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Adler3x3 Veterano |
# fev/13
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Scrutinizer
Sem psicologia barata que cabe num livro de auto-ajuda, por favor.
Por favor faça um comentário sério. Se você leu e não entendeu fazer o que?
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Scrutinizer Veterano |
# fev/13
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Adler3x3
Eu falei sério. E eu entendi muito bem.
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Ken Himura Veterano |
# fev/13
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Somos todos diferentes: aptidões, gostos, vontades, características físicas... isso tudo influencia no final. Além da ralação, claro, que é obrigatória.
Interpreto 'dom' com um conceito que Aleister Crowley sempre citava: o de verdadeira vontade. Verdadeira vontade é a aquela inclinação em que as coisas acontecem praticamente por mágica; é aquela em que temos mais facilidade e afinidade. Despindo-se dos véus do ego e do supérfluo, é aquilo que nascemos para fazer - tanto que uma das citações mais famosas dele é "Quando nos dedicamos à Verdadeira Vontade, o sucesso é a única opção".
Isso, no fundo, é resultado de tudo o que somos psicologicamente, geneticamente e como fruto do meio cultural em que estamos.
Mozart, por exemplo, foi um gênio indiscutível. Mas só o foi por ter conseguido reunir tais fatores pra tal: genético (veio duma linhagem de músicos; seu pai era um grande compositor, musicista e pedagogo da época e sua mãe era cantora), cultural (seio da aristocracia Europeia; aprendeu a falar diversos idiomas desde cedo por causa disso e foi exposto à toda produção musical ocidental desde garoto), psicológico (instintivamente, ele era atraído pela música - Verdadeira Vontade), monetário (sua educação foi caríssima) e de esforço (desde cedo estudava pra cacete).
Se um desses fatores quaisquer não tivesse sido assim, Mozart não seria o que foi, por menor que seja a mudança. Mesma coisa com outros gênios, de qualquer área.
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odion Veterano |
# fev/13
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Scrutinizer vamos falar da madonna, tanto faz, a cantora, a de leonardo da vinci...
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guizimm Veterano |
# fev/13
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MMI Beethoven só podia ouvir música onde fosse executada, não havia nenhuma gravação, e vejam, isso era para todos os músicos, mesmo os medíocres daquele tempo, desconfio que o acesso a partituras naquele tempo não era tão simples assi cara, ele teve educação musical desde criança, ele dedicou a vida a isso, creio eu, ele tinha quem ensinase a ele e partituras a disposição
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guizimm Veterano |
# fev/13
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Só pra esclarecer, já que eu ja disse o que eu acho, o tal do Dom para mim é só uma facilidade e uma sensibilidade a mais, e nem é tão exclusivo, e faz diferença de 5%(não que seja quantitativo, só quis expressar o pouco que faz de) diferença, mas esse pouco é fundamental para dividir uma obra boa e uma genial. Mas quem não nasceu com ouvido bom ou coordenação motora, na minha opinião, pode ser músico profissional facilmente com o treino e estudo, mas eu não acho que vai estar no patamar mais alto.
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Casper Veterano
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# fev/13
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Vareia.
Um excelente compositor pode ser um péssimo intérprete, e um músico profissional da orquestra sinfônica pode não conseguir compor absolutamente nada.
Eu acredito que existem pessoas mais aptas que outras para a música, assim como existem pessoas mais aptas que outras em todas as áreas.
Conheço um monte de gente que se empenha e transpira e só faz m*rda.
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MMI Veterano
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# fev/13
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guizimm
Nem tanto. É verdade que ele aprendeu música desde criança com o avô que era maestro, o qual o obrigava a estudar horas todos os dias desde os 5 anos, aos 10 anos diziam que dominava o repertório todo de Bach.
Já a impressão, apesar de que Gutemberg iniciou a impressão por tipos móveis, por volta de 1439, sendo o inventor global da prensa móvel. Mas mesmo no fim do séc XVIII a impressão ainda era cara e não se dispunha de um acervo tão grande de partituras em lojas. Muita coisa ainda era feita a mão mesmo, transcrita. Seu avô, como maestro, até devia ter seu acervo de partituras, mas garanto que não tinha uma fração sequer do que se encontra numa loja especializada atual.
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Scrutinizer Veterano |
# fev/13
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Casper Bacana o seu poema.
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odion Veterano |
# fev/13
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Casper acredito que se vc fumar um beck vai te ajudar pra caramba cara...tome uma brahma.
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guizimm Veterano |
# fev/13
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MMI mas pra ele deve ter sido bem mais fácil aprender, era só estudar e ele não precisava procurar tanto por material, e na idade adulta ele aprendeu com grandes professores, o que facilitou mais ainda
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makumbator Moderador
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# fev/13
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Ken Himura Se um desses fatores quaisquer não tivesse sido assim, Mozart não seria o que foi, por menor que seja a mudança. Mesma coisa com outros gênios, de qualquer área.
O curioso no caso de Mozart (e outros gênios, dentro e fora da música) é que ele terminou a vida quase como um "fracassado". Mozart teve apenas um único emprego na vida (arranjado por seu pai) e era justamente um cargo que não queira. No fim das contas foi despedido e tentou se manter em Viena, mas de maneira um tanto precária.
Apesar de ter se firmado como um grande gênio da humanidade, alguém que o conhecesse na época pode ter achado que ele não cumpriu todo seu potencial, por ter morrido quase sem recursos e desempregado. Van Gogh é um caso ainda mais extremo. Sua vida pode ser vista como um fracasso atrás de outro (financeiro, social, familiar, etc...). Mas é sem dúvida um grande gênio.
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guizimm Veterano |
# fev/13
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Sua vida pode ser vista como um fracasso atrás de outro (financeiro, social, familiar, etc...). Mas é sem dúvida um grande gênio vários dos meu preferidos firam assim, fernando pessoa, o próprio van gogh e outros
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vinibassplayer Veterano |
# fev/13
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guizimm
acho q o destaque (alem de ter uma técnica afiada pra sair som do q é pensamento) é q esses kras que ñ sabem teoricamente o q estão fazendo, conseguem, sei lá, ver ou ouvir além do óbvio. algo escondido em uma pauta escrita q eu vejo por cima como uma sucessão "bicho de 7 cabeças", vc pode ver como uma coisa simples e que dependendo das diferenças técnicas entre nós (ñ por saber mais, mas por executar de forma diferente a msm coisa), se torne algo fora do comum.
no caso citado do Hendrix, ele se destacou na criação e uso de vários efeitos, que só passaram a ser conhecidos através dele, como wah, oitavadores e o uso da microfonia a favor da música. A forma como ele palhetava ou fazia os vibratos ou bends, ninguém nunca conseguiu nem chegar perto de imitar.
então no geral, além da forma de aplicar as técnicas, que é algo mais mecânico, pega forte a forma de pensar a música em si, na criação das melodias e harmonias.
a msm coisa como no caso do Blackmore: quem diria q compondo um riff de execução tão simples como Smoke on the Water, esse seria o riff mais tocado na história??? a execução pode ser simples de qualquer forma, mas a musicalidade implícita é essencial e única de cada mente!!! "Cada cabeça é um mundo"
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guizimm Veterano |
# fev/13
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vinibassplayer concordo "Cada cabeça é um mundo" de quem é essa frase?
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Ken Himura Veterano |
# fev/13
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vinibassplayer Cara, pensa num mundo mais amplo que a guitarra.
makumbator Pois é! Mas é porque ele era meio "cabeça-dura" e queria fazer as coisas do jeito dele, sem mecenas - o que só começou pra valer com Beethoven. Fora a mão aberta né heheheh.
Mas acontece bastante até. Veja o Schubert, por exemplo.
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makumbator Moderador
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# fev/13 · Editado por: makumbator
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Ken Himura
Acho engraçado como muitos compositores que viveram na mesma época de Mozart e tiveram melhores cargos e até mais reconhecimento cairam no esquecimento.
Com certeza pessoas da época deveriam dizer:
"O fulano é que é um grande compositor, aproveitou bem a vida, teve ótimas colocações e cargos, ganhou um bom dinheiro e reconhecimento das elites, ao contrário do Jovem Mozart, que desperdiçou o talento, e morreu pobre e fodido, ainda deixando a viúva e filhos na merda..."
Hashsah!
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odion Veterano |
# fev/13
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makumbator pelo pensamento dele nao queria se vender mas queria mostrar o seu talento, gênio que era teve as suas composições tocadas pelas gerações.
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makumbator Moderador
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# fev/13
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odion
O problema é que ele estava além do seu tempo, O cenário social que ele queria (público anônimo pagante, livre de contratos de igreja ou da nobreza, e sem compor por encomenda) só seria possível décadas depois. O resultado foi que ele ficou na pobreza no fim da vida. A sociedade não estava pronta para o esquema que ele queria seguir (e ele estava na cidade mais artística e musical da Europa na época, que era Viena).
Fazendo uma analogia, é como se um músico dos anos 50 ou 60 desejasse alcançar o sucesso mundial na música sem ter um contrato com uma grande gravadora. Era algo praticamente impossível na época, mas é até factível hoje.
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Rednef2 Veterano |
# fev/13 · Editado por: Rednef2
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Um cara aqui do forum que pra mim é um exemplo de que Dom existe é Lelo Mig Ele disse que não pensa em escalas na hora de improvisar e mesmo assim faz uns fraseados bonito pra caramba, isso porque ficou 10 anos parado.
Ja eu, mesmo estudando escalas e suas notas de tensão e de passagem não chego nem nos pés dele heheheh
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thms555 Veterano |
# fev/13
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cara, principalmente na área da composição, é muito loucura dizer que estudar exaustivamente vai te fazer um bom compositor. Alguém me explica como Lennon e McCartney compuseram tantas musicas boas, sera que eles eram tao estudados assim? Musica tem que ser vista como arte, porque de fato é uma arte, e me impressiona em um fórum de musica como este, tanta gente com uma mentalidade de que todos somos iguais e a diferença é a educação musical de cada um para relevância de sua obra. Cada pessoa tem sua impressão de musica, por isso que cada um toca de um jeito, escreve de um jeito. É que nem tentar imitar algo característico de alguém, você vai morrer tentando e nunca soara ou escrevera melhor ou ao nível de alguém que fazia aquilo por natureza.
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makumbator Moderador
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# fev/13
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thms555 tanta gente com uma mentalidade de que todos somos iguais e a diferença é a educação musical de cada um para relevância de sua obra
Desde quando estudar iguala todo mundo? Para mim conhecimento nunca é demais. Sempre achei esse papo um certo "elogio à ignorância".
Música é arte, mas é também técnica (e entenda o termo em seu significado mais amplo, diferente de seu uso no universo shredder).
O fato de se estudar a história e a técnica musical (seja na composição ou execução) não torna ninguém um autômato. Mas ao contrário, te dá mais liberdade, uma vez que você tem mais recursos para exprimir os seus sentimentos e passá-los para a música.
Pelo menos é assim que eu vejo a coisa.
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Lelo Mig Membro
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# fev/13 · Editado por: Lelo Mig
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Rednef2
"um exemplo de que Dom existe é Lelo Mig"
Cara, obrigado, mas tenho que ser honesto...não tem nada a ver com dom!
A música, enquanto teoria de altura das notas, sua duração, sua disposição, sua distribuição e etc, é matemática.
O fato de eu "não pensar as escalas" não faz com que as escalas não estejam lá. Eu as toco do mesmo jeito que você, do mesmo jeito que Steve Vai. Um Sol# é um Sol#, pro leigo e pro virtuose.
Eu posso " não pensar" o desenho das escalas da forma usual, posso digita-las de forma não convencional, porque não as uso (de forma consciente) para tocar, mas isso é outra conversa.
Não é Dom!
heheheh......bem que eu queria!
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vinibassplayer Veterano |
# fev/13
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guizimm Augusto Cury - O Futuro da Humanidade
Ken Himura usei os exemplos na guitarra, pq é o q tem de mais aki no fórum, e é o q a maioria tá usando como exemplo. é o instrumento q todo mundo presta mais atenção, e que tem os músicos de mais destaque. isso é quase um fato.
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Adler3x3 Veterano |
# fev/13 · Editado por: Adler3x3
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Opps post errado
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guizimm Veterano |
# fev/13
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Lelo Mig então vc vai chutando as notas no braço?
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Lelo Mig Membro
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# fev/13
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guizimm "então vc vai chutando as notas no braço?"
Não!!!
Vou te explicar, como funciona prá mim....
Quando eu improviso, eu busco as notas pelo som que esta na minha cabeça. Eu "imagino" o som e toco ele.
Agora, fiquei muito tempo parado não esta tão fluente, mas quando estava ativo, eu sei onde esta este som no braço da guitarra, onde esta a nota que desejo.
Se você me interromper no meio do solo e perguntar: "que nota você deu agora?" - vou responder: Não sei!
Só sei se eu olhar a corda/casa (eu conheço as notas no braço) mas não penso nelas para tocar.
É simples, eu vou pelo som, não pelo nome da nota. Na prática, não faz diferença, um Si é um Si, tocado intencionalmente ou não.
A diferença é só na lógica. Eu desenvolvi isso, porque desde muito cedo eu nunca quis tocar como meus ídolos, eu queria tocar diferente, e acabei desenvolvendo um pensamento pessoal. Que foi bom em algumas coisas e ruim em outras.
Acontece, que eu conheço as notas, acordes, escalas, etc, mas sou autodidata. Quando fui estudar formalmente, em pleno anos 80, o auge da "aplicação de escalas", eu comecei a perder meu estilo.
Porque se eu pensar "tenho que aplicar a escala tal, com modo X", isso limita minha execução, a torna no mínimo igual a de todo mundo, e eu comecei a perder meu estilo e tocar pior.
Então, abandonei o estudo formal, e desenvolvi meu próprio método de estudo. Agora que voltei a tocar, estou estudando novamente do meu jeito.
Eu não quero tocar o "Lá#, porque ele faz parte da escala menor melódica de Sol", eu quero toca-lo porque "senti" que é a nota certa a ser dada e saber onde ela esta...pelo som.
Quando, improviso, de preferência, não quero nem saber o tom da música, se é maior ou menor.
Só treino improviso em BTs que não têm descrição de tom, grau ou escalas.
Claro, que um tempo depois, brincando em cima da BT, acabo percebendo isso... mas não quero saber antes.
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Casper Veterano
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# fev/13
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Caro odion:
...acredito que se vc fumar um beck vai te ajudar pra caramba cara...
Isso ajudou-o?
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odion Veterano |
# fev/13
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ta bom casper, tempos das antigas só.
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guizimm Veterano |
# fev/13
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Lelo Mig entendi, depois eu pensei e imaginei que fosse isso mesmo na verdade é melhor porque vc não fica preso aos desenhos, mas pra fazer isso precisa de muito conhecimento do braço e ter criatividade rápida e a toda hora, né?
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