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waltercruz Veterano |
# abr/12
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muito bom o tópico! (eu sabia que era bom, mas tava esperando um momento de ler post a post).
Pior que não tem nada como virar um knob... por isso mesmo que o synth tenha uma engine poderosa, mas fique meio restrito a menus, ele acaba ficando em segundo plano.
Excelente tópico, mesmo.
Meu primeiro synth foi um QS6, que tem uma engine muito interessante e fácil de entender pra quem tá começando em síntese, agora eu to sem nada muito prático pra poder editar (ou são vsts, ou o rack do Motif XS, que só é superficialmente editável atraves da própria interface, a edição grossa tem de ser feita via computador.
E agora to na pilha de um V.A. Oh ceus...
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Casper Veterano
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# abr/12
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Da importância do botão. -------------------------------------------
A diferença entre girar um botão físico e alterar o mesmo parâmetro em um menú vai muito além do que se pode imaginar.
No primeiro caso, vc ouve essa alteração e mexe no botão, ouvindo diretamente a consequência de sua alteração, sem se importar realmente em que posição o botão está. A quantidade de movimento em dado momento aconteceu porque determinada quantidade de modificação era necessária, e essa modificação ocorreu de forma, digamos, natural.
Quando esse parâmetro é alterado em um menú, ele deixou de ser um simples retorno auditivo, passou a ser visual e quantificado (vc tem que saber onde o mouse está), portanto, de uma forma ou de outra, aconteceu uma racionalização maior, o botão se transformou em um número, o volume se tranformou em um número, o cutoff do filtro virou um número.
Esse é o perigo. Inconcientemente vc pensa: Tal canal o volume não pode passar de 35, porque os outros estão em 32... Vc para de ouvir a música para racionalizar de forma equivocaca. Por esse motivo, mixar em uma mesa tradicional é muito mais gratificante. Vc abstrai mais dos medidores e se concentra no som.
O som é o objetivo.
Nos sintetizadores acontece o mesmo. Por isso, um botão de filtro "em forma de botão" é tão importante. Coloca seu foco na música e no som, e não em números.
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PeterBull Veterano |
# abr/12
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Casper
Uma coisa é o "tesão" (desculpe a expressão xucra) de se ter na ponta dos dedos a sensação de mudança instantânea e outra e comodidade e eficiência que se tem tenho uma visualização geral dos parâmetros.
Bom em questão de mixar eu discordo prefiro mixar por menus e gráficos pode ser menos gratificante, mas em contra partida o resultado é melhor e mais técnico!
Mas no caso de uma performace ao vivo ainda prefiro o bom e velho knob, você se sente com o controle do timbre ali na ponta dos dedos, mesmo que ele fique com uma sobra de um parâmetro ou outro e uma sonoridade que você cria e quando seu ouvido "aceita" o som você simplesmente tem uma sensação única!
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Casper Veterano
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# abr/12
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Caro PeterBull:
Leia esse artigo:
Tom Elmhirst: Recording Adele 'Rolling In The Deep'
http://www.soundonsound.com/sos/sep11/articles/it-0911.htm
Ele resumiu perfeitamente o que eu quis dizer:
...but sometimes I switch the screen off. You have to forget the screen, because you end up thinking about the music rather than feeling it...
Se eu vivesse o console dele (Neve), eu também pensaria assim. Ele usou esse estúdio:
http://metropolis-group.co.uk/studios/studio-c/
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Synth-Men Veterano |
# dez/12
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Galera boa noite.
Tive que ressucitar este tópico super sentimental e engraçado. Neste tópico os usuários do forum que aqui postaram, expressaram os seus sentimentos sobre seu estilo, música e instrumento.
Outro ponto que admiro muito aqui no forum, são as pessoas dedicadas a explicar aos iniciantes a melhor forma de fazer, obter, aprender e manter a sua música e instrumento.
Aqueles também que super felizes em ter aprendido, dividem seu conhecimento, e multiplicam o aprendizado, com tutoriais e textos dedicados a determinados assuntos. Os que anunciam as novidades e postam vídeos exclusivos.
Os corajosos que postam suas músicas e as divulgam pedindo opinião de terceiros, aberto as críticas, sem medo de ser feliz.
Aprendi muito aqui com todos vocês. Novatos e Veteranos
Desejo a todos que sejam abençoados por DEUS, não só nas datas comemorativas, mas durante todos os anos.
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Casper Veterano
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# mai/17 · Editado por: Casper
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Que linda criação somente com uma EMU SP1200:
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mano_a_mano Veterano |
# mai/17 · Editado por: mano_a_mano
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Casper
A diferença entre girar um botão físico e alterar o mesmo parâmetro em um menú vai muito além do que se pode imaginar. No primeiro caso, vc ouve essa alteração e mexe no botão, ouvindo diretamente a consequência de sua alteração, sem se importar realmente em que posição o botão está. A quantidade de movimento em dado momento aconteceu porque determinada quantidade de modificação era necessária, e essa modificação ocorreu de forma, digamos, natural. Quando esse parâmetro é alterado em um menú, ele deixou de ser um simples retorno auditivo, passou a ser visual e quantificado (vc tem que saber onde o mouse está), portanto, de uma forma ou de outra, aconteceu uma racionalização maior, o botão se transformou em um número, o volume se tranformou em um número, o cutoff do filtro virou um número. Esse é o perigo. Inconcientemente vc pensa: Tal canal o volume não pode passar de 35, porque os outros estão em 32... Vc para de ouvir a música para racionalizar de forma equivocaca. Por esse motivo, mixar em uma mesa tradicional é muito mais gratificante. Vc abstrai mais dos medidores e se concentra no som. O som é o objetivo. Nos sintetizadores acontece o mesmo. Por isso, um botão de filtro "em forma de botão" é tão importante. Coloca seu foco na música e no som, e não em números.
Muito bem colocado. Eu mesmo ultimamente não tenho mais tido "saco" para números, menus e submenus. Síntese em tempo real é outra coisa... Por isso adoro quando vejo novos instrumentos com "espírito analógico", ainda que digitais. Nada como fazer o som na hora.
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Casper Veterano
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# mai/17
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Caro mano_a_mano:
Chegamos em um ponto onde não vale mais a pena essa discussão entre digital e analógico. Em alguns equipamentos os dois mundos vivem em harmonia, e é assim que tem que ser.
Acho a tendência dos equipamentos atuais de usar o máximo possível de controles em tempo real um verdadeiro alívio. Nada mais angustiante que, digamos, o Korg Poly 800. Eu mesmo tenho algumas coisas em casa que uso muito pouco devido ao modo como o acesso aos menus (e sub menus) é complicado.
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mano_a_mano Veterano |
# mai/17
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Casper
Chegamos em um ponto onde não vale mais a pena essa discussão entre digital e analógico. Em alguns equipamentos os dois mundos vivem em harmonia, e é assim que tem que ser. Por isso falei sobre "instrumentos com 'espírito analógico', ainda que digitais": com todos os controles em tempo real à mão, mesmo que os sons sejam gerados digitalmente. Meu Korg KingKORG, por exemplo.
Acho a tendência dos equipamentos atuais de usar o máximo possível de controles em tempo real um verdadeiro alívio. (2)
Nada mais angustiante que, digamos, o Korg Poly 800 Outro exemplo: o Yamaha DX7. É um synth que constantemente entra na minha lista de futuras aquisições, mas sei que é bastante difícil de usar, pois o painel é muito "clean" e todos os parâmetros ficam bem escondidos - apesar de que a síntese FM não é tão difícil quanto parece, na real. Se um dia eu chegar a ter um DX7, vou recorrer a editores externos para criar os timbres, como o Dexed, por exemplo. Acho que era uma tendência na época (1983): só botões, sem knobs. Mas com tudo isso, o DX7 continua no meu "top 5" de próximas aquisições, vai saber...
Eu mesmo tenho algumas coisas em casa que uso muito pouco devido ao modo como o acesso aos menus (e sub menus) é complicado. Idem: Casio XW-P1. A parte de síntese em tempo real eu acho linda, mas quando se trata de programar performances... Cruzcredo... Nunca vi coisa mais difícil... Até desisti.
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