Minha história sobre GAS e arrependimentos

    Autor Mensagem
    silvG8
    Veterano
    # mar/15


    Muitos neste fórum me conhecem e com toda certeza me veem como alguém que já teve muitos diferentes instrumentos. Resolvi compartilhar de forma resumida a minha história sobre GAS, alguns arrependimentos no meio do caminho e como isso mudou minha forma de pensar sobre instrumentos.

    Comecei em 2008 nos teclados digitais, após quase 10 anos de aulas de piano erudito, o qual permanece minha paixão até hoje. Inicialmente pensava em teclados para compor idéias musicais orquestradas e até mesmo me juntar a uma banda.

    Meu primeiro teclado seria um RD-700GX, mas acabei mudando de idéia no meio do caminho e comprei (ganhei) um Fantom-G8. Foi um bom workstation, muito intuitivo e extremamente acessível para um pianista, mas com apenas 2 anos de prática, resolvi adicionar um segundo sintetizador... este segundo instrumento foi o GAIA, que me abriu as portas para o mundo da síntese subtrativa e foi muito especial. Acabei vendendo o GAIA para investir em outro sintetizador, no caso o Moog Phatty, e logo em seguida vendi o Fantom-G8.

    O que percebi, com o pouco tempo de prática, é que um workstation não chega perto do que se consegue com um computador, e isso foi decisivo na minha escolha de partir para o mundo das DAW (algo que não vou explorar aqui). No final das contas, o DAW me proporcionava tudo que o workstation fazia e com uma qualidade e facilidade maiores.

    Troquei meu G8 usado em um instrumento muito especial, mas desconhecido de uma forma geral: V-Synth GT. Este me foi útil muito tempo e adorava o que conseguia com o mesmo. É um instrumento magnífico! O grande problema de V-Synth é que ao mesmo tempo que é especial, depende de uma dedicação enorme para conseguir montar um acervo que seja sua cara... isto porque a interface, embora excelente, não é das mais fáceis, pois falta mais knobs e botões.

    Embora magnânimo como sintetizador digital, eu cheguei a conclusão de que não precisava de sintetizadores digitais, pelo mesmo motivo que não precisava de um workstation: o computador substitui tudo isso de forma satisfatória e não sinto falta de nada.

    No meio do caminho, sobrou uma grana que juntei e comprei um Moog Sub Phatty, instrumento similar ao meu existente Little Phatty. Foi bom, como sempre um novo instrumento, mas completamente obra de São GAS.

    O V-Synth GT foi embora para dar lugar para o Prophet 08 PE, meu polysynth analógico, incrível instrumento diga-se de passagem. Faz um ano que estou com ele e realmente consigo muitos dos sons que imagino dentro da minha cabeça com ele. Depois disso comprei dois pequenos "gadgets" DIY, o Ambika e Anushri, geniais em sua proposta.

    Os analógicos são instrumentos diferenciados, feitos para durar, com uma qualidade absurdamente alta de construção. O som é outra coisa assustadoramente maior.

    Terminada essa saga, é importante que eu coloque em questão algumas coisas:
    - Tecladistas parecem se interessar mais por novidades do que elas merecem.
    - Compramos compulsivamente apenas pela necessidade de suprimir algo que quase nenhum instrumento pode fazer.
    - Muitas vezes, imaginamos que algo é exatamente o que precisamos sem ser tudo o que precisa.
    - Idealizar algo pelo que é não facilita o processo de composição e muitas vezes nos afasta disso.
    - Ter vários instrumentos não é uma coisa boa, e na verdade é bem ruim.
    - Muitos instrumentos é igual a muitos cabos em um mesmo local e uma grande dificuldade para montar e desmontar tudo.


    Minha experiência me mostrou o seguinte: nunca precisei de muitos instrumentos para ser criativo musicalmente e na verdade os novos instrumentos me atrapalharam um pouco. Uma outra coisa interessante é que a imaturidade para saber o que realmente gostamos de compor dificulta muito a escolha de um instrumento ideal.

    De todos os instrumentos que comprei, o único que me saciou por completo e me deu um boost de criatividade foi o Moog Little Phatty, sendo este meu instrumento escolhido para ter para sempre, assim como o mai recente Ambika. É complexo explicar o por quê, mas acho que tem a ver com como nos conectamos com a sonoridade e visual do instrumento. De todos esses instrumentos, estes foram os que realmente me agradaram completamente... é muito pouco se considerarmos instrumentos de até R$11000.

    O resultado dessa saga de gastos e etc. é ter instrumentos que não considero essenciais na minha vida de músico. Dos que tenho atualmente, tanto o Prophet 08 PE quanto o Sub Phatty me deixam assim - indiferente. Tanto é assim que vou vende-los. Não é por serem ruins, mas por serem escolhas impulsionadas pela mardita GAS.

    Se eu tivesse um pouco mais de maturidade para esperar, talvez hoje tivesse exatamente o que quero: o Little Phatty, o Ambika e o Minimoog Voyager.

    Fica a história para aqueles indecisos e compulsivos, como um dia já fui.

    Abraço a todos!

    fernando tecladista
    Veterano
    # mar/15
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    vou comentar coisas minhas aproveitando alguns de seus comentarios

    O que percebi, com o pouco tempo de prática, é que um workstation não chega perto do que se consegue com um computador, e isso foi decisivo na minha escolha de partir para o mundo das DAW
    isso é mesmo, mas a mexer com DAW é algo que me deixa P. da vida, sou mil vezes o sobe e desse da edição do sequencer do 01/w pra usar com midi do que as daws de hoje, porém as DAWs de hoje tem audio, mas eu também gostaria de ter um gravador digital no lugar de DAW, eu tenho a GAS de comprar uma VS 2000 roland ou algo nessa linha

    - Tecladistas parecem se interessar mais por novidades do que elas merecem.
    acho isso uma doença em geral não só musical, desse iphone, ipads.... e motifs brancos

    - Compramos compulsivamente apenas pela necessidade de suprimir algo que quase nenhum instrumento pode fazer
    as vezes até pode mas a pessoa nem encontrou o recurso no seu teclado atual
    coisa que acho um crime é a pessoa ter um workstation com sampler e levar um PC com kontakt instalado

    - Muitas vezes, imaginamos que algo é exatamente o que precisamos sem ser tudo o que precisa.
    sem generalizar, mas metade do povo que está no meu facebook que tem um Nord eu não entendi o porque de ter

    - Idealizar algo pelo que é não facilita o processo de composição e muitas vezes nos afasta disso.
    eu li certa vez uma revista sound on sound brasileira onde no editorial o cra comentar sobre essa necessidade de ter o produto/progrma/versão atual de alguma coisa pelo simples fato de que não somos bons o bastante, onde os albuns históricos foram feitos com muito menos

    - Ter vários instrumentos não é uma coisa boa, e na verdade é bem ruim.
    - Muitos instrumentos é igual a muitos cabos em um mesmo local e uma grande dificuldade para montar e desmontar tudo.
    sim, resolvi mudar tudo de lugar na minha sala (pra caber mais) e estou a uma semana passando cabos, mas aqui tenho meus motivos (ou desculpas)
    mas pra tocar ao vivo, banda vai se usar 2 talvez um 3º te facilite a vida pra meia duzia de músicas

    nunca precisei de muitos instrumentos para ser criativo
    não precisa, um cara com um VL-1 da casio teve uma ideia genial com isso é foi um hit dos anos 80,

    O resultado dessa saga de gastos e etc. é ter instrumentos que não considero essenciais na minha vida de músico. Dos que tenho atualmente, tanto o Prophet 08 PE quanto o Sub Phatty me deixam assim - indiferente
    Não é por serem ruins, mas por serem escolhas impulsionadas pela mardita GAS.
    mas algumas coisas tem que ser dessa forma, você só chegou a essa conclusão com o prophet depois de usar, entendo que ele e mais uns 90 seguem o mesmo conceito de sintese: onda, modulação, filtro, envelope.... e acaba sendo tudo igual (sem desmerecer nenhum deles)

    mas por exemplo eu de cara vejo um Ambika mais como um brinquedo do que um super synth, nesse meu pensamento eu não compraria nunca, mas eu teria que ter em mãos por um bom tempo pra tirar isso da minha ideia, enquanto um prophet seria de cara "o synh" que eu compraria sem ter dúvida nenhuma
    é igual casamento, tem gente ai que casou por 5, 7, 10 anos... e depois percebeu que a pessoa não era a certa pra viver com ela para o resto da vida

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    da minha parte já é outra linha de synth ou teclado
    mas eu era um garoto que amava os beatles e os rolling stones... haha
    e comecei com aulas de orgão, e o primeiro tecladinho foi um MT-520 e após um teclado spark (estilo orgão, palmer...) e foi isso por um bom tempo, toquei com um CZ-101 que era da banda e por isso não dava pra ficar mexendo, mas eu também não sabia nada de synth

    ai chegou um dia que comprei um D20 da roland, foi uma compra no escuro, não existia internet, não existia lojas vendendo teclado igual banana, ai um cara me disse compra esse que será feliz
    hoje pelo som que eu tirava, pelo que eu tocava talvez se eu pensasse nisso e aquilo não teria comprado, um PSR 6700 seria a melhor coisa na época
    mas foi bom o D20, com ele aprendi a sequenciar, fui entender de edição, aprendi a tirar o som que precisava que não vinha pronto, aprendi o que é midi, foi uma escola para mim
    01/W foi uma consequência do D20, também de cara achei muita areia pro caminhão, e também foi outra escola


    das erradas que fiz
    nunca tive sampler então resolvi comprar um
    não tinha grana pra comprar triton ou fantom (e seria mais um teclado) então decidi comprar um A5000 da yamaha
    não me entendi com ele ou com sampler em geral, mas achei chato de mexer e este está parado aqui, nesse 2014 que eu resolvi ou mexo ou vendo, e comecei a mexer, porque duvido que alguem vai comprar sampler antigo nessa febre kontaktana que move o pono de hoje
    na verdade estou gravando algumas coisas aqui e ele está mais funcionando como um gravador digital do que sampler de instrumento

    outra 1/2 errada que fiz
    meu 01/w queimou, e não achava nenhum a venda, ou achava muito caro, nesse procura apareceu um i2 que é um i3 de 76 teclas, com a síntese, timbres, sequenciador do 01/w, mais o plus de arranjador, não vou usar arranjador descaro , mas arranjador pode ser uma ferramenta pra ter loops pra usar, com um preço justo até demais, então peguei
    mas ficou aquela coisa, tu é igual mas não é o mesmo
    ai no começo do ano apareceu um 01/w , novo, tela inteira, que estava parado em uma igreja, ai bateu a GAS, eu deveria ter esperado mais e não ter pego o i2

    outra bola fora foi que eu tinha uma sanfona parada, ruim e não gostava dela
    deveria ter vendido e só...
    mas troquei por um groove box DJX e um DD-50 da yamaha
    a DD50 faz muito barulho na carcaça quando se toca nela, timbres toscos, sem edição... outro dia quase joguei pela janela
    a DJX é bacana, mas é bem inferior as outras groovebox que existe por ai, precisa ligar algum controlador pra mutar pistas ou mudar tonalidade da base, mas sai um som bacana

    Casper
    Veterano
    # mar/15
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    Já comprei equipamento que me arrependi, mas a maioria ligada
    a guitarra, principalmente pedais. Nas teclas, errei menos, tudo
    que adquiri eu acabo usando aqui ou ali. Mas, por exemplo,
    o Waldorf Rocket é um sintetizador que não considero essencial
    para minhas brincadeiras. Eu viveria sem ele sem nenhum problema.

    R Santiago
    Veterano
    # mar/15
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    fernando tecladista
    Há uns 12 anos fiz uma burrada tb... Queria porque queria entrar no mundo dos samplers e troquei um ótimo módulo JV-880 num jurássico AKAI S-1000...kkkk como era leigo no assunto percebi depois que ele veio sem a saída SCSI e sem memórias kkkkkk ou seja... não dava p fazer quase nada com ele..kkkkkkkk virou peça de museu lá em casa...kkkkkkkkk E acabei perdendo u JV-880 que, apesar de não usar com frequência me atendia quando precisava de algum timbre clássico da Roland...

    Eu tenho no meu set um X5D há 15 anos e já passei por várias crises de GAS e quase coloquei ele na roda...kkk porém o carinha me atende perfeitamente para vários trabalhos que faço (Reggae, POP 80 90, 2000, Classic Rock, axé, forró, etc...)
    Hoje vejo que teria feito uma burrada se tivesse vendido o X5D.. É como um colega tecladista me falou.. "Instrumento não se vende se acumula.." Infelizmente nossa realidade brasileira não permite isso...

    fernando tecladista
    Veterano
    # mar/15
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    R Santiago
    Instrumento não se vende se acumula..
    eu adotei essa filosofia, uma que já demoro pra trocar o equipo, então pego o valor sempre baixo na troca, outra que tento comprar top ou coisa que já foi top, então ele fica mais tempo comigo
    como comentei acima, o i2 ou o 01/W não é muita gente que pensa em ter, então tem que achar outro lesado igual eu pra comprar um, nessa se vender por 2.000 esses é muita sorte, um top fica entre 10 e 12.000 então pra quem chegou a juntar uns 9, 10.000 e vai torrar em teclado, não custa juntar mais 2.000 e deixar o velho em casa
    como nunca mesmo vou juntar esse valor mesmo, fico com as velharias

    Harva
    Veterano
    # mar/15
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    Instrumento não se vende se acumula.......Uma vez eu cheguei a esta conclusão após escutar várias vezes meu pai me perguntar Pq vai vender ou vai dar na troca? Bons tempos! Pagou um dinheirão e vai vender ou trocar por preço de banana! A verdade é que quando vai trocar não pagam quase nada no seu intrumento, se juntar mais um pouco fica com o antigo e compra o novo!

    Por causa da GÁS já fiz várias burradas!

    Esta eu não me perdôo ..... Eu tinha comprado um DX7 IID em perfeito estado para fazer par com meu XP-30. Aí surgiu o famoso Kurzweil SP-76. Quando escutei o som do piano fiquei louco..... Na época achei uma loja na Sta.Efigenia e paguei R$ 1.600,00 novo. Eu era recém formado e meu salário não era dos piores.... Comprei à vista e fiquei duro. Bateu um peso na consciência e vendi o DX7 para a loja de um amigo por R$800,00, perdi R$200,00, ou seja não refrescou muito a conta.

    Escrevendo este relato.... Como teclado é caro hj! Ganhava pouco e conseguia fazer estas extravagância.... Hj um DX7 não custa menos que R$ 2.000,00....

    R Santiago
    Veterano
    # mar/15 · Editado por: R Santiago
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    fernando tecladista
    Harva
    Pois é.. Eu mesmo antes do JV880 tinha um EMU CLASSIC KEYS. Um módul fantástico só com timbres vintage.. Comprei por R$ 1000,00 e vendi barato acho que por R$ 650,00 para pegar o JV-880 na época.. puro impulso..kkkkkk jamais faria isso hoje em dia... Acabei trocando o JV-880 num ELEFANTE BRANCO...KKKKK Ou seja... perdi um equipamento... pois o sampler só serve para enfeite..kkkkkk

    silvG8
    Veterano
    # mar/15
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    fernando tecladista
    Acabamos fazendo algumas burradas no meio do caminho, faz parte. De fato, o que comprei e errei foi o que me ensinou muitas coisas. Hoje, se eu tivesse que orientar alguém sobre a compra de instrumentos, eu com certeza explicaria todos os poréns de se adquirir um ou outro instrumento.

    No final das contas, eu mesmo poderia ter errado menos, mas a experiência foi necessária. Talvez se tivesse alguém para me orientar erraria menos. Seguir empolgações sobre novidades em fóruns internacionais com toda certeza não é a coisa mais inteligente a fazer.

    Quanto ao Ambika, você não poderia estar mais enganado. O módulo é um monstro e fala tão bonito quanto o Prophet, respeitando as limitações de cada um (um híbrido e um analógico). Dê uma olhada nos vídeos no YouTube...

    R Santiago
    Eu pensava assim.... ir acumulando tudo que comprasse. Só existe um problema: quem mora em apartamento tem espaço limitado. Eu por exemplo não posso pensar em comprar um Voyager sem antes vender o Prophet.



    Depois apareço aqui e comento mais alguma coisa.

    Abraço a todos!

    Keyboardman2
    Veterano
    # mar/15
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    Tirando a época que eu usava Yamaha S03, PSR 520 e Korg X5D, por serem do tempo de aprendizado e para aprendiz tudo é ótimo, as piores escolhas que fiz foram Yamaha MM6, MOX6 Roland JV90, Juno DI, RD150 e controlador KBC61. Agora falando das escolhas que eu diria acertada e que valeram cada centavo em suas respectivas épocas de aquisição foram: Modulo Roland JV 1080 e os teclados Roland XP80, Yamaha S30 e Casio PX5S.

    Synth-Men
    Veterano
    # mar/15
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    Por falta de espaço eu não compro quase nada e não tenho quase nada..

    Me arrependi só do que não comprei com as aparelhagens praticamente em minhas mãos. Mas me arrependi muito mesmo. Hoje não tenho nem a grana e nem o espaço, talvez nem motivo. Foram eles:

    Korg PolySix
    Korg Poly 800II
    DX7FD

    Agora eu tenho o desejo de compra o KORG DW8000, mas o que apareceu foi o DW6000. Não quero o segundo.

    R Santiago
    Veterano
    # mar/15
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    Synth-Men
    silvG8
    Realmente espaço é um problema... Keyboardman2
    Keyboardman2
    Porque vc se arrependeu com o MOX6? Tenho um MX61 e penso no futuro em migrar para um MOX6 ou MOXF6

    Keyboardman2
    Veterano
    # mar/15
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    Respondendo a pergunta do R Santiago

    Minha decepção com o MOX6 foi a seguinte: eu tinha um bom e velho Yamaha S30, que por sua vez é um S80 com 61 teclas leves, quem já teve um desses dois sabe que tem poucos timbres porém pra qualquer ocasião, faz lembrar o XP80 que faz bonito onde chega. Mas como já estava bastante usado eu tinha medo de dar problema e não ter reposição de peças, então resolvi comprar um MX 61 para substituí-lo e assim o fiz. Decepção total, pouco ganho, timbres bonitos porém não com a mesma presença dos Motifs , já que diziam que eram os mesmos timbres. Ligado junto com o S30 ele miava. depois de uma semana mexendo exaustivamente sem êxito voltei a loja devolvi e peguei um MOX6 achando que o MX era piorzinho por ser um teclado de entrada. Em casa percebi que o MOX era tão decepcionante quanto o MX e apenas tinha mais recursos. Tentei melhorar de todas as formas seguindo as dicas daqui do Fórum e até as dicas do Sidinho Leal que a meu ver tem um vasto conhecimento com vários teclados. Conclusão: tempo com MX61 - 01 semana, tempo com MOX6 - 01 mês.
    Já do MOXF não posso falar pois não tive este.

    R Santiago
    Veterano
    # mar/15 · Editado por: R Santiago
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    Keyboardman2
    Humm tá vc teve um MX61 também...
    Bom eu tinha um Triton L6 76 e vendi e com parte do dinheiro comprei o MX61 o resto botei na poupança..kk Realmente de cara eu me arrependi...kkkkk porém essa compra nem foi por GAS kkkk dei uma lida no manual pesquisei vídeos etc...Queria um teclado fácil de transportar com bons pianos AC e EP, órgãos e Clavinetes
    Apesar dos timbres serem muito bons ele inicialmente não tem peso..o gain é muito baixo. O do fone nem se fala..kkkkkkkk
    Porém a YAMAHA disponibilizou uma atualização que aumenta o gain em 6DB e resolve também a questão da troca rápida dos timbres. Com essa atualização e uma edição nos efeitos praticamente resolvi esse problema do volume. Passei uns meses arrependido kkkkk mas depois dessa atualização eu to gostando dele. Dai a ideia de migrar para um MOX6 ou MOXF...
    Esse é um caso onde sai do arrependimento para a satisfação kkkkkkkk Inicialmente tentei até comprar de volta o Triton mas sem sucesso..kkkk
    O MX61 + o X5D é um set bem leve, fácil de carregar e me atende em qualquer tipo de trabalho. Estou até deixando o OB3 +G4 só para a banda de rock clássico mesmo..

    gufavaretto
    Veterano
    # mar/15 · Editado por: gufavaretto
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    Não quero falar sobre os instrumentos em si cara, e tudo mais.
    Talvez você ainda esteja na GAS. Na verdade eu tenho certeza.
    E isso aqui foi a melhor coisa que você falou:
    Minha experiência me mostrou o seguinte: nunca precisei de muitos instrumentos para ser criativo musicalmente e na verdade os novos instrumentos me atrapalharam um pouco.
    Eu gosto de música, mas acho investimentos excessivos um absurdo, cara, a menos que isso seja sua vida e nada mais. Admiro pessoas como Humberto Gessinger, dos EngHaw que até hoje usa os mesmos instrumentos que usava na turnê de 10, 15, 20, 25 anos atrás, cara. Isso é memorável.
    É mais uma questão de costume do que de escolha.
    Você vai descobrir se um instrumento é pra sempre na sua vida quando você estiver há mais de um ano com ele. Logo, não adianta nada você ir na loja ou testar um do seu amigo e ficar com fogo na birola. As coisas são sempre assim. A GAS é assim, carros são assim, casas são assim, é normal.
    Você tem que se conter. Tem que analisar a parte em que isso entra na sua vida. Não quero te dar uma margem de grana que você tem que gastar, afinal, se você tem dinheiro, faça com ele o que você quiser. Mas eu acho que a razão da sua decepção, é a mesma da maioria dos músicos que vão crescendo materialmente.
    Eu sou baixista, tecladista, guitarrista, brinco com bateria, e nunca tive nada da elite dos instrumentos musicais. E pra falar a verdade, nunca nem sonhei direito em ter um instrumento no preço de um carro. (carro de 4 a 10 mil mangos, carro veio)
    Não quero ser careta, nem o opressor da arte, mas convenhamos que existem coisas mais importantes do que "minha arte é ofício". Meu sonho é trabalhar com música, e meu sonho sempre foi tocar. Mas é difícil cara.
    Você tem que se achar.

    A questão do seu problema não é exatamente os instrumentos. É você, o desejo, a GAS... Enfim... Muito legal compartilhar essas histórias com a gente, obrigado e me perdoe se falei alguma bobagem!

    silvG8
    Veterano
    # out/15
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    Revivendo o tópico pra compartilhar algumas coisas...

    Há algum tempo estou um pouco ausente na música, voltando somente agora. Acabei investindo mais dinheiro em instrumentos, fiquei um tempo sem usar alguns, até que ontem, decidi visitar alguns.

    O primeiro deles foi o Sub Phatty, instrumento este muito parecido com o preferido entre todos os outros, o Little Phatty. Sinceramente, não consigo imaginar o motivo pra pensar em vendê-lo agora. Mesmo sendo muito parecido, ele é extremamente portátil, tem uma qualidade absurda de construção, me abre um enorme sorriso desde a primeira nota. Além disso, recheado de knobs, muitas possibilidades, e acima de tudo, um fato memorável que servirá de história na minha vida: contribuí para a criação do Editor oficial bem como presets para a Moog Music, algo que está descrito na página oficial da marca.

    Outro, o Prophet 08. Honestamente, acho que tinha a cabeça recheada de novas ideias e faltava a grana pra adquirir todas elas. O P08 é incrível e tem muito espaço pra ele na minha música. Tenho estudado um pouco mais sobre a composição de musicas eletrônicas, e parece que o P08 entra perfeitamente em todas as possibilidades. É um instrumento completo, robusto, e que não consegue ser apagado nem pelo recente lançamento do Prophet 6, que na minha opinião, compartilha muito da sonoridade com o 08. Certamente não será vendido, muito menos dado, que é o que se precisa fazer pra vender alguma coisa na atual conjuntura do país.

    A ideia de compartilhar isso foi bem simples. Muitas vezes a GAS com a próxima compra, tira um pouco do brilho do que já temos, criando uma fixação louca com o objeto desejado. Depois de um tempo distante dos instrumentos, tocá-los foi como ao abrir pela primeira vez. Bateu aquela emoção e empolgação de criança com brinquedo novo.

    gufavaretto
    Nunca respondi diretamente a sua mensagem, mas está coberto de razão. Acabamos fazendo isso com tudo mesmo..... infelizmente, pro músico, é um pouco mais complicado limitar suas compras. Faz parte de ser músico.

    Não sou profissional, nem pretendo, nem preciso. Por sorte e dedicação, hoje trabalho em outro campo, tenho grana pra adquirir tudo o que quero, me limitando apenas à razão e nada mais. Ainda assim, a música é algo que me traz muita alegria, então abstenho-me de outras atividades e gastos para curtir criar música, inclusive comprar instrumentos. Um pouco loucura? Certamente...... :)

    PianoGlauco
    Veterano
    # nov/15
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    Felizmente consegui sossegar o rabo (desconhecia o termo GAS). Depois de ter vários teclados, foquei completamente nas minhas raízes (PIANO) e tenho hoje um clavinova CVP-505 (um verdadeiro estúdio) e um P-45 para me deslocar para apresentações... Tinha um SP-300 mas enchia muito o saco pra carregar, por isso comprei o P-45... Abraço!

    http://www.youtube.com/glaucodevita

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