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silvG8
Veterano |
# jul/14 · Editado por: silvG8
Ultimamente a febre dos instrumentos analógicos parece estar uco a pouco atingindo os membros do FCC8. Isso de certa forma é muito legal, principalmente pra entusiastas como eu e o Casper, que participamos mais ativamente quando o assunto recai sobre esse tipo de instrumento. Sendo assim, acho que posso ajudar a todos com pequenas dúvidas, não só indicando o que tem no mercado, mas o que olhar quando comprar o primeiro analógico.
Preço:
O mercado está aquecido e atualmente temos algumas opções muito legais de o que adquirir. Os instrumentos estão divididos entre os que tem mais qualidade, a um preco mais alto, e os de venda em massa, mais em conta.
O primeiro passo para saber o que comprara, recai sobre quanto esta disposto a gastar. Os preços, em geral, variam de 1800-18000, entao escolher bem a faixa de preco é fundamental.
Recursos: o que devo considerar?
Diferente do mundo dos sintetizadores digitais, workstations, etc. nos analógicos, muitas vezes é impossível avaliar um instrumento apenas olhando uma ficha técnica. A escolha do instrumento deve levar em conta não só o que precisamos, mas tambem o som.
Isso é algo relevante, pois muitas vezes temos instrumentos mais baratos com mais recursos do que algo caro. É o caso de compararmos um Bass Station 2 com um Voyager, ja que este ultimo possui relativamente menos opções na hora de criar um som.
A diferença de preco que existe no mundo dos instrumentos analógicos geralmente esta relacionada não somente a qualidade dos componentes de cada bloco do sintetizador (osciladores, amplificador, filtro), como tambem na qualidade da construção do instrumento e o controle de qualidade sobre essa produção.
Em geral, os analógicos de entrada, embora sejam muito legais e possibilitem uma experiência muito satisfatória, perdem em termos sonoros para os mais caros. Essa realidade é a mesma em todos os instrumentos.
De tudo isso tiramos o seguinte: não adianta escolher o seu analogico baseado em especificações, pois por mais que um instrumento tenho mais recursos que outro, muitas vezes a qualidade sonora não eqüivale a quantidade de extras.
Vintage ou moderno?
Acho que o primeiro analogico tem que ser de fabricação atual e comprado zero ou muito novo. Digo isso porque os instrumentos mais antigos, embora tenham características sonoras muitas vezes mais agradáveis, são de manutenção complicada e muitas vezes desanima muito o comprador.
Osciladores: o que avaliar?
Acho que avaliar a qualidade dos osciladores de cada instrumento não é algo facil. De qualquer forma, acho importante que se identifique com o som dos osciladores do instrumento almejado. O YouTube é cheio de demonstrações simples mostrando cada parte dos sintetizadores em detalhes.
É importante lembrar mais uma vez que nem sempre mais, é melhor. Eu prefiro 1 único oscilador do meu Moog se comparado ao meu DSI. É uma questão de preferencia.
Uma coisa importante é decidir o que voce precisa: estabilidade ou sonoridade? No caso, a comparação é entre VCO e DCO. É meio idiota ficar discutindo isso a fundo, mas generalizando, os DCO são muito mais estáveis em termos de afinação, e possuem manutenção menos complexa do que os VCO, que embora mais complicados de lidar, possuem uma sonoridade mais agradável. No geral, DCOs são necessários pra quem toca muito na noite e etc. pois os VCO tendem a apresentar um comportamento mais errático quando o assunto é afinação.
Filtros: como vou escolher?
Ao meu ver, o filtro é o que dá a característica do som de qualquer instrumento analogico. No geral, as opções do mercado contam na maior parte com um único filtro LPF (passa-baixas) e este é sempre associado ao som que sai dos Moog por exemplo.
Como o filtro é o que dará a coloração do instrumento ao seu som, é importante que a escolha do filtro seja relacionada ao que voce acha mais agradável aos seus ouvidos. Os filtros são diferentes em termos de tonalidade, alguns sendo mais agressivos, outros mais aveludados, alguns mais secos, etc. O segredo aqui é ouvir bastante do filtro em si e decidir por si mesmo.
E quanto à quantidade? Preciso de vários modos? Existem variados filtros possíveis de serem usados em sintetizadores analogicos, mas geralmente, os instrumentos mais comuns contemplam no máximo 1 único filtro, e as vezes, este pode agir de diferentes formas. É o chamado multi-mode filter. Não acho que a escolha deve recair sobre a presença ou não de vários modos de filtrar o som, simplesmente porque na maioria das vezes o que mais se usa é o LPF. Mesmo assim, é algo a considerar pro que precisa no seu som.
VCA/Amplificador: como avaliar?
A única coisa que consigo avaliar em um amplificador é a qualidade com que o som é projetado ao usar uma caixa de som externa. A diferença em um bom VCA e um ruim é a capacidade de transmitir a porrada do som pela caixa.
Uma segunda coisa a avaliar e que está presente em alguns dos mais acessíveis analogicos é a presença de ruído pela saída de som. O MS-20 Mini por exemplo tem um ruído que na minha opinião destrói o som...
Envelopes e LFOs: tem como avaliar?
E toda a honestidade, não. É muito difícil avaliar a qualidade destes componentes nos instrumentos através de videos e amostras de áudio. No geral, aqui temos que contar com especificações. Uma coisa importante é ver a variação de tempos e freqüências dos dois controles. Os Moog por exemplo possuem um amplo espectro para os dois parâmetros.
Interface: o que é melhor?
No geral, os analogicos são bem simples de operar, sem a necessidade de ler o manual na grande maioria dos casos. Navegar em pequenos displasia tambem é quase sempre dispensável.
Mesmo assim, a melhor interface pra quem quer um analogico é a que possui o maior número de knobs possivel. Aqui, quanto mais melhor! Além disso, é importante avaliar a qualidade desses knobs, pois instrumentos com knobs moveis e frágeis, tendem a precisar de manutenção logo logo... é muito importante avaliar se o instrumento é robusto o suficiente para ser manuseado durante um longo período.
Outra coisa importante em termos de interface é a necessidade ou não de teclas e a qualidade das mesmas. Aqui, como em qualquer outro 'teclado', é importante que as teclas tenham ação confortável e sejam duráveis. É importante tambem observar que a presença ou não de aftertouch não define a qualidade do instrumento, pois muitas empresas fabricam teclas onde o a ação dessa modulação é muito desigual entre as teclas.
Não caia na armadilha de comprar algo com muitos recursos onde tudo é relativamente complexo de acessar. Eu comprei o Sub Phatty porque queria os knobs, não pelas capacidades e possibilidades escondidas... algumas coisas requerem múltiplas combinações de teclas e botões e com o tempo isso pode se tornar maçante. Se escolher o instrumento, escolha por suas qualidades acessíveis no painel, não pelos recursos escondidos.
Considere ainda o peso do instrumento... Analogicos tendem a ser pesados! Muitas vezes um modulo pode ser a melhor opção.
Saídas e entradas: o que é normal?
Nos analogicos, é muito comum que o instrumento tenha apenas uma saída MONO, entao não se assuste. Uma coisa importante é saber se o instrumento tem ou não uma entrada e áudio, o que permite filtrar sons externos com o filtro. A maior parte dos instrumentos possuem essa entrada.
Outra coisa interessante é avaliar as entradas e saídas CV. Esse tipo de conexão permite expandir o leque sonoro do seu instrumento. Voce pode usar outros instrumentos para modificar o som do seu (como um LFO externo) ou ate mesmo unir o seu instrumento a um sistema modular.
Enfim, quais as atuais opções no mercado?
Vou considerar abaixo as mais relevantes e que na minha opinião apresentam as melhores opções.
U$300-600 / R$1700-3000
Arturia Microbrute / Minibrute / SE
Novation Bass Station 2
DSI Mopho Desktop / Mono Evolver Desktop
Moog Minitaur
U$600-1000 / R$2800-4500
DSI Mopho Keyboard / SE / Tetra*
Moog Sub Phatty / Slim Phatty
Waldorf Pulse 2**
Oberheim SEM
U$1000-1700 / R$3800-6700
Moog Sub 37 / Little Phatty
DSI Mopho X4* / Prophet 08 Module*
Elektron Analog 4 / Elektron Analog Keys
*Polifônicos
**Parafonia de até 8 vozes
Os preços em reais são estimativas baseadas em minhas pesquisas pessoais. Não inclui instrumentos mais caros por não ser o provável propósito deste topico.
Sintam-se a vontade para perguntar! Boas compras!! :)
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Casper
Veterano
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# jul/14
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Grande Mestre silvG8!
Já disse tudo que alguém precisa saber para comprar seu
primeiro sintetizador analógico, só vou complementar.
Quem vai comprar um sintetizador desse tipo tem que saber o
que está comprando, caso contrário ficará decepcionado/frustrado.
Sintetizador analógico geralmente não tem efeito interno. Nenhum.
Nada de delay, reverb,flanger... tem que ser tudo externo, se quiser.
É muito comum não usar nada. Porque o sintetizador já basta.
Também não tem sequênciador como nas workstations.
O sequênciadores de analógicos são bem simples,
disparando sequências de 8 ou 16 passos, para uso
como se fosse arpejador. Este sim aparece com frequência.
Tem muita gente que compra parafônico pensando que vai
resolver todas as questões e se decepciona. Parafônico é
excelente em um sequenciador, onde tudo é disparado
corretamente, tem começo e fim. Mas para tocar "ao vivo"
é complicado, precisa se adaptar. Vamos supor que o cidadão
faz um acorde com a mão esquerda. Quando a primeira tecla
que ele tocar com a mão direita tocar o teclado, ela vai re-trigar o
acorde anterior inteiro. E se não re-trigar, vai pegar o VCA pelo meio.
É uma coisa estranha, eu já me adaptei e uso isso e uso como
ferramenta criativa. Mas já vi pessoas enlouquecerem com isso.
Se precisar de polifonia para tocar ao vivo, não tem economia:
pague a diferença e compre um polifônico de fato.
VCA.
Tem que ser attack rápido. Quando eu digo rápido, significa
beirando o instantâneo. Isso é importante para a sensação de impacto
única que, por exemplo, os Moogs tem. A boa notícia é que
os VCA's atuais são quase todos rápidos. Isso foi um problema
no passado, hoje não é mais.
Só reforçando o que o silvG8 disse:
fuja dos analógicos "de entrada", tipo Monotribe, Monotron, etc.
São divertidos mas não passam de brinquedos. Podem até ser
incorporados criativamente, mas não para um sintetizador de base.
Em relação aos modulares: Dificilmente alguém vai
ingressar no mundo da síntese por esse caminho, porque
é necessário um pouco de prática para se saber o que quer, e
os preços são muito acima do racional. É só para quem
já tem a doença, mesmo.
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Harva
Veterano |
# jul/14
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Muito bom silvG8!
Faz alguns meses eu comprei um LP Stage II. Ainda estou apanhando com ele. VAs são bem mais fáceis de se lidar..... Mas chego lá!
Abs.
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_BLACKMORE_
Veterano |
# jul/14
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ótemo tópico !!! :)
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waltercruz
Veterano |
# jul/14
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pode pinar o tópico. Excelente guia!
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Harva
Veterano |
# jul/14
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Vou tentar contribuir um pouco com a experiência de escolher o analógico e nossos amigos disseram tudo. Para comprar este tipo de equipamento o conceito é bem diferente.
Eu já tinha lido e trocado alguma dicas com o silvG8. Meu primeiro desejo era comprar um MS20-mini e nosso amigo passou sua opinião que não tinha gostado. Pesquisei em fóruns e muitos reclamaram do ruído que era produzido. Não estava muito convencido, encontrei um para testar aqui em SP e modo GAS ligado não incomodou. Voltei uma semana depois para negociar e fechar o negócio, testei novamente e realmente o chiado incomoda, neste dia a loja estava mais tranqüila e acabei desistindo do negócio.
A dificuldade de comprar estes tipos de equipamentos é encontrar para testar. Ainda tenho vontade de comprar um P08, quase comprei um Mopho X4, mas as demos no Youtube não me convenceram. Não era o que eu estava procurando no momento.
Sempre curti som de moog, diversos samples e patches nos teclados e acabei comprando um VA para poder simular sons analógicos e criar sons novos. Blofeld atendeu minhas necessidades, mas o som de moog são difíceis de reproduzir e não fica igual.
Cheguei a conclusão, o que eu estava procurando era um moog. Comprei um LP stage II e agora sim.
VAs são mais fáceis de mexer, ainda não consegui criar um som legal no moog. Os presets presentes no LP II são bem úteis e os knobs permitem alterá-los de maneira fácil, mas ainda chego lá.
Espero ter contribuído.
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fernando tecladista
Veterano |
# jul/14
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ótimo tópico
esses, não são todas as marcas que se encontra pra comprar direto aqui no Brasil
se desse pra comentar alguma experiencia sobre importação, se foi coisa simples de entrar em um site gringo comprar e esperar ou se a coisa é mais complicada
Tem muita gente que compra parafônico
por incrível que pareça nunca reparei nesse termo
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silvG8
Veterano |
# jul/14
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Casper
Excelente adendo ao que eu havia escrito. Foi boa a colocação de que tem que saber o que está comprando... analogicos são realmente pra quem busca "aquele som".
Voce falou algumas verdades ai sobre a parafonia de uma forma que eu não conseguiria colocar melhor... na verdade, como minha experiência com parafonicos é nula, eu realmente nunca havia pensado nisso.
Reforçando o final do seu post: não pense que pegando um Monotribe ou algo do gênero estará conhecendo o som verdadeiro dos analógicos. Embora sejam instrumentos divertidos, são de certa forma, brinquedos.
_BLACKMORE_
waltercruz
Valeu galera!
Harva
Fico feliz que tenha ajudado a pegar o instrumento que o sr. procurava. É difícil lembrar quem ajudei pois recebo alguns diferentes emails mensalmente pedindo ajuda com os instrumentos.
Quanto ao Little Phatty, eu diria que você fez a melhor opção considerando o dinheiro. É de fato um instrumento singular e o preferido dentre os que possuo.
Vi que está tendo uma certa dificuldade para criar sons legais, etc. Manda um email ai de novo que a gente troca uma idéia. Já até pensei em fazer um video narrado sobre como operar sintetizadores, mas a verdade é que tem como até ganhar uma grana com isso, então fico de bico calado. Mesmo assim, poderia ajudar com eventuais duvidas em relação ao Moog.
fernando tecladista
Isso é um ponto importante! Obrigado por nos lembrar...
Encontrar esses instrumentos para comprar no BR pode ser uma tarefa árdua e muitas vezes, ao encontrar, sairá muito mais caro do que o que seria considerado justo. As lojas brasileiras exploram cada vez mais no valor dos instrumentos e isso provavelmente causa uma diminuição das compras no mercado interno. Um outro problema é que encomendar alguma coisa de uma loja pode demorar mais que importar você mesmo... as vezes a loja pode desistir no meio do caminho e você fica na mão (aconteceu comigo com a TeclaCenter).
Então, como importar?
Existem algumas formas diferentes:
- Familiar ou amigo no exterior enviando o produto: método mais seguro, fácil e geralmente não oferece dor de cabeça. .
- Serviços de redirecionamento de comprar nos EUA: útil para lojas que não enviam determinado produto para o BR e a pessoa não tem para quem mandar lá.
- Importadoras: na minha opinião, o menos confiável dos serviços, pois muitas vezes demora um tempo maior, se paga mais e tem-se o desconforto de estar sempre com medo da importadora simplesmente passar a te ignorar.
De todas as formas existe sempre o risco de ser taxado. O meio escolhido para envio faz diferença não somente no valor mas na certeza da cobrança ou não de impostos.
- Courier: são os serviços com maior agilidade, e o produto chega a sua casa em cerca de 5-7 dias (na porta de casa!!); o problema é a cobrança de 100% de impostos sobre o valor declarado + taxa envio, alem de uma taxa do serviço escolhido. DHL, Fedex, UPS, etc.
- USPS Priority: é o serviço postal americano. No exterior a encomenda caminha até rápido e o rastreamento é bastante eficaz. O problema é que está atrelado aos Correios aqui no BR. O imposto é de 60% no caso de ser taxado (70-80% casos que passam de 50$).
O melhor método é buscar o instrumento você mesmo... uma passagem para MIAMI hoje sai por volta de 1500 reais, ida e volta e, baixa temporada. Tem como fazer um bate e volta só pra comprar e você ainda economiza se for comprar algo de alto valor. Geralmente instrumentos de +$3000 tem um valor proibitivo no BR e comprar no exterior não é uma má ideia. O problema é trazer no avião. De qualquer forma, já compra um case, etc. e chega no BR com tudo certo. Se o produto for pequeno, mais fácil ainda! Enfia na mochila e pronto!!
Boa sorte a todos com intenções de compra lá fora! Lembre-se que comprar da Europa chama menos atenção...
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waltercruz
Veterano |
# jul/14
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A lista que vc elaborou de produtos está em ordem crescente da qualidade percebida por você @SilvG8?
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silvG8
Veterano |
# jul/14
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waltercruz
Não, está meio aleatório mesmo... Eu pensei em fazer minha ordem de preferencia, mas seria tendencioso! :)
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waltercruz
Veterano |
# jul/14
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silvG8
Uma dúvida besta e um pedido bem sincero, se não te tomar tempo em demasiado. Vc poderia postar alguns vídeos de filtros e apontar diferenças entre eles? Sei que esses adjetivos todos são bem pessoais, mas queria aprender a distinguir melhor isso daí, já que não vou ter analógico por um certo tempo ainda.
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Harva
Veterano |
# jul/14
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silvG8 realmente achar instrumentos analógicos no Brasil é caro e raro. Na minha opinião não vale a pena comprar por aqui. Aproveitei que o LP foi descontinuado e comprei por um bom preço. Claro que tive que importar, fazer contas negociar, pagar as tx e mesmo assim ficou pela metade do preço.
Está alternativa de importar instrumentos está cada vez mais difícil, realmente uma boa alternativa é viajar e fazer compras.
Pode deixar que vou consultá-lo para tirar dúvidas e também bater um papo. O tempo também está escasso para tirar melhor proveito.
Outra dica que vcs mencionaram e vale reforçar é que este tipo de instrumento não tem efeitos internos, é necessário investir em efeitos externos, um custo extra. Se vc é um fã deste tipo de instrumentos deve comprar, caso contrário é melhor comprar um VA que vai atender melhor a necessidade de ter um sintetizador.
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silvG8
Veterano |
# jul/14
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waltercruz
Posso sim, vou ver se coloco alguma coisa aqui no domingo... adjetivar as coisas vai ser complicado, mas vou tentar (geralmente acabo descrevendo som mais em inglês que português).
Harva
Importar você mesmo vale a pena! Chega de dar dinheiro pra bandido!! É melhor eu importar pagando um imposto menor do que pagaria do que importar com uma pessoa que além de não pagar nada de imposto ainda ganha em cima da gente.
Aguardando o email! Abraço!!
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waltercruz
Veterano |
# jul/14
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silvG8
tranquilo ser em inglês. Algumas coisas eu já to começando a sacar por exemplo, em como o som de um Oberheim é diferente do moog (por alguma razão, as coisas que ando tocando nas últimas semanas tem sugerido sonoridade do Oberheim). Mas ainda preciso conhecer outras sonoridades de synth.
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silvG8
Veterano |
# jul/14
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Vamos lá Walter!
http://youtu.be/t9a2GFBPbZg
Nesse primeiro exemplo, o Microbrute, ouvimos um filtro LPF que sem o uso de ressonância é um pouco seco. Ao entrar a ressonância vemos a característica mais rasgada e levemente distorcida do filtro, com uma sonoridade mais ácida que o Moog. Algumas palavras me vem à cabeça: agressivo, ácido, rasgante, distorcido, potente.
http://youtu.be/ZHxf0IfPauo
Aqui, o Juno-6 mostra uma das melhores coisas nele, o filtro. Perceba como ele é mais suave, muito menos agressivo e com uma tonalidade mais "cremosa". É como se o som fosse mais redondo e menos quadrado. É difícil explicar com palavras, mas é assim. O som é mais manso e "antigo". Palavras: suave, redondo, cremoso, vintage, calmo, agradável.
Acho que os exemplos acima são suficientes. Descrever sons é muito subjetivo e tem relacao de como aquilo soa pra você. Eu poderia ter usado meus instrumentos pra mostrar isso. O Prophet se aproxima mais do de cima, o Little Phatty mais do de baixo.
PS: por favor, não adicionem videos nesse topico com o player integrado. Acho que perde um pouco o foco.
Valeu!
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Casper
Veterano
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# jul/14 · Editado por: Casper
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Caro silvG8:
Boa explicação. Eu só adicionaria que a diferença entre o filtro
do Minibrute e do Juno-6, além das tecnologias envolvidas,
vem muito da "largura" do pico de ressonância. Essa largura,
nos filtros mais "agressivos" é mais estreita, e nos mais
"suaves" é mais larga. É a largura do pico "C" na imagem abaixo:
http://cycling74.com/wiki/images/b/b1/Filterchapter01e.png
O filtro é tão importante que pode até ser usado como
um oscilador melhor que o oscilador original. Um exemplo
vale mil palavras:
http://www.youtube.com/watch?v=ac2cXVskC4w
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waltercruz
Veterano |
# jul/14
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Muito obrigado pelas dicas Casper e silvG8!
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waltercruz
Veterano |
# jul/14
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Complementando o post:
http://www.attackmagazine.com/features/ten-of-the-best-analogue-mono-s ynths/
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Casper
Veterano
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# ago/14
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Caro waltercruz:
A lista é interessante, tem umas coisas interessantes, outras menos.
Uma das coisas que incomoda é, na mesma lista, ter um Moog
Minimoog Voyager e um Korg Monotron. São coisas ordens de grandeza
diferentes. O Monotron até poderia ser uma boa ideia, mas é um brinquedo
bem mal acabado, com um ruído de fundo que torna-o bastante
complicado de usar.
O Doepfer Dark Energy II também é um synth complicado.
A primeira versão usava um filtro baseado no CEM3394, que
tinha um som sensacional, a versão 2 não é nem a sombra do
que era o original.
Esse Cyclone Analogic TT-303 eu nem sabia que existia, é uma
mão na roda para quem gosta de TB-303.
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silvG8
Veterano |
# ago/14
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Casper
waltercruz
A lista é de fato exótica. Interessante é notar a disparidade de alguns instrumentos frente a outros. Se fosse uma lista que contasse apenas com os melhores, e não somente os mais conhecidos, teríamos coisas do MacBeth, MFB e vários outros omitidos. O que fizeram foi juntar o que existe de mais famoso no mercado atual em uma lista... não que isola torne menos interessante. Uma boa adição ao topico, que aparentemente não encanta a muitos por aqui.
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waltercruz
Veterano |
# ago/14
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De fato, o monotron é quase um brinquedito mesmo... Mas tem um valor histórico importante: ele foi o primeiro experimento que a Korg fez para ver se era viável trazer os analógicos de volta.
(Não que os analógicos da korg sejam lá essas coisas, mas ao menos sinalizam uma direção de mercado).
Cês que gostam desses coisas vão gostar dessa entrevista:
http://www.residentadvisor.net/feature.aspx?2009
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Harva
Veterano |
# ago/14
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Vcs conhecem Atomosynth Mochika XL?
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silvG8
Veterano |
# ago/14
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Não conhecia mas achei legal! Tem um som bem agressivo...
Vale a pena conferir o outro, de nome curto (esqueci agora). Olhei os manuais, vídeos e sons e ele parece bem mais interessante. Considerando que parecem ser produzidos no Peru, facilita alguma coisa em termos de contato, etc.
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Harva
Veterano |
# ago/14
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Koe é bem legal. Por ser no Peru, acho que facilita trazer tbém.
Acho que vale a pena acrescentar um destes, R$ 900,00 para trazer.
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Cleber Vaz
Veterano |
# ago/14
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Acrescentando:
Analógicos são equipamentos delicados. Escolhe-los também é uma questão delicada. Quem tem interesse em adquirir um aparelho desses precisa ter em mente que para escolher entre as diversas opções é necessário entender do assunto.
Recursos: o que devo considerar?
Cada modelo atende um tipo de necessidade. Se é música eletrônica ou "estravagância tecladística" as opções mudam de um modelo para outro.
Vintage ou moderno?
Cada um com suas vantagens. Os ditos vintage, monofônicos pelo menos, usam tecnologia que hoje está em qualquer balcão de loja de eletrônica. Os novos, a maioria creio eu, possuem entrada MIDI. São aparelhos distintos e isso vai muito além da complexidade de manutenção.
Osciladores: o que avaliar?
Quantos são? Quais formas de onda? São passíveis de modulação? Qual? FM? PWM?
Filtros: como vou escolher?
LPF 24dB/oitava é clássico e se divide em dois tipos (divisão grosseira mas válida): MOOG e OS DEMAIS.
Digo isso pois fora o esquema de escada patenteado pelo Dr. Moog que confere ao som uma característica inconfundível (e foi o primeiro a ganhar o mercado mundial) todos os demais filtros são difíceis de comparar pois o design dos filtros ARP e KORG, por exemplo, da primeira metade dos 70 são muito mais diferentes do que o som em si.
Se quiser som de LPF tanto faz qual vai ser, agora, se quiser som de moog tem que ter a escadinha ou pode esquecer.
VCA/Amplificador: como avaliar?
Como respondem quando modulados por frequências diversas e formas de onda distintas.
Envelopes e LFOs: tem como avaliar?
Envelope: Velocidades, máximas e mínimas.
LFO: Frequências e formas de onda.
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silvG8
Veterano |
# ago/14
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Cleber Vaz
Suas excelentes adições passaram batido por mim... acho que foi logo depois da apendicite. São bastante validas e devem ser consideradas. Legal...
Uma coisa mais importante do que todo o resto é o seguinte: eu quero um analógico?
Não é só saber o que esta comprando, como bem disse o amigo Casper, mas sim saber se quer entrar nesse diferente mundo. Eu diria que o analógico não é para quem procura apenas ter o som do "fulano" e sim quem procura dar a própria cara ao som. Embora muita coisa se repita, muita gente percebe diferença entre um musico e outro. Basta ver as jams onde participam eu e o véio Casper... são sonoridades distintas.
E mais... se entrar, acredite em mim, VICIA! ;)
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