia já consagrada com uma chance bem maior de aceitação... ?
Não gosto desse "argumento" mas outra verdade é que existe público. E se existe público...

pianoid
Veterano
# jul/15
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pintura e literatura são artes estáticas: é só olhar ou ler o que o artista produziu

mostre uma partitura de Beethoven a alguém e veja se aprecia. mostre o script de uma peça de Shakespeare a alguém e veja se não falta algo...

artes dinâmicas exigem performance. Performance não é copiar, é seguir um script com certa liberdade interpretativa. Nego vai no teatro assistir Shakespeare ou ouvir Mozart, não sua visão criativa sobre temas destes...

a verdade é que a indústria fonográfica teve um efeito pernicioso sobre as pessoas em relação à música: passam a achar que a música é uma certa execução que foi gravada. Covers tem que imitar com exatidão todos os solos. Mesmo jazz, famoso pelo improviso, sofre com essa de que aquele solo improvisado em certa gravação é reproduzido à exaustão e passa a ser parte da música e ninguém faz igual aquele mestre... bem, de certa forma, partituras já eram registros antes da indústria fonográfica...

Casper
Veterano
# jul/15
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Caro entamoeba:

Adaptação de um livro para o cinema não se encaixa
na discussão porque é uma mudança de meio, é uma
alteração no tipo de narrativa.

No cinema existe um caso clássico de, digamos, refilmagem
quadro a quadro do filme do Michael Haneke: Violência Gratuita em
1997 e em 2007.

Concordo quanto aos músicos que se preocupam somente
com a perfeita reprodução do original - esse tipo de criatura
existe.

Caro Lelo Mig

Não tenho convicção que música é universalmente acessível
a toda e qualquer pessoa. Certamente, e não somente na música,
o conhecimento das motivações do autor, motivo por trás da
criação e até momento histórico ajudam a entender melhor
a obra. E isso demanda, no mínimo, dedicação por parte de
quem deseja apreciar a obra com mais profundidade.

Caro RafaelBernatto:

Se o objetivo do músico, o alvo de seus anseios for a aceitação,
sua frase faz sentido. Mas isso não muda o fato que ele está
utilizando a obra de outra pessoa.

Caro pianoid:

Não tenho essa visão sobre literatura ou pintura. Muitas
coisas nessas áreas que tive contato na juventude
tem um significado completamente diferente hoje.
As pessoas mudam e a visão sobre o significado das
coisas geralmente fica mais apurada. Algumas pinturas
só fui entender o significado depois de anos. Com literatura
é mais intensa a mudança. Com 14 anos, eu detestava
Machado de Assis (que eu era obrigado a ler na escola).
Hoje leio com prazer. Eu precisei da maturidade necessária
para degustar essa leitura.

Claro que sempre existirá espaço para a reprodução de
grandes obras musicais, mas a pergunta para o músico continua:

- Será que só reproduzir a obra de terceiros é suficiente para
a satisfação do músico?

pianoid
Veterano
# jul/15
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bem, eu como músico (ou melhor, tocador de piano) sei que sou totalmente incapaz de algo mesmo que remotamente parecido com os clássicos, então minha satisfação é só tocar o que produziram mesmo rs

TiagoB
Veterano
# jul/15
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Casper

Talvez seja porque muitos dos que são músicos não sejam artistas de fato, encaram tocar o instrumento e tudo mais muito mais como um ofício a ser realizado perfeitamente nos mínimos detalhes e não como uma forma de expressão.

FELIZ NATAL
Veterano
# jul/15
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Jimmy Page sobre plágio

FELIZ NATAL
Veterano
# jul/15
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Penso que a habilidade é o grande álibi da vida.

Vejo caras como Jimmy Page, Pep Guardiola, Steve Jobs roubando escancaradamente ideias de outros e a aperfeiçoando-as que não para mim não faz sentido discutir a fonte, mas sim o resultado.

Quando há conteúdo, verve artística e paixão é indubitavel o sucesso, quando não há, a originalidade se torna irrelevante.

Abç

Fernando
Veterano
# jul/15
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Concordo com a visão do Casper.

Em minha opinião, fazer covers a vida toda é quase um desperdício. É se contentar com a mediocridade. Representaria ter medo de botar a cara pra bater, de deixar uma marca nesse mundo. Mas esse é o significado para mim. Eu sinto que tenho coisas para expressar com a minha própria criação - desde quando comecei a tocar esse desejo estava lá.

Mas entendo que tem gente que é SUPER feliz tocando covers e se divertindo a vida inteira, e eles simplesmente não sentem esse desejo de criar. Para eles, a música é mais entretenimento do que uma paixão ou uma vocação. Não há nada de errado nisso. A Música é gigante e abraça diferentes ideais. Só não concordo em chamar esse cara de artista. Ele pode ser um grande instrumentista, um ótimo músico, mas não um artista.

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# jul/15
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Discordo da sua premissa. noto que musicalmente conforme avança a evolução, os músicos também tendem a criar composições próprias. O motivo que em geral músicos tendem e gostam de fazer cópias fieis de músicas já conhecidas, se de pela apreciação que ele já tinha por aquela obra, de forma que ele queira ter o prazer de tocar aquela sonoridade tão agradável para seus ouvidos.

Veja que muitos jovens começam a tocar guitarra para tocar Metallica. Muitos pianistas começam a tocar pela inspiração de tocar Beethoven, Mozart, ou qualquer outra coisa.

Já você não ve um pintor que começa a pintar Exclusivamente para pintar a monalisa, ou recriar a obra de algum pintor. É uma arte que o foco des do começo já está em fazer coisas próprias. Desenho, pintura, escrever, e etc.. são artes que o que importa e o resultado final.

Música, boa parte do que importa é o momento em que vc esta tocando. Não junta-se uma plateia para ver um escritor escrever um livro. E muito menos faria sentido reescrever fielmente um livro já conhecido.

Acho que são ambitos bem diferentes e não tem como jogar tudo no mesmo balaio.

Em geral o pessoal faz muita tempestade sobre alguns assuntos.

Casper
Veterano
# jul/15
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Caro Wuju Wu Yi:

O senhor acha mesmo que a música é uma
arte em que o foco não é o de criação?

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# jul/15
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Casper

Des do começo como eu disse que desenhar, pintar e escrever são, sim, não acho.

6Strings
Membro Novato
# jul/15
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uma imensa parcela de músicos sente orgulho em reproduzir
exatamente o que já foi feito, se possível da forma indistinguível
do original. Qual o objetivo disso?


Difícil essa pergunta....eu acho que é porque, numa apresentação por exemplo, um cover bem executado, com uma vibe legal é capaz de contagiar e até emocionar a platéia.....e isso causa um bem estar para os músicos, mesmo que tocando coisas dos outros...
Existe também o fator financeiro....conheço alguns músicos que vivem de apresentações na noite em bandas cover e isso é meio que necessário...

De toda forma, eu particularmente sinto muito mais prazer em criar que copiar....mesmo que de forma bastante amadora....

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# jul/15
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Vou complementar com algo mais aqui. O músico deve conseguir interpretar com fidelidade uma música, primeiramente, por mérito e competência.

Ser capaz de tocar uma música fielmente é mérito, não demérito.

O músico deve compor e improvisar pela sua vontade, e não pela falta de escolha, por falta de competência para tocar uma música com precisão.

claro que o músico deve exercer a criatividade o quanto antes. arranhar umas composições sempre é ótimo. mas sem Muita interpretação ele não vai ter a base para fazer músicas de verdade.

Veja, não rebaixo de forma alguma a importância e o quão gratificante é compor coisas próprias e passar a sua identidade para uma música, mas como eu disse. O foco, principalmente no início, não é esse. Fazer isso vem com a maturidade musical.

Tem que ter "barba" musicalmente pra realmente passar a ideia de que se está improvisando e compondo, e não apenas fugindo da própria incompetência.

Mozart tocava de memória varias músicas da época. Ele sim era um cara que você sabia que estava compondo por escolha e expressividade.

Casper
Veterano
# jul/15 · Editado por: Casper
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Caro Wuju Wu Yi:

Ser capaz de tocar uma música fielmente não seria o mínimo,
não seria como o pintor de quadros que no momento que
domina a técnica está pronto para criar?

ogner
Veterano
# jul/15 · Editado por: ogner
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Wuju Wu Yi
Casper

É fogo q vemos os musicos mais "pica das galxias", solistas de musicas classicas, que estudam a vida toda, nos melhores conservatorios do planeta, com os melhores professores da terra, pra que??

Interpretar a peça dos Bach, Mozart, Vivaldi e etc....

Fazer cover, hehehehehe!!!

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# jul/15
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Eu entendi o seu ponto de vista. Mas acho que está direcionado para o lado errado. Ser capaz de tocar uma música fielmente é um desafio para muitos músicos dependendo da música. Logo envés de críticar isso especificamente, seria mais interessante apenas incetivar os músicos a comporem mais.

Veja, que tipo de música os músicos costumam tentar tocar? Geralmente, as que estão um ponto acima do seu nível técnico, de forma a desenvolver sua técnica. E como eu disse, eu discordo da sua premissa, eu não acho que os músicos em geral não criam suas composições quando sentem conforto para tal, ou melhor, quando dominam a técnica como você disse.

Agora, eu concordo com você que músicos em geral, principalmente os iniciantes, não compoem Tanto quanto cria-se nas outras artes. E se eu fosse apostar em um motivo, seria a opinião do colega Rafael ali em cima.

Para que tentar a sorte com algo inédito se podemos utilizar uma melodia já consagrada com uma chance bem maior de aceitação... ?
Não gosto desse "argumento" mas outra verdade é que existe público. E se existe público...


Artistas em geral são exibicionistas, e as pessoas em geral se impressionam com a sua habilidade. E para o músico é mais fácil demonstrar a sua habilidade, já que excecuta as obras em tempo real.

Nesse contexto o músico elimina a possibilidade de não ter uma boa recepção, tocando algo que já é do agrado de todos.

Para o pintor, desenhista, escritor, etc.. tanto fez ou tanto faz, porque eles geralmente produzem sua arte em reclusão. E como o resultado final é o que importa, e não a exibição técnica do processo, não faria muito sentido copiar algo de outro artista.

Então enfim, enquanto o músico pode ter prestígio de duas formas distintas, sendo elas a exibição de sua habilidade, E pela sua criação, o desenhista, pintor, escritor costuma ter só a segunda opção. E para o músico, principalmente no começo, é muito mais fácil impressionar pela primeira do que pela segunda.

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# jul/15
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ogner
É verdade isso. realmente.

eu vejo que eles costumam se especializar em algo. alguns em interpretação e outros em composição.

rcorts
Veterano
# jul/15
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Casper

Já parou para pensar no papel do consumidor de música nessa cadeia de sentido? tem gente que só vai gostar de uma música se for um rock clássico, ainda que seja de uma banda "nova" surgida em 2015.

Vejo muito preconceito e lugares seguros entre consumidores de música. O novo nem sempre é de fácil assimilação e com certeza o público tem um papel influente em fazer com que velhas receitas continuem sendo seguidas.

Enfim, não estou com isso tentando achar uma explicação para a questão, senão lançar um ponto de vista.

rcorts
Veterano
# jul/15
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Casper
Concordo quanto aos músicos que se preocupam somente
com a perfeita reprodução do original - esse tipo de criatura
existe.


Um ponto para reflexão: então John Williams tocando magistralmente Recuerdos de La Alhambra não passaria de um macaco que aprendeu a utilizar coordenadamente seu polegar opositor?

Gui Tsuu
Veterano
# jul/15
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Casper

Polêmico o seu tópico haha. Vou tentar te responder como vejo o artista e a arte, mas talvez seja difícil de você compreender, pois entendi que o seu sentimento pela criação é muito forte.

Mas eu vejo um artista no geral como um agente da arte. No meio artístico a gente denomina vários cargos para cada artista, na música temos diversos tipos de músico: o performático, o compositor, o regente; na dança: o dançarino, o coreografo; no cinema e teatro: roteirista, diretor, ator e etc.

Eu vejo muitos músicos que não tem o apelo e nem desenvolvem a aptidão pela criação, mas amam a função que exercem (sendo cantando ou tocando algum instrumento). Acho que para estes, o simples fato de estudar o seu instrumento, e aprimorar a sua técnica já é o bastante para satisfaze-lo.

Eu particularmente acho muito nobre a paixão que um músico tem pelo seu instrumento, e o empenho em estudar a música para que a cada dia ele desenvolva mais afinidade com o mesmo.

Eu considero este músico um artista, porque independente de estar interpretando uma obra de outra pessoa, o sentimento dele está ligado a execução, e eu acredito ser legitimo.

Agora realmente eu sinto falta de bons compositores no nosso país. É muita gente fazendo mais do mesmo :(

Gui Tsuu
Veterano
# jul/15
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Wuju Wu Yi

Eu entendi o seu ponto de vista. Mas acho que está direcionado para o lado errado. Ser capaz de tocar uma música fielmente é um desafio para muitos músicos dependendo da música.

Nem me fale, vi um dia minha prima estudando uma partitura de piano (não lembro a obra) mas além da parte técnica, ela escreveu marcações em cada trecho da partitura.

Eu fiquei curioso e perguntei o que era aquilo, ela me explicou que em cada trecho da obra, o compositor quis expressar um sentimento diferente, e a forma de tocar variava com um detalhismo que na hora você pensa "PURA VIADAGEM" hahah, Mas faz toda a diferença na hora da execução, se você começa a observar, você percebe facilmente a diferença entre "interpretar" e "reproduzir".

Tudo isso ela fez ouvindo a faixa original, analisando e depois interpretando. E isso é foda cara, acho o trabalho que ela teve muito maior, mais criativo e desafiador, do que escrever uma letrinha com rimas manjadas e mandar um solo em cima de uma escala qualquer. Vejo muita gente fazendo esse trabalho pseudo-autoral por ai.

pianoid
Veterano
# jul/15
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tópico polêmico apenas por misturar artes estáticas com performáticas

música é arte viva quando está sendo executada, na partitura está morta

não vejo o autor do tópico reclamando que ainda hoje é montado Shakespeare

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# jul/15
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Gui Tsuu
é isso ai. interpretar uma música com perfeição é muito mais difícil do que parece.

Gui Tsuu
Veterano
# jul/15
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pianoid

Acho que ele só foi infeliz na comparação e na discriminação do músico que não compõe.

Mas acho que a polemica está em cima do conceito de artista, é um termo que sofreu muita mutação com o decorrer do tempo. Eu mesmo, não me sinto tão confortável ao dizer que todo músico é um artista, e nem que todo "artista contemporâneo" é músico, se é que me entende :p.

cafe_com_leite
Veterano
# jul/15
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Até pensei em comentar, mas só de pensar que esse tópico vai desembocar no mar -asmo de sempre, já me indispõe.

rcorts
Veterano
# jul/15
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cafe_com_leite

Kkkkkkk.

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