Composição - Salvando um Ideia - Dica para iniciantes

Autor Mensagem
Lelo Mig
Membro
# set/12 · Editado por: Lelo Mig


Muita gente me pergunta que método uso para compor. A resposta rápida é "NENHUM".

Mas, durante este tempo todo metido com música, já compus algumas dezenas de canções. E sigo uma organização pessoal.

Independente de não ter “acontecido”, creio que possuo algumas porcarias e algumas canções muito boas. Óbvio que bom é relativo a estilo, gosto pessoal, intenção e etc. Desta forma, para um fã de sertanejo universitário ou axé, nenhuma música minha é boa.

Mas, voltando ao que importa, durante esse tempo, desenvolvi alguns truques ou macetes pessoais, que não são “fórmulas” nem “regras”, afinal, não existe “caminho das pedras” para compor, apenas dicas que podem ser úteis a novos compositores, facilitando sua organização ou sugerindo como administrar suas ideias.

Algumas canções nascem de uma melodia que “aparece do nada” na cabeça ou quando estamos “brincando” com o instrumento. Outras surgem de uma ideia “em forma de estória ou texto”, sem som algum, apenas algo a ser dito ou contado em palavras. Algumas surgem juntas, letra e música.
Vou descrever como lido com cada tipo de “start” criativo.

1- Quando surge a música:

a- Imagine que está dirigindo e surge uma melodia simples, às vezes uma linha baixo/batera ou um riff de guitarra.
Encoste o carro na primeira chance que tiver, e grave no celular, na base do “lálálá ou “beat box”, faça “lálálá” e batuque no volante, não importa sua maneira... Grave!

b- Brincando com o instrumento, surge uma frase melódica, harmonia ou riff interessante... Mesma coisa, celular ou a coisa mais fácil que tiver em mão e grave.

O importante, nestes exemplos e tantos outros similares (não importa qual, o processo é o mesmo)... Grave! E seja rápido!

Não tente melhorar, aperfeiçoar, complicar... Do mesmo jeito que a ideia vem “do nada” muitas vezes ela vai embora rápido como fumaça.
“Sou experiente, esse riff é simples, não vou esquecer”... Vai sim! Pode apostar!

“Vou escrever essa passagem (cifra, tablatura, partitura, escrita pessoal*). A essência, a emoção, o sentimento que te “iluminou” naquele momento, não será o mesmo, a música irá soar diferente. Ela se perderá se tornará comum, quando você for tocar o que escreveu, vai achar que “ela não era tão boa assim”.

Aposto com qualquer um aqui que se Mozart ou Bach tivessem um gravador no tempo deles, eles usariam! Assim como aposto que eles escreviam partitura MUITO melhor do que você! Então não seja teimoso... Grave!

(*) Muita gente, possui “escrita pessoal”. Principalmente autodidatas, meu caso. Eu uso um mix de Cifras com “tablatura notada” que inventei (acho), ainda garoto, não me perguntem como, mas é mais ou menos assim:

I I I I I II I
--sol----------lá------------lá#-------
G/D ------ré#---------sol-----------------
----------dó------------ré------------

(se alguém rir, vou dar porrada!!) (não saiu direito, como escrevo, não consegui fazer aqui, mas dá prá ter uma idéia).

2- Quando surge um texto:

“palavras, poesia, frase, rima, estória, tema... Etc.”.

a- Anote! Escreva!

Não tente melhorar, aperfeiçoar, complicar... Escreva rápido, como veio à cabeça. Não importa que a rima seja “amor com flor”, depois você conserta isso. Não importa que as palavras sejam simples e até infantis, não MUDE, simplesmente anote o mais rápido que puder. Se precisar, explique (prá você mesmo) faça notas de rodapé, tipo “os cabelos cacheados da mulher do meu vizinho me deram essa ideia” ou “eu estava bêbado”, e etc.

3- Música e letra juntas:

a- Junte as duas ideias acima.

Detalhes, dicas e macetes.

Muitas vezes eu pego uma letra, escrita de qualquer jeito (na rapidez de captar a ideia) e acho que ela poderá ser boa. Então, hora de “lapidar”, melhorar, aperfeiçoar...

Vou revelar um truque que uso muito e quase ninguém sabe... Mas, como não fiquei famoso, vou entregar...

Fico olhando a “ideia” escrita no papel e imagino letra de que música ela poderia ser... Suponha que por algum motivo eu ache que ela tem a ver, por exemplo, com “Smoke on the Water” do Deep Purple.

Eu coloco Smoke on The Water para tocar e encaixo minha letra em cima da letra original.

Vou melhorando as frases, trocando as palavras, melhorando as rimas, ajustando o ritmo, buscando palavras menos comuns, dando sentido mais claro a algo que não está muito perceptível, ocultando coisas que não quero que fiquem tão claras e etc.

E faço “minha letra” para Smoke on the Water.

Feito isso, guardo a letra, até esquecer qual foi a música que utilizei. Acreditem, esqueço rápido, no máximo em um mês, já não lembro mais que melodia e ritmo eu usei para “enfiar” aquela letra.

Só me sobra, uma letra pronta... Sem melodia, ritmo e harmonia.

Obs.: Importante. O contrário não funciona para mim. Se eu usar “recortes” de melodias que existem para criar música, quando vou executar eu me lembro da original que usei para me inspirar e não consigo fugir do “plágio”. Mas se der certo prá você, poderá tentar com música também.

Com as melodias que tenho, faço o mesmo. Vou lapidando, melhorando, fazendo uma harmonia mais sofisticada ou mais simples, criando riffs, ligando frases desconectadas, criando passagens, ritmos e etc.

A ordem inicial, Melodia, Harmonia ou Ritmo, não existe prá mim. Cada música eu começo por uma dessas três de forma intuitiva, no que a música me leva a fazer.

Se não tá rolando, to sem inspiração, sem ideias... Encosto por um tempo. Não consigo bons resultados forçando. Eu me dedico na execução, arranjo e etc., perco tempo numa passagem, para conseguir executa-la ou cria-la como esta na minha cabeça, mas a ideia tem que estar lá.

Está-se sem ideias, não adianta tentar a força... Só vem merda.

Aí eu largo tudo e venho escrever post prá colocar no FCC... kkkkkk.

Valeu galera! Espero que este post sirva para alguma coisa.
Abraço!

Obs: Não confunda Plagiar com Inspirar-se.

Plagiar é copiar parte ou todo de uma música e usar como sua.
Inspirar-se é usar o sentimento que uma música, letra, filme e etc, causam em você, para criar sua própria arte!

Não ouve música? O mais possível e tudo quanto é estilo?
Então será sempre limitado.

Não lê? Não vê bons filmes? Não se informa?
Então sempre escreverá como uma criança.

gpeddino
Veterano
# set/12
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Lelo Mig novamente dando um show de coerência e didatismo. Muito bom!

Sou compositor e reitero várias das questões abordadas, principalmente essa: não confie na memória e sempre grave suas ideias. A memória tende a te trair...

Colocando na roda... Eu tenho um exercício criativo que funciona até que bem pra mim. Chamo ele de RANT.

Consiste simplesmente em sentar em silêncio com um caderno ou na frente do PC (só com o Bloco de Notas aberto) e escrever ininterruptamente por alguns minutos. Escrever sem parar mesmo, sem pensar, sem parar pra mexer em nada, sem corrigir palavras que saíram erradas... Depois salvo o arquivo ou fecho o caderno e só vou olhar no dia seguinte.

Desse material já me saíram frases muito boas que acabaram levando a outras frases, e depois a outras e assim por diante até eu chegar a canções completas. Em uma ocasião, a canção estava praticamente completa dentro do Rant, só precisei editar e aparar arestas (que é a parte mais difícil).

Outra coisa que faço tem um pouco a ver com o seu sistema do Smoke on the Water: tem vezes que uma outra canção me inspira, então eu tento fazer um Rant ouvindo essa canção, e começando com a ideia inicial que ela me traz, seja pela letra, melodia, arranjo, etc. Mas aí, conforme vou escrevendo, me permito 'esquecer' da ideia inicial e ver até onde minha consciência me leva até a música terminar. Quase sempre isso acaba me levando a escrever algo totalmente diferente da música "matriz".

Luiz_RibeiroSP
Veterano
# set/12
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gpeddino
Essa sua ideia parece a do Brainstorming ou tempestade de ideias, usado em administração.

sebber
Veterano
# set/12 · Editado por: sebber
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Valeu Lelo por mais um tópico relevante.

Concordo totalmente que se der para gravar esse é o melhor caminho quando pinta uma ideia.

Gostei da técnica de espelhar uma letra em outra, bem criativa.

Uma coisa que faço às vezes é pegar uma ideia, seja riff ou sequência de acordes que estavam soltos e encaixar em uma música que já está mais adiantada.

Podem chamar de colcha de retalho se quiserem, mas para mim são simplesmente ideias que surgiram em momentos diferentes e foram unidas em prol de uma música.

E para complementar o texto vou dizer uma coisa que já escrevi aqui mais de uma vez, então atenção compositores iniciantes (isso vale pra mim também):

Nem todas as sequências de acordes, solos ou riffs criados precisam necessariamente ver a luz do dia e virar música. Às vezes são só melodias que soam bem ou nossa criatividade tentando se libertar das porcarias para poder produzir as coisas melhores.

cafe_com_leite
Veterano
# set/12
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Lelo Mig
Essa de gravar eu uso bastante, meu problema é criar letras, até consigo com muito esforço criar alguma coisa mas não consigo por a música, já em criar melodias tenho certa facilidade, são coisas que vem naturalmente, sem programação, do nada vem, e que eu percebo que a cada nível que eu melhoro no meu instrumento também melhoro meu nível de composição.
Mais um belo tópico, parabéns
Abços

Lelo Mig
Membro
# set/12
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gpeddino
Luiz_RibeiroSP

Sim esta ideia do "RANT" lembra muito a técnica de Brainstorm, mas nunca pensei nisso para compor... bastante interessante, se me permite, vou fazer uns testes...rs

Obrigado!!

sebber

Sim, muitas vezes uma melodia vem picada. O solo de hoje, misturado com a harmônia que sobrou do Natal e o Riff encostado há 1 ano, que não conseguíamos dar prosseguimento, será a mesma música amanhã.


cafe_com_leite

Quando criar uma letra, não se preocupe em musica-la. Trate letra e música como dois indivíduos diferentes. Quando você tiver algumas letras jogadas na gaveta e algumas músicas gravadas, elas irão te mostrar, quem são os pares a serem juntados.

Luiz_RibeiroSP
Veterano
# set/12 · Editado por: Luiz_RibeiroSP
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Lelo Mig
Li uma entrevisto com o Eric Clapton, em 2001, ele falou que gosta de deixar gravando tudo que esta fazendo no estúdio, porque muitas vezes ele cria coisas legais e depois não lembra. E isso parece ser uma preocupação para muitos músicos, vide a quantidade de equipamentos que fazem esta função! a Roland mesmo tem um monte heuhehuee até queria uma bagaça dessa, antes eu usava um gravador de bolso, daqueles que tinham uma fita de secretaria eletrônica -> Só os fortes entenderam uehueueu

sr. das caravelas
Veterano
# set/12
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Mais um tópico com o selo Lelo de qualidade, rs.

pOkiz
Veterano
# set/12
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Luiz_RibeiroSP

Eu sendo o Clapton, hoje com seus 67, gravaria até eu almoçando pra mim não esquecer e acabar almoçando de novo após 10 minutos.

cafe_com_leite
Veterano
# set/12
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pOkiz

Eu sendo o Clapton, hoje com seus 67, gravaria até eu almoçando pra mim não esquecer e acabar almoçando de novo após 10 minutos.

huehuehuehue

Duds McCready
Veterano
# set/12
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Lelo Mig
Grande post!! Excelente contribuição ;)

Fiz aulas durante um tempo com um professor que sempre comentava comigo o seguinte, quando eu falava que a minha banda estava em processo de composição: "Pegue uma música que vc goste, mude a tonalidade e vc já tem um bom ponto inicial..." hehehe.
Não que isso seja errado, já que tem muitas bandas que fazem isso mesmo, mas sei lá, aquele lance de "Nossa, eu criei isso", por mais que tenha ficado igual a alguma música (base, vamos supor) mas que vc tenha criado "do nada" ou até mesmo de forma mais racional, é diferente de simplesmente copiar e mudar a tonalidade, no caso que citei...

Eu, pelo menos, nunca fiz isso que esse professor falava... hehehhe

Abraços!

Lelo Mig
Membro
# set/12
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pOkiz

O Clapton prá 67 anos, sendo que 40 deles bêbado, cheirado e turbinado, tá bem prá caramba... Bota muito moleque no bolso e comprova a tese de que Big Mac faz mais mal que Heroína...kkkkk.

Duds McCready

Se o cara consegue fugir da ideia inicial, se ela apenas abre portas para suas próprias ideias, não vejo problema.
Comigo não dá certo, já tentei várias vezes, se eu uso uma música que já existe para criar a minha, fica com cara de plágio, mas tem muito cara que usa este recurso e consegue bons resultados.

Jawbreaker
Veterano
# set/12
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Lelo Mig
De acordo! Ouvir música e gravar tudo o que eu toco são os principais combustíveis para eu compor. Quando eu pego a guitarra disposto a compor normalmente não sai nada, mas andar de ônibus me dá uma "inspiração"...

Lelo Mig
Membro
# set/12
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Jawbreaker

Buzão é danado para inspirar...de Beatles à Lou Reed, todo mundo já fez uma música num buzão.

O negócio e "pagar de louco" e sair gravando no celular....kkkkkk

De Ros
Veterano
# set/12
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Lelo Mig

Baita texto! Uso várias das sugestões que tu deu!!

Lelo Mig
Membro
# set/12
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De Ros

Se tiver alguns segredinhos aí...abre prá nós gaúcho!

Guardar segredo musical dá tendinite, sabia?

Rednef2
Veterano
# set/12 · Editado por: Rednef2
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Texto muito bom mais uma vez.

É engraçado quando vou compor algum riff, quando eu pego a guitarra e penso "vou compor algo" raramente sai alguma coisa boa.

Mas quando pego a guitarra e fico tocando de improviso acaba surgindo ideias muito boas, tem dias que eu confio na memoria e acabo esquecendo, mas na maioria das vezes eu gravo logo no Audacity.

Sobre letras é engraçado, geralmente as letras massas só aparecem na minha cabeça na hora que eu vou dormir ae fico com preguiça de escrever e deixo pra lá.

Lelo Mig
Membro
# set/12
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Rednef2

Isso "da hora de dormir" é foda...acontece direto. Mas meu celular é meu despertador, então eu cato ele do lado da cama e gravo.

Ontem mesmo gravei um refrão assim...

Quando eu era casado, minha ex, as vezes olhava desconfiada.....kkk, mas agora que moro sozinho é sussa!!

Rednef2
Veterano
# set/12
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Lelo Mig
kkkkkkkkkkkk mulher sempre atenta aos minimos detalhes

eu tenho que deixar a preguiça de lado e ir por no papel logo quando surgir a letra, ja deixei de escrever muita coisa boa por causa da preguiça.

MauricioBahia
Moderador
# set/12 · Editado por: MauricioBahia
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Lelo Mig

Ótimo tópico! Como sempre dando boas dicas pra galera. :)

1- Quando surge a música:

Num sonho (é sério, isso acontece!** ): desperte (não sei como) e siga os passos citados no 1º post. Se na manhã seguinte ainda se lembrar, faça o mesmo, grave tudo em algum lugar!

Valeu!

** Ed King "viu" os solos de Sweet Home Alabama num sonho e posteriormente os gravou. [url=http://edking.proboards.com/] Ele mesmo diz isso em seu fórum:

[/url] "both guitar solos came to me in a dream. Note for note. I just played it as I saw it. The tune was recorded at Studio One, Doraville, GA. NOT L.A. I believe I did the solo in 2 takes. (I've had other song ideas come to me right before drifting off to sleep. But I never actually SAW a solo like the two I saw in SHA.)"

Paul MCcartney, a mesma coisa, com a composição de Let It Be!

murilo97
Veterano
# set/12
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marcando para ler depois.

Lelo Mig
Membro
# set/12
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MauricioBahia

Sim...já ouvi vários casos sobre a música vir em sonhos.

Mas comigo não acontece. Já tive sonhos incríveis comigo tocando, inclusive uma vez o baixista da banda que eu tava tocando era o Geddy Lee....kkkk, mas não lembro do som quando acordo. :(

Caraca!! Lembrei agora!! era YYZ, mas o fidaputa do Geddy Lee roubou e gravou primeiro!!....kkkkk

mr.jackson
Veterano
# set/12
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Lelo Mig

Toco guitarra há pouco tempo, mas com certeza irei usar essas suas dicas !
Muito esclarecedor !

Obs.: quando lançar sua auto-biografia, me avisa, viu ?
Quero ser um dos primeiros a comprá-la.
hahahahaha

Abração, cara !

Jube
Veterano
# set/12
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Lelo Mig
Sim, muitas vezes uma melodia vem picada. O solo de hoje, misturado com a harmônia que sobrou do Natal e o Riff encostado há 1 ano, que não conseguíamos dar prosseguimento, será a mesma música amanhã.

Hauhuahua boa.

A ideia do carro é boa, as ideias vem sempre quando não podemos.

Um truque que eu fiz foi improvisar bastante e anotar todos os licks interessantes, são os licks que vão ligar o solo de hoje com a harmonia do natal e com o riff ou preencher alguma coisa.

Alexandre.M
Veterano
# set/12
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Lelo Mig
cara, post muito bom, eu havia salvado nos favoritos e só hoje fui ler todo o texto, eu fiquei meio confuso apenas nesta penultima frase que vc postou:
Não ouve música? O mais possível e tudo quanto é estilo?
Então será sempre limitado.

na sua opinião, um bom compositor deve ouvir todo tipo de musica, ou focar-se em um só estilo?

Lelo Mig
Membro
# set/12 · Editado por: Lelo Mig
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alexandremilitao1

Ouvir de tudo...tudo mesmo. Isso não implica em gostar de todos os estilos.

A maioria dos músicos comete um erro, que é apenas estudar seu instrumento e tocar o que gosta.

Para ser um bom instrumentista e ir além ainda, ser um bom compositor, o sujeito deveria incluir em seus estudos "Ouvir música".

E melhor ainda, se ele se propor a aprender e tocar, pelo menos uma música de qualidade de cada estilo. Você pode não acreditar mas conheço pelo menos meia dúzia de guitarristas fritadores que são incapazes de fazer um acorde dissonante ou tocar algo decente dentro de um compasso composto. Não estou exagerando não... é verdade.

É preciso ter cultura musical para desenvolver senso estético e critico.

Por exemplo, um cara que ouviu Calcinha Preta, e acha que forró é ruim, só por este parâmetro, não têm cultura musical para fazer tal afirmação. Ao contrário, eu posso afirmar que Calcinha Preta é horroroso porque conheço forró... percebe a diferença?

Alexandre.M
Veterano
# set/12
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Lelo Mig
ahh agora ficou claro, concordo com tudo que vc falou, eu procuro escutar de tudo mesmo que de primeiro momento seja horrivel , mas procuro conhecer o que está acontecendo no "mundo da música"
Ao contrário, eu posso afirmar que Calcinha Preta é horroroso porque conheço forró... percebe a diferença?
ahushuahsaushaush é como comparar james brown o pai do funk com o mr. catra, o pai da voz escrota e da putaria.

Thiago Fernaandes
Veterano
# set/12
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Acredito que o que você chama de "aparecer do nada" eu chamo de inspiração. E como disse Criolo numa entrevista ao SBT "as vezes ela vem num belo vestido, as vezes ela vem espancada, as vezes ela vem com uma faca pra te cortar, mas ela sempre vem".
Acredito também que a inspiração é algo que deva ser respeitado e sempre gravado, em um celular que seja , pra depois ser elaborada e transformada em uma musica de fato.
E para finalizar, a busca por novos estilos musicais, por livros, por cultura enfim, enriquece a inspiração que começa a vir cada vez melhor, musicalmente falando.
Muito bom o tópico.

v1marqu3s
Veterano
# nov/12
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Mas se der certo prá você, poderá tentar com música também.
Pra mim deu certo uma única vez:
http://www.youtube.com/watch?v=ms65VhSlEwE
São as mesmas notas de uma "certa" música aí... ahahaha qual será?... mas em outra ordem e com um ritmo diferente.
Só não vale reparar no clipe tosco!

Lelo Mig
Membro
# nov/12
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v1marqu3s

Seria "Burn" do Deep Purple??.....heheh

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