lucasmesty Veterano |
# jul/12 · Editado por: lucasmesty
Bem, como todo review tem uma bela história, vamos a ela! Acompanho o fórum há alguns anos, desde o meu primeiro contato direto com a música, mas nunca postei. Comecei com violão, guitarra, baixo... mas mantinha um sonho de um dia poder ser um pianista. Enfim, comecei a busca inicial há um ano, acompanhei opiniões, e devido a grandes leituras sempre ficava confuso sobre o que era o melhor. Precisava de um bom preço, ou seja nada muito caro, a sensação de estar tocando em um piano, e com certeza um ótimo som de piano. "Apenas" isso inicialmente, pois meu foco era o estudo de piano. Na semana da compra ainda fiquei um pouco balançado pelo Privia PX-130 da Casio, testei em uma loja e depois de ler aqui no fórum outras opiniões veio novamente a indecisão. Mas, resolvi apostar no P-95. O melhor preço estava na TECLACENTER, fui muito bem atendido, pedido enviado via transportadora, chegou em 8 dias úteis. Sem problemas.
Vamos ao que interessa! Antes, quero deixar claro que, conheço a grande quantidade de informações sobre o instrumento, mas quero dar um ponto de vista melhor aos iniciantes que talvez tenham o mesmo objetivo que o meu.
Construção/Acabamento: de início quando próximo parece extremamente frágil, mas a construção da carcaça em plástico é bem rígida, e demonstra bastante durabilidade. Os botões também rígidos, mas parecem exigir cuidados, teclas com visual similar ao piano acústico, tem acabamento opaco, muito bonito por sinal e demonstram também durabilidade. É pesado, eu nunca peguei um piano digital antes... mas já aviso, não dá pra sair por aí carregando tranquilamente, os 12kg não são exagerados, mas pesam os braços. [Nota = 8]
Som: Temos duas vozes pra piano acústico, duas pra elétrico, um órgão jazz, e outro que eu digo que é de velório ou catedral (pipe organ), um cravo, cordas, vibrafone, coro. Pianos: tenho preferencia pelo primeiro, é exatamente próximo ao sonho de consumo acústico, amo os harmônicos e o brilho. O segundo eu creio ser mais abafado, mas com destaque aos graves. [Nota = 10] Órgãos: Cada um ao seu estilo, o orgão jazz cumpre bem a sonoridade, traz aquele nuance ideal, sinceramente? Nada a desejar. Sobre o pipe, bem ele é único quando se trata de peso, também uma bela sonoridade. [Nota = 10] Vibrafone: ele merece um parágrafo, é lindo e melodioso. Não tem como deixar de imaginar "aquelas músicas" com a sonoridade desse timbre. [Nota = 10] Os demais: não gosto do cravo, estranho, sei lá. Cordas é essencial, principalmente em dual-voice. Coro é bem legal, principalmente pra mim, passar vozes com coral etc. [Nota = 9]
Teclas: realmente são maravilhosas, nunca fiz um concerto em um piano acústico. Mas, toque em um PSR por exemplo depois no P-95, o mecanismo GHS - Graded Hammer Standard faz a diferença, a diferença de peso entre as regiões graves e agudas é nítida e a sensibilidade das teclas é única. É fácil adicionar a expressão que uma partitura pede naturalmente. [Nota = 10]
Funções: transposição, dual-voice, metrônomo, gravação. É incrível como você consegue com pouco tempo, acessar essas funções de modo simples e rápido. E todas cumprem exatamente o que prometem, além de serem úteis quase sempre. Não vou demorar a falar sobre elas individualmente, o manual está aí. [Nota = 10]
Conectividade: duas saídas para fones, midi in/out, sustain pedal, pedal unit, alimentação. Minha grande indecisão se passou pelo grande debate, o P-95 no palco, e eu queria atuação exemplar dele na banda. Bem, compre um cabo estéreo exatamente assim: 1 P-10 estéreo para 2 p-10 mono; conecte o plug estéreo no P-95 e as outras na sua mesa de som, e seja feliz! Se a entrada for única, utilize um adaptador, ou dois canais da mesa. Não se esqueça do ganho da saída de fones, por isso deixe o volume no piano baixo, aos poucos aumente se necessário. O som é bom? É sim. É possível alcançar o som das caixas do P-95? Tranquilamente, ou melhor. Mas isso vai depender da sua mesa, das suas caixas, etc etc. O midi atua de forma normal. Pedal unit, legal, se um dia quiser comprar. [Nota = 9]
Outros: o pedal sustain que o acompanha funciona de maneira exemplar, mas é frágil(!). Suporte de partitura, é muito útil, rígido, e durável. Não se preocupe com a polifonia (64), dá conta do recado, a não ser que você tenha 4 mãos ou mais. Vem com 50 canções (grandes clássicos) se eu não me engano, fielmente reproduzidas, podendo mudando a velocidade. [Nota = 8]
Conclusão: O P-95 com certeza é um exemplo de um produto ótimo custo-benefício. É iniciante, e quer estudar piano? Tem pouca grana, quer um som lindo de piano, e umas funções essenciais? Sim, esse é o investimento certo. Dificilmente você vai se arrepender, além de poder usá-lo como controlador midi. Ah, ele é grande. Arrume um bom espaço no quarto.
Dúvidas, sugestões, reclamações e agradecimentos rs... estarei aqui.
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