Passos para uma síntese de Piano Acústico em um Synth

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    fred_d_rocker
    Veterano
    # mar/16


    Olá, a todos. Neste tópico gostaria de expor o modo como tenho feito síntese de Pianos Acústicos em meu humilde Juno-D e saber da galera do fórum se posso aprimorar algum passo neste processo:
    i - primeiramente eu desligo todos os efeitos do timbre (no caso do meu Juno o MFX, Reverb e Chous) e trabalho com o envelope de volume (attack , release, etc..) até deixar o timbre com a duração desejada;
    ii - começo a adicionar o reverb aos poucos, comumente deixo o chorus desligado (muita gente fala que o chorus não dá muito certo com timbres de Piano Acústico);
    iii - adiciono o MFX que no meu caso é um Equalizador em 4 bandas sendo uma de grave (200 ou 400 Hz), duas de médio (se não me engano vai de 500 a 2000 Hz) e uma de agudo (4000 ou 8000Hz)
    Bem, esta tem sido a minha maneira de sintetizar algo no meu teclado, mas gostaria de saber de vocês se é interessante fazer a síntese ouvindo o timbre num fone de ouvido ou numa caixa de som? Gostaria de saber também qual frequência do médio que é mais característica do piano?
    Ah, se não for querer demais, também gostaria de saber aonde vcs pegam inspiração para aquele timbre perfeito, se vcs realmente tentam copiar algum timbre ....

    Um abraço.

    silvG8
    Veterano
    # mar/16
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    fred_d_rocker
    Seu pensamento não esta incorreto. Este é o caminho mesmo.

    De diferente, posso fazer 3 observações:
    1. Se usar um filtro passa-baixas, pode controlar melhor o quão brilhante/fechado o piano será. Ajustes discretos, tente manter o cutoff alto.
    2. Chorus não funciona com nenhum instrumento acústico, pois é um efeito que multiplica a fonte sonora - ao invés de ouvir uma única nota de um piano, vai parecer que esta ouvindo vários pianos desafinados levemente tocando em uníssono.
    3. Reverb sempre deve ser comedido. No máximo algo que simule uma pequena sala. Num contexto de banda, reverb embola muito as freqüências, prefiro sem efeito algum.

    No mais acho que é isso. Se soubesse um pouco mais de síntese, tem como emular o martelo, apertar do pedal e etc. Talvez não seja possivel no Juno pois só tem 4 camadas, mas em outros da sim.

    fernando tecladista
    Veterano
    # mar/16
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    Uma dica que eu ouvi sobre reverb em show pra voz, que talvez ajude neste caso,

    Você vai adicionando o reverb até o momento que passa a ouvi lo, notando o reverb recue um pouco do que voce já colocou

    freitas_silva
    Veterano
    # mar/16
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    Se fosse no modo combi da Korg, seria algo matador. Dá pra deixar o timbre muito "rico"!

    Já experimentou o modo dual/layer, usando a segunda voz pra dar articulações (como o silvG8 mencionou)?

    fred_d_rocker
    Veterano
    # mar/16 · Editado por: fred_d_rocker
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    silvG8
    Hmm, esta do filtro passa-baixas seria o LFO não é? Vou experimentar esta dica da próxima vez que editar o timbre. :)

    fernando tecladista
    esta é uma ótima dica, com certeza eu também levarei em conta!

    freitas_silva
    Já experimentou o modo dual/layer, usando a segunda voz pra dar articulações (como o silvG8 mencionou)?
    Cara, eu não tinha pensado nesta questão de articulações por que eu ainda me considero um iniciante no teclado (toco há uns dois anos, mas apenas em missas e pequenos casamentos), e frequentemente apanho da dinâmica já presente curva de velocidade do timbre. Além do mais eu não consigo realizar a melhor maneira de aplicar a sua dica no modo dual, por acaso seria usando duas vozes iguais?

    Ainda quero insistir numa pergunta, é interessante fazer a síntese ouvindo o timbre num fone de ouvido ou numa caixa de som?

    Valeus!

    freitas_silva
    Veterano
    # mar/16
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    Quase sempre o resultado do fone é diferente do que escuta num amplificador. O ideal é sempre editar num sistema equilibrado, com um bom par de monitores de estúdio, mas um equipamento desses pode ser muito custoso. Mas o fone também vem a calhar quando se quer perceber/editar detalhes mais finos do timbre.

    Eu particularmente uso os dois. Gosto de editar o "grosso" no fone, depois escutar num sistema aberto, como uma caixa amplificada, monitores, etc... Procuro escutar em vários sistemas diferentes (até no som da TV), de melhor e pior qualidade e vejo como o timbre se sai em cada situação. Depois, calculo os ganhos e perdas de cada uma e estipulo uma "edição média", que vai me trazer um melhor custo benefício em todos os sistemas de som.

    Para um tecladista que não leva seu equipamento de retorno para o palco, é sempre uma surpresa ligar seu teclado e ver que o som não está bem como achava que deveria estar. Por isso, além da "edição média", sempre ando com um equalizador paramétrico na MASTER, pra fazer ajustes finos nas frequências, conforme a necessidade.

    fred_d_rocker
    Veterano
    # mar/16
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    freitas_silva
    É, vc é um cara bem previnido hein? Mas é bem como vc falou, todas as vezes que toco fora eu sinto esta surpresa desagradavel com o som que o teclado sai do retorno.
    Em casa eu sempre toco com um fone de ouvido do paraguai e agora um amigo me presenteou com um "lindo" e "revolucionário" som 3 em 1 que ele tinha parado na casa dele. No início relutei por causa da qualidade sonora que o presente iria me proporcionar, mas, no fim das contas, comecei a editar os timbres com o auxílio dele pois imagino que se conseguir um bom timbre no som 3 em 1 é possível que esse timbre soe bem no P.A. não é?

    vlw

    Artref
    Veterano
    # mar/16
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    O ideal seria timbrar num sistema de referência, mas quem tem isso por aqui? kkk.

    É bacana ter critério nos efeitos como você falou, sim. Chorus em piano é falta de senso total, Reverb é pouquinho mesmo ou quase nada, porque senão só atrapalha no mix. A não ser que você queira simular uma sala de concerto pra tocar solo, ou algo assim. Tem efeito master (MFX) que também só suja o som.

    Equalizar é perigoso, pois depende obviamente de onde você está fazendo isso...aí que entra o monitor de referência, que teoricamente tem resposta uniforme (reta) para todas as frequências.

    Frequência de médio característica depende muito, não existe uma frequência X que seja boa pra acrescentar; depende do timbre, do músico e do sistema de som.

    Sobre copiar timbre, eu perdi um pouco da graça, porque ando tocando cada musiquinha safada com timbre porqueira no teclado e mal tocada que eu prefiro colocar um som bom do meu e me divertir. Nem ferrando que vou perder tempo pra copiar coisa ruim.

    Já timbre famoso e de música que vale a pena, aí é um longo processo de síntese - testa ao vivo - ajuste fino - testa ao vivo e etc. Antes eu ia no modo Ninja e partia do zero pra tentar chegar no timbre, mas ultimamente tenho partido de coisa pronta e editado, ganha-se muito tempo (que eu poderia estar usando pra estudar música, técnica e etc, que acho mais interessante).

    Se for usar o seu 3 em 1, não se esqueça de desligar tudo quanto é "UOW bass", "Groove power", "Disco Fucking Club 3000", "modo ao vivo", "Hyper ultra BASS 10k plus", porque tudo isso só serve pra encher o som de frequência e confundir seu ouvido na hora de timbrar.

    fred_d_rocker
    Veterano
    # mar/16
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    Artref
    Muito obrigado pelas suas dicas valiosas! Sempre que uso o som do 3 em 1 eu desabilito essas funções "turbo bass!" e coloco a equalização em flat.

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